Drops to Live - Temporadas 3 escrita por Ana
Notas iniciais do capítulo
Voces realmente piraram com o último capítulo. Meu Deus.
Boa leitura
Tentei colocar um coração, mas o Nyah não deixou. Obrigada, Nyah.
Imaginem um coração aqui =>>
POV Katherine
Spencer tamborilava os dedos no volante de forma descompassada, sem ritmo. Isso me dá agonia.
– Tenho algumas perguntas- falei depois de muito tempo em silêncio.
– Hm- ele murmurou sem dar à mínima.
– Primeiro: você está nervoso?- perguntei olhando para ele.
Na verdade eu quero saber se aqueles caras são perigosos, se lutam bem.
– Aquelas pessoas que invadiram a festa são da pesada- ele disse sem desviar os olhos da rua- não estou exatamente nervoso, apenas preocupado.
– Segundo: para onde estamos indo?- perguntei por que eu não confio nele.
– Para a minha casa.
– Porque Nathan escolheu ficar?- perguntei.
Foi estranho. Porque ele simplesmente não correu comigo até o seu caro e deu o fora daquele lugar?
Spencer me explicou sobre a Liga e a Rede. Quando acontece algo assim, como uma luta entre membros dos dois grupos, todos que podem devem ajudar.
Lealdade, pensei.
– Nathan ficou muito tempo sem participar diretamente da Rede. Ele tem que se redimir então teve que ficar. Eu vou ter que explicar depois para o líder que tive que te tirar lá e que é por isso que não pude lutar.
– Hm...
Spencer esperou o portão da sua mansão abrir, entrou e estacionou o carro ao lado de vários outros.
Desci e esperei ele fazer o mesmo.
– Pode ficar à vontade- disse quando entramos- relaxa que eu não mordo. Vai, sei lá, me perdoar algum dia?
– Não- passei os olhos pela enorme sala- você é louco. Mas considerando que me tirou daquele lugar, obrigada. Não, esquece o agradecimento. Você ainda vai ter que fazer muita coisa boa para se redimir.
Ele revirou os olhos.
– Você é complicada.
– Percebeu agora?- debochei.
Sentei em um dos sofás e fiquei olhando as minhas unhas, "brincando" com elas.
Spencer ligou a TV e jogou o controle para mim.
– Pode jogar também. Aí tem Xbox, Nintendo Wii, Playstation e vários jogos naquela prateleira- ele apontou.
– Então você e Nathan são amigos de novo? Eu esperava uma faca no seu peito, mas amizade? Meu Deus- finalizei com uma careta.
Spencer me ignorou e saiu da sala. Ótimo.
Eu estava jogando Minecraft quando Nathan chegou. Já estava quase desistindo. Não tenho paciência para montar bloco em cima de bloco.
– Preciso que venha comigo- Nathan estendeu a mão e eu a segurei, me levantando do sofá.
– Aconteceu alguma coisa grave?- perguntei preocupada.
– Não. Só precisamos conversar.
Ele avisou ao Spencer que estávamos indo.
– O que aconteceu lá?- perguntei quando estávamos a caminho da casa dele.
– Só luta. Acabou com eles indo embora. Eles que eu digo, os caras rivais. Spencer te explicou sobre a Rede e a Liga?
Confirmei.
– Eu nunca te contei porque não achei que importasse ou fizesse alguma diferença.
– Você cuidou bem do Buddy?- mudei o assunto, mas não de propósito.
– Claro.
– Você sabe que eu tenho que ir com o Erick, né?- perguntei para confirmar.
– Sei, mas eu não ligo- pude notar que ele apertou o volante.
– Nathan, é sério. Ele vai ficar louco- imaginei a cena- deve estar me procurando pela cidade toda.
– Então ele te ama? Tipo, de verdade?
Pude notar o deboche em sua voz.
– Ama- confirmei.
– Maravilha.
Sarcasmo puro. Não vi, mas o imaginei revirando os olhos.
– Relaxa. Eu tenho um plano- falei.
– Eu também. Liga para ele e termina. Simples.
– Ele vai pensar que eu sou uma puta- falei, o que é verdade.
– Ele sabe que você não é. Eu não quero te ver com aquele cara de novo- disse sério.
– Vai ter que ver- falei sem dar a mínima para o ciúmes dele - eu não vou terminar por uma ligação- falei completamente decidida.
Nathan soltou o ar pela boca e se concentrou na condução do carro, encerrando o assunto.
– Você se machucou?- perguntei encostando a cabeça no vidro da janela.
– Um pouco- ele respondeu mais calmo.
* * *
Depois de ter brincado um pouco com o Buddy, que está super feliz por me ver novamente, eu subi até o quarto.
Nathan estava só de toalha, mexendo no celular.
Impecavelmente sexy, pensei.
– E então...porque me trouxe para cá?- perguntei.
Ele colocou o celular em cima da bancada.
– Ah, deixa eu ver...porque eu estava com saudades- ele me abraçou e deu um beijo na minha testa- senti muito a sua falta.
Senti suas mãos abrindo o fecho do meu vestido.
– Idiota. Eu sabia que me trouxe até aqui para isso- ri.
– Você que tem a mente suja- ele riu- eu só quero banhar com você, nada de mais.
Percebi a pitada de sarcasmo no ‘‘nada de mais’’.
– E você acha que me engana, né?- ergui uma sobrancelha.
Ele riu e disse baixinho:
– Eu estou falando sério.
Senti o zíper descendo e logo o meu vestido caiu no chão.
– Você vai me afogar- previ me lembrando de todas as vezes que ele me afogou embaixo do chuveiro.
– Não vou não. Prometo- ele ergueu as mãos para mostrar que não estava cruzando os dedos.
– Eu não confio nas suas promessas e você sabe por que- abri um sorriso malicioso.
– Eu não vou te afogar- ele insistiu.
Não acreditei nele, mas fui mesmo assim e claro que o idiota me afogou várias vezes.
– Besta- dei um tapa no peito dele- deixa de palhaçada. Eu quero tomar a porra do meu banho.
Recebi um beijo calmo e claro, molhado.
– Não finge que não gosta, sua boba- ele me abraçou- e é nosso banho, ta?
– E o seu cu- dei um beijo na bochecha dele e fechei o chuveiro.
– Que delicada- ele abriu um sorriso forçado.
Nathan pegou a toalha dele e um roupão para mim. O vesti e saí do banheiro.
– Qual é o seu grande plano?- ele perguntou passando os dedos pelo cabelo preto molhado.
– Estou com preguiça de contar- bocejei de brincadeira.
Roubei o pente da mão dele e comecei a pentear meu cabelo, derramando gotas de água no chão.
O celular começou a tocar e ele atendeu.
Não ouvi nada. Estava concentrada na minha imagem refletida no espelho.
Escolhi uma roupa minha e a vesti. Uma regata branca, um moletom roxo e uma calça lilás rasgada nos joelhos. Calcei um tênis cinza com lilás de cano longo.
– Aconteceu uma grande merda- Nathan disse ao encerrar a ligação- seu namoradinho de merda...- ele pausou e se apoiou na bancada com as duas mãos.
– O que ele fez?- perguntei tentando adivinhar a merda.
– Polícia. Pasta. Tinha que ser- ele deu um murro na bancada.
– Fica calmo- coloquei minhas mãos sobre seus ombros e realmente funcionou. Observei sua respiração diminuir aos poucos.
Nathan foi até o closet e colocou um monte de roupas e sapatos dentro de uma mala.
– Não posso ser preso. Preciso sair até resolver isso. Pega lá o Buddy.
Fui para a sala e coloquei uma coleira no pescoço dele.
Em pouco tempo Nathan desceu vestido e com a mala feita.
– Você vai para onde?- perguntei.
– Eu não faço a mínima ideia- ele tirou a chave do bolso e foi apressado para a SW4.
Segui ele e entrei no lado do passageiro. Coloquei o Buddy em meu colo.
– Quer que eu te deixe onde? Na casa da sua mãe ou com o seu pai?- ele girou a chave na ignição.
– Em lugar nenhum- coloquei o cinto- eu vou com você.
– Não vai não- ele deu ré no carro- não mesmo.
– Vou sim- cruzei os braços- você não manda em mim. Entenda isso.
Ele riu.
– Fofa, o carro é meu. Eu não quero que corra esse risco.
– Que se foda. Eu não vou sair daqui- fiz birra- não me chama de fofa– reclamei.
– Fofa, você é tão fofa falando ‘‘não me chama de fofa’’- ele me provocou e riu logo depois.
– Porra, você é tão chato- coloquei os pés em cima do painel do carro.
– Tira seu tênis sujo daí, fofa- ele mandou.
– Você vai fugir comigo?- mordi o lábio.
– Não.
– Por favor, amor- passei para o plano ‘‘implorar’’ mesmo sabendo que as chances de funcionarem são muito pequenas.
– Não, Katherine- ele continuou impassível.
Soltei o meu cinto e coloquei o Buddy no banco de trás.
– Ta fazendo o que?- Nathan perguntou olhando para mim.
– Eu vou pular do carro- olhei através da janela.
– Você não vai- ele riu.
Abri a porta do carro e estava prestes a saltar, mas Nathan se esticou sobre mim e a fechou rapidamente e com força. Nesse instante, quase batemos em um carro que estava na frente, mas ele conseguiu desviar bruscamente e parou o carro em cima de uma calçada, quase atingindo uma casa.
– Você ta maluca?- ele perguntou quase gritando- podíamos ter morrido!
Peguei o Buddy e me certifiquei se estava tudo bem com ele.
Recuperei meu ritmo normal de respiração.
– Vai me deixar ir com você ou não?- comecei a rir- desculpa, ta? Eu sei que eu exagerei...
– Exagerou?- ele riu sem humor- onde você estava com a cabe...
Dei um beijo rápido nele.
– Vai deixar eu ir agora?- perguntei- ou você deixa ou eu tento pular de novo, de novo e de novo.
Ele rolou os olhos.
– Porque você tem que ser tão teimosa?- perguntou.
– Não finge que não gosta- abri um sorriso.
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Esses dois...
ou você deixa ou eu tento pular de novo, de novo e de novo.
e é nosso banho, ta?
Nathan estava só de toalha, mexendo no celular.
Impecavelmente sexy, pensei.
Fofa, você é tão fofa falando ‘‘não me chama de fofa’'