Drops to Live - Temporadas 3 escrita por Ana


Capítulo 10
Capítulo 9- Amores


Notas iniciais do capítulo

Aposto que mais tarde todos vão adorar o filho do Nathan, que literalmente é um filho da puta/Lily (créditos para a maravilhosa Jaque mana diva que ficou mais revoltada que a Possy por causa do capítulo passado. Love u mana



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/386305/chapter/10

POV Nathan (que é melhor que o Erick)

Meu mundo virou de cabeça para baixo. Tudo está revirado, fora do lugar. Estou me sentindo um deslocado. Não sei quem eu sou. Estou sem o Scrush, sem as lutas, sem apostas, sem jogos, sem rachas, sem a Katy e quase sem meus amigos. É, esse não sou eu.

Meu celular tocava sem parar, mas eu estava dirigindo. Encostei o carro em uma calçada e atendi a ligação.

– Oi- era uma mulher. Eu não fazia ideia de quem era- Nathan?

– Nathan- confirmei e desliguei o motor do carro.

– Aqui é a irmã da Lily. Ela me disse que era para ligar para você porque você que é o pai do bebê- ela falou tudo bem rápido.

– Aconteceu alguma coisa com o bebê?- perguntei preocupado.

– Não...quer dizer...sim- ela se atrapalhou e eu achei engraçado- o bebê vai nascer.

– O que?- perguntei sobressaltado.

– Eu sei, ele tem só sete meses, mas o bebê não quis esperar- ela riu- estamos no hospital do seu pai.

– Ok.

Dirigi rápido, pegando alguns atalhos que eu conheço.

POV Possy (que lacra)

Eu estava no hospital. Engraçado eu chegar primeiro que o pai da criança que vai nascer.

– Nathan Breind Scar ganhou o título de pai do dia- zoei quando ele chegou.

Na mesma hora uma médica veio até a sala de espera e nos chamou. O bebê tinha nascido.

– Perdeu o nascimento do seu filho. Parabéns- continuei brincando enquanto seguíamos a médica pelos corredores- estava fazendo o que?

– Estava com a Katherine.

Quando eu abri a boca para perguntar se eles se acertaram, ele disse ‘‘e não, não voltamos’’. Minha felicidade repentina foi sugada pelo ralo.

Entramos, finalmente, no quarto particular.

Lily estava deitada com o bebê nos braços, um embrulhinho azul.

Nathan abriu um sorriso ao se aproximar. Eu apenas fiquei encostada observando a cena. Ela entregou o neném para ele, que o pegou no colo e afastou o capuzinho do lençol e deu um beijo de leve em sua cabeça fofinha.

Pouco tempo depois de mimar o filho, ele fez um sinal com a mão, pedindo que eu me aproximasse e foi o que eu fiz.

Eu odeio a Lily, claro, mas o Vitor não tem nada a ver com isso. Ele é apenas um neném. Por isso que eu aceitei ser madrinha dele.

Peguei ele no colo e me derreti todinha. Vitor tem os olhos verdes, cabelos bem loirinhos e a pele vermelhinha. Mesmo dormindo, ele ergueu o bracinho, o tirando de dentro do lençol e revelando sua mãozinha fofa. Era capaz de sair corações de dentro de mim. Eu queria apertá-lo com muita força de tão fofo que ele é. Cheirei a cabeça dele. O cheirinho natural de bebê que eu amo.

– Vitor Breind, você conquistou meu coração- sorri.

Entreguei ele de volta para o pai e saí do quarto.

Minutos depois, Nathan saiu também.

Eu estava bebendo um cappuccino de chocolate. Ele sentou ao meu lado e pediu uma xícara com leite quente.

– Vitor não tem nada a ver com você- falei o que eu queria ter dito na mesma hora que o vi em meus braços- faz outro teste. Aposto que aquela vadia falsificou o primeiro.

– Eu vou fazer.

– Não vai se apegar tanto a esse bebê. Estou te falando, Lily deve ter falsificado o teste e aí você vai se foder depois- adverti.

Passamos o resto da tarde no hospital.

Fui para a casa do Spencer umas sete da noite. Estava tudo muito quieto e escuro quando eu cheguei. Acendi o lustre da sala.

– Spencer?- chamei por ele, mas não recebi resposta.

Subi a escada devagar. Meus sentidos alertavam que alguma coisa estava errada.

Senti um solavanco em meu braço. Rolei toda a extensão da escada. Quando minha cabeça bateu no último degrau, eu desmaiei.

Quando abri os olhos, minha visão estava super embaçada.

Joguei a cabeça para trás e a bati em algum lugar.

Percebi que minhas mãos estavam amarradas para trás

Logo minha visão se normalizou e eu vi James na minha frente, sentado no chão e com as mãos iguais as minhas, presas atrás da coluna onde ele estava encostado.

– James- o chamei baixo- James.

Ele acordou e me olhou assustado. Tentou se soltar, mas não conseguiu.

– O que está acontecendo, Possy?- ele perguntou completamente confuso, olhando de um lado para o outro.

– Eu não sei. Como veio parar aqui?

– Sei lá.

Meu coração acelerou. Comecei a entrar em desespero. Uma sensação horrível percorreu todo o me corpo quando vi Spencer entrando por uma porta de ferro. Ele trazia uma arma na mão. A blusa branca dele se tornou vermelha. Era sangue e ele pingava no chão.

Droga. Quem ele tinha matado? Era um dos meus amigos? Eu fui enganada esse tempo todo? Ele vai nos matar? Que porra está acontecendo?

– Você é uma otária- ele riu pelo nariz, se aproximando- uma trouxa- se ajoelhou ao meu lado, me dando mais calafrios- você me decepcionou, Possy. Pensei que fosse inteligente, mas acreditou que do nada eu mudei.

Spencer apertou meu queixo com força e levantou minha cabeça.

– Olha bem nos meus olhos, sua vadia- ele disse com repulsa.

– Você realmente acreditou que o amor me mudou? Eu não amo ninguém, muito menos você. Tudo o que eu quero é matar. Quero vingança, Possy. Quero o seu sangue e o sangue dos seus amigos em minhas mãos. Quero te ouvir implorando pela sua vida inútil. Vai ser música para os meus ouvidos. Eu vou jogar o seu corpo em um morro qualquer. Não me importo.

Eu estava assustada com as palavras dele, com o modo frio.

Fui enganada por mais de um mês. Fui burra por mais de um mês.

Eu estava tremendo. Ele ia nos matar. Não tem como sair daqui.

Spencer levantou e apontou a arma para James.

– Não se atreva!- gritei- se você fizer isso, juro por Deus que te mato!

– Eu vou te matar primeiro- ele riu, adorando o show.

– E eu volto do inferno só para te fazer sofrer, seu filho da puta! Eu volto do inferno e enfio uma faca bem no seu peito!- gritei com ódio.

Comecei a me debater, tentando me soltar.

Cuspi o mais longe possível, acertando na roupa dele.

Comecei gritar por socorro.

Recebi um tapa na cara.

– Ta ficando louca?- ele apertou minhas bochechas com muita força- faz isso de novo e eu arrebento a sua cara e cuspo nela de volta, sua filha da puta!

– Arrebenta, seu merda- o encarei com fúria- arrebenta! Mostra o covarde que você é! Mostra para mim! Me bate, seu psicopata!

Spencer apontou novamente a arma para James.

– Não faça isso. Não. Não Não! Não! Não!- gritava em desespero.

E então ele apertou o gatilho.

Eu não vi onde foi. Virei meu rosto na hora, foi algo automático. Soltei o grito mais alto que eu já dei em toda a minha existência. Minhas cordas vocais doeram, pareciam que iam se rasgar.

Senti o sangue de James no meu pé descalço e gritei mais ainda. Comecei a espernear. Parecia que eu estava sendo sufocada em uma piscina. Meu coração tinha sido arrancado do peito. Eu podia sentir que James morreu. Não ia aguentar viver sem ele.

Spencer soltou meus braços e me empurrou para a poça de sangue. Continuei de olhos fechados. Eu não conseguia e nem queria abrir.

Senti em meu rosto. Senti em meu corpo. Senti o gosto do sangue do James.

– Eu vou te mandar para o inferno!- ameacei, piorando o estado da minha garganta.

– Nos vemos lá, Possy- ele apontou a arma para a minha cabeça.

Fechei os olhos. Esperei pelo tiro.

Será que a morte é a vida de outro modo?

Eu acordei com um pulo na cadeira.

Olhei ao redor. Eu ainda estou no hospital, na sala de espera. Tudo não passou do pior pesadelo da minha vida.

(enganei vocês? haha)

Minha respiração estava pesada. Meu batia muito forte. Meu rosto estava molhado de lágrimas. Eu estava me tremendo por completo.

Eu quase nunca lembro dos meus sonhos e pesadelos. Esse foi tão real que me afetou.

Quando levantei, quase caí. Minhas pernas estavam bambas, mas depois eu consegui correr até lá fora.

Subi na árvore mais próxima da saída e me acomodei ali. Me senti o Tarzan.

Peguei meu celular e liguei para James via FaceTime. Não demorou para ele atender.

– Eu ia ligar para você agora mesmo- ele disse com um sorriso no rosto.

Peguei os fones do bolso da minha calça e os conectei em meu iPhone.

– Jay, eu tive um pesadelo terrível- falei choramingando- você não tem noção.

Eu parecia uma criança assustada ligando para o pai.

– Você morreu bem na minha frente. Foi muito real. Eu peguei no seu sangue, senti o gosto dele- falei, o que me causou arrepios horríveis- eu quero você.

Comecei a chorar.

– Oh, bebê, não chora.

Ri do bebê. Ele sempre me chama assim quando eu estou chorando.

– Eu estou aqui, não estou? Foi só um pesadelo. Eu estou aqui e vou voltar para você são e salvo. Eu prometo. Agora enxuga essas lágrimas. Tristeza não combina com você. Eu quero ver o seu sorriso.

James ia voltar para a universidade, então a conversa durou pouco, mas foi o suficiente para me acalmar.

– Eu quero te falar uma coisa- ele disse sério- eu sei que estou longe, mas eu ainda te amo. Não é a distância que vai nos separar. Nem ela, nem nada e nem ninguém.

Meu amor é como uma estrela,

Você pode não me ver sempre, mas sabe que sempre estou lá

Quando você ver uma brilhando, saiba que sou eu

E lembre-se que eu estou sempre perto

– Nem ela, nem nada e nem ninguém- falei com umas lágrimas escapando- te amo.

– Logo eu vou estar aí. Agora eu preciso desligar, mas quando der, eu ligo para você.

Ele soltou um beijo e eu fiz o mesmo, finalizando a chamada.

Meu coração está apertado, sufocado com ele longe de mim.

Ouvi um carro chegando e olhei para baixo. Spencer em seu Audi.

Enxuguei o rosto com as mangas do meu cachecol. Desci com um pulo quando ele saiu do carro.

– Você estava na árvore?- ele olhou para cima, confuso.

Confirmei.

Contei tudo o que eu lembrei do pesadelo. Quando terminei, ele riu.

– Eu admito que é difícil para mim ser romântico, mas eu estou apaixonado por você. Eu não vou te bater, nem te matar, nem te xingar- ele pausou e pensou melhor- é, te xingar eu ainda vou e muito.

– Idiota- falei rindo.

Spencer me puxou pelo braço, me abraçou e deu um beijo na minha cabeça.

– Você sempre tem que ser pelo menos um pouco bruto, né?- perguntei.

– Claro. Vamos logo ver a droga do bebê da Lily e dar o fora daqui. Estou com fome.

Dei um beliscão no braço dele.

– Ai, porra!- ele passou a mão por onde eu havia machucado.

– Não chama um bebê de droga- reclamei.

Ele riu, passou a mão pela minha cintura e me guiou para dentro do hospital.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

VITOR, MAL CONHEÇO E JÁ CONSIDERO PAKAS S2 (AMEM ELE TAMBÉM. ELE É APENAS UM NENÉM LINDO)
Música citada-My Love Is Like A Star (Demi Lovato Diva)
A Possy ta tão projeto de Lily/Puta



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Drops to Live - Temporadas 3" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.