Tenha Fé ( Finalizada) escrita por dcm, Thaises Cullen


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas..... voltei com mais um cap.
Espero que me desculpem pelos erros do cap, minha beta ficou sem net e eu não queria atrasar a postagem do cap.

Temos uma novidade. O trailer da fic ficou pronto, e esta maravilhoso.
http://www.youtube.com/watch?v=gJSe1UJe1PQ
Não deixem de ver, é simplesmente lindo.
E a musica do trailer é a musica tema da fic. Rescue Me.
Boa leitura meninas



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- Parada!!!

Minhas mãos tremiam, minha respiração estava pesada.
Eu lutava comigo mesmo ao fazer aquilo. Como eu podia estar fazendo aquilo?
Sua irmã precisa de ajuda...... sua irmã precisa de ajuda!
Minha mente gritava para mim..... era isso, eu tinha que pensar em Alice.
Procurei me manter forte e dei outra ordem a ela.
- Vire-se, devagar!
Chovia muito e estava ainda mais frio.
Pela fumaça de sua respiração eu podia ver o quanto ela estava nervosa também.
Então bem lentamente ela começou a se virar para mim. Quando finalmente estava de frente para mim ela me olhou nos olhos.
Seus olhos estavam apavorados e lágrimas já se misturavam a agua da chuva que corria pelo seu rosto.
Mas o que mais me chamou atenção foi o pavor em seus olhos..... e eu me odiei por seu eu o causador de tamanho medo.
_ Por.... por favor, não me machuque.
Ela implorou gaguejando em um sussurro.
Não, eu não podia fazer aquilo. Não com uma garota inocente e amedrontada.
Ela parecia ser tão nova....
Permaneci parado em sua frente a olhando e pensando no que fazer....
Então as palavras de meu pai fizerem eco em minha mente.
TENHA FÉ MEU FILHO!!!!
TENHA FÉ!
Será? Será que eu deveria acreditar nisso?
Então eu fechei meus olhos e implorei.
Por favor, por favor que de certo dessa vez. Só dessa vez!
Então abaixei a faca e abri os olhos a encarando.
Ela permanecia paralisada de medo.
Respirando fundo para tomar coragem eu implorei a menina a minha frente.
- Por favor.... nos ajude?
Ela piscou algumas vezes sem entender.... parecia que não estava entendendo nada... e quem era eu para culpa-la, nem eu sabia o que estava fazendo.
Então vi que precisaria insistir.
- Nos ajude, eu lhe imploro.

Me resgata
Me mostra quem eu sou
Porque não posso acreditar que é assim que a história termina

Lute por mim
Se não for tarde demais
Ajuda-me a respirar de novo
Não, não pode ser assim que a história termina

Estou presa e estou esperando por você
Perdi muito mais do que jamais saberei
O amor tem a verdade esquecida
Encontre-me agora
Antes de eu perder tudo
Eu estou chorando
Me resgata
Me mostra quem eu sou
Porque não posso acreditar que é assim que a história termina

Então ela pareceu sair do seu transe e sacudiu a cabeça para tentar voltar a realidade.
- O que...... o que esta havendo?
Sua voz entrou em meus ouvidos parecendo uma carícia.... ela tinha voz de anjo.
- Minha irmã......... não temos dinheiro ou gasolina, ela esta queimando em febre... não sabemos o que fazer!
Seus olhos pareceram ganhar vida, parecia que ela estava acordando para algo.
- Onde? _ foi tudo que ela perguntou.
- No carro. _ falei apontando para trás de mim.
- Vamos rápido. _ então ela começou a correr em direção ao carro e eu fui com ela sem entender o que ela faria.
Ela abriu a porta do carro e se jogou no banco do carona sem se preocupar com nada. Fui correndo para o lado do motorista.
- Qual o nome dela? _ A garota perguntou a ninguém especificamente, mas foi minha mãe quem respondeu.
- Alice.
- Alice, você pode me ouvir?_ minha irmã apenas gemia. _ Pode apertar minha mão Alice?
E mais uma vez nada.
A morena tirou rapidamente o grosso sobretudo que usava e colocou em cima de minha irmã.
- Rápido, tragam ela para dentro.
Ela saiu em disparada para a casa e eu peguei Alice no colo e fui atrás dela.
Rapidamente ela abriu a porta e me deu passagem.
- A coloque no sofá._ ordenou para mim.
Meus pais entraram atrás de nós assustados e nervosos.
A morena olhou para meu pai e instruiu.
No andar de cima na segunda porta tem um banheiro, encha a banheira com agua gelada.
- Gelada? _ meu pai perguntou assustado. _ Ela esta congelando...
- Rápido.
Ele então desistiu de entender e correu escada acima.
Ela se virou para minha mãe e deu ordens também.
Meu quarto fica ao lado do banheiro, entre lá e pegue cobertores e roupas secas no armário.
Minha mãe subiu sem perguntar nada.
A morena então correu para a cozinha e pegou uma maleta no armário. De lá ela começou a tirar medicamentos e uma seringa. Fez algumas misturas com os remédios e por fim o colocou na seringa.
Pegou um garrote e amarrou no braço de Alice.
- O que esta fazendo? _ perguntei preocupado.
- Preciso abaixar a febre dela rápido, ela já não responde a nenhum estímulo, se a febre continuar a subir vai deixar sequelas nela. Ela não pode se mexer agora, segure-a.
Ela dizia sem me olhar, permaneci parado e assustado então ela me olhou.
- Não se preocupe, sou enfermeira, sei o que estou fazendo. Segure-a.
Confiando totalmente nela eu fiz o que ela me pediu. Segurei Alice firmemente em meus braços e a morena logo injetou a medicação nela.
- Consegue subir as escadas com ela?
- Sim. _ respondi prontamente.
- Então coloque-a na banheira. A medicação ainda vai demorar um pouco para agir, precisamos abaixar a temperatura agora.
Peguei Alice no colo e subi com ela as escadas. A morena me guiou e logo achei a porta do banheiro, meu pai ainda estava lá. Depositei Alice ainda vestida na banheira.
Sua voz soou enérgica novamente.
- Vocês homens, saiam do banheiro.
Meu pai e eu nos entreolhamos e saímos de lá, porém antes de fechar a porta eu olhei a morena mais uma vez.
- Por favor...... cuide dela.
Ela me olhou por apenas alguns instantes e assentiu.
Fechei a porta e fiquei com meu pai do lado de fora.
Se passaram alguns minutos até que senti a mão do meu pai no meu ombro.
- Estou orgulhoso de você meu filho._ ele tinha um rosto tranquilo.
- Como pode sentir orgulho de mim? Eu..... eu ia......
Mas não terminei a frase, minha mãe abriu a porta do banheiro pedindo que eu levasse Alice para o quarto.
Entrei e mais uma vez peguei o corpo inerte da minha irmã no colo.
- É a porta ao lado. _ a garota indicou.
Depositei ela na cama e olhei em volta.
Era um quarto bonito, de mulher sem dúvidas, lembrava o da minha irmã na época que ainda tínhamos casa.
Havia uma grande cama de casal no meio do quarto e um armário na parede aos pés da cama. No outro lado havia uma grande janela coberta por cortinas da cor lilás. Havia ainda uma tv de LCD na parede e uma escrivaninha em outro lado do quarto.
Uma colcha lilás na cama fazia conjunto com a cortina talvez, e o quarto era em um tom de marfim.
A morena pigarreou chamando minha atenção.
Olhei para ela sem entender.
- Precisamos trocar sua irmã Edward. _ minha mãe falou como se fosse óbvio.
Então mais uma vez saí de perto delas indo para fora do quarto ficar de novo com meu pai, mas dessa vez ele ficou em silencio, coisa que eu agradeci profundamente. Não queria pensar em nada por enquanto.
Mais alguns minutos e a porta foi aberta de novo.
Meu pai entrou no quarto e eu o segui.
Alice estava com outras roupas, agora secas, provavelmente da mulher que nos ajudou.
Embora apenas poucos minutos tenham se passado ela já parecia bem melhor, não tremia ou gemia, apenas dormia tranquilamente.
- Ela esta melhor agora. _ a morena começou a falar. _ a febre baixou por causa do banho gelado e a medicação já vai começar a fazer efeito. Acho que em algumas horas ela acorda. Foi por pouco, mas ela vai ficar bem. Examinei os pulmões e não parece ser nada grave, um resfriado mais forte, o problema mesmo foi a febre.
Então minha mãe começou a chorar.
- Muito..... muito obrigada minha filha....... eu não sei o que seria de Alice se não fosse por você.
A morena pareceu desconcertada com o agradecimento.
- Não fiz nada demais, qualquer um teria feito o mesmo.
Então meu sangue ferveu diante da sua modéstia. Eu não ia permitir se desvalorizasse assim, não ela, a única que nos ajudou.
Com a voz rouca e os dentes trincados falei.
- Você foi a única a nos ajudar, acredite, ninguém teria feito o que o fez.
Então a olhei e a vi corando.
Ela corava...... fiquei encantado com aquilo... nunca conheci ninguém que corasse.
Afastei aquele pensamento idiota e me lembrei de algo importante.
- Er... hum..... será que..... será que poderia nos emprestar um pouco de gasolina... não temos nada no momento, mas eu posso fazer qualquer serviço em troca da gasolina, posso consertar algo, ou cortar a sua grama amanhã, não precisa ser muita, apenas para chegar a algum hospital. _ falei morrendo de vergonha por lembrar a ela que não tínhamos um único centavo.
Ela mordeu o lábio inferior pensativa e então nos encarou.
- Ela não vai precisar ir para um hospital, não é nada grave.
- Mesmo assim_ meu pai começou_ Não podemos leva-la para um abrigo ou ficar com ela no carro frio enquanto ela não melhorar, um hospital seria o ideal.
- A minha casa também vai servir.
Todos a olhamos espantados.
- Sua casa? Aqui?_ falei espantado.
- Sim. Aqui.
- Ficou louca? _ falei quase gritando o que a fez se assustar e dar um passo para trás.
- Edward. _ minha mãe ralhou comigo. _ Você a assustou?
- Desculpe moça.... mas .... você esta sendo imprudente..... irracional.
Pontuei a situação e ela ergueu o queixo em desafio para mim.
- Por que?
- Por que? Ora por que somos estranhos..... você não nos conhece. Tudo bem que minha irmã não esta em condições de fazer nada, mas ... eu e meu pai somos homens e aparentemente você vive sozinha.
Fui mostrando vários motivos pelo qual ela deveria ver que aquilo era uma loucura.
- Olhe, não sou boba ou ingênua, sei que é perigoso, mas não vou fazer vocês saírem daqui com ela em baixo desse temporal. Não acredito que vocês vão me machucar ou me roubar... _ então ela olhou para mim_ não agora que os ajudei pelo menos.
Completou ela baixinho.
Grunhi com a falta de preocupação de segurança que ela tinha para com ela mesma. Ela era louca hospedando estranhos e principalmente homens na casa dela assim do nada.
- Muito obrigada menina, eu garanto que não lhe acontecerá nada. _ meu pai garantiu a ela.
Ela deu um sorriso tímido e falou.
- Sou Isabela..... Isabela Swan.
- Sou Carlisle Cullen, e essa é a minha família. Minha filha Alice, minha esposa Esme e meu filho........ hum hum.
Ele pigarreou querendo que eu me apresentasse.
Rolei os olhos para a situação e me apresentei.
- Edward Cullen.
Ela então soltou um risinho e deu um passo a frente esticando a mão me oferecendo um cumprimento.
Aceitei seu aperto de mão e ao segurar sua mão nas minhas senti como se uma eletricidade percorresse meu corpo saindo diretamente das mãos dela.
Ela soltou rapidamente minha mão parecendo ter sentido a mesma coisa.
Fiquei calado e apenas coloquei minhas mãos no bolso da calça.
Ela então pareceu se lembrar de algo.
- Nossa, se continuarem molhados assim também ficarão doentes.
Saiu do quarto e voltou não muito tempo depois com algumas roupas nas mãos.
- Espero que não se importem, aqui tem algumas roupas para vocês vestirem. Podem usar esse banheiro para tomarem banho, eu vou usar o do outro quarto. Fiquem a vontade por favor.
Então saiu sem dizer mais nada.
Meu pai e eu fizemos minha mão tomar banho primeiro e logo depois insisti para que meu pai tomasse o dele me deixando por último.
Demorei um pouco no banho..... a tanto tempo que não tinha um banheiro para tomar banho sozinho.... não um banheiro de verdade, com agua quente a vontade.
Relaxei todos os meus músculos ali e quando achei que já estava abusando desliguei o chuveiro.
Me enxuguei e vesti as roupas.
Elas estavam cheirosas e macias. Provavelmente eram de algum namorado dela.
Quando saí do banheiro vi que meus pais haviam deitado ao lado de Alice e agora dormiam. Sorri para a cena, a dias que eles não deitavam em uma cama, estavam esgotados.
Fechei os olhos com força. Aquilo não era vida para eles..... para nós..... para ninguém.
Resolvi que deveria agradecer de forma apropriada a morena que nos ajudou, a Isabela. E também precisava urgentemente pedir desculpas a ela.
Saí pelo corredor a procura dela mas só encontrei o vazio e o silencio. Então um cheiro de comida, um cheiro delicioso por sinal, me alcançou e deduzi que ela estivesse na cozinha.
Desci os degraus reparando na sujeira que havíamos feito em sua casa, água, lama e grama estavam sujando toda a sua escada de madeira. Amanhã bem cedo iria limpar tudo isso.
Cheguei a cozinha sem fazer barulho e a vi mexendo algo em uma panela no fogão. Ela estava linda, cabelos molhados, vestindo uma calça de moletom branca e uma regata lilás. Acho que essa era a sua cor preferida. Ela cantarolava uma música baixinho enquanto cozinhava. Então ao se virar para pegar algo no armário ela me viu e levou um baita susto.
- Ah...
Ela deu um grito esganiçado e logo cobriu a boca para abafar o som. Me aprecei em levantar as mãos num gesto de paz.
- Desculpe, não queria assustá-la.
Ela segurou seu coração como se quisesse força-lo a parar de bater tão forte.
- Tudo bem.....acho que estou meio nervosa hoje._ ela disse sem graça.
- Bom, você tem motivos para isso.
Ela me olhou com curiosidade. Então voltou a mexer na panela.
- Eu não sabia o que vocês gostavam de comer, por isso estou fazendo uma sopa, é ótimo nesse frio, e vai ser bom para sua irmã também.
- Qualquer comida quente vai ser ótimo para todos nós. _ falei amargo.
Meu tom de voz não passou despercebido por ela.
- Esta sendo um tempo difícil para vocês não é?!
- Já esta sendo a 2 anos._ disse me encostando a porta e cruzando os braços.
Ela se virou rápidamente depois de me ouvir.
- Dois anos? _ perguntou incrédula.
- Sim.
Ela pareceu engolir em seco e abaixou a cabeça pensativa.
Eu a via morder os lábios pensativas e sorri com seu gesto, ela parecia nervosa com algo.
- Sei que devem estar cansados, mas as coisas vão melhorar, vocês vão ver.
Dissesse simplesmente voltando a mexer na panela.
Bufei.
- Não acredito mais nisso.
Ela se virou me encarando.
- Tenha um pouco de fé...
- Ter fé? É isso que me pai vive me dizendo. Vive dizendo a todos nós. Eu cresci ouvindo isso... e me diga, de que adiantou? _ falei revoltado alterando um pouco minha voz com ela.
Ela pareceu constrangida com meu rompante e respondeu dando de ombros baixinho.
- Funcionou na última vez não foi?
Então levantou seu olhar para me olhar.
Ela parecia tão pequena. Tão indefesa. Tão ingênua, mas ao mesmo tempo era forte e determinada. Algo em seu olhar me quebrou. Me fez sentir pequeno.
- Foi por pouco, eu quase..... quase perdi as esperanças..... quase me perdi.
Então eu chorava. Um choro silencioso e baixo. Apenas lágrimas rolavam pelo meu rosto. As enxuguei rapidamente com vergonha da minha fraqueza. Com vergonha da minha vida miserável, com vergonha da Isabela ver como a minha vida era miserável.
Ela pareceu querer vir em minha direção, mas algo a fez estancar onde estava e apenas me olhar.
- Tudo vai melhorar, você vai ver. _ disse carinhosamente.
- Tenho medo. Medo de me perder...... medo de não conseguir me achar mais nessa vida.
Então ela andou até mim lentamente e pegou minha mão.
- Você vai se achar.... e se não conseguir sozinho alguém vai achar o caminho para você.
Seu sorriso embora tímido parecia iluminar aquela cozinha inteira.
Então querendo acabar de vez com aquele clima triste ela falou.
- Então? Não é fácil fazer uma sopa gostosa, acho bom o senhor me ajudar, já que pelo visto somos os únicos acordados. Pegue um avental ali na gaveta e comece a trabalhar.
Sorri fracamente e fui fazer o que ela mandava.
Ter fé dessa vez deu certo. Por ela deu certo. Quem sabe ela não era um sinal na nossa vida de que tudo fosse começar a melhorar?
Quem sabe ela não fosse me ensinar a ter um pouco mais de fé?

Continua....


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Mereço reviews?
E o clipe? Alguém gostou? Eu simplesmente amei. O vejo toda hora... ele é a cara da fic gente. Parece que saiu da minha mente para a tela.
Obrigada Vitória Luiza por ele. Vc é simplesmente ótima no que faz.
Meninas o próximo cap vem na quinta ok?!
Espero ver vcs lá. E fantasminhas, não tenham medo, deixar reviews não dói...........kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Até quinta
Dani