Rune's Quest escrita por Rob Sugar


Capítulo 8
Colisão Vampírica


Notas iniciais do capítulo

Após ver um vampiro morrer, Alli quer saber tudo sobre eles, fica fascinada e vai em busca de vampiros, mas as coisas dão errado quando ela vira refém de Theseus, um sanguinário e maligno vampiro.



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-E a gente derrotou os atendentes malvadões - Alli enfiou um pedaço de torta na boca - pegou o que podia e deu o fora. Foi muito legal. - ela procurou mais comida, mas não achou nada - Acho que acabou a festa.

-Não se preocupe, Alli. -Ernest disse tirando uma caixa da mochila - Aí tem uns biscoitos de mel que eu peguei antes de sairmos.

Alli comeu seis dos quinze biscoitos, mas antes de poder sentir o gosto da guloseima, sua atenção foi desviada por uma figura que parecia estar morrendo em chamas. Ela se escondeu atrás de seu irmão e perguntou a Rune o que era aquilo.

-É um vampiro que entrou em contato com o sol. - Rune disse e puxou Alli - Se vampiros ficam sob a luz do Sol, eles entram em combustão, ou seja, pegam fogo e morrem. O fogo pode se alastrar por quilômetros, então vamos apenas continuar.

-Não vamos fazer nada? - Alli indagou -  Eu quero ajudar! 

-O único jeito é tirá-lo de baixo do sol. - Rune precisou de Ernest para segurar Alli - Mas você iria pegar fogo de verdade e não tem nada que lhe salve de uma chama vampírica.

-Então... Ele vai morrer mesmo? - Alli se sentia horrível, estava ouvindo de seu mentor que não poderia ajudar alguém - Quero aprender mais sobre vampiros, eu vou proteger todos eles! Nunca mais um vampiro vai pegar fogo.

Rune levou Ernest e Alli para uma Biblioteca dos Anciãos e lhes mostrou um livro chamado Colisão Vampírica, que falava tudo sobre os vampiros.

-Vamos lá - Rune falou e passou as páginas - "Vampiros são criaturas majoritariamente vis e cruéis. Apenas desejam saciar-se e consumir sangue. Possuem o dom do controle do sangue, ou seja, enfrentar um vampiro pode ser muito perigoso." - ele deu uma pausa e arranhou um pouco a garganta - e agora, aquilo que lhes falei, "Uma das formas de matar um vampiro, é expô-lo à luz solar, seja diretamente, ou indiretamente, com espelhos, por exemplo."

-O que fazemos se encontrarmos com eles à noite? - Ernest quis saber - Não podemos ficar num gato mia até as seis da manhã.

-Não mesmo, e aqui fala mais. - Rune continuou - "Outra fraqueza dos vampiros, é água pura do Oceano Talude, à temperatura de -9º C", ou seja, Ernest, você tem que começar a levar água do Talude na mochila. "Caso esta duas possibilidades sejam esgotadas, vampiros são sensíveis em seus ombros esquerdos, um ataque rápido e podem estourar como bolsas de sangue." Escutou, Alli? - Mas Alli não estava lá -  Alli? Alli! 

-Ei, maninha, se estiver brincando essa não é uma boa hora! - Ernest disse procurando por toda parte, mas as estantes da biblioteca não ajudariam - Será que ela foi...

-Tenho certeza que sim. - Rune falou e foi devolver o livro - Estamos quase de saída, Ernest.

Alli estava muito longe, perto de um lugar com uma placa escrito "Casa de Theseus, o Crudelíssimo Vampiro, fique longe", ela ignorou o aviso, e torcendo para encontrar uma daquelas criaturas tão "indefesas" foi até a casa do suposto Theseus.

-Olá? - Um homem com presas afiadas abriu a porta de metal - Não quero biscoitos, obrigado. 

-Espere. - Alli pôs o pé para que ele não fechasse a porta - Vim aqui te proteger. Você é "Theseus, o Crudelíssimo"?

-Me proteger do quê? Não estou em perigo. - Theseus concordou quem era e notou uma coisa - Seu pé não está doendo? Essa porta é bem pesada.

-Tá sim, pra caramba, na verdade. Mas minha vontade de proteger uma criatura indefesa como você. -Alli disse e entrou na casa de Theseus - Precisa de uma faxina. Vocês vampiros também morrem por causa de poeira?

-Você é louca, mocinha? - O vampiro perguntou - Eu não sou uma criatura indefesa! E foi mal pela bagunça, minha faxineira morreu.

-Ah, eu sinto muito, como? - Alli sentou numa poltrona e puxou papo.

-Suguei o sangue dela. - Theseus disse e suspirou - Coisa de vampiro.

-Entendi. - Alli se levantou mas sem perceber, se cortou numa vitrola - Ai! Você não sabe que a gente deixa essa parte mas pra cá? Agora eu estou sangrando. Vai demorar pra eu limpar tudo.

O cheiro do sangue mal chegou ao nariz de Theseus e ele foi pra cima de Alli.

-Calma, garotinha... Não vai doer nada. - Theseus disse com sua nova voz sinistra de vampiro - Só vou sugar seu sangue, vai ser até rápido!

-Achei que você era indefeso! - Alli disse tentando se libertar - Você mentiu pra mim!

-Você não sabe ler? - ele berrou - "Crudelíssimo" significa muito cruel, criança tola!

-Então vou ser crudelíssima também. - Alli disse e chutou o peito do vampiro que precisou se apoiar numa mesa para não cair.

-Você não queria me proteger, garotinha? - Ele disse e foi até ela.

-Não! - Alli pegou um martelo de construção e começou a bater violentamente em Theseus - Disse que queria proteger. Agora eu quero - Ela bateu com tanta força que o corpo de Theseus rachou a parede - proteger a mim mesma! - Uma outra batida e Theseus saiu voando pela parede até começar a crepitar e finalmente começar a incineração sob a luz do sol da tarde - Não protejo mentirosos! - Alli disse e jogou o martelo que caiu no ombro de Theseus e o fez explodir e jorrar sangue em todas as direções.

Ernest e Rune chegaram e queriam saber o que houve.

- Minha falha. - Alli disse e olhou para o sangue na grama - Minha primeira e última.


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