Os meses foram se passando. Percy babava por cada nova descoberta da gravidez de Annabeth. Ele sempre quis ser pai, parte disse se deve ao fato de ter um pai tão bom como Poseidon, a outra parte se deve ao fato de ver seus amigos brigando com seus pais. Ele sabia que tinha sorte, que nem todo meio-sangue tinha pais como ele. Ele não teve apenas uma mãe amorosa, mas um pai também. Agora, ali deita com sua esposa em uma toalha, na praia do acampamento ele viu como sua vida foi boa e ainda é. E como ele teve sorte. Ele olhou para Annabeth, mesmo com a barriga de sete meses, ela estava linda. Ele ainda se lembrava do primeiro desejo que ela teve.

Lembrança...

Percy estava dormindo tranquilamente. Ele tinha passado o dia treinando novos semideus e alguns Sátiros, eles tinham que estar bem trainados para defender heróis por ai. Ao seu lado, uma bela moça loira estava deitada. Ela olhava para o marido sem ter certeza se o deixava dormi ou não.

– Percy. – ela decidiu acorda ele. Ela o chamou calmamente, já que não queria assustá-lo.

– Hum... – ele disse virando para o outro lado. – Annie, deixa eu dormi. Estou cansado.

– Percy, acorda. – ela disse novamente, dessa vez balançando ele. – Vamos, acorde.

– Annabeth? Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou sem abri os olhos.

– Desculpe te acorda, mas estou com desejo. – ela disse ficando vermelha. – Eu sei que você está cansado, mas mesmo assim. – nessa hora ela já estava chorando. – Quer sabe, me desculpa, eu vou atrás e eu devia ter feito isso desde que acordei e...

– Doce de abóbora com pimenta vermelha. – ela disse fungando.

– Tudo bem. – Percy estalou os dedos e uma bacia apareceu em cima do colo dela. – Pronto, pode comer.

Percy se sentou e ficou vendo a esposa comer, mesmo com sono ele achou que se ele voltasse a dormi ela poderia começa a chorar de novo.

– Obrigada. – ela disse quando terminou de comer.

– Tudo bem. – ele estalou os dedos novamente. – Agora, vamos dormi.

Percy deitou e puxou a esposa para ele.

..

O humor dela também ficou bem estável. Ela chorava por qualquer coisa, fica com ciúme e principalmente carente.

Lembrança...

Percy estava terminando de treinar os filhos de Afrodite. Ele sabia que eles tinham que deixar de ser tão preocupados com a aparência e aprender a lutar. Eles podia não chamar tanta a atenção dos monstros, mas isso não queria dizer que eles não precisava saber se defender. Ele sabia que as coisas estavam calmas desde que Gaia e suas forças tinha sido destruídas, mas isso não quer dizer que eles podem abaixar a guarda, quando o assunto é monstro, você pode esperar de tudo e mais um pouco.

– Percy. – ele escutou a voz da esposa vindo de trás dele.

– Oi amor. – ele disse se virando. – Annie, o que aconteceu? Você estava chorando?

Annabeth estava com o rosto vermelho, assim com os olhos. Ela olhava para todos os lugares menos para os olhos dele.

– Eu estou triste, e nem sei por que. Mas eu preciso de você. – ela disse se virando e correndo para o chalé de Percy. – Eu... Me desculpa, vou para a casa.

– Pessoal, vamos termina esse treinamento para depois. – ele disse olhando para os filhos de Afrodite. – Depois falou com vocês para ver como vamos termina.

Percy saiu correndo em direção ao chalé. Quando ele chegou lá. Annabeth estava deitada na cama, chorando. Ele foi até ela e se deitou ao seu lado. Ele deixou ela chorar, apenas ficou ali e secou suas lágrimas.

– Melhor? – ele perguntou depois que ela se acalmou.

– Sim.

– Tudo bem, então.

Eles ficaram um tempo em silêncio. Annabeth estava envergonhada pela que tinha acabado de acontecer. Ela sabia que isso era culpa dos hormônios, e que só tendia a piorar. Que se ela disse com raiva disse, as coisas só iam ficar pior. Mas ela não gostava disso. Não mesmo.

..

Percy sorriu. Ele achava que tinha se saído bem. Ele nunca achou ruim o humor estável de Annabeth. Em um momento ela estava calma. No outro ela estava para bem dizer jogando ele no Tártaro. Ele a amava, e para ele, quando você ama uma pessoa, tem que amar seus defeitos.

– Em que você tanto pensa? – Annabeth falou, chamando a atenção dele.

– Em você. – ele disse olhando para ela, que o olhava com curiosidade.

– Em mim?

– Sim.

– Por que pensar em mim quando me tem aqui? – ela perguntou brincando.

– Você acredita que não sei. Você está certa. Eu sou burro, deveria estar aproveitando de você.

– Cala a boca. – ela disse rindo. – Coloque a mão aqui. – ela disse levando a mão dele para a barriga dela. – Sente? É o bebê. Ele está se mexendo muito hoje.

– Está sentindo alguma coisa? – ele perguntou preocupado.

– Não. É normal. Estou com sete meses, o espaço está ficando pequeno. – ela mordeu os lábios. – Você já pensou em algum nome? Sabe, eu andei pensando, mas não sei. São tantos. E eu me arrependo por decidi que só ia saber se é menino ou menina na hora do parto.

– Eu pensei em alguns nome, sim. – admitiu. – Mas acho que isso é uma coisa que temos que escolher juntos. E mais, nenhum me parece bom. E quanto o fato de querer saber o sexo do bebê, a gente sempre podemos ir ao um médico mortal. Podemos descobri o sexo a hora que você quiser.

– Mas isso seria trapaça. Além do mais, eu decidi isso. Minha mãe me alertou. Ela me disse que eu tinha que me lembra que os filhos dela odiavam não saber das coisas, assim como ela. E de todos eu sou a mais parecida com ela. Agora tenho que aguentar. Mas se a curiosidade me vencer, você será o primeiro a saber. – ela sorriu para ele. – Eu estou feliz.

– Eu também. – ele sorriu.

– Falei com meu pai hoje a tarde. Ele disse que vai pegar as férias deles quando o bebê nascer, assim, ele pode ficar um tempo aqui.

– Isso é bom. – ele disse sorrindo. –Acho que estar na hora de entramos.

– Só, mas dez minutos.

– Como quiser.

E ali deitado com a esposa, Percy viu como a vida pode ser boa. Não importa o quanto ela pode ser ruim em alguns momentos.