Ponto de vista do Sam:

Dean e Júlia finalmente chegaram ao hotel.

– Vamos fazer o seguinte: Eu e Jéssica vamos com a Dolly e você dois vão no Impala- Júlia disse olhando para mim e para Dean. Nessa hora, Jéssica me olhou com uma carinha de dar dó.

– Porque não fazemos assim: Júlia com Dean e Jéssica comigo – falei.

– Quero ir com a minha Dolly – Julia exclamou sem paciência antes de Dean pegar as chaves do carro dela que estavam em cima da mesa.

– Vem Julia, você é muito teimosa! - Dean bufou carregando-a pelo braço. Jéssica e eu ficamos sozinhas no quarto.

– Vamos? - ela disse pegando a chave. Porém, antes que ela pudesse abrir a porta, virei-a de encontro a mim e beijei seus lábios. Ergui Jéssica e a pressionei contra a parede, enquanto ela colocava suas pernas envoltas da minha cintura... Fomos interrompidos!

– Vamos caçar logo! Jéssica, eu não vou cuidar de nenhum bebê! - Júlia abriu a porta gritando. Jéssica me largou e eu comecei a rir. Júlia era louca!

Fim do ponto de vista de Sam.

Assim que cheguei a Dolly, Dean já estava sentado no banco do motorista.

– Nem comece! Saí já daí, minha Dolly, eu dirijo! - Reclamei cruzando os braços. Eu não iria entrar no carro, enquanto Dean não saísse.

– Júlia, estamos atrasados. Até Sam e Jéssica já foram, entra logo! - Dean bufou.

– Me obrigue! –gritei cruzando os braços e me encostando contra a porta do passageiro. Dean saiu do carro com um olhar tão furioso, que achei que ele fosse me bater, por isso fiquei tão assustada com o beijo repentino. Mas, não havia muita diferença entre um tapa ou seu beijo. Dean empurrava meu corpo conta o carro e seus lábios se pressionavam com os meus com força. Correspondi no mesmo instante. Dean apertou minha cintura com força que arfei involuntariamente contra seus lábios antes dele parar o beijo bruscamente.

–Pensei que eu deveria te odiar, brigar com você, mas nem isso adiantou. Não finja que não se importa comigo. Você pode até tentar fugir, mas só sente raiva de si mesma por não conseguir ficar longe. Quer uma solução? Se você não consegue ficar longe, não fique.- ele sussurrou no meu ouvido antes de entrar no carro. Virei os olhos. Fui pro banco do passageiro.

–Idiota- grunhi antes de colar meu rosto no vidro da janela e fingir que estava dormindo. Depois da minha reação patética ao beijo dele, a única idiota que eu via naquele carro era eu mesma.

Ponto de vista da Jéssica:

Dean e Júlia estavam atrasados, de novo, e Sam já tinha aberto a porta do Museu. Eu rezava para que eles demorassem ao máximo. Pensar em estar numa casa onde havia um fantasma já me causava arrepios, por isso, foquei meus pensamentos na visão que estava a minha frente: Sam pegando as armas dentro do porta-malas e deixando aquela bundinha perfeita dele completamente a vista! Quase babei.

–Jéssica, não baba!- Júlia exclamou me tirando do transe.

–Estou tentando não pensar em fantasmas- sussurrei tremendo.

–Só se controla! Estou com tanto medo quanto você.- ela alertou apertando minha mão. Júlia não parecia estar com medo, ela parecia sempre forte. Antes, meu sonho era ser como ela, mas agora, eu achava aquilo deprimente. Como alguém consegue viver sem demonstrar nada? Isso é triste!

–Aleluia Dean! Por que demoraram tanto?- Sam perguntou meio irritado.

–Conhece uma tal de Júlia? Ela consegue ser bem teimosa quando quer!- Dean bufou.

–Só quando quer?- me intrometi rindo.

–Enquanto vocês discutem sobre um nome alheio, tem um fantasma esperando pra morrer!- Júlia resmungou visivelmente irritada.

–Ok, vamos!- Dean falou jogando uma arma para mim. Por sorte consegui pega-lá.

Fim do ponto de vista da Jéssica.