Epilogo: Dez Anos Depois.

Jackson:

Estávamos na piscina, as luzes dos postes iluminavam a área e o aquecedor permitia nadarmos sem sentirmos frio, pois já era a noite.

O Maison estava sentado na borda da piscina, com uma sunga e sem camisa, e assim dando para ver a tatuagem que tinha no peito, nela estava escrito લેનાર, que significava tomador. Na frente dele Lena flutuava na piscina enquanto conversavam.

Eu e a Mel estávamos sentados em uma cadeira que ficava na frente de uma mesa, onde tinha as toalhas e alguns petiscos, além de sangue.

A dez anos atrás, quando o Maison veio morar com a gente foi muito difícil convivermos juntos, pois nossos horários eram muitos diferentes, principalmente pelo fato do Maison precisar ir para a escola, mas após um tempo conseguirmos nos agendar.

Toda semana íamos visitar a Lena e após um ano a adotamos, mas claro que antes falamos o que éramos, não deixaria que ela entrasse na família sem saber de tudo, e se ela tivesse medo da gente? Mas após contarmos, ela aceitou e disse que confiava na gente.

Após adotarmos a Lena marcamos uma cirurgia de visão que funcional perfeitamente, devolvendo a visão completamente.

Um ano depois eu e Mel nos casamos, claro que foi uma cerimonia só para amigos íntimos e familiares e foi a noite.

  Ao passar dos anos eu e Mel começamos a pensar no futuro da Lena, nos a amávamos e sendo ela uma humana logo a perderíamos, pensamos em transforma-la em vampira mas deixamos para pensar isso mais para frente. 

Quando Lena fez vinte anos conversamos com ela para saber se ela queria isso, deixamos claro todas as consequências e os benefícios desse ato, e dissemos que ela teria um ano para escolher. No próximo ano, ela nos confirmou que queria se transformar em vampira, então ao fazer vinte um anos ela passou pela transformação, assim poderia fazer tudo legalmente.

Hoje o Maison esta com dezoito anos, já acabou a escola e esta para entrar na faculdade de medicina, para poder trabalhar em um dos meus hospitais e me ajudar nos negócios. Além disso ainda vê os pais adotivos, apesar de não tão frequentemente quando criança.

Melaine e Lena são voluntarias na área de crianças do hospital, passam três dias da semana lá. E Lena esta pensando em virar enfermeira, mas antes ela precisa aprender a se controlar melhor, a ponto de poder ver vários sacos de sangue e não perder o controle.

Maison e a Lena nos chamaram para a piscina, mas Melaine logo recusou, peguei-a no colo, corri ate eles e pulei na agua, molhando á todos.

Decidimos jogar vôlei na piscina mesmo, nos dividimos em dois grupos, os meninos contra as meninas. O jogo começou normal, mas a Melaine decidiu dar uma trapaceadinha e usar seus poderes para desviar a bola do meu caminho, fazendo-a cair ao meu lado.

-Então vai ser assim? - pergunto com um sorriso malicioso.

Ela afirma com a cabeça e manda o mesmo sorriso para mim.

-Vamos começar a jogar de verdade filho? - pergunto ao Maison.

-Claro pai.

Sim, o Maison me chamava de pai, após um tempo nossa relação melhorou muito e assim esquecemos que não tínhamos um laço sanguíneo, e nos considerávamos pai e filho.

Voltamos a jogar, só que eu usava um pouco mais de força e agilidade que eu tinha por ser um vampiro. Logo a Melaine tentou de novo desviar a bola, mas parou e fez uma cara de raiva. A bola voltou para mim e eu saquei com força, marcando um ponto para nosso time.

Olhei para o lado para comemorar com o Maison e o vejo com uma cara de travesso olhando para sua mãe, que ainda o olhava com raiva.

-Pensei que eu tinha te ensinado a não roubar meus poderes a não ser que você estivesse em perigo.

-Eu estou em perigo. Perigo de ser humilhado por duas mulheres - todos riram, mas deu para perceber a raiva das duas.

O jogo ficou mais serio, usávamos todos os nossos habilidades e logo estava amanhecendo e fomos todos dormir.

Maison e Lena foram para o seus quartos que ficavam no mesmo corredor e eu e a Mel fomos para o nosso. Após alguns beijos e amassos a Melaine dormiu e eu fiquei observando-a.

Se eu prestar atenção na minha vida percebo que tenho tudo o que sempre quis, uma esposa,  dois filho que mesmo não sendo meus filhos de verdade, eu os amava como eles me amavam e além tudo isso eu os teria eternamente.

Agora percebo que achei meu felizes para sempre, mesmo não sabendo que eu estava procurando-o.

FIM.