Passionné escrita por Anitha Tunner


Capítulo 25
Pré-Transformação


Notas iniciais do capítulo

SOPHIE/: Oi, desculpem a demora!
Espero que gostem!
Beijos e boa leitura.
Obrigada pelos comentários.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/385260/chapter/25

Pré-Transformação

― Obrigada pela carona, Jack. ― fechei a porta do Mercedes e Jack me olhou preocupado.

― Você vai ficar bem? ― questionou enquanto se aproximava de mim o suficiente para nos batermos com leveza.

― Por que a pergunta? ― senti uma pontada de irritação entrar em mim.

― Você ficou sabendo de muitas coisas em pouco tempo...

― Acha que vou tentar uma loucura? ― o cortei. Jack sorriu longamente.

― De forma alguma, mas... Apenas verificando. ― Jack concordou consigo mesmo enquanto terminava a frase e ao mesmo tempo sua mão agarrava minha cintura.

Um arrepio percorreu meu corpo quando nossos olhares de cruzaram e os olhos de Jack faiscaram um verde escuro, mudando de tom no mesmo segundo. Outro arrepio percorreu meu corpo inteiro, com outra intensidade, foi como um choque elétrico.

Jack suspirou e aproximou o rosto do meu, fazendo nossos narizes se baterem com delicadeza. Minha boca abriu-se na espera de falar algo, mas nada consegui fazer além de puxar o ar.

Jack deixou um sorriso incrivelmente apaixonante surgir em seus lábios e aproximou sua boca mais da minha, fazendo dentes se baterem; e então, quando percebi, estávamos com as bocas juntas, mergulhando em um beijo ardentemente apaixonado.

Jack parecia não cansar daquilo e puxava meus lábios cada vez mais para ele (como se possível estarmos mais juntos); no intuito de parar aquele beijo apenas quando não tivéssemos mais um pingo de uma mente sã e um pouco de ar no pulmão.

Senti meu corpo formigar e parecer levitar por um segundo quando sua outra mão agarrou minha cintura e apertou mais meu corpo contra o carro, afundando as mãos dentro de minha blusa rosa escura e passando a mão pela minha cintura.

Gemi contra seus lábios e senti outro arrepio, seguido de um calor intenso percorrer nossos corpos ao mesmo tempo.

Te iubesc, Bell*― sussurrou contra meus lábios, fazendo entender apenas o Bell do final, e pressionando seus lábios quentes contra os mais uma vez meus antes de distanciar-se um passo, continuando agarrado a mim.

Pela primeira vez senti um pouco de rubor sobre minhas bochechas; Jack pareceu perceber junto de mim, e aproximou-se outra vez, passando a mão por meus cabelos soltos e roçando o rosto no meu novamente. Fechei os olhos aproveitando o momento. Mesmo de olhos fechados, pude sentir Jack sorrir e passar os dedos pelo meu rosto, desenhando as maças e logo em seguida, dando alguns beijos do meu queixo até minha testa.

[...]

— Isabelle. Bella. Acorde.

— Maphalda Watson, mas chame-me apenas de Maphalda...

— Você está aqui porque você irá se transformar em breve, e deverá entrar para a família, para a nossa família.

— Querida, não precisa ter medo de nada.

— Sua natureza será tão forte. Você será uma honra para nós.

Sentei assustada e suando quando minha mente terminou de fazer um resumo dos últimos acontecimentos; das últimas falas de Maphalda.

Olhei para meu relógio encima da cômoda.

03: 27

Eu havia conseguido pegar no sono por poucos instantes.

Belisquei-me tento certeza de que estava acordada e caminhei até a janela, abrindo-a e deixando uma brisa gelada da noite bater em meu rosto. Fechei os olhos respirando o ar puro.

O céu estava escuro, coberto por um manto negro e estrelado. A lua parecia quase invisível, restando uma pequena parte branca e luminosa.

Andei até o outro lado do meu quarto, ascendendo à luz e sentando-me na cama.

— Perdeu o sono, Isabelle? — pulei da cama quando escutei uma voz estranha e feminina em meu quarto. Dei um passo para trás vendo uma mulher alta e morena. Os cabelos eram negros e caiam em uma cascata cacheada até o meio das costas, o nariz fino e longo. As sobrancelhas longas e finas sobre os olhos verdes a deixavam linda, fazendo eu me sentir inferior por um segundo (quanto à beleza). Ela era tão alta que talvez fosse do tamanho de Jack e sua pele era tão branca quando o algodão.

— Quem é você? — dei outro passo para trás, tombando as costas na parede.

— Você me conhece. — ela sorriu exibindo uma carreira branca e perfeita de dentes. — Sua amiguinha esfaqueou o meu menininho, quer dizer, dois deles.

— Maphalda? — arfei sentindo um jorro de descrença me atingir.

— Olá. — sorriu mais longo enquanto caminhava até minha cama e sentava-se, cruzando as longas pernas brancas.

Observei sua canela esquerda: era preenchida por uma tatuagem gigantesca que aparentava ser um dragão, subi o olhar, descobrindo outros fatos sobre a velha, ou a garota?

Maphalda vestia um vestido preto tão curto que talvez, a qualquer momento, mostraria sua calcinha.

— Sabe, eu me decepcionei com você, Isabelle. Achei que fosse entender tudo... Mas sua cabeça é tão dura quando a de sua mãe. — suspirou profundamente.

— O que você quer Maphalda? — ela ergueu a mão esquerda, passando as unhas sobre o rosto.

— Lhe ajudar, você sabe. — deu de ombros.

— Você está... Está diferente. — comentei e seu olhar iluminou-se.

— Eu estou ótima para quem já teve quatro filhos, mas, de qualquer forma, achei que sendo uma vovó doce fosse conseguir fazer você entrar para a nossa família...

— Ainda não especificou o que veio fazer aqui. — a cortei.

— Que grosseria, Isabelle! — Maphalda levantou-se e caminhou até mim, ficando na minha frente. — Eu quero apenas... Fazer parte disso...

— Disso o que... — não consegui terminar pois Maphalda rosnou, transformando os olhos no lilás anterior e segurando meu queixo com a mão direita. Outro rosnado saiu de seu peito e ela grudou minha cabeça na parede, continuando a me segurar.

— Você está tão pronta para se Transformar que consigo sentir o cheiro de sua pele borbulhando... — Maphalda apertou mais meu queixo em sua mão e sorriu de um jeito horripilante.

Maphalda abaixou o rosto e roçou o nariz em meu pescoço, puxando meu cheiro com tamanha força que senti minha pele ser puxada.

— Você ficará tão linda... — Maphalda largou meu rosto e passou a mão pela minha face. Rosnei pela primeira vez naquele momento, dando um tapa na mão que acariciava minha face.

Maphalda sorriu ofendida e deu um passo para trás.

— Não adiante fugir do destino, você será uma de nós. — dei um passo para frente, Maphalda continuou sorrindo. — Não adiante bater, chorar ou fazer birra, você está se Transformando e sabe disso! — acusou sorridente. — Olhe para si, está cada vez mais selvagem, irritadiça!

— Eu sairia daqui se fosse você. — rosnei outra vez, ela sorriu longamente estralando os olhos, e cobriu os lábios com a mão em forma de concha, emocionada, enquanto encarava meu braço esquerdo, fascinada.

— Já está acontecendo.

———————————————

*Te iubesc, Bell – em romeno significa: Eu amo você, Bell.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom?
Ruim?
Comentem!