Passionné escrita por Anitha Tunner


Capítulo 22
Instintos selvagens


Notas iniciais do capítulo

SOPHIE/: Oi! Então, obrigado aos comentários!
Desculpem-me pelo atraso...
Boa leitura e beijos!



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Instintos selvagens

— Deixe-me sair daqui… — rosnei mais uma vez enquanto minha pele começar a queimar por dentro e eu me aproximava de Maphalda, ficando na sua frente. Maphalda continuava sorrindo como se o assunto fosse motivo de alegria ou orgulho.

— Querida, por favor, entenda-me…

— Corta a historinha, e me deixa sair daqui…

— Não.

Senti um arrepio percorrer meu corpo e meu olhar fechar-se de raiva enquanto eu começava a tremer e minha pele começava a esquentar-se, esquentar-se tanto que parecia que ela borbulhava como água quente. Um rosnado ameaçador saiu entre meus lábios, Maphalda sorriu mais longo e deu um leve passo para trás.

Então, eu perdi o controle por total, e só senti quando outro rosnado saiu de mim e o pescoço de Maphalda, que estava prensada na parede, ainda sorrindo, começou-se a estralar-se entre minha mão que continuava se fechando.

O sorriso de Maphalda se desfez e ela rosnou também, exibindo olhos lilás escuro enquanto me pegava pelo pescoço e me atirava na parede, no outro lado do quarto, fazendo a parede rachar com a batida e soltar um barulho tão alto que era ensurdecedor.

Rosnei mais uma vez enquanto tentava controlar-me, mas era tarde demais.

Eu estava numa espécie de posição de ataque, com os lábios entre abertos soltando um rosnado.

Maphalda sorriu outra vez e a porta abriu-se brutalmente, olhei rapidamente para lá encontrando um Elfo que parecia mais que enraivado. Simon.

Ele estava diferente. Não vestia aquela roupa comum, e sim uma espécie de uniforme, talvez.

Um par de coturnos pretos e uma calça que aparentava ter sido feita do couro de algum animal que certamente era castanho escuro. Uma camiseta do mesmo tom, feita do mesmo material, mas que era feita de uma forma diferente, mas que deixava a vista parte do peito musculoso do garoto ruivo.

— Mas, o que…

Maphalda não conseguiu concluir sua frase.

Simon tremeu o lábio inferior e puxou das costas um arco feito de madeira, mas que era grande e forte. No outro segundo, ele já arrumava à longa e fina flecha, e mirava em Maphalda, que parecia incrédula enquanto encarava o Elfo.

Simon me olhou.

— Vamos, Bella. — Simon soou determinado e amargo. Concordei e levantei-me, passando por Simon que abriu espaço para minha saída. Vi pelo canto do olho Simon liberar a flecha, e ela deslizar do arco rapidamente, com uma velocidade incrível. Maphalda gritou e Simon sorriu por um segundo e fechou a porta do quarto.

Simon me olhou brevemente, com calma e passou por mim, indo na frente enquanto o seguia.

O Albergue era assustador por dentro. Parecia uma casa comum, mas se prestasse atenção veria os quão assustadores e grotescos eram os quadros pendurados nas paredes azuis e o quão cheio de marcas de sangue as paredes eram.

Simon puxou-me pela escada com agilidade, e abriu a porta branca e velha da casa, indicando para que eu saísse. O obedeci e Simon ficou na minha frente, engatilhando outra vez o arco com sua flecha.

Harry e aquele tal de Allan, o que havia me segurado enquanto Cora apanhava de um dos Transmorfos chegaram, segurando Cora na frente deles. Notei que Cora parecia obscura. Os olhos estavam mais escuros e o cabelo mais brilhoso, totalmente crespo e bem controlado.

Harry sacudiu Cora que estava na frente deles, sendo segurada pelos braços por ele.

Cora bufou irritada e sorriu por um segundo para Simon, que sorriu pelo mesmo segundo, ficando sério no outro segundo.

— O que você quer Elfo? — grunhiu Harry enquanto sorria de canto para mim, e piscava.

— Cora. Solte-a. — Simon parecia um negociador enquanto começava a falar com eles.

Harry bufou levemente, desfazendo o sorrisinho dos lábios.

— Por que faria isso? — guinchou Harry parecendo irritado.

— Eu soltaria se fosse você… — debochou Simon enquanto arrumava novamente o arco em uma altura adequada, e no outro segundo já estava com a flecha mirada em Harry, enquanto fechava um único olho e a soltava.

Harry cambaleou para trás, largando Cora enquanto puxava a flecha do ombro que nem sequer sangrou. Cora correu, Simon abriu espaço e quando percebi, ela já estava ao meu lado, ofegando.

— Você está bem? — questionou Cora me olhando alarmada, concordei. — Eles fizeram alguma coisa com você…

— Não! — a cortei e Cora franziu o cenho parecendo ofendida, neguei aquilo a mim a ela, enquanto franzia o cenho, e então Cora gritou.

Cora gritou quando Simon caiu sobre ela, o canto da boca sangrando pelo soco que acabara de levar de Allan que acabara de rosnar, entrando na briga e defendendo o irmão. Simon levantou-se rapidamente, devolvendo o soco em Allan que foi parar na escada, quebrando-a em certa parte. Simon estralou os dedos e entrou dentro da casa, puxando Allan pelo colarinho da camisa e dando-lhe mais um forte e brutal soco.

Simon estava distraído, e a prova disso era Harry chegando por trás dele com um sorriso odioso e irritante nos lábios carnudos. Cora tremeu por dentro e me olhou desesperada, tentei segura-la pelo braço, mas Cora se desfez com agilidade do aperto e então correu para dentro da casa, pulando nas costas de Harry e tentando defender o namorado enquanto cravava as longas unhas azuis na pele de Harry que gemeu tentando tirar Cora de suas costas.

Cora rosnou e cravou mais forte as unhas no pescoço do homem, e o puxou pelos cabelos, fazendo-o cambalear e levar os dois ao chão. Cora grunhiu com o impacto doloroso.

Harry rosnou, mudando os olhos para o tom lilás, como Maphalda havia feito antes, e ficou por cima de Cora, a segurando pelo pescoço. Cora gritou de raiva e tentou cravar as unhas nas grandes mãos de Harry, mas aquilo pareceu não funcionar, pois o sorriso dele apenas aumentou, assim como a força nas mãos.

Desesperei-me e olhei para Simon, que passava por um cena semelhante. Allan por cima dele, o segurando pela cabeça enquanto tentava bater com a cabeça do Elfo em um degrau da escada.

Meu sangue ferveu outra vez.

Meu coração pulsou aceleradamente e um amargo duradouro surgiu em minha boca, e um grito enraivado saiu de meus lábios.

Harry ergueu o rosto, sorrindo e me olhou parecendo impressionado. Rosnei sentindo um descontrole desconhecido invadir-me por completo, e eu correr, pulando em Harry.

Eu rolei no tapete da sala, enquanto levava Harry junto de mim, fazendo ambos de nós só pararmos de rolar quando esbarramos na parede velha. Harry rosnou e me puxou pelo pescoço, levantando-se e me grudando na parede.

Rapidamente inverti nossas posições, e por um segundo, despejei toda a minha raiva e frustação no nariz de Harry que acabara de entortar-se com o leve soco. Ele me olhou, e me empurrou, logo em seguida, colocando o nariz para o lugar enquanto um barulho curto e nojento saia daquilo.

Harry rosnou, e me puxou pelo pescoço novamente, grudando-me outra vez na parede. Pela primeira vez, senti um pouco de dor naquele começo de briga quando senti a mão de Harry apertar meu pescoço ao ponto de parecer que enfiavam os dedos em minha garganta de tão desagradável que era a sensação. O sorriso assassino surgiu nos lábios dele.

E então eu me abaixei, e o punho fechado de Harry bateu na parede. Senti um pedaço de tijolo cair em minha cabeça, junto de um pouco de poeira.

Por um segundo deixei um sorriso surgir em meus lábios, mas logo em seguida aproveitei a chance de estar agachada e abracei as pernas de Harry, o empurrando para trás e caindo em cima dele, e deixando mais um soco descontrolado sair de mim, junto de um rosnado.

Harry pareceu ficar zonzo. Sai de cima dele.

Cora estava agora novamente tentando ajudar, mas dessa vez ela realmente ajudava, segurava uma faca longa de prata na mão enquanto Simon tentava controlar Allan que de debatia nos braços dele.

Simon olhou para Cora, uma autorização.

Cora sorriu como Erika e cravou a faca na barriga de Allan que arfou, puxando o ar como se estivesse há minutos sem respirar, e então o Transmorfo amoleceu e caiu aos pés de Cora, que deu um passo para trás, enquanto um liquido negro escorria da faca.


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Notas finais do capítulo

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Obrigado.