Sam e Quinn optaram por ficar em um hotel no Hawaii já que estava tarde para voltar pra LA. Os dois iriam pegar a Beth no dia seguinte. Entraram em seu quarto, que ficava no último andar, a vista era linda.

– Por que pegou um quarto tão alto? - Quinn perguntou observando a vista.

– Sabe... Nunca tivemos uma Lua de Mel.

– Nunca nos casamos. - Quinn disse rindo.

– Ainda não.

– O que quer dizer com isso? - Quinn perguntou e mordeu os lábios.

– Quer dar uma volta? - Sam perguntou estendendo a mão pra Quinn.

~~

Os dois andavam pela praia, acharam um lugar lindo, que parecia a praia da ilha. Os dois ficaram se olhando por um bom tempo.

– Quinnie... Sabe que dia é hoje?

– 31 de Dezembro... 23:59 horas... Noite de Ano Novo. - Assim que Quinn disse isso, Sam se ajoelhou e tirou uma caixinha do bolso.

– Eu pensei em fazer isso lá na ilha, mas o Hawaii também é uma ilha, certo? - Sam disse rindo.

– Oh meu Deus! - Quinn sorriu e a contagem regressiva começou.

– Sabe, Quinn... - DEZ - Eu tenho tanto pra falar. - NOVE - Mas se eu começasse a falar de você... - OITO - Eu não ia parar. - SETE - Eu te amo... - SEIS - Mais que tudo. - CINCO - Você e a Beth... - QUATRO - Mudaram minha vida. - E me salvaram. - TRÊS - Então, Quinnie... - DOIS - Eu quero saber se... - UM - Você quer casar comigo?

Fogos de artifício começaram a estourar e iluminar o céu. Quinn chorava e sorria. Intercalava seus olhares entre Sam e os fogos. Mas logo começou a falar.

– É claro que eu quero, Sammy! - Quinn pulou nos braços do loiro e o beijou profundamente. - Eu também te amo, muito.

~~

Santana balançava Beth tentando fazer a mesma dormir, mas a loirinha não parava de chorar. Quando seus braços cansavam, Santana a dava para Britt fazer o mesmo, mas nada adiantava.

– Será que ela não está com fome? - Brittany perguntou.

– Não pode ser, ela mamou só faz 20 minutos. Quinn disse que é para dar uma mamadeira pra ela de seis em seis horas.

– Tenta cantar. - A mãe de Santana disse entrando no quarto da filha. - Você adorava quando eu cantava pra você quando era um bebê. Brittany estava com Beth nos braços, a loira se sentou na poltrona que tinha no quarto. Santana se sentou no braço da poltrona e começou a cantar uma de suas músicas favoritas.

Watched my life pass me by
In the rearview mirror
Pictures frozen in time
Are becoming clearer
I don't wanna waste another day
Stuck in the shadow of my mistakes
Yeah

Cause I want you
And I feel you
Crawling underneath my skin
Like a hunger
Like a burning
To find the place i've never been
Now I'm broken
And I'm fading
I'm half the man I thought I would be
But you can have
What's left of me

Santie continuou cantando, e quando percebeu, Tanto Beth quanto Britt estavam dormindo e sua mãe não estava mais no quarto. Santana tirou Beth dos braços de Britt e a colocou nomeio da cama em cima de um monte de cobertas fofinhas. Com um pouco de esforço, pegou Brittany no colo e a levou para o quarto de visitas. a Colocou na cama e deu um beijo em sua testa. Foi até a cozinha e viu um bilhete de sua mãe na mesa.

"Fui jantar com o Jay, não me espere. Feliz Ano Novo, pumpkin'. Amo você."

Pumpkin era seu apelido quando tinha 4 anos, mas sua mãe ainda a chamava assim de vez em quando. Jay era seu padrasto, seus pais se divorciaram quando Santana era apenas uma criança. E nunca vira seu pai desde então. O bairro em que Santana morava era cheio de velhos e pessoas chatas, então ninguém se atrevia a soltar fogos de artifício. Por isso nem tinha percebido que já era Ano Novo.

– Feliz Ano Novo, gata. - Santana sentiu Britt abraçá-la por trás e deitar a cabeça em seu ombro.

– Feliz Ano Novo, amor.

– Amor? - Brittany ergueu uma sobrancelha.

– Isso mesmo o que eu disse, eu te amo, Brittany, eu te amei desde que eu te conheci e... - Santana foi interrompida pelos lábios de Brittany nos seus. Santana aprofundou o beijo, mas logo tiveram que se separar pra respirar.

– Eu também te amo, Santana.

– Será que uma certa loira, alta e perfeita aceita namorar comigo?

– A loira aceita. - Britt disse beijando Santana de novo. - E a propósito, você é ótima com crianças.

– Isso foi uma indireta?

– Como assim? - Britt perguntou rindo.

– Você quer ter filhos algum dia?

– Claro... Você não?

– Lembra da história que eu te contei? Sobre meu bebê.

– Claro.

– Quando eu tive ele, eu já o amava, mas eu não sabia se eu seria uma boa mãe.

– É claro que você seria.

– Obrigada por acreditar em mim.

– Te amo, gata.

– Também te amo, Britt.

~~

Finn e Rachel estavam na casa de Kurt e Blaine. Os quatro estavam conversando.

– Olhem, já são 00:30, então se embarcarem agora, vocês vão chegar lá ao amanhecer.

– Tem certeza que não querem vir também? - Rachel perguntou para Blaine e Kurt.

– Esse é meu lar. - Kurt disse.

– E onde ele for eu vou. - Blaine completou.

– Tudo bem. - Finn disse rindo. - Vamos parar de tentar convencê-los a ir. Mas tomem cuidado com o Brody.

– Quem é esse cara afinal? - Blaine perguntou.

– Meu irmão postiço. Ele quer me matar porque...

– Você matou o pai dele. - Kurt completou.

– Eu nem sabia que ele tinha um filho. Eu juro.

– Tudo bem, tomaremos cuidado, Rach. - Blaine disse.

– Acho que vamos indo... - Rachel disse tentando abrir a porta, mas tinha algo bloqueando. Viram algo sendo jogado pela janela.

– Prendam as respirações! - Kurt gritou.

– O que é isso? - Blaine perguntou tossindo.

– Uma bomba de gás, se você inalar, desmaia. - Kurt falou rapidamente.

– Eu não vou aguentar. - Blaine continuou tossindo, e logo caiu no chão desacordado.

– Blaine! - Kurt foi até ele. - Acorda, B!

– Kurt, não!

– Desculpa gente... - Kurt caiu ao lado de Blaine.

– Rach, eu te amo. - Finn a beijou rapidamente e logo começou a tossir.

– Finn, não!

– Quando eu acordar... - Ele falou já sem voz. - Vou te encontrar.

– Rachel começou a chorar e se deixou levar, tudo foi ficando preto, ela deitou no peito de Finn e desmaiou.

~~

Rachel acordou, ela estava amarrada a uma cadeira, em choque. Ela tomou ar e começou a gritar.

– FINN! Finn! Estou aqui! - Ela continuou a chamar por Finn até ficar sem ar.- Me salva... - Ela disse em um tom de voz normal começando a chorar. Ela achou que Finn não podia ouvi-la, mas podia.

Finn estava dentro do armário cheio de coisas de faxina, Finn estava todo amarrado e com uma fita na boca, então quando tentava gritar, apenas gemidos saíam.

Logo alguém entrou pela porta da casa. Era ele, Brody. Ele tinha um sorriso vitorioso no rosto. E uma arma na mão.

– Por que? - Ele perguntou.

– O que? - Rachel perguntou confusa.

– Por que o matou?! - Brody perguntou alterado.

– Eu... - Rachel tentava dizer mas nada saía.

– Diga! - Brody gritou novamente apontando a arma pra Rachel. A baixinha pensou um pouco e começou a falar.

– Pensa nisso... Pensa em uma pessoa que você ama, mais que isso na verdade, uma pessoa por quem você daria a vida por, uma pessoa em que sempre te dizia que tudo ia ficar bem, e que sempre te dava um pirulito quando você tinha pesadelos. Agora pense nessa pessoa sendo brutalmente machucada por alguém, você não faria tudo pra acabar com isso? Por que quer me matar?

– Acabou de responder sua pergunta. Você matou uma pessoa que eu amo, que sempre esteve lá por mim.

– Está mentindo. - Rachel disse.

– O que?

– Ele nunca esteve lá por você. Ele nunca sequer mencionou que tinha um filho. Ele nunca tirou nenhum dia pra te visitar. E você também, não apareceu no casamento. Não fez nenhuma visita. Que amor é esse?

– Então é assim, né? - Brody colocou a arma em cima de uma mesa que tinha no canto da sala e se aproximou de Rachel. - Quer saber uma coisa?

– Percebeu o quanto idiota você é e não vai mais me matar?

– Ah, Berry, ainda vou te matar... Mas antes, vou fazer você sofrer. - Brody se aproximou e começou a beijar Rachel a força. Ela se rebatia e gemia tentando se soltar dele.

Finn percebeu o silêncio enquanto tentava se soltar loucamente das cordas. Ele ficou com medo de que ele tivesse a matado, então começou a chorar, ainda tentando se soltar. Finn puxou os braços com força arrebentando as cordas, desamarrou as outras e tirou a fita da boca. Foi caminhando em silêncio até a sala e o que viu foi Rachel com uma fita na boca e chorando violentamente, Brody estava sem camiseta e tentando rasgar a dela a dela. Finn não pensou duas vezes, puxou Brody e começou a socá-lo. Até ele desmaiar. Finn soltou Rachel, que ainda estava soluçando, mas já estava melhor.

– Calma, amor, vai ficar tudo bem. - Finn disse.

– P-pega a a-arma de-dele. - Rachel disse.

– Cadê?

– Me-mesa.

Finn pegou a arma e amarrou Brody na mesma cadeira que Rachel estava. O casal começou a procurar por Kurt e Blaine, e logo os acharam amarrados no quarto de Kurt, os soltaram.

– Obrigado gente. - Kurt disse. - Você acha que ele tem amigos ou algo do tipo?

– Eu duvido muito. - Finn disse. - Conhecemos todos que estavam no avião quando fizemos o acampamento.

– Bem, então parece que está na hora de libertarmos vocês. - Kurt disse. - E não se preocupem, daremos a aquele filho da mãe o que ele merece. E quanto aos outros sobreviventes que ficaram na praia, também vamos tirá-los daqui.

– Obrigada. - Rachel disse abraçando Kurt. - Você tem sido um ótimo amigo. Vocês dois. - Rachel puxou Blaine para o abraço também. - Se cuidem.

– Vocês também. - Blaine disse. - E se vocês encontrarem minha irmã, digam a ela que eu a amo.

– Pode deixar cara.

~~

Finn e Rachel estavam parados na beira do cais em frente ao submarino de mãos dadas. Os dois viraram de costas para observar a linda ilha uma última vez, talvez voltassem pra passar um dias. Quem sabe. Finn apertou a mão da namorada e sorriu.

– Finalmente livres. - Ele disse.

– Livres. - Ela repetiu. - Essa vai ser novidade pra mim.

– Eu te amo, pequena.

– Eu também te amo, grandão.

– E como está nosso bebê?

– Está ótimo. - Rachel sorriu.

– Fico feliz.

– Sabe, Finn, quando eu comecei a gritar, eu comecei a pensar, achei que você estivesse morto, ou que você tivesse desistido de mim.

– Ei, nunca nessa vida eu vou desistir de você, pequena, tudo bem? É uma promessa.

– Tudo bem.

– E cá entre nós... Quando você parou de gritar, também pensei que você tinha desistido de mim. - Finn disse e Rachel riu.

– Nunca. - Ela o beijou. - Pronto pra encarar a realidade mais uma vez?

– Pronto. E você Miss Rachel Berry?

– Pronta.