De Volta a Mystic Falls escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 20
Capítulo 20 - O contra plano


Notas iniciais do capítulo

Well, primeiramente muito obrigada à Miss Novak pela recomendação! Fico super mega hiper blaster feliz qd vejo que o povo tá gostando, favoritando, recomendando e pirando.

Eu sei que eu tô matando vcs de curiosidade com tanto mistério, mas os próximos capítulos serão esclarecedores, principalmente o 22... Nele vcs finalmente vão descobrir que fim levou o Cas.

Também vou tentar postar mais rapidinho porque até eu estou agoniada com tanto mistério e quero terminar esta fic logo para começar os rascunhos da próxima eheheh

Bem, no capítulo de hoje, teremos mais um pouquinho de Steroline, vamos aprender regras de discrição com Damon Salvatore, e vamos ver que o lado bom da força está começando a reagir contra o plano maquiavélico de Silas.

Enjoy it!



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Caroline entrou em uma das salas de aula na esperança de encontrar Mia ou Castiel em alguma delas. Mas não havia nenhum sinal deles. Então ela se virou para deixar o lugar. Mas parou ao ver Stefan parado na porta a observando. Por um momento temeu que aquele fosse Silas tentando enganá-la de novo, mas de alguma forma Caroline soube que aquele era o verdadeiro. Porque, por alguma razão que ela não compreendia direito, o seu coração tendia a acelerar quando Stefan estava por perto. Droga... O que estava acontecendo com ela? Com eles?

- Cadê o Tyler? - perguntou o vampiro interrompendo os pensamentos de Caroline.

- Mantendo os convidados distraídos. Mas ele já vai voltar. - respondeu ela andando em direção a porta.

No entanto, Stefan segurou a sua mão fazendo a vampira dar meia volta e ficar de frente para ele.

- Nós precisamos conversar. - anunciou Stefan.

- Sobre o quê? - indagou Caroline fingindo que não estava entendendo e soltando a mão dele em seguida.

- Você sabe. - insinuou ele cruzando os braços sobre o peito.

- Não, eu não sei. - mentiu ela passando a mão pelo cabelo e parando no pescoço.

Stefan a olhou intrigado e pensou por alguns instantes antes de tentar explicar:

- Ok. Quando nós estávamos na bibliote...

- Pare. - interrompeu Caroline de repente - Por favor, Stefan, não faça isso.

- Por que não? - quis saber ele.

- Porque não há nada para se conversar. Porque não aconteceu absolutamente nada. - desconversou Caroline.

- Mas ia acontecer, não ia? - lembrou Stefan - Ou você vai me dizer que eu imaginei aquilo?

- Talvez. - respondeu ela.

- Talvez? - repetiu ele incrédulo.

- É, Stefan, talvez. Você estava em choque, eu estava em choque e nós imaginamos que era algo além disso, mas não aconteceu nada. Por favor, vamos deixar assim. É melhor. - esclareceu Caroline lhe dando as costas de novo e dando alguns passos em direção à saída.

- Melhor pra quem? - indagou Stefan.

Caroline se virou para ele novamente e respondeu:

- Pra todo mundo.

- Pro Tyler? - supôs ele.

- Pra todo mundo. - repetiu Caroline - Pro Tyler, pra mim, pra você, pra nossa amizade.

- Amizade? - repetiu Stefan dando um passo à frente - Certo...

- O quê? Você vai me dizer que eu imaginei a nossa amizade? - perguntou a vampira.

- Não. Claro que não. Nós somos amigos, Caroline. Aliás, depois que Lexi se foi, você se tornou a minha melhor amiga. - concordou ele.

- Mas?

- Mas aquilo que aconteceu na biblioteca não foi uma reação de simples amigos. Foi diferente. E você sabe disso. - argumentou Stefan.

- Não aconteceu nada na biblioteca, Stefan. Nós só estávamos abalados com o que Silas fez. Nada além disso. - reafirmou Caroline se afastando de novo.

- Você ia me beijar. - lembrou Stefan.

- Não. Você que ia me beijar. - disse Caroline voltando novamente.

- Ok. Nós íamos nos beijar. Os dois. - esclareceu Stefan - E isso só não aconteceu porque...

- Porque nós percebemos que isso seria um grande erro. - completou Caroline.

- Porque Dean apareceu. - corrigiu Stefan e em seguida deu um passo a frente e insinuou deixando-se levar pelo momento - Mas ele não está aqui agora.

- Nós também não devíamos estar. Temos que encontrar Mia e Castiel. - desconversou Caroline se afastando de novo.

Então Stefan se moveu rapidamente e ficou na frente da vampira impedindo a sua saída e explicou:

- Olha, eu também estou confuso, Caroline. Não pense que eu não estou. Não pense que eu estou à vontade com isso porque eu não estou. Isso tudo é novo pra mim também. Até ontem eu só te enxergava como uma amiga. Uma grande amiga, aliás. Mas eu não vou e não posso mentir pra mim mesmo. E o que eu senti hoje naquela biblioteca não é algo que eu possa simplesmente esquecer ou fingir que não aconteceu. Foi real. Eu não consigo parar de pensar no que eu senti. Eu não consigo parar de sentir o que eu senti. O que eu senti. Você consegue? Por que se você consegue, por favor, me mostra como e então nós podemos fingir que imaginamos aquilo...

Caroline o olhou confusa, mas não encontrava nenhum argumento para sair daquela situação. Stefan estava certo. Tinha acontecido alguma coisa na biblioteca. Mas ao mesmo tempo aquilo parecia errado, não só com Tyler, mas com eles também. Não podiam abrir mão da amizade que construíram em troca de algo que eles nem entendiam direito o que era.

- Stefan... - tentou dizer Caroline.

- Você também não consegue. - interrompeu ele se aproximando.

- Este não é o lugar e nem o momento ideal para termos essa conversa... - esquivou-se ela.

- Você também não consegue, não é? Você também sentiu o que eu senti? Você também sente o que eu sinto... - pressionou o vampiro tocando o rosto de Caroline e se aproximando mais dela.

Ela relutou por algum tempo fugindo do olhar do vampiro, mas de repente não conseguiu mais e seus olhares finalmente se encontraram. Stefan deu um leve sorriso. Aquilo não podia ser errado. Era bom demais para ser errado. Era a melhor coisa que ele já havia sentido em toda a sua vida. Nem por Elena ou Katherine sentiu algo parecido. Era mais forte do que tudo que ele havia vivido até então. E por mais que relutasse, Caroline sentia o mesmo. Só não sabia o que fazer em relação àquilo porque ela já tinha alguém em sua vida. Tyler. E isso não era algo que ela podia simplesmente ignorar. Tyler não merecia ser traído daquela forma. Tinha que ser honesta com ele. Mas também não podia jogar tudo pro alto de repente. Ela e Tyler tinham uma história. E ela e Stefan tinham uma amizade. Havia muitas coisas envolvidas e ela devia pensar em tudo isso antes de simplesmente se jogar nos braços do vampiro que estava na sua frente. Por mais que fosse exatamente isso que ela queria fazer. O quê?

Ela afastou imediatamente esse desejo e lembrou que Stefan estava ferido desde que Elena e ele terminaram. Então e se ele estivesse enxergando nela apenas um prêmio de consolação? Não ia suportar ser apenas isso para ele. Não ia suportar porque no fundo queria ser bem mais do que isso. Sentia-se tão confusa... Não entendia o que estava pensando, muito menos sentindo ou querendo. No entanto, era forte e real. Mas ao mesmo tempo, Stefan era seu amigo. Onde ela estava com a cabeça? E o que era aquilo que ela estava sentindo? Algo mais forte do que tudo que já havia sentido antes. Nem por Matt ou Tyler sentiu algo parecido. Era bom demais para ser errado.

- Você também não consegue... - deduziu Stefan sentindo uma emoção diferente crescer dentro dele.

Caroline o olhou profundamente enquanto a confusão que sentia dava lugar a uma revelação. Tudo ficava mais claro a medida que ela parava de lutar contra o que estava sentindo. Sim, porque definitivamente ela estava sentindo alguma coisa. Os dois estavam e não era algo que podiam simplesmente fingir que não estavam sentindo. Como não enxergaram isso antes?

- Eu não consigo... - admitiu ela sentindo um leve tremor percorrer todo o seu corpo - Eu não consigo parar de sentir isso... Por você.

E aquilo era tudo o que Stefan queria ouvir. Sentiu o mesmo tremor que ela e seu coração acelerou ainda mais enquanto ele aproximava o seu rosto do de Caroline prestando atenção na reação dela. E a vampira não parecia contrária àquela ideia. À ideia de uma possível beijo entre eles. Mais do que isso, Caroline parecia querer tanto quanto Stefan que aquilo acontecesse. E então ela também começou a aproximar os lábios dos deles a medida que fechava os olhos. Ele segurou o seu rosto e inclinou a cabeça para o lado enquanto ficavam cada vez mais próximos um do outro.

- Anjinho? Mia? Vocês estão aqui? - perguntou Damon surgindo na porta da sala de aula e fazendo com que Stefan e Caroline se afastassem imediatamente.

Ela passou as mãos pelos cabelos e se afastou ainda mais. Stefan olhou para os lados e depois para o irmão um tanto sem graça e um tanto irritado. Damon observou os dois, levantou uma das sobrancelhas e indagou desconfiado:

- Interrompi alguma coisa?

- Sim. - respondeu o irmão.

- Não! - respondeu Caroline olhando para Stefan e depois para Damon enquanto seu rosto parecia queimar - Você não interrompeu nada, Damon. Aliás, eu já estava de saída. Mia e Castiel não estão aqui. Eu vou procurar no andar de cima. - disfarçou a vampira e em seguida passou por Damon e deixou a sala de aula sem olhar para trás.

Damon seguiu a loira com o olhar e depois voltou-se para o irmão e um leve sorriso se formou no rosto do mais velho.

- Não comece. - repreendeu Stefan saindo da sala em seguida.

- Eu não disse nada. - defendeu-se Damon seguindo o irmão pelo corredor.

- Mas pensou. - disse Stefan.

- Eu tenho que pedir permissão pra pensar agora? - indagou Damon fingindo indignação e depois de alguns momentos em silêncio, murmurou - Você e a loira? Eu estou chocado.

Stefan parou, se virou para o irmão fazendo ele parar também e pediu:

- Damon, você consegue ser discreto sobre isso? Porque existem muitas questões envolvidas e eu não quero que a Caroline se machuque. Então, por favor, seja discreto e não comente isso com ninguém, ok?

- Humm... Veja só! Ele nem se dá o trabalho de negar. - brincou o mais velho.

- Damon...

- O quê?

- Cala a boca. - ordenou Stefan voltando a caminhar.

- Ok! Eu vou ser discreto, irmãozinho. - prometeu Damon enquanto o seguia - Afinal, ninguém quer que você seja mordido por um lobisomem no fim da noite, não é? Mas cuidado, little brother, eu ouvi dizer que mordidas de lobisomem são fatais para nós. Oh! Espera! Mas você já sabe disso, não é? - brincou ele.

Stefan parou novamente, olhou para o irmão e desconversou:

-  Quer saber? Esquece. Não aconteceu nada mesmo. Você não precisa ser discreto sobre algo que não aconteceu.

- Humm... Agora ele está negando. - observou Damon e depois colocou a mão no ombro do irmão e resolveu falar sério - Olha, eu estou feliz por você, Stefan, eu realmente estou, mas você me pedir para ser discreto não é o problema. O problema é que você precisa ser discreto também. Eu entrei naquela sala, mas podia muito bem ter sido o Tyler. Então seja lá o que for que não estava acontecendo lá dentro, eu sugiro que você e a loira resolvam logo e abram o jogo com o lobinho, porque se ele descobrir antes... Você vai acabar mordido. Mesmo.

- Que conselho otimista, Damon. Obrigado. - ironizou Stefan voltando a caminhar - Quer saber? Vamos esquecer isso, ok? Pelo menos por enquanto. Ainda temos que encontrar Mia, Cas, Silas... Além disso, eu nem sei direito o que aconteceu naquela sala ou na biblioteca...

- Na biblioteca também é? - surpreendeu-se Damon e como o irmão o olhou de lado, acrescentou - Ok! Cala a boca, Damon. Seja discreto, Damon. Não conta pra ninguém, Damon. OK, entendi.

Stefan parou de novo e, cansado da indiscrição do irmão e precisando ficar um pouco sozinho para entender o que estava sentindo, sugeriu:

- Quer saber? Talvez seja melhor a gente se separar.

- Ótima ideia! - acatou Damon imediatamente dando as costas e caminhando na direção oposta.

Ao descer as escadas para outro andar, ele encontrou Elena. Ela se aproximou e começou a falar:

- Nós estamos andando em círculos. Se Silas os trouxe pra cá, com certeza eles não estão mais aqui. Talvez eles nem estejam mais na escola... O que foi?

- Oh! Nada. Só o Stefan apaixonado... - deixou escapar o vampiro enquanto seguia pelo corredor.

Elena o seguiu e indagou surpresa e com um leve sorriso:

- O quê? Por quem?

- Caroline. Mas, por favor, não conte para ninguém, Elena. Ele me pediu para ser discreto. - respondeu Damon.

Quando a surpresa inicial passou, Elena perguntou:

- Se ele te pediu para guardar segredo por que você me contou?

- Ele não pediu segredo, só discrição. - argumentou o vampiro.

- São sinônimos, Damon. - explicou Elena fazendo o vampiro parar e pensar um pouco sobre aquilo.

- Ok, então esquece o que eu falei. Você não ouviu nada e não aconteceu absolutamente nada entre os dois. - esclareceu ele se dando conta de que havia falado demais.

Os dois voltaram a caminhar pelo corredor e Elena começou a pensar sobre aquilo. Não podia negar que estava surpresa, mas ao mesmo tempo estava muito feliz por Stefan. Ela sabia que havia o machucado quando se apaixonou por Damon e por mais que ninguém possa controlar o coração, ela se sentia culpada por tê-lo feito sofrer com isso. E embora Caroline tivesse namorado, Elena sentia que depois de meses separados o relacionamento com Tyler não era a mesma coisa de antes. E Caroline e Stefan tinham uma amizade tão verdadeira e bonita que seria ainda mais lindo se evoluísse para algo mais. Os dois eram parecidos, gostavam das mesmas coisas, se apoiavam um no outro, se divertiam juntos, se completavam. Elena estava surpresa e ao mesmo tempo aliviada por descobrir que Stefan tinha superado o que sentia por ela. Gostava muito dele e desejava de todo o seu coração que ele encontrasse alguém especial que o fizesse feliz como ela não conseguiu fazer. Só não imaginava que este alguém estava tão próximo. Muito menos que era uma das suas melhores amigas.

- Stefan e Caroline? Eu estou chocada. - brincou Elena ao pensar sobre o novo casal - Mas feliz. - acrescentou enquanto sorria para Damon.

Ele sorriu de volta e segurou a mão de Elena antes de responder:

- É, eu também.

E era verdade. Apesar de estar preocupado em relação a Tyler, Damon também estava feliz pelo irmão. Por muito tempo ele se sentiu a pior pessoa do mundo por ter se apaixonado pela namorada do irmão. Mas agora, com Stefan apaixonado por outra pessoa, ele se sentia... Perdoado. Além disso, Stefan merecia ser feliz. Merecia encontrar alguém especial para passar o resto da eternidade. E se essa pessoa era a loira, por ele tudo bem. No fim das contas, os dois formavam um belo casal.

Instantes depois, Damon pegou o celular no bolso do terno e tentou ligar para Dean. Mas o caçador não atendeu. A mesma coisa aconteceu quando ele tentou ligar para Sam.

- Problemas? - quis saber Elena notando que Damon havia ficado preocupado de repente.

- Os Winchesters não atendem e não respondem as mensagens há quase meia hora. Não é necessariamente um problema, é? Vai ver que finalmente nos livramos daqueles dois.

- Damon... - repreendeu Elena.

- Eu só estou brincando. - esclareceu ele tentando ligar mais uma vez e mais uma vez não teve sucesso.

- Vai ver que eles estão te ignorando. - sugeriu Elena com um leve sorriso.

- Por que eles fariam isso? - perguntou o vampiro com certa inocência.

Elena abriu um sorriso e Damon entendeu o que ela queria dizer. Mas antes que ele pudesse protestar, a vampira esclareceu:

- Eu só estou brincando. - e pegando o seu celular, propôs - Deixa eu tentar.

Após alguns instantes tentando contato com Sam e Dean e sem conseguir, ela desligou o celular e olhou preocupada para Damon que disse intrigado:

- Ou eles também estão te ignorando ou nós temos um problema.

- Tente ligar para Meredith. Ela estava com o Sam, não estava? - sugeriu Elena.

Enquanto os dois tentavam ligar para Meredith e avisavam os outros que Sam e Dean haviam desaparecido, os irmãos Winchesters permaneciam no laboratório observando Mia desacordada.

- Você acha que ela morderia a gente? - indagou Dean engolindo em seco - Literalmente falando.

Sam olhou para o irmão e depois para Mia e respondeu:

- Honestamente, eu não tenho ideia. Eu quero acreditar que não, mas não dá pra ter certeza de nada quando o assunto é a Mia. Ainda mais quando estamos falando da Mia Vampira.

- Mas ela não mordeu o Cas na boate. - lembrou Dean se enchendo de esperança.

- Porque a gente apareceu bem a tempo. E porque Elena quebrou o pescoço dela. - contrapôs Sam.

- Então você acha que ela ia mesmo atacar o Cas? Você acha que ela mentiu sobre não machucar as pessoas? Que ela mentiu pra gente? - indagou o mais velho surpreso.

- Não, Dean. Não pra gente, mas pra ela mesma. Eu acho que a Mia está mentindo pra ela mesma quando diz que tem tudo sob controle. Ela só não quer nos preocupar, mas eu duvido que ela esteja levando esse lance de vampira tão bem assim. - opinou Sam.

- Awesome! Então você acha que ela vai mesmo morder a gente. - deduziu Dean.

- Não necessariamente. - discordou Sam - Foi como eu disse para o Silas, Mia tem força de vontade. Talvez ela consiga resistir.

- Ou talvez não. - cogitou Dean.

- É, talvez não... Parece que a gente só vai ter certeza quando ela acordar. - disse Sam cada vez mais preocupado.

- Tem outra coisa me preocupando, Sammy. - anunciou Dean olhando para o irmão - Silas falou algo sobre Mia desligar a humanidade. Se ela fizer isso, o que nós devemos fazer?

- Ela não vai fazer isso, Dean. - garantiu Sam.

- Mas e se ela fizer? - insistiu Dean.

Sam entendeu onde o irmão estava querendo chegar e refletiu um pouco antes de responder:

- Nós vamos ter que convencê-la a religar a humanidade.

- E se ela não quiser? - indagou o mais velho.

- Dean...

- Sammy, e se por algum motivo, algum dia, a Mia desligar a humanidade, e nós tentarmos de tudo para convencê-la, mas ela não quiser religar e virar um monstro assassino como o Silas falou? O que nós devemos fazer? - indagou Dean aflito com a ideia de ter que matar a garota algum dia como Silas havia insinuado.

- Isso não vai acontecer, Dean. Nós vamos dar um jeito de curá-la antes disso. - tranquilizou o mais novo e como o irmão não parecia convencido ele continuou - Dean, os vampiros desta cidade podem acreditar que só havia uma cura, mas nós sabemos que não é bem assim. Você mesmo já foi um vampiro por um dia e conseguiu voltar ao normal... Ao seu normal.

- É... Nem me lembra... - disse Dean sentindo um tremor ao lembrar daquilo.

- Pense um pouco. Naquela época o segredo da cura estava no sangue do vampiro que te transformou. Então talvez se conseguirmos um pouco do sangue do Silas... Talvez possamos ajudar a Mia. - explicou Sam.

- Talvez a gente consiga a cura, talvez o sangue do Silas ajude, talvez a Mia não nos ataque, talvez ela não desligue a humanidade, talvez ela desligue... Talvez ela nos morda, talvez ela não goste de O positivo... São muitos talvez, Sammy... - resmungou Dean.

- Ei! O que aconteceu com você? Eu sou o pessimista, lembra? - disse Sam estranhando a postura do irmão e após algum tempo o observando continuou - Olha, se o sangue do Silas não funcionar, nós encontraremos outra forma de ajudar a Mia. Nós somos o Legado, lembra? Homens das Letras? Dean, tem um arsenal de coisas, rituais, feitiços e todo tipo de loucura sobrenatural no bunker. Talvez alguma coisa lá possa ajudar.

- Mais um talvez. - observou Dean.

- Qual o problema, Dean? Há poucos dias você era a pessoa que mais queria encontrar uma cura pra Mia. Você me convenceu que isso é o certo a se fazer. Mesmo que pra isso a gente tenha que mentir pra ela por enquanto.

- Eu ainda quero, Sam. Eu ainda quero curar a Mia. Acredite. - afirmou Dean - É o que eu mais quero porque de certa forma nós trouxemos ela pra essa droga sobrenatural e depois deixamos ela sozinha caçando por aí. De certa forma, o que aconteceu com ela é nossa culpa também.

- Eu não sei se ela concordaria com isso... - disse Sam.

- Não importa. Ela não está em condições de concordar ou discordar de nada. - disse Dean se referindo ao fato de Mia estar desacordada e olhando pra ela, continuou - Nós temos uma parcela de culpa pelo que aconteceu. E eu quero encontrar uma cura pra ela. A questão é que... Eu tenho medo de não conseguir. De não encontrar essa cura milagrosa. Ou de encontrar e ela recusar a nossa ajuda. Ou dela descobrir que nós estamos conversando sobre o futuro dela e não gostar muito disso.

- Ou seja, você está com medo da Mia. - deduziu Sam tentando quebrar o clima tenso com um leve sorriso.

- Não... Eu estou com medo do que ela pode se tornar, Sammy. - esclareceu Dean - E, principalmente, de não conseguir impedir.

- Nós não vamos deixar isso acontecer, Dean. Nós vamos conseguir uma cura pra ela. Acredite em mim. - garantiu Sam.

Dean observou o irmão por alguns instantes e assentiu com a cabeça. Em seguida olhou para Mia e perguntou tentando mudar de assunto:

- Quanto tempo leva pra ela acordar mesmo?

- A julgar pela última vez, eu acho que está perto. - previu Sam - Ela vai acordar a qualquer momento, Dean.

Os dois olharam para Mia tensos, até que Dean começou a lembrar novamente das coisas que Silas disse. Mais precisamente sobre algo horrível acontecer e levar Mia a desligar a humanidade. E começou a se perguntar o que seria essa tal coisa horrível que levaria Mia a preferir se desligar de tudo e parar de se importar. E ficou ainda mais preocupado e em choque quando começou a deduzir o que poderia ser.

- Sammy... O que faria Mia desligar a humanidade? - indagou ele embora já imaginasse a resposta - Qual a única coisa que faria Mia se sentir tão perdida, sozinha e arrasada que ela iria preferir se livrar da dor, deixar de se importar, parar de sofrer e se desligar de tudo e de todos? O quê, ou melhor, quem faria Mia querer desligar a humanidade?

Sam olhou para o irmão enquanto pensava na pergunta, mas não demorou muito para encontrar a resposta e disse com pesar:

- Cas. Se alguma coisa acontecer com ele...

- Precisamos sair deste lugar logo, Sammy, e descobrir o que o desgraçado do Silas fez ou planeja fazer com o Cas antes que seja tarde demais. - disse Dean voltando a arrastar a cadeira, mas parando em seguida ao ouvir Mia tossir.

Ela abriu os olhos e sentou na bancada enquanto Sam e Dean permaneceram imóveis tomados pela tensão. Mia passou a mão no pescoço ainda dolorido e xingou ao lembrar do que tinha acontecido:

- Son of a bitch.

Mas logo ela também ficou imóvel ao sentir um cheiro familiar e agradável. Um odor inebriante que a entorpeceu por alguns segundos. Mia fechou os olhos e respirou profundamente deixando aquele perfume dominar a sua mente pouco a pouco.

- Bom dia, Sunshine! - arriscou Dean fazendo Mia sair daquele transe e olhar imediatamente para ele e para Sam.

Mas ela não estava enxergando os Winchesters ali. Na verdade, era como se não os reconhecesse mais. Não passava pela sua cabeça o que estava acontecendo, onde estava e quem eram eles. Porque a única coisa que ela via ali era o sangue escorrendo pelos pescoços dos Winchesters. A única coisa que sentia era o cheiro do sangue deles a invadindo a cada segundo, a dominando, a controlando. A única coisa que Mia queria era o sangue de Sam e Dean.

Mia sentiu que seus olhos estavam queimando ao mesmo tempo em que seus dentes ficaram doloridos e cresceram um pouco dentro de sua boca.

E Sam e Dean observaram os olhos da garota ficarem avermelhados enquanto os encarava. Não era mais uma garota que estava diante deles. Não era mais a garota que eles conheceram em um cemitério há alguns meses que estava ali. Aquela era uma vampira. Uma vampira que estava faminta e pronta para atacar, a qualquer momento, duas vítimas completamente indefesas: Sam e Dean Winchester.

Perto dali, Damon e Elena entraram em um laboratório de informática e se juntaram a Stefan, Caroline, Tyler e Jeremy que também estavam ali. Momentos antes, Elena havia enviado uma mensagem para todos eles informando que, além de Mia e Castiel, Sam e Dean também haviam desaparecido, e pedindo para que todos se reunissem ali.

- Cadê a Meredith? - indagou Jeremy.

- Estou bem aqui. - anunciou a doutora entrando na sala em seguida e fechando a porta.

Todos se olharam apreensivos até que Elena começou a falar:

- Nós estamos aqui, Meredith, como você pediu. E agora? O que nós vamos fazer?

A médica olhou para todos eles antes de começar a explicar:

- Bem, parece que Silas está ganhando neste momento. O plano dele é mais audacioso do que nós tínhamos imaginado. E é por isso que nós temos que repensar o nosso se quisermos vencê-lo. Quatro de nós já sumiram e isso significa que o nosso plano não está funcionando.

- E o que você sugere? - interessou-se Stefan - Que eu saiba nós ainda precisamos da Colt e Dean desapareceu com ela...

O vampiro parou de falar quando percebeu que Meredith tirava alguma coisa da pequena bolsa que trazia. E então ela colocou o objeto sobre uma das mesas e todos olharam surpresos e aliviados para a Colt ali em cima.

- Nós temos a arma. Jeremy tem o feitiço. Só falta uma coisa: descobrir onde Silas está. - continuou ela.

- Seja lá onde for, ele se escondeu muito bem. Nós já reviramos esta escola de cabeça pra baixo e nem sinal dele ou dos outros. - expôs Caroline.

- Outro ponto do plano que nós vamos precisar avaliar. - disse Meredith - Sair por aí procurando por ele não está adiantando. Pelo contrário, ele está fazendo cada um de nós desaparecer e nos confundindo cada vez mais.

- O que exatamente você está sugerindo? - quis saber Tyler confuso como os outros.

- Nós não temos que encontrar o esconderijo de Silas sozinhos, nós temos que fazer com que ele nos mostre onde é. Ele precisa nos levar até lá. - respondeu Meredith.

- E como vamos conseguir fazer isso? - indagou Jeremy enquanto Damon olhava em volta e lembrava de algo que Dean disse momentos antes de desaparecer.

- Usando a tecnologia a nosso favor, amigos. - sugeriu o Salvatore mais velho fazendo todos o olharem curiosos enquanto tentavam entender o que exatamente ele estava sugerindo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??? Surpresos por Meredith ter achado a Colt e estar organizando o contra plano?

E Damon e sua boca kkkkkkkkk

Gostaram do momento fofis de Caroline e Stefan? Gente, mas toda hora alguém interrompe kkkkkkkk

Mia acordou e agora?

Reviews?

O próximo capítulo sairá ainda hoje ou no máximo amanhã! Como eu disse, eu quero terminar logo logo!