De Volta a Mystic Falls escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 19
Capítulo 19 - O plano


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! No capítulo de hoje vamos aprender que não importa o quanto algo esteja ruim, tudo pode piorar.Mas, o mais importante é não deixar a peteca cair e levar tudo com otimismo e senso de humor.Então, aprendam com Dean Winchester!Ah! O capítulo se chama O plano porque finalmente Silas começa a explicar... O plano. Óbvio...Divirtam-se!



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Algum tempo depois, Dean começou a acordar e percebeu que estava amarrado a uma cadeira. Sua cabeça girava e doía muito. Silas não batia como uma garotinha exatamente.

Instantes depois Dean olhou em volta e percebeu que estava numa espécie de laboratório de Química desativado. Não havia janelas e o cheiro de mofo dominava o local. Então ele deduziu que o laboratório devia ficar no subsolo da escola. Havia uma enorme bancada formando uma espécie de quadrado onde antigamente os alunos deviam se reunir lado a lado, cadeiras empoeiradas, algumas delas quebradas e armários cobertos com um tipo de plástico.

Definitivamente Dean não se lembrava de ter visto aquele lugar na planta do prédio. E isso era um péssimo sinal porque se ele não sabia da existência daquele lugar, provavelmente os Salvatores e os outros também não imaginavam que ele existia.

– Awesome! - ironizou ele.

– Dean? - chamou Sam que também estava amarrado em uma cadeira e de costas para o irmão.

– É você mesmo, Sammy? - quis confirmar o mais velho tentando se virar para conferir, mas sem êxito.

– Infelizmente... - confirmou Sam olhando em volta pela primeira vez e indagando em seguida - Me corrija se eu estiver errado, mas isso não fazia parte do plano, fazia?

– Eu e você nocauteados e amarrados? Acho que não. - respondeu Dean e depois de pensar um pouco, continuou - Primeiro o Cas, depois Mia e agora nós dois. O que Silas está planejando com esse lance de fazer todo mundo desaparecer? Um a um... Parece até um show de mágica. O problema é que eu não tenho ideia do que vai acontecer quando as cortinas forem abertas...

– É... Nem eu. - concordou Sam e em seguida perguntou torcendo por uma resposta positiva - Alguma chance de você estar com a Colt?

– Na verdade... Eu meio que perdi ela. - respondeu o Winchester mais velho.

– Dean...

– Qual é, Sammy? Ele apareceu do nada e me encheu de pancada. A Colt caiu longe e eu estava ocupado demais apanhando pra conseguir pegá-la de volta. - defendeu-se Dean - E pra piorar, ele ainda tinha a sua cara. Aquilo foi estranho...

– Ele se passou por mim? - indagou Sam um tanto surpreso.

– Com direito ao cabelo e tudo. - confirmou Dean - Por quê? Quem ele era quando se aproximou de você?

Sam suspirou e pensou um pouco lembrando das coisas que Silas havia dito antes de conseguir responder:

– Jessica.

– Sammy... Sinto muito. - lamentou o irmão - Você está bem?

– Sim. - mentiu ele.

– E Meredith? - lembrou Dean preocupado com o que Silas poderia ter feito com ela já que a médica estava com Sam momentos antes quando o casal saiu à procura de Castiel.

– Ela está bem. Conseguiu escapar. - tranquilizou Sam.

– Talvez ela consiga avisar os outros. - imaginou Dean.

– Provavelmente. - concordou Sam - Mas mesmo que ela consiga, eu duvido que eles saibam da existência deste lugar.

Dean olhou em volta mais uma vez. Aquele laboratório realmente não aparecia na planta que ele, Damon, Stefan e os outros haviam visto quando se reuniram para elaborar aquele péssimo plano. Ele devia estar desativado há anos ou em reforma. Então Dean suspirou e refletiu:

– Isso é tão irônico. Nossas vidas estão nas mãos de um bando de vampiros. Awesome!

– É nem me fala... - concordou Sam - Dean, você tem que parar de falar Awesome toda hora.

– Eu não falo Awesome toda hora. - discordou Dean - Eu falo?

Os dois esqueceram aquela discussão ao ouvirem de repente um ruído que cortou o ar como se alguma coisa tivesse se movimentado rapidamente através dele e então eles olharam imediatamente para a porta.

– Eu queria muito, mas talvez não seja só o vento. - pressentiu Dean.

E obviamente não era. Logo a porta se abriu e os dois viram Stefan entrar naquele lugar, mas pela forma como o vampiro os encarou, Dean teve certeza de que ele era Silas.

– Deixa eu adivinhar, você não é o Stefan. - deduziu Sam enquanto Dean riu levemente.

– Qual é a graça? - estranhou Silas.

Dean se controlou e respondeu:

– Cara, você deve ser muito feio pra andar por aí com o rosto dos outros. Ou sofre de crise de identidade.

Silas sorriu de um jeito enigmático e revelou enquanto andava em volta dos dois:

– Na verdade, esta é a minha verdadeira face.

Sam ficou surpreso ao ouvir aquilo, mas Dean não parecia convencido e duvidou:

– Sério? Porque você parece muito com um cara que eu conheço.

Silas se aproximou do Winchester mais velho, puxou uma cadeira empoeirada e sentou na frente dele antes de explicar:

– Na verdade, o cara que você conhece é que é parecido comigo e não o contrário. Stefan é uma cópia, um sósia... É o meu Doppelgänger.

– Como Elena e Katherine? - lembrou Sam.

– Tipo Javier Bardem e Jeffrey Dean Morgan? - brincou Dean tentando disfarçar a surpresa.

Silas sorriu e levantou enquanto dizia:

– Eu admiro o seu senso de humor, Dean. É interessante ver como você tenta esquecer os problemas se refugiando atrás dessa máscara de cara engraçado.

– Qual é... Eu sou hilário. - defendeu-se Dean.

– Às vezes. Mas a verdade é que nem sempre isso pode te ajudar, Dean. Ou ajudar o seu irmão. Como agora, por exemplo. - continuou Silas enquanto levantava e se aproximava de Sam.

– Fica longe dele! - gritou Dean tentando se soltar, mas as cordas que o prendiam à cadeira estavam bem firmes.

Silas encarou Sam que indagou confuso:

– Qual o seu problema, cara?

– Fome. Eu estou com fome, Sam. - insinuou o vampiro e em seguida inclinou a cabeça do Winchester e mordeu o seu pescoço com ímpeto.

Sam abafou o grito de dor enquanto Dean o chamava desesperado:

– Sam! Sammy! O que ele está fazendo? Sam! Fica longe do meu irmão, seu monstro sanguessuga dos infernos! Eu vou matar você! Você está ouvindo, desgraçado?! Eu juro! Saí de perto dele!

Silas se afastou um pouco de Sam e gritou para Dean:

– Espere a sua vez!

Em seguida, Silas mordeu Sam mais uma vez e fez questão de demorar para provocar Dean. Só depois deixou Sam e caminhou lentamente até Dean. Ao ver que a boca dele estava ensanguentada, Dean perguntou preocupado com o irmão:

– Sammy, você está bem? Sam?

– Sim... - respondeu o irmão com esforço enquanto o sangue escorria por seu pescoço.

Então Silas parou diante de Dean e se divertiu ao ver a feição preocupada e desesperada dele. Dean olhou o vampiro com ódio e Silas sorriu satisfeito ao dizer:

– Era disso que eu estava falando, Dean! Aí está o verdadeiro Dean Winchester. Nesse olhar desesperado e impotente. Onde está o seu senso de humor agora?

– Em um lugar onde o Sol não brilha. Aliás, você devia ir pra lá. - respondeu Dean com raiva.

Silas riu e reconheceu:

– Você é bom, Dean. Exceto quando tocam no seu ponto fraco. E Sam é o seu ponto fraco, não é? Quando o assunto é ele, você perde completamente o controle e só faz coisas estúpidas. Morre por ele, vai ao Inferno por ele. Sempre preocupado com o irmãozinho, sempre tentando salvá-lo mesmo quando ele parte o seu coração.

Dean o olhou confuso e Sam lembrou o irmão dizendo:

– Ele entra nas nossas mentes. Dean... Eu sinto muito.

– Está tudo bem, Sammy. Eu não me sinto assim. - tranquilizou Dean.

– Ele está mentindo, Sammy. - afirmou Silas - Não para você, mas para ele mesmo. Ele é perito em fazer isso, você sabe. Em fingir que está tudo bem só para te poupar. Mas o fato é que você o decepcionou tantas vezes, partiu o pobre coraçãozinho dele tantas vezes, que quase não sobrou nada dentro dele. Apenas cacos. E piadas.

– Sammy, não presta atenção no que ele está falando. É mentira. Tudo mentira. Ele está tentando nos confundir. - argumentou Dean.

– Está tudo bem, Dean... Eu entendo que você se sinta assim. E eu sinto muito. Eu realmente sinto. Me desculpe. - respondeu Sam com pesar.

– Parece que ele não acreditou em você, Dean. Talvez seja melhor você dizer alguma coisa engraçada. Faz mais efeito. - provocou Silas.

Mas Dean não queria mais fazer piadas. Aquela situação toda era horrível e o torturava. Silas dentro da sua cabeça, remexendo em feridas que estavam cicatrizadas. Fazendo elas sangrarem de novo. Era um saco. Dean olhou para o chão por alguns instantes e depois voltou a olhar o vampiro que sorria vitorioso. Os olhos dele ficaram daquela forma estranha que costumam ficar quando um vampiro está prestes a atacar alguém e Dean desafiou o encarando com ódio:

– Pode vir, son of a bitch!

Então Silas se aproximou rapidamente e o mordeu no pescoço. Dean gritou, mas a medida que Silas bebia o seu sangue, ele começou a perder as forças.

– Dean? - chamou Sam aflito - Silas, pare! Por favor... Se afaste dele!

– Eu estou bem, Sammy. - respondeu Dean enquanto Silas se afastava - Então é só isso que você consegue fazer? Eu estou decepcionado. - provocou ele.

Ao ouvir isso Silas parou e se virou para olhá-lo de novo. Sam ouviu passos e deduziu que o vampiro iria morder Dean novamente e interveio rapidamente:

– Você disse que não ia nos matar, lembra?! Que tinha um trabalho pra gente? Então qual o seu plano, Silas?

O vampiro parou novamente e em seguida arrastou a cadeira de Sam e a colocou ao lado de Dean fazendo os dois ficarem de frente para ele. Os irmãos se olharam e viram os ferimentos no seus pescoços. Silas estava mesmo com fome, mas não parecia que iria matá-los. Pelo menos não por enquanto. Então Dean lembrou do que o vampiro disse pouco antes de nocauteá-lo. Silas havia insinuado que estava reservando Dean para outra pessoa. Outro vampiro, no caso. Mas quem? E que diabos de plano era aquele? E que tipo de trabalho Silas teria para eles?

– Vocês já vão descobrir. - insinuou o vampiro antes de sair do laboratório - Eu volto já.

Ao ficarem sozinhos, os irmãos se olharam de novo. E Dean resmungou tentando esboçar um sorriso:

– Quando você acha que a coisa não pode piorar... Ela piora. Sempre piora.

– Dean... A gente precisa conversar. - disse Sam.

– Sobre o quê? - perguntou o mais velho.

– Sobre as coisas que o Silas falou. - respondeu o mais novo - Dean... Me desculpe. Por tudo.

– Pare, Sammy. - interrompeu Dean voltando a olhar o irmão - O Silas não vai conseguir fazer isso.

– Isso o quê? - indagou Sam.

– Entrar nas nossas cabeças, nos confundir, no fazer remoer o passado. Não, Sammy. Você é meu irmão, minha família, tudo o que me resta e Silas não vai fazer isso com a gente, ok? Não vamos entrar no jogo dele. - esclareceu Dean e olhando em volta, mudou de assunto - Além disso, nós precisamos dar um jeito de sair daqui.

– Como? - indagou Sam enquanto Dean tentava se soltar.

Sem conseguir se livrar das cordas, Dean começou a arrastar a cadeira em direção ao balcão enquanto explicava:

– Estamos em um laboratório, Sammy. Deve haver alguma coisa aqui que possa cortar essas malditas cordas.

– Num laboratório de Química, Dean. - lembrou o irmão.

– Não importa. - disse Dean.

– E abandonado. A única coisa que vamos encontrar aqui será tubos de ensaio. - disse Sam.

Dean parou de arrastar a cadeira e olhou para o irmão enquanto resmungava:

– Um pouco de otimismo não vai te matar, Sammy. Anda, arrasta logo o seu traseiro daí.

Sam suspirou e acatou o pedido do irmão. Mas quando tinha movido a cadeira apenas alguns centímetros, Silas voltou.

– Essas cordas me dão alergia. - disfarçou Dean.

O vampiro olhou para os dois, mas não disse nada. Entrou, se aproximou do balcão e passou a mão por ele jogando tudo o que estava em cima dele pelo chão.

Sam observou os tubos de ensaio quebrados e Dean debochou de novo:

– Deixa eu adivinhar. Química não era a sua matéria favorita.

Silas deu um leve sorriso e observou:

– Vejo que o seu senso de humor voltou, Dean. Mas como eu disse, ele é inútil agora.

– Pode ser, mas eu prefiro levar a vida com otimismo. - afirmou o Winchester mais velho sorrindo.

No entanto, depois de observar o vampiro por alguns instantes, Dean ficou sério. Estava difícil disfarçar que no fundo ele estava preocupado com todo aquele mistério em torno do plano de Silas.

Após limpar a bancada, o vampiro saiu novamente, mas voltou instantes depois trazendo Mia nos braços.

Sam e Dean olharam aquela cena e ficaram ainda mais preocupados. A garota estava desacordada e havia sangue em seu vestido. Silas a deitou em cima da bancada e Sam perguntou aflito:

– O que você fez com ela?

– Eu? Bem, primeiro eu quebrei o seu pescoço. De novo, aliás. Depois, o braço. Porque ela não foi uma boa garota. - explicou Silas naturalmente e segurando o pulso ensanguentado de Mia, confessou - Ah! E eu não resisti. O sangue dela tem aquela coisa especial. Algo poderoso e... Demoníaco. Parece que de um jeito ou de outro Mia é um monstro.

– Sério que você quer falar sobre monstros? - irritou-se Sam.

– Ok! O que significa tudo isso? Qual o seu plano, Silas? E cadê o Cas? O que você fez com ele? - interrompeu Dean irritado com todo aquele suspense.

Silas sorriu se divertindo com a curiosidade deles e respondeu:

– Calma. Uma coisa por vez. Primeiro, Mia.

Sam observou a garota desacordada em cima do balcão, pensou no jeito que Silas dizia aquelas coisas e então lembrou do que o vampiro disse quando estavam na quadra. E começou a deduzir qual era o plano de Silas, ou pelo menos, parte dele. E resolveu arriscar:

– Quando você disse que tinha um trabalho pra mim e pro meu irmão, quando você disse que ia nos dar um monstro para caçar, era da Mia que você estava falando, não era?

Silas sorriu demonstrando que Sam estava certo. Dean olhou para os dois surpreso, depois para Mia e disse incrédulo:

– Isso é ridículo. A Mia não é um monstro, ela é só uma garota viciada em café. Isso não é crime, é?

– Ela é só uma garota? Sério? - questionou Silas olhando para os dois e depois observando Mia bem de perto, continuou - Vendo daqui, pra mim ela parece muito com uma vampira. Com sangue de demônio. Uma verdadeira bomba relógio prestes a explodir a qualquer momento.

– Ela não escolheu isso. Nada disso, aliás. - defendeu Sam - Mia é uma boa pessoa. Sinto muito se você não consegue compreender o que isso significa, Silas.

– E eu achei que vocês entendiam tudo sobre monstros. Que eram espertos. - debochou o vampiro e acariciando os cabelos de Mia, perguntou - Vocês acreditam mesmo que esta garota aqui dentro é a mesma que vocês conheceram num cemitério há alguns meses?

– Ela pode não ser a mesma garota, mas ainda é a Mia. - afirmou Sam - E nós nunca vamos machucá-la. Se esse era o seu plano, Silas...

– Nunca? - repetiu o vampiro de um jeito desafiador.

– Nunca. - garantiu Dean - O único monstro que nós vamos machucar é você. Pode ter certeza.

Silas fingiu que havia estremecido e murmurou:

– Que medo, Dean! E como exatamente você vai me machucar se você mal consegue se mexer dessa cadeira? Mas me diga, nunca mesmo?

– O que foi? Você é surdo ou o quê? Nunca! - gritou o Winchester mais velho.

– Mesmo se a Mia representasse uma ameaça para o seu querido irmãozinho? Ou para você? - sugeriu o vampiro.

Dean pensou um pouco e reafirmou:

– Nunca.

– Mentir é feio, Dean. Desse jeito você vai parar no Inferno. De novo. - provocou Silas.

– Por que a Mia se tornaria uma ameaça? - perguntou Sam cada vez mais confuso em relação ao plano de Silas.

– Sam, Sam, Sam... Eu adoro as suas perguntas. Mas ao mesmo tempo a resposta é tão obvia que você me decepciona um pouco. - respondeu Silas e apontando para eles e para Mia explicou - Pense um pouco, Sam. Aí está você e o seu irmão. Sentados, devidamente amarrados e sangrando. E aqui está Mia, uma vampira. Sedenta. Um monstro feito para matar. Então, sangue mais vampira é igual a...

– Então você acha que ela vai nos atacar? - surpreendeu-se Dean.

– Você acha que não? - devolveu Silas fingindo surpresa - Você é mesmo um otimista, Dean. Eu admiro isso.

– A Mia não vai nos atacar. Ela é nossa amiga. - afirmou Sam - E ela é uma das pessoas mais fortes e determinadas que eu já conheci. Ela vai resistir.

Silas se apoiou no balcão e prosseguiu:

– Eu não teria tanta certeza se eu fosse vocês. Algo me diz que Mia vai acordar com fome. E mesmo que ela tenha uma força de vontade invejável e consiga resistir ao próprio instinto de atacar duas presas completamente vulneráveis como vocês, alguma coisa horrível pode acontecer assim... De repente... Fazendo Mia parar de se importar com tudo isso. E então ela ataca não só vocês dois, mas também cada pessoa que cruzar o seu caminho, como qualquer convidado desta festa, por exemplo.

– Do que você está falando exatamente? - estranhou Dean - A Mia nunca faria isso. A não ser que...

– A não ser que ela desligue a humanidade. - completou Sam surpreso.

Dean olhou para o irmão e entendeu o seu raciocínio. Em seguida voltou a olhar para Silas e indagou:

– Então esse é o seu plano? Fazer Mia desligar a humanidade e nos forçar a matá-la? Surpresa, otário! Mia jamais desligaria a humanidade. Ela viu o que isso fez com Elena. Aliás, Mia foi uma das vítimas dela há alguns meses. Então seja lá o que você estiver planejando, não vai funcionar, Drácula.

– Nunca, jamais... Vocês gostam mesmo destas palavras, não é? - observou Silas e depois de alguns instantes, propôs - Bem, vamos fazer um acordo. Mia vai acordar logo logo e então vocês poderão ajudá-la a encontrar toda essa força de vontade que acreditam que ela tenha. Eu duvido, mas digamos que ela consiga resistir. Então vocês estarão certos e eu errado.

– E então? - quis saber Sam.

– Então Mia terá passado no primeiro teste. Mas nós ainda temos o ato final. E eu duvido que ela passe por ele. - insinuou Silas.

– Que ato final? - indagou Sam.

Silas se afastou de Mia e sorriu ao dizer:

– Uma coisa por vez, Winchesters. Primeiro vocês terão que encarar uma vampira faminta. Ou ela vai acabar com vocês ou vai desamarrar vocês. Façam as suas apostas. Eu já fiz a minha.

– E como exatamente nós vamos nos defender se fomos amarrados aqui por um maluco que gosta de se passar por mulheres? - indagou Dean.

– Viu?! Vocês já estão reconsiderando que talvez estejam errados sobre Mia. Que talvez ela ataque mesmo vocês. - observou Silas animado.

– Nós só estamos tentando encontrar algum sentido nisso tudo. - esclareceu Dean.

– Certo... Bem, não se preocupem. Eu não vou deixar Mia matar vocês. Eu vou voltar logo. - respondeu Silas e em seguida começou a andar em direção a porta.

Dean o interrompeu indagando:

– Por que você está fazendo isso? Sério, cara? Por quê? Todo mundo tem um motivo. Qual é o seu?

– Qual é o meu? - repetiu Silas incrédulo - Vocês estavam planejando o meu fim. É um bom motivo pra você, Dean?

– Porque você é um monstro. - xingou o Winchester mais velho.

– Exato! Eu sou. - concordou Silas - O problema é que eu não sou o único. Mia também é. Ou vai se tornar um. Mais cedo, mais tarde ou quem sabe esta noite. Admitam, vocês pensam nisso quase o tempo todo. "Até quando Mia vai aguentar?" "Será que ela vai se tornar perigosa?" " Temos que curá-la antes que ela faça alguma besteira! " Eu vejo o que se passa na cabeça de vocês. E se vocês são caçadores de verdade, terão que pará-la custe o que custar. Terão que colocar a amizade e o carinho que tem por ela de lado e fazer o que precisa ser feito. O que é certo. Terão que sacrificá-la pelo bem maior e pela segurança de todos. Não é isso que fazem os caçadores? Não é esse o family business?

– A sua sorte é que eu estou amarrado, senão eu já teria quebrado a sua cara há muito tempo. - ameaçou Dean profundamente irritado com o plano de Silas.

– E se Mia passar por todos os testes? - indagou Sam - Você não vai nos deixar sair vivos dessa de qualquer forma, então por que está fazendo isso? Por que você simplesmente não nos mata?

– Sammy... Não dá ideia... - repreendeu Dean.

– Simplesmente matar vocês seria muito fácil e nada divertido. Mas você está certo, Sam, eu não vou deixar vocês saírem livres dessa mesmo que Mia consiga resistir. - respondeu Silas e em seguida explicou o seu plano - Eu vou matar vocês de um jeito ou de outro. Só que antes eu quero provar que vocês estão errados sobre a Mia. Eu quero que vocês se torturem e sofram quando perceberem que não há outro jeito a não ser matá-la. E que ela sofra ao ser morta por aqueles que considerava serem seus amigos. Vocês não entendem? Eu estou tentando ensinar algo esta noite. Aliás, a verdade é que nós podemos resumir esta noite como um grande teste. Para vocês como caçadores e para Mia como vampira. E algo me diz que no fim da noite as palavras nunca e jamais não existirão mais no dicionário de vocês. E se vocês não matarem a Mia, eu mato. Se a matarem, ótimo. Vocês terão feito o trabalho de vocês. Terão feito o que estão destinados a fazer: caçar coisas. Mas então eu também mato vocês e todos os outros vampiros, afinal vocês não vão parar de me caçar, não é? E talvez eu até mate os convidados. Eles estão bêbados demais para conseguirem reagir mesmo. Resumindo, isso tudo é um grande jogo, Winchesters. Chama-se "Eu ganho e vocês perdem". De um jeito ou de outro, eu venço. Vocês sabem que não podem me derrotar e no fundo sabem que não podem salvar a Mia de quem ela é de verdade.

– Você ficaria surpreso com as coisas que nós podemos fazer. - garantiu Dean - Nós impedimos o Apocalipse. Acho que conseguimos dar um jeito num idiota como você.

– Tudo bem, Dean. É como dizem, a esperança é a última que morre. Mantenha a sua até o final. É só o que vai te restar quando eu beber a última gota do seu sangue. Claro que eu vou começar pelo seu irmãozinho. Porque eu quero que você veja ele morrer sem poder fazer nada para impedir. - respondeu Silas em tom ameaçador e em seguida anunciou enquanto se transformava em um dos Winchesters - Agora se vocês me dão licença, eu preciso cuidar dos Salvatores.

– Son of a bitch... - resmungou Dean ao ver a sua imagem refletida no vampiro - Eles não vão acreditar que você sou eu.

– Eu aposto que vão. - afirmou Silas - Viciado em hambúrguer, torta e pornô japonês, fã de rock e se acha engraçado. Acho que eu sei imitar você, Dean Winchester.

Após dizer isso, Silas caminhou até a saída e segurou a maçaneta. Dean notou que o vampiro usava uma luva e estranhou aquilo. Antes de trancá-los com Mia, o vampiro sorriu e desejou com ironia:

– Aproveitem a festa.

Sam e Dean olharam para Mia desacordada e sentiram o sangue escorrendo continuamente pelos seus pescoços.


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Notas finais do capítulo

OMG! Como assim???? Silas muito maquiavélico... Ele quer matar todo mundo, mas ao mesmo tempo quer que torturar todo mundo psicologicamente, fazer a Mia atacar os meninos e os meninos matarem a Mia e depois ele mesmo quer matar os meninos começando pelo Sammy!!! Corram para os colinas!!!Sei que vcs devem estar se perguntando onde diabos foi parar o Castiel, mas muita calma nesta hora, porque logo logo vcs vão descobrir e se vcs acharam o plano de Silas muito maldoso, se preparem, porque vai piorar. Sempre piora...Apesar do clima tenso deste capítulo, Dean me fez dar muita risada aqui kkkkkkkkkk Inclusive, duas frases ele realmente diz durante a série. "Para um lugar onde o sol não brilha" e "Eu queria muito, mas talvez não seja só o vento". E só para constar, para quem ainda não sabe, eu tenho um bloguinho sobre a série e esta semana vou postar umas frases engraçadas que o Dean disse durante a 7ª temporada. Será que a Mia vai conseguir resistir aos meninos??? Eu não resistiria... Oi?Ah! Jeffrey Dean Morgan é o ator que fez o papai John Winchester. E Javier Bardem é outro ator muito parecido com ele. Mas eu prefiro o Jeffrey eheheheheh e achei legal colocar uma piadinha sobre a semelhança dos dois. Reviews???Próximo capítulo quinta-feira!!!