Death Note: Os Sucessores escrita por Nael


Capítulo 24
A Caçada – Parte 3: Quartel General (Final)


Notas iniciais do capítulo

Hora de terminar o jogo. Apostas encerradas.
Agora, que vença o melhor. Será que ainda há tempo para uma reviravolta?

"Venha me destruir!
Me enterre, me enterre!
Eu terminei com você!
Olhe nos meus olhos
Você está me matando, me matando!"
Música: The Kill (Bury Me) - 30 Seconds To Mars



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Maisy usava uma peruca escura e comprida. Roupas formais e um sobretudo claro que tinha comprado no shopping. Já havia se passado bastante tempo desde que saiu de casa e ela receava que a enfermeira acordasse.

Mas não podia comprar as roupas e a peruca perto de casa, isso poderia levantar suspeitas. Não sei quanto o L sabe, não consigo entrar no seu sistema... Ah! Tudo bem, depois de hoje, L não será mais um problema.

Tinha pegado o metrô e Ryuk se mostrava impaciente.

– Onde estamos indo? O que você vai fazer? Como vai pegar o L?

Mas a garota não respondia, apenas continuava olhando pro outro lado. Quando o vagão esvaziou e Ryuk continuava a lhe importunar ela disse sussurrando.

– Vou até a polícia.

O shinigami ficou surpreso e o trem seguiu a toda velocidade. Maisy chegou até o cetro de investigação da polícia e no balcão mostrou identidade, distintivo e outros documentos falsos. Bom, não totalmente falsos, ela subornou alguém de dentro do Departamento de Justiça que conseguiu os itens pra ela.

Enquanto subia de elevador Ryuk lhe fazia perguntas e ela se limitou a olhar para cima mostrando a câmera. Saiu no terceiro andar e foi até o banheiro feminino. Se trancou num box e tirou um notebook da bolsa.

Ryuk a olhava encostado na porta do box pelo lado de dentro. Ela se sentou no sanitário e ligou o aparelho.

– Bancando a policial. É... Com sua altura, aparência e os documentos é fácil passar por eles. Mas como vai pegar L desse jeito?

A garota olhou para cima tentando captar algum outro barulho. Ryuk que era mais alto que as paredes dos boxes confirmou que não tinha mais ninguém ali.

– Primeiro vou entrar no sistema de segurança, depois vou hackear todo o sistema da policia. Assim vou voltar a ter pelo menos uma noção do que estão falando e fazendo a respeito de Kira.

– Acha que L vai ter uma ficha ou algo do tipo da onde você possa ver o rosto e o nome dele?

– Claro que não. – ela disse. – Mas vou descobrir sobre a central de operações deles.

– Como assim?

Ela se concentrou a tela e digitava rapidamente.

– Pronto. Consegui.

– Maisy... Como? O que você quis dizer com...

– Calma. Eu explico. – ela virou o notebook para Ryuk que se inclinou para ver. Na tela havia um enorme prédio. – Esta é a sede de operações da SPK, o Quartel General do L. E nós vamos fazer uma visitinha a ele e sua equipe.

– Hehe. Isso vai ser interessante. E quanto ao nome verdadeiro das pessoas por lá? Vai finalmente fazer o acordo dos olhos?

– Claro que não. – ela fechou o aparelho e o guardou de volta a bolsa. – Além do mais não trouxe uma única página do caderno.

– E como pretende matar L e sua equipe sem ele?

Ela desabotoou o blazer e levantou a blusa revelando uma pistola preta na cintura.

– Acontece que o Death Note não é o único meio de se matar alguém.

– Onde arrumou isso?

– Sou uma policial. – ela sorriu. – Consegui com um amigo. Agora sim a caçada vai começar.

Ela foi, então, até o edifício. Foi na recepção que começaram os problemas. Ela achou que seria fácil entrar, mas apenas os investigadores com os distintivos da equipe da SPK passavam.

Quando percebeu isso disse que tinha informações sobre o Caso Kira e queria falar com os responsáveis pelas investigações. O homem fez uma ligação e outro homem foi até lá para acompanhá-la. Ele usava uma máscara de esqui. Mais parecia um ladrão do que um policial.

Ela foi conduzida até uma sala de interrogatório e uma mulher apareceu mascarada.

– Pedimos desculpas, mas se realmente quiser cooperar teremos que revistá-la. – disse a mulher que era mais baixa que ela.

– Claro. – ela colocou a bolsa em cima da mesa e tirou a arma da cintura. Depois disso foi revistada pela mulher enquanto o homem verificava sua bolsa.

– Muito bem. Parece que está tudo certo. – eles devolveram as coisas para ela e todos se sentaram. – O que gostaria de informar a SPK, policial Kimura. – o homem leu o sobrenome que estava o distintivo.

– A informação e os dados que eu tenho são extremamente importantes e delicados. – ela falou séria.

– Continue.

– Eu sei como Kira mata suas vítimas. – os policiais se entreolharam. – Ar. Se ar entrar na corrente sanguínea de um ser humano o sangue daquela região coagula e quando chega ao coração leva a parada cardíaca.

– Exatamente. E o meio mais eficaz e prático de se fazer isso é com seringas. – disse a mulher. – Como foi explicado na investigação do antigo Kira.

– Eu sei, mas ainda há a pergunta: Como ele faz isso simultaneamente e ao redor do mundo? – ela apoio os cotovelos na mesa. – Eu tenho provas concretas de uma grande máfia, uma grande organização por trás das ações de Kira.

– Onde estão?

– Não. Isso eu só trato diretamente com o L. Mesmo que por computador. Afinal qualquer um pode ser Kira ou está trabalhando com ele.

– Tem razão. É bem justo. Vamos entrar em contato com ele agora mesmo, mas pedimos que fique aqui sob proteção policial. Suas informações podem ser a solução desse caso.

– Assim espero. – ela ficou nas sala enquanto os dois agentes seguiam pelo corredor.

– L sempre disse que Kira trabalhava sozinho, no máximo um ou dois cúmplices. E agora chega uma policial dizendo que ele é de uma máfia global. – disse o homem. – Não sei, não.

– É mesmo estranho. L nunca errou até agora. Em todo caso, se isso for verdade, não podemos deixar passar. – respondeu a mulher.

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Na casa de Maisy todos os equipamentos estavam montados, Sophie e Annie tocaram no caderno e o levaram também a Watari para que pudessem ver o Shinigami.

– Certo. – disse Annie. – Quando ela voltar vou fazer o que você me disse e verificar ser o shinigami está com ela.

– Me ligue imediatamente depois que sair daqui e tente não se assustar, deixar óbvio que viu o Deus da Morte. – disse Sophie de dentro do carro.

– Está bem, Chefe. – ela bateu continência.

– Obrigado Annie... Digo Amanda.

– E não se esqueça do nosso acordo.

– Claro. Vou ficar de olho no Steve. – a enfermeira sorriu pra ela e se despediu. O carro avançou pela rua.

–--------------------

No Quartel General Maisy era conduzida até uma sala onde diziam que estava o L. Ela teve que deixar todos os objetos pra trás, foi revistada novamente e ainda passou por um detector de metais.

Depois que foi liberada entrou numa sala ampla. Lá dentro havia uma mesa com duas cadeiras de metal. Numa delas um rapaz de cabelos claros sentava com os pés na cadeira e usava uma máscara veneziana. Maisy se sentou na outra cadeira.

– Olá policial Kimura. Eu sou o L. – disse Scot.

– Como posso ter certeza? – ela rebateu.

– Faça o teste que quiser.

– Qual o verdadeiro nome do seu antecessor?

Scott ficou um tanto surpreso, mas como havia aprendido não demonstrou isso.

– Trabalhou com Ryuuzaki?

– Não. Não tenho idade suficiente para tê-lo conhecido e o fato de você ter feito essa pergunta para tentar me pegar é o que me faz acreditar de que você pode ser o L. – Claro que não ia me falar o verdadeiro nome do Near ou Ryuuzaki, mas o fato de saber disso já é bem relevante.

– Ainda não está convencida?

– Não. Mas para alguém conseguir se passar por L tem que pelo menos conhecê-lo muito bem. Acredito que seja confiável te passar as informações que obtive.

– Obrigado. Por favor, diga o que descobriu.

– Eu sei como Kira mata e como faz isso em escala mundial.

– É mesmo? – ele se fez cético.

– Você já sabe sobre as seringas com ar, mas eu posso provar que há uma organização por trás das ações de Kira. É assim que ele mata ao redor do mundo.

– Não. – disse o rapaz e Maisy ficou confusa. – Está errado. Não é assim que Kira mata.

– O que?

– Não existe organização, nem máfia nenhuma por trás de Kira. E seringas com ar não é seu método de matar. Para isso ele, ou melhor ela usa o Death Note. – ele disse encarando a garota.

Maisy suspirou e se levantou. Andou até a porta e a trancou.

– Fácil demais L. Como foi tão descuidado?

– Maisy... Espera. – Ryuk começou e ela lhe lançou um olhar furioso. – Eu preciso...

– Quieto. – ela falou entre os dentes.

– Há oito câmeras escondidas nessa sala. – disse Scott.

– Que já foram hackeadas por mim e estão repetindo a imagem.

– Hum... Bem pensando. Mas uma hora vamos perceber a farsa. Não são tão lerdos assim.

– Eu sei. Não tem problema, não preciso de muito tempo pra te matar.

– E como vai fazer isso sem meu nome, rosto e principalmente sem o caderno?

– O Death Note não é a única forma de matar alguém, Detetive. – ela sorriu, abriu o blazer e colocou a mão entre os seis tirando de lá uma pequena arma de plástico.

– Uma das melhores criações dos contrabandistas que matou semana passada num acidente de avião. – disse Scott ainda se fingindo de L. – Mas espero que seja boa de mira, só tem uma bala, só uma chance.

Ela se aproximou e apontou a arma diretamente para cabeça dele. Entre os dois só havia a mesa, não tinha como ele fugir.

– Acho que pontaria não será um problema.

– Definitivamente não. – ele respondeu e as luzes se apagaram. Ao mesmo tempo que Ryuk gritou: Ele não é o L. – Será apenas um dos seus problemas. – a voz dele ressoou pela sala.

Maisy pulou a mesa na mais completa escuridão e viu que o rapaz não estava mais lá. A máscara. Claro. Deve ter visão noturna. Ela começou a rodar e andar atrás da porta ou qualquer coisa do tipo, mas não encontrava nem a mesa e as cadeiras mais, pelo barulho de passos, alguém as havia retirado.

– Xeque, Kira. – a voz dele saiu da escuridão e pela primeira vez Ryuk não achou graça da situação.


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Notas finais do capítulo

"Ryuk: Acabou. Maisy foi pega em sua própria armadilha. E eu vou ter que cair com ela. Isso é interessante, mas também assustador. Não sei se dou gargalhada ou me assusto.

Ela sempre diz que não importa o quanto o jogo esteja ruim pro lado dela, ela sempre consegue reverter. Espero que seja mesmo verdade, do contrario está acabado.

É Maisy... Se quiser continuar o legado do seu pai vai ter que fazer jus a sua origem. Vamos ver se sua inteligência vai ser suficiente para sair dessa. Você ainda tem um tiro."


É. Essa temporada foi interessante, uma experiência ótima e única. Agradeço pelos comentários, sugestões e correções.Obrigado a todos que acompanharam a historia, falaram suas ideias, apostaram nas suas deduções e me tiraram do tédio mortal nas férias. Vocês são incríveis. Death Note: Os Sucessores não existiria se não fossem por vocês.
Nos vemos na segunda temporada, pessoal.
Pra quem a essa altura do campeonato não escolheu um lado eu aviso... Péssima e ao mesmo tempo sábia decisão. =D
Esse Hiatus vai durar até depois do meu simulado, tenho que me concentrar e estudar para ele. Depois do dia 26/08 eu volto.... Com muitas novidades.
Bjs
—FaniCarolin

P.S.: Eu queria fechar com 100 comentários, então se não comentaram em algum capítulo, se são leitores anônimos (invisíveis) ou algo do tipo falem alguma coisa, deixem alguma mensagem. E se gostaram divulguem pros amigos (e inimigos, pq não né?) =D



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