Death Note: Os Sucessores escrita por Nael


Capítulo 23
Especial: Aprendizes de L - Steve


Notas iniciais do capítulo

"A verdade sempre fora o mais potente dos cataclisadores."
{Livro: O Símbolo Perdido}



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P.O.V Steve

Eu gostei de grande parte do meu treinamento com Near. Annie era uma grande espiã, mestre em disfarces, lutas e nossa informante. Ela conseguia interpretar qualquer papel e assim obtinha todo tipo de segredo. Sophie era o cérebro da equipe, sempre atenta a tudo e todos, ela tem o estranho, útil e as vezes aborrecedor talento de ler as pessoas. Ela observa suas expressões faciais e linguagem corporal de tal maneira que sempre sabe quando alguém está mentindo. E a mim restou ser a força e empatia. Era eu quem mais sai nas missões de campo, Annie me ensinou sobre várias armas e tipos de luta já que estava disposta a não usar mais tais métodos.

Nunca quis ser o grande Detetive, até porque Sophie e Annie me superavam nisso sempre. Eu contei quantas vezes a derrotei Sophie no xadrez. Foram apenas duas, ela disse que nunca aceitaria uma terceira.

Mas depois que ela cumpriu sua promessa eu me vi obrigado a abandonar a minha. Com a ajuda de Annie conseguimos acessar meus arquivos e eu finalmente descobri sobre meus pais biológicos. Desde daquele dia não sei se admiro ou odeio Near. Ainda me lembro da nossa discussão...

– Você violou as minhas condições, quebrou minhas regras. – ele disse, não totalmente bravo, parecia mais desapontado. Em todo caso me encarava com seus olhos negros.

– Não me venha com lição de morl. Quando eu perguntei você disse que não sabia e que eu poderia investigar, mas todo esse tempo você só escondeu a verdade. Como pode fazer isso comigo?

– Bem, olhe seu estado. É um bom motivo, não acha?

– Meu estado? E como você queria que eu ficasse ao saber que sou filho dos maiores assassinos em serie do mundo. – eu ri na cara dele. – Ah! Claro. Vai ver esperasse que eu saísse por aí pulando de alegria por ser filho do Kira e do Segundo Kira. Quer um motivo pra me prender é isso?

– Steve... – eu não deixei ele continuar, tirei uma pistola das costas e apontei diretamente para a testa dele.

– Aqui está. – eu disse ofegante. – Seu precioso motivo. Mas eu não serei um Kira para você jogar xadrez comigo L.

– Eu nunca quis isso. Pelo contrario. Além do mais eu sei que não vai atirar Steve.

– Ah! É. Como tem tanta certeza, Detetive?

– Porque ao contrario de seus pais você não é um assassino. Você é um Detetive. Alguém que sempre usa seus dons para ajudar os outros. – ele falava com naturalidade, sem um pingo de medo ou preocupação. – Você não tem sangue frio o suficiente para ser igual ao seu pai, nunca conseguiria se comparar ao Kira. Pelo menos é nisso que eu quero acreditar.

Eu estava com raiva, assustado e quando vi as lágrimas ameaçaram cair. Eu abaixei a cabeça e deixei a arma cair no chão. Me apressei para não parecer tão fraco perto dele.

– Devia ter me contado antes.

– Eu pretendia te contar um dia, mas nunca pareceu que a hora havia chegado. Acho que no final das contas eu não soube calcular. Sinto muito Steve.

– Foi por isso que sempre estive na Wammy’s? Queriam ficar de olho em mim?

– No começo foi exatamente isso, mas depois as circunstâncias mudaram. Se tem algo que você herdou de bom dos seu pai foi a grande inteligência.

– PARA! Eu não... Eu não quero ser considerado filho dele. Eu só... Estou cansado de tudo isso. A verdade é que eu não sei ser um jogador como vocês, eu não consigo ser imparcial e levar tudo como se fosse um simples quebra-cabeça. Eu nunca conseguiria ser um L.

– Eu lamento que pense assim. Seu futuro pode ser brilhante.

– E vai ser, eu garanto. Não serei como Yagami, nem me tornarei o L se esse era o plano para me testar. Mas tenha certeza de que não cairei ou me renderei tão fácil. – eu me endireitei olhei para ele. – Obrigado por tudo professor. – me curvei como costumam fazer os aprendizes aos mestres. – Adeus L.

Me virei e comecei a andar para a porta.

– Steve, esqueceu sua arma.

– Não preciso mais dela. – respondi sem me virar.

– Está mesmo indo embora da Mansão?

– Sim. Tem algum problema? Vai tentar me impedir?

– Não. Pelo contrário. Farei todo o possível para te ajudar.

– Eu prefiro caminhar com minhas próprias pernas. – eu o encarei.

– Entendo. – ele voltou a mexer no cabelo como fazia. – Neste caso boa sorte, Steve.

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– Está decidido mesmo? – Annie me perguntou.

– Estou. Obrigado pela ajuda. Agora é só vocês duas no páreo. – ela me abraçou. Apesar de toda implicância nos tínhamos nos tornado uma família. Que aceitávamos nossas esquisitices, combinávamos nossas diferenças e falávamos nossos absurdos. Ela começou a chorar eu foi aí que eu realmente vi o peso da minha decisão.

Ela saiu para lavar o rosto e eu percebi que Sophie montava um enorme quebra-cabeça sozinha sem nem me olhar. Resolvi me aproximar dela.

– Sophi... Eu... Sinto muito. Mas não posso mais jogar isso. Sou só um peão no final das contas.

– É verdade. Mas a Annie também é. Assim como eu. Somos todos meros peões de Near agora. – ela finalmente olhou para mim. – Só que não somos qualquer peão. Somos peões que podem atravessar todo o tabuleiro em um movimento e declarar xeque mate.

Era assim que ela me dizia que eu era especial. Eu sorri e me sentei ao seu lado.

– Você será um ótimo L, Sophi. Não tenho dúvidas.

– Que bom que alguém pensa assim, uma vez que eu mesma não veja dessa maneira.

– Não quer mais suceder Near?

– Agora não se trata mais só disso. – ela me olhou no fundo dos olhos, nossos rostos estavam tão próximos... – Vou sentir falta de jogar com você.

– Claro que vai. É muito fácil me ganhar, né. Agora se contente em perder pro L.

Ela sorriu e eu vi pela primeira vez como seu sorriso era lindo, como ela era linda. Toquei seu rosto e tirei um pouco dos seus rebeldes cabelos dos olhos. Por um instante queria desistir da ideia, queria ficar, só pra poder olhar para ela por mais tempo. Mas eu não podia, tudo que eu podia fazer...

– Steve?!...

Me aproximei e segurei seu queixo para ela não se afastar e a beijei.

Não foi como aqueles beijos de cinema nem nada do tipo. Pode ser classificado como um selinho que demorou, mas para mim foi como saborear o melhor doce do mundo.

Depois daquilo Annie voltou, Sophie não falou mais nada e eu parti. Já tinha dezesseis anos, era dois anos mais velho que Sophie e três mais novo que Annie. Falsificamos alguns documentos e assim fiquei alguns anos mais velho e adotei o nome de Scott Tuner.

Hoje, três anos depois o gosto daquele beijo continua em minha boca. Que infelicidade a minha, se meus pais psicopatas pudessem me ver agora... A cria de Kira se apaixonou pela sucessora do L.


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Notas finais do capítulo

"A infelicidade é algumas vezes proveitosa, para chegar e certas minas misteriosas escondidas na inteligência humana."
{Livro: O Conde de Monte Cristo}


"Near: Depois que Steve deixou a Mansão, Annie foi a próxima a abandonar o desafio. Disse que queria ajudar as pessoas de outras maneira, agradeceu por tudo o que aprendeu e humildemente se retirou deixando o cargo para Sophie.

Sendo assim eu contei, então, o meu segredo e juntos forjamos a minha morte.

O que posso dizer. Sempre gostei dela, na verdade apostava minhas fichas nela. Mas pensava que no final seria ela e Steve. Parece que me enganei... Isso estava acontecendo bastante. Era hora mesmo de me aposentar.

Só que não é tão fácil nem simples como parece. Em algum momento Amanda e Scot terão de voltar a ser Annie e Steve. E eu... Bom, não sei exatamente quem serei, mas sei que terei de voltar ao jogo, talvez, dessa vez como um peão."



Parabéns a Láh chan que acertou tão de cara. O.o Pirei, viu.
Mas como disse não foi totalmente certo, desviou um pouco.

Final dos Especiais, sentindo saudade de alguns leitores que não comentam a alguns capítulos ú__ú
Escola voltando sei como é.

Bjs!!! Até o final de semana. =D
—Fani



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