One Less Lonely Girl escrita por Luíza Skywalker


Capítulo 3
Capítulo 3 : Compro um livro para ter um encontro


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Ainda não respondi os comentários pq eu estou com um probleminha aqui no meu computador, mas assim que eu configurá-lo, respondo.

Espero que gostem...



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Sábado, o melhor dia da semana. Não tenho que ir para escola. Na verdade... Eu já tenho planos para esse sábado, quando tiver coragem de levantar, claro!

– Percy! - Tyson pulou em cima de mim.

– Ei, campeão!

– O papai mandou você levantar.

Ele então saiu correndo. Levantei, fiz a minha higiene pessoal e desci.

– Percy - disse o meu pai - eu vou na casa do seu tio Zeus! A Consuelo não veio hoje, ou seja, peça uma pizza.

Consuelo é... Bem ela ajuda o meu pai, já faz parte da família, ela é espanhola. A Consuelo me ensinou algumas coisas em espanhol. Meu pai saiu, sentei no sofá para passar o tempo. Quando deu 11:00 eu tomei banho e saí.

Fui andando mesmo, já que era aqui perto. Não demorou muito e eu cheguei: Books Olympu's. Entrei na livraria. O garoto loiro que parece um elfo estava sentado no caixa. Não vi Annabeth.

Andei pela livraria tentando achar a garota loira dos olhos cinzentos.

– Procurando algum livro em especial? - perguntou uma voz atrás de mim. Virei-me e lá estava ela, com sua calça jeans, a blusa da livraria aberta e uma camiseta azul por dentro. Seus cabelos estavam bagunçados e o seu all star estava um pouco sujo.

– Ahn... Um livro? - corri os olhos procurando por um livro qualquer, apontei para um que estava na prateleira, não consegui ler o título - Sim, estou procurando aquele ali.

– A última música?

– É... – mentira, eu não fui comprar livro nenhum, nunca nem ouvi falar nesse aí. Ela pegou o livro e me entregou – Na verdade, isso foi só uma desculpa para eu ir aqui te ver.

Annabeth corou violentamente. Ela desviou o olhar e seguiu para o caixa. O cara de elfo estava com os pés em cima da bancada. Ele assistia um programa, tv Hefesto.

– Esse cara é demais – disse ele rindo. Annabeth bateu na perna dele, par que ele tirasse os pés do balcão. – Opa!

Paguei o livro.

– Ahn, que tal você almoçar comigo?

– Eu te conheço a dois dias e você já está me chamando para um encontro. E se você for um bandido, não te conheço direito.

– Bem,não é um encontro,só um almoço,mas se quer saber... Meu nome é Perseu Jackson, moro com o meu pai que se chama Poseidon,o meu irmão Tyson e o meu primo Jason, no West Village. Tenho dezesseis anos, estudo na Goode High Shool. – falei tudo em um fôlego só – o meu tipo sanguíneo é AB+, eu tenho uma cicatriz de quando eu tinha oito anos e fui nadar em uma piscina de dois níveis, raso e fundo, fui tentar nadar do fundo para o raso e bati o joelho na quina que não tinha proteção. Foram os primeiros três pontos que tomei na vida. Também tenho uma cicatriz no pé esquerdo de quando eu tentei pular uma cerca de arame farpado aos doze anos e também...

– Tudo bem! – Annabeth me interrompeu – já entendi. Mas eu não posso.

– Por que não? – olhei para o meu relógio – meio dia em ponto. É o seu horário de almoço, não é?

– Sim, mas...

– Eu tomo conta da livraria – disse o cara de elfo.

– Tá vendo, o cara de elfo toma conta,quer dizer... – olhei para ele – qual é o seu nome?

– Chris! – ele respondeu

– Chris, o Chris toma conta da livraria.

– Eu não...

– Ei! – sacudi o livro na frente dela – eu gastei dinheiro por sua causa.

Annabeth suspirou. Olhou de mim para o Chris e semicerrou os olhos, mas por fim concordou. Ela tirou a camisa da livraria e pegou uma mochila de lado. Fomos andando até o McDonald’s.

Pegamos os pedidos e sentamos em uma mesa.

– Bom... Eu já falei sobre mim – eu disse e dei uma mordida no meu hamburger – agora é a sua vez.

– O que você quer saber?

– Ah! Não sei. O que você quer me contar?

– Bem... Eu morava com os meus pais, até que eles e divorciaram, o meu pai se mudou para São Francisco. Agora somos só eu e a minha mãe.

– Hum... – balbuciei – E onde você mora?

– A leste de você!

– East Village? –perguntei e ela assentiu.

Ficamos em silêncio por alguns minutos.

– Por que você ficou calada de repente? – perguntei

– Porque eu estou comendo – respondeu Annabeth

– Ah... Você tem irmãos? – perguntei e ela fez que não com a cabeça – Banda favorita?

– Simple Plan! – concordei com ela, por mais estranho que pareça, também é a minha banda preferida.

Eu queria perguntar por quê ela havia ficado estranha quando eu a perguntei se tinha namorado ontem, mas achei melhor deixar para outra ocasião.

– Você disse que mora com o seu pai – disse Annabeth – e a sua mãe?

– A minha mãe? – esse é um assunto complicado e que eu não gosto de falar com ninguém, mas ali com Annabeth me olhando com os seus grandes olhos cinzas, não parecia tão ruim,quer dizer... Eu sentia que podia falar sobre o assunto com ela – A minha “mãe” ela foi embora de casa quando eu tinha doze anos. Eu havia chegado da casa dos meus tios, os meus pais estavam tendo mais uma de suas brigas. Minha mãe então disse que estava cansada de tudo isso, do meu pai, da vida dela, de mim e do meu irmão. Eu passei dois anos achando que tinha feito algo de errado, eu achei que era minha culpa ela ter ido embora, eu tinha sido um filho mal-criado. – Parei um segundo e depois continuei: - O meu pai me dizia que a culpa não era minha, nem do meu irmão, era dela e um pouco dele também. Depois de algum tempo eu percebi que ela tinha ido embora por opção dela e não por minha culpa, então eu substituí a tristeza por desgosto.

Annabeth me observava com atenção. Ela parecia sentir pena de mim.

– Eu sinto muito, Percy

– Eu escuto isso bastante – respondi – não precisa ficar com essa cara de enterro,está tudo bem.

É esse o momento em que as pessoas começam a tentar me fazer sentir melhor com sorrisos forçados e dizendo coisas tipo: “oh” , “não fica assim, vai ficar tudo bem”, “pode contar comigo para o que precisar”. Eu estou cansado disso. Pensei que Annabeth fosse dizer algo parecido, mas ao invés disso,ela disse:

– Bom... Pelo menos isso não faz a minha relação com o meu pai parecer tão ruim – ela disse e eu sorri. Ela é a primeira pessoa para quem eu conto sobre a minha mãe e não fica me fazendo sentir como um coitadinho.

– Eu preciso ir – disse Annabeth olhando as horas – está quase no horário de almoço do Chris.

Acompanhei ela até a livraria e voltei para casa. Joguei o livro em cima da minha cama e fui tomar um banho.

Droga! Esqueci de pedir o seu número.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim :D

Beijoos...