Diamond's Blood escrita por Alice Kirkland


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Yo minna-san! Mais um capítulo novinho! o/



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Depois da confusão, eles voltaram pra casa. Winry ainda usava a coleira, mas em ocasião nenhuma tentou fugir. Continuou com a limpeza da casa feliz em saber que ajudou duas pessoas. E aquele soldado que estava batendo nos dois inocentes, iria se ver com ela se cruzasse seu caminho novamente.

Estava pensativa enquanto limpava o quarto do azulado. Talvez ele não fosse tão sem coração assim. Se o fosse, teria a deixado apanhar até morrer nas mãos daquele patife. Winry começou a rever seus conceitos sobre Yuuichi. Talvez, apenas talvez, ele não seja tão desgraçado como o governador daquele país.

Foi tirada de seus pensamentos ao ouvir a porta do quarto se abrir. O azulado havia entrado e deitou-se em sua cama, fechando os olhos logo em seguida. A empregada, para não atrapalha-lo, estava se preparando para sair.

- Onde pensa que vai? - O soldado perguntou de olhos fechados ainda.

- Vou te deixar em paz para descansar... É o mínimo que posso fazer, não? - Winry falou, terminando de recolher as coisas de limpeza.

- Venha aqui, deixe-me ver esse olho. - Yuuichi falou. Não fez menção de levantar.

- … - A jovem nada falou, só se aproximou de seu senhor.

- Aquele FDP... Ele deixou seu olho roxo... Se quiser, tem um tapa olho na terceira gaveta do armário... Pode usa-lo até esse roxo sumir... - Yuuichi falou, levantando-se e olhando para o olho dela.

- Penso que não será preciso, afinal, não posso sair daqui de dentro... - Winry falou, encarando o colchão.

- Claro que poderá sair... Se estiver junto a mim. Não te deixarei sair sozinha. Vai que acontece isso novamente? - O azulado falou seriamente, indo buscar o tapa olho.

- Por que está me ajudando agora? E por que raios você tem um tapa olho na sua gaveta? - Winry perguntou.

- Estou te ajudando porque, agora, iremos morar juntos. Não quero você tentando me matar ou eu tentando matar você. E tenho um tapa olho porque uma vez tive que fazer tratamento no meu olho esquerdo, só isso. - O soldado respondeu calmamente.

- Ta... Obrigada... - Winry respondeu, pegando o tapa olho das mãos do soldado e colocando em seu olho direito.

- Deixe-me ver esse braço também... Se ficar mais tempo exposto, vai acabar infeccionando esse machucado... - Yuuichi falou, indo pegar alguns medicamentos que guardava na outra parte do armário.

- Até isso? Não se preocupe. Meu braço já está bem melhor. Não preciso de mais ajuda. Com sua licença, irei voltar aos meus afazeres. - A jovem empregada falou, fazendo movimentos bruscos com o braço. Estava doendo horrores, mas nunca admitiria à ele.

- Não estou preocupado. Só essa sua carinha de dor me deixa desconfortável. Sente-se aí, isso vai doer um pouco. - Yuuichi falou indiferente, sentando-se em sua cama.

- Carinha de dor...? Mas não estou demonstrando dor nenhuma... - Winry falou perplexa.

- Sou um soldado experiente... Sei quando minhas vítimas estão com dor ou sofrendo. Não sou idiota como você pensa. - Ele respondeu a ela, com um sorriso maldoso nos lábios.

- Baka... Tudo bem, eu aceito sua ajudinha. - A moça falou, sentando-se na cama e virando o rosto para não vê-lo.

- Assim está melhor, mocinha teimosa. - Yuuichi falou satisfeito.

- Ande logo com isso... Tenho mais o que fazer nesse muquifo... - A jovem falou franzindo o cenho.

- Ok, mas... Não garanto que conseguirá mexer direito o braço depois disso... - O jovem falou seriamente.

- E por que nã-AAAAAAIIII! - Winry gritou de dor. Ardia muito. Não tinha forças nem para perguntar o que ele estava fazendo. Não se atreveu a olhar também.

- Falei que não iria conseguir... Calma, essa dor irá continuar enquanto eu estiver fazendo isso... Terá de aguentar firme. - O soldado falou, segurando firmemente o braço da jovem.

- Q-quer me m-m-matar c-com isso...? - Winry perguntou. Estava com a voz trêmula. Parecia que iria chorar a qualquer momento.

- Vai chorar...? Aproveite agora então, já que tem motivos... - O soldado falou, enquanto desinfetava o machucado.

- Tenho motivos de sobra pra chorar, mas não choro. - Winry falou se segurando pra não chorar.

- E quais são esses motivos, posso saber...? - O soldado se mostrou interessado agora.

- N-não é da sua conta...! - Winry falou. Estava com a voz fraca e algumas lágrimas caiam de seus olhos.

- Desabafar faz bem também... Ou pensa que sou durão o tempo todo...? - O azulado desabafou, com um pequeno sorriso nos lábios.

- Então quer dizer que o durão também chora é? - Winry perguntou com sarcasmo, mesmo estando chorando.

- Não é hora para sarcasmo, não acha? - O soldado falou seriamente.

- H-hai... Bom, se você está me dando abertura para desabafar, então vou aproveitar... - A jovem falou timidamente e chorando mais.

- … -

O soldado nada falou, só puxou a jovem moça para perto de si. Sabia que, se desabafasse, ela voltaria a ser a durona que se mostrou ser até agora, e era isso o que ele queria. Não sabia o porque, mas vê-la daquele jeito não lhe agradava nem um pouco.

Quando ela se acalmou um pouco, ele tentou conversar para saber o por que de tanta tristeza.

- Hey, pode me contar agora o que aconteceu? - Ele perguntou, afagando a cabeça dela.

- Não posso dar muitos detalhes, mas lhe conto o essencial, ok? - Ela falou respirando fundo.

- É tão grave assim? - O azulado perguntou.

- Mais grave do que aparenta ser... - O moça falou.

- Então comece... - O soldado falou.

- Ok... -


 

---------Inazuma, 4 anos atrás. --------

Em uma casa velhinha e mal acabada, com paredes cinzas cheias de mofo, com aspecto mal assombrado, móveis quebrados e portas que faziam barulhos assombrosos, vivia uma família composta por duas crianças um homem e uma mulher.

A família era muito pobre, não tinha dinheiro para comprar os alimentos necessários para sobreviver. O pai era trabalhador, ficava o dia inteiro fora tentando ao máximo conseguir algum sustento para sua família. Já a mãe, tinha alguns problemas de saúde. Era dada como louca. Como não tinham dinheiro nem para se alimentar direito, era impossível pagar um tratamento digno.

O pai trabalhava dia e noite para juntar o dinheiro que o presidente havia pedido em troca do tratamento de sua esposa. Suas filhas sofriam muito com isso. A mais velha começou a trabalhar de faxineira na casa presidencial para ver se conseguia ajudar o pai, mas Endou nunca pagava seus salários.

Certo dia, o presidente apareceu na casa da humilde família. Não sabiam o que ele queria ali, mas boa coisa não era.

- Olá senhor... O que desejas por aqui, nessa humilde casa? - O pai perguntou.

- Vim lhe fazer uma proposta tentadora! Garanto que não irá recusar! - O presidente falou, com um sorriso de canto.

- E qual seria a proposta? - O pai perguntou desconfiado.

- Eu bancarei o tratamento de sua mulher. Em troca, quero sua filha mais velha trabalhando e morando na casa presidencial... O que acha? - Endou propos.

- O que fará com ela...? Só tem quinze anos...! - O senhor perguntou bravo.

- Não farei nada, somente pagarei o tratamento de sua esposa. - Endou falou indiferente.

- Pai... Se for pra pagar o tratamento da mãe... Eu irei... - A filha mais velha falou.

- Winry, não deixarei você se sacrificar desse jeito... Já está fazendo muito para me ajudar... - O homem falou seriamente.

- Mas ele não me paga pai... Se eu fizer isso, acho que conseguiremos curar a mãe...! - Winry falou, sorrindo tristemente.

- Ok minha filha... Se é isso que você quer... Pode ir... Mas por favor... Venha nos visitar sempre que puder... - O homem falou, abraçando a filha mais velha.

- Pai, não quero que ela vá embora... - A filha mais nova começou a chorar.

- Calma, minha filha... Calma... - O pai abraçou a outra filha também.

- Ok, chega de enrolação... Vamos Winry-chan... Há muito trabalho na casa presidencial a ser feito. - Endou falou, puxando a jovem.

- H-hey! Deixe-me falar tchau pra minha mãe! - Sendo puxada para fora da casa.

- Não se preocupe com isso... Você nunca mais os verá... - Endou falou, com um sorriso maldoso nos lábios.

- C-como assim...? - Winry perguntou.

Assim que terminou sua pergunta, houve um barulho forte de bomba estourando. Quando olhou para trás, viu sua pequena casa em chamas. Não estava acreditando no que havia acontecido. O “gentil” presidente do país havia matado sua família inteira. Não teve tempo de lamentar a perda. Endou a estava puxando para um possível inferno que viveria.

Passou-se algum tempo. Winry trabalhava sob péssimas condições. Era maltratada e o presidente investia contra ela, tentando de qualquer maneira leva-la para sua cama. Mas ela sempre conseguia fugir.

Em uma dessas fugas, ela encontrou um lugar que não deveria ter encontrado.


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Notas finais do capítulo

Tipo... Dá pra mandar reviews? @_@
Não quero mais leitores fantasmas! Isso é chato povo! Sei que muitos aí escrevem também! Poxa, não custa nada mandar um reviewzinho! TToTT *apanha de leitores fantasmas (?)*



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