Diamond's Blood escrita por Alice Kirkland


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo minna-san! Espero que gostem! o/



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O soldado foi arrastando ela até em casa, onde a soltou com tudo no chão. A mesma estava segurando seu braço ferido, mas não chorava, só o encarava com raiva nos olhos. Yuuichi olhou indiferente pra ela.

- Pensa mesmo que isso me intimida? - Yuuichi falou, com um olhar frio direcionado à ela.

- Não... Mas deveria... Não sabe o que sou capaz de fazer... - Winry respondeu com um sorriso de canto.

- Vamos ver se é valente mesmo... Anda, pegue as coisas e comece a limpar! - Yuuichi falou, sentando no sofá.

- Limpar esse chiqueiro? Nem pensar... Dê uma jeito nisso você... - Winry falou cruzando os braços.

- Escute aqui... Você não quer morrer, não é? Então faça o que eu digo...! - Yuuichi levantou-se do sofá e a pegou pelo braço novamente.

- Pra mim, tanto faz... Não tenho mais ninguém com quem contar... E me solte, seu cretino! - Winry falou, batendo fortemente no braço do soldado.

- AI! Olha aqui, você está passando dos limites já! Não queira me ver bravo! - Yuuichi falou, fuzilando-a com o olhar.

- Ui, então o soldadinho de chumbo ainda não ficou bravo? - A empregada perguntou com sarcasmo.

- Não me provoque, sua vadia...! - Yuuichi falou, dando um tapa no rosto dela.

- Vai brigar feito mulherzinha agora, é? Bom, por hoje chega de te provocar... Irei fazer meu serviço, “senhor”...! - A empregada falou, ironizando a última palavra proferida.

- É bom que o faça mesmo... Irei até o quartel general, não saia daqui! Senão, pode se considerar morta, ouviu? - O soldado falou saindo de casa.

Winry começou seu serviço logo depois. Estava com o braço machucado, mas isso não a impedia de trabalhar. Limpava cada canto da enorme casa do soldado. Limpou a cozinha, os banheiros, todos os cômodos. Tinha de admitir: mesmo ele morando sozinho, a casa era bem organizada e limpa. Como ele arranjava tempo para limpa-la e proteger “seu senhor”? Isso era admirável para a jovem moça.

Ela havia limpado tudo, menos o último quarto do corredor escuro. Apesar de valentona, tinha um pouco de medo das trevas. Para se sentir um pouco melhor, resolveu ir cantando qualquer coisa que passasse pela sua cabeça aquela hora.

Chegando a última porta, abriu-a vagarosamente, como se estivesse com medo de qualquer coisa pular em cima dela. Quando viu que era seguro, escancarou a porta e acendeu as luzes. Se surpreendeu com o que viu.

Um quarto enorme todo pintado de vermelho queimado, um guarda roupas grande o suficiente para guardar as roupas de três pessoas, uma cama de casal enorme também, estava bem arrumada com um lençol branco a envolvendo, no teto, um lustre antigo dava um ar sofisticado ao local, havia uma mesa e uma cadeira feitas de madeira nobre. Em uma parede, em um canto reservado do quarto, haviam várias medalhas de honra ao mérito e vários quadros pendurados. Entre todos, um se destacava: havia um casal com duas crianças.

Winry ficou admirando aquele quarto por um tempo. Não podia acreditar que um soldado frio e sem coração podia amar alguém. E quem eram aquelas pessoas no quadro? Ficou tão admirada com a foto, que nem percebeu a presença do dono do quarto.

- O que faz aqui? Está querendo colocar algum bicho peçonhento nas minhas coisas é? - A voz conhecida do soldado ecoou no cômodo.

- N-não... Só estava vendo suas medalhas e retratos... Já irei voltar a limpar... - Winry falou abaixando a cabeça.

- Não tem nada pra você ver aqui... Agora saia, quero descansar... Foi um longo dia hoje... - O soldado falou, tirando sua farda.

- Seu abusado! Ainda estou aqui dentro! - Winry falou, corando bruscamente após ver o soldado sem a parte de cima do uniforme.

- Problema é seu... Já mandei sair... Ou quer se divertir por aqui comigo? - O soldado falou, com um sorriso de canto.

- Não sou que nem essas prostitutas com quem você sai! - Winry falou e saiu pisando duro do quarto.

Não estava acreditando na proposta indecente que acabara de receber. O que ele quis dizer com aquilo? Ela, apesar de ser valentona, era uma moça de família! Apesar de ter sido vendida, era uma moça de família! Não iria tolerar tal afronta!

Depois de descer as escadas, estava quase saindo da casa. Mas foi impedida por uma mão, que foi de encontro a porta. Olhou para trás e viu o soldado sem a parte de cima da farda, lançando-lhe um olhar frio.

- Não se atreva a sair daqui... Você é minha agora... Eu a ganhei, então, está proibida de sair por aí... - O soldado falou, olhando nos olhos da moça.

- E desde quando sou mercadoria para ser trocada ou dada a qualquer um? - A empregada perguntou, com raiva nos olhos.

- Desde que me deram você... Agora volte a trabalhar... - Yuuichi falou.

- Nunca...! - Winry falou.

Depois disso, socou o estômago do soldado, que soltou a porta. Vendo a oportunidade única, Winry aproveitou e saiu correndo pra fora da casa. Não iria ficar lá nem por mais um minuto. Foi uma afronta muito grande ele compara-la as... As vadias com quem ele saía.

Não demorou muito e ela sentiu um puxão em se braço. Yuuichi havia alcançado-a. Com certeza iria morrer agora. Quem iria querer uma empregada que foge, que desafia e que não satisfaz seu patrão? Fechou os olhos esperando o pior.

Tudo o que sentiu foi uma coisa gelada em seu pescoço. Quando abriu os olhos, viu que o soldado havia colocado uma coleira nela. O que significa isso agora?

- Prefiro que me mate! Não irei usar isso! - Winry falou, tentando se livrar da coleira.

- Se eu fosse você, não faria isso... - Yuuichi falou, com um sorriso de canto.

- E por que não? AAAAHHH! - Winry gritou de dor, após sentir um choque saindo da coleira.

- Entendeu agora? Toda vez que tentar tirá-la, levará um choque. Agora vamos. - Yuuichi falou, puxando a corda da coleira.

- Seu maldito... Por que não cumpre sua palavra e me mata logo? - Winry perguntou. Já estava farta disso tudo.

- Achei você interessante. Será bem divertido ter você como empregada lá em casa. - Yuuichi respondeu friamente.

- Como assim “interessante”? - Winry perguntou, sendo puxada pela coleira.

- Você foi a única pessoa que não tive vontade de matar até agora. Mesmo com essa rebeldia toda. - Yuuichi respondeu pensativo.

- Tem vontade de matar todos...? - A empregada perguntou receosa.

- Isso não é de sua conta. - O soldado respondeu.

Continuaram andando vagarosamente pela rua. Até uma cena chamar a atenção da jovem empregada. Um soldado de cabelos castanhos claros meio cacheados, vestindo a farda estava espancando dois homens no meio da rua.

- O-o que está acontecendo ali? - A jovem perguntou perplexa.

- Shindou está batendo em dois homens casados, só isso. - Yuuichi respondeu e continuou caminhando.

- Como assim? - Winry não havia entendido.

- Aqueles dois são casados. Shindou não gosta de ver essas coisas e acaba espancando-os. Aquele do lado dele é Taiyou. Ele não liga pra essas coisas, mas não faz nada para defendê-los. - O azulado respondeu calmamente agora.

- E você? Não faz nada para detê-lo também? - A moça perguntou incrédula.

- Não posso fazer nada. Se eu o matar, o presidente não me aceitará mais como soldado. - Yuuichi respondeu.

- E por que não? - Winry perguntou desesperada vendo a cena.

- Porque Shindou é filho adotivo do presidente. - Yuuichi respondeu.

- Mas os dois vão acabar morrendo! - A moça falou.

- Eu sei... Fiquei sabendo de várias mortes causadas por ele... E todos eram casados com pessoas do mesmo sexo... Ele não poupa nem homens nem mulheres. - Yuuichi falou, fechando os olhos.

- Alguém tem de fazer algo! - Winry falou.

Terminando sua fala, ela conseguiu se libertar de Yuuichi. Não tirou a coleira, mas puxou a corda que a prendia a Yuuichi e saiu correndo em direção ao casal que apanhava.

Com valentia, entrou na frente dos dois e recebeu um soco no olho direito. O soldado, surpreso, parou na hora. Quem era aquela que tinha coragem o suficiente para fazer tal coisa? Ninguém nunca o impediu de suas ações.

- Quem é você? Saia já da frente! - Shindou perguntou, erguendo sua mão novamente.

- Não te interessa! Pare já de maltrata-los! - Winry falou revoltada.

- Olha cadelinha... Não tenho que ficar recebendo ordens de alguém que anda com uma coleira no pescoço... Cadê seu dono? Te abandonou? - Shindou caçoava da jovem.

- Cadelinha é a mãe dos seus filhos, seu miserável! - Winry falou e tentou avançar nele, só que o mesmo havia acertado outro soco nela. Desta vez, na região onde havia levado o tiro.

- Cale a boca! Alguém tem que lhe ensinar boas maneiras! - Shindou falou e acertou-lhe um chute no estômago.

- Boas maneiras quem tem de aprender é você! Seu louco! - Winry falou, com uma mão no estômago.

- Ora sua... -

Quando Shindou foi lhe acertar mais um soco, alguém segurou seu pulso. Winry pode ver a figura alta de cabelos azuis que impediu que mais um soco lhe fosse acertado. Não imaginava que seria “salva” pelo homem que lhe colocou a coleira.

- Chega Shindou. - Yuuichi falou friamente.

- Y-Yuuichi? D-droga...! Isso vai ter volta, sua desgraçada! - Shindou se soltou e saiu correndo. Sabia que seu colega de trabalho não tinha piedade de ninguém.

- H-hey... Por que me defendeu...? - A jovem perguntou ainda caída no chão.

- Se eu não te defendesse, quem iria limpar minha casa? - O soldado respondeu com um pequeno sorriso nos lábios.

- Entendo... Obrigada pela ajuda... - Winry respondeu, com um sorriso de canto nos lábios.


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Notas finais do capítulo

E aí, mereço reviews? Leitores fantasmas, mandem reviews também vai...? Não cai o dedo... Sei que muitos de vocês também escrevem e postam suas fics aqui... E creio que não gostem de leitores fantasmas também, certo? X)



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