O Monstro escrita por Messer


Capítulo 7
Encontro


Notas iniciais do capítulo

Demorei pra caramba, né? Me desculpem, há um bloqueio mental que me impede de escrever bem :/
Boa leitura!



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Era certo. A guerra havia começado. Depois de o tutor ser cremado apressadamente, os Caçadores foram até o centro de Manhattan. Ao longo do caminho encontraram semideuses e mais Nelphilins, os quais explicaram a situação. Nada além deles estavam nas ruas. Porém John não conseguia raciocinar com o que havia acontecido momentos atrás. Ele iria, com toda a certeza, matar cada demônio daqueles.

Um momento depois, sentiu o cheiro de menta. Voltando a realidade, percebeu que Mary estava olhando-o, cuidadosa. Sua mão repousava no peitoral do garoto, mas não com um gesto carinhoso. Ela parecia afastá-lo um pouco de si, para que não saísse machucada. Vendo-a nessa situação, tomou conta do que realmente podia fazer.

–Eu estava sendo possuído, não? - John perguntou, calmamente.

Mary observou-o, com os olhos verdes.

–Tendo os pensamentos desviados é o termo certo. Você estava com um olhar assassino. Isso me preocupou.

O filho de Apolo deu uma risadinha enquanto segurava as mãos de Mary entre as suas. Com um choque, percebeu que eles já estavam no centro de Manhattan. Ao longe, podia-se ver o Empire State. Algo lhe dizia que era para lá que estavam indo.

–Eu estava com raiva dos demônios, mais nada – ele respondeu, segurando a mão gelada dela. - Prometo não me desviar.

–Eu não me preocupo com o que você promete – sua voz era séria. - O problema são eles.

John respirou fundo, fitando suas mãos entrelaçadas. Tudo havia se complicado tanto, no mesmo momento em que melhorou. Agora, tinha alguém a proteger. Não que isso fosse ruim, era tudo o que sempre quis. Ter Mary consigo fora uma das melhores coisas que já aconteceu. Porém, o que veio com ela não foi tão bom assim.

Ele sentiu os lábios dela pressionarem contra os seus, delicadamente. Então, encostou sua testa na dele, e o olhou nos olhos.

–Tudo isso vai melhorar, eu prometo – ela sussurrou.

John confirmou com a cabeça, e eles voltaram a caminhar até o resto do grupo, que já estava bem na frente. Ele passou o braço pelos ombros de Mary, e ambos seguiram até o Empire State. Ou olhando para cima, John agora podia ver uma enorme massa de terra flutuante, coberta pelas nuvens. Lá parecia um bom lugar para se estar.

Todos se posicionaram na frente do prédio grandioso de Manhattan. Mary havia dito que era lá onde encontrariam os semideuses do Acampamento, então ficaram esperando. Porém, John notou que seus olhos viviam subindo para a massa de terra flutuante acima deles, parcialmente coberta pelas nuvens. Mas mai ninguém a via.

Cerca de cinco minutos depois, um barulho começou a ecoar pela cidade. Era estranho escutar motores após tanto silêncio, o que era muito estranho para Nova Iorque. Baixos murmúrios começaram a surgir, e as pessoas novas que o grupo encontrou pelo caminho estavam nervosas.

No horizonte da rua, Três vans surgiram em meio à neve. Porém quando elas chegaram mais perto, algo começou a remoer John de dentro para fora. Nas laterais dos carros, havia desenhos de morangos. Todas as vans eram de distribuição da fruta.

– São eles sim – John escutou a voz de Mary. – É o disfarce do Acampamento. Olhe as motoristas.

O garoto fez o que ela disse, e viu que eram monstros. Pareciam pequenas bruxas gorduchas, com asas e um rosto estranho, como se tivesse sido sugado por um aspirador de pó.

– Harpias. Elas cuidam da limpeza do Acampamento, porém são muito boas no trânsito. Apesar de qualquer um conseguir dirigir agora.

Dando de ombros, John voltou a observar as vans. Elas estacionaram na frente deles, e as traseiras foram abertas, com semideuses armados e prontos para a luta saindo. De um dos carros, Quíron em uma cadeira de rodas e Jessica se aproximavam. Os dois levantaram uma sobrancelha quando viram o braço de John passado em volta dos ombros de Mary.

– Olá crianças – disse Quíron, segurando o apoio de braços da cadeira. Eu... Vi que a cidade inteira sumiu.

– É – respondeu John. – Mas ainda há coisas aqui. E nós achamos Nelphilins e semideuses.

–Mesmo?

Mary balançou a cabeça em concordância.

– Os monstros e demônios fizeram-nos uma surpresa. Mataram o tutor do Instituto, mas só vimos seu corpo. Vai ser perigoso, mestre Quíron. Jessica, você conseguiu convencer todos os semideuses a nos ajudar?

– Sim. Mas acham essa história mentira. Bem, pelo menos achavam antes de verem a cidade vazia.

– Certamente...

– Mas suas armas não matam demônios – disse John, com a testa franzida. – E as nossas os monstros.

– E eu pensei nisso – se virando para trás, Percy estava de pé, com uma mochila nas costas e outra na mão, que aparentavam peso. John deu um leve sorriso quando o seu Parabatai abriu-as e mostrou a quantidade de armas dos Caçadores de Sombras que lá dentro estavam. Jessica puxou uma longa e fina faca de lá.

–São... Marcas? – perguntou, passando os dedos nos estranhos símbolos gravados nela.

Percy pareceu confuso.

– Como você sabe?

– Mary me falou delas.

– Você falou dos Caçadores de sombras para uma-

– Vá distribuir as outras para quem não têm e explique como funciona – John disse, livrando Mary de explicações.

A filha de Hades deu um suspiro.

– E os Nelphilins?

– Eu trouxe algumas – Quíron disse, se afastando do grupo.

Os três ficaram observando as pessoas em seu redor. Caçadores de sombras ensinavam semideuses a como portar as armas e como matar demônios, enquanto eles falavam como identificar monstros. Era estranho ver duas raças tão diferentes juntas, colaborando entre si. Porém a tensão esmagava a todos como se o céu fosse feito de chumbo.

– Anh... Vocês... – Jessica quebrou o silêncio, mas não parecia saber como falar direito.

John franziu a testa para a frase mal feita dela.

– Não entendi.

–Vocês dois... Estão, digo...

Mary começou a dar risada.

– Não ria! É constrangedor fazer perguntas como essas!

– Então por que você faz?

John olhou para as duas, confuso.

– Do que vocês estão falando? – Perguntou baixo para Mary.

- Ela quer saber se nós estamos namorando.

O garoto encarou Jessica, que ficava cada vez mais vermelha.

– Está decepcionada por eu não estar disponível, docinho?

Mary de um soco em seu braço enquanto a filha de Hécate ficava mais envergonhada.

– John! Coitada da garota!

– Eu sei que todas vocês têm uma queda por mim! É complicado escapar de alguém com tanta-

–Calado!

Os três riram (Jessica mais corada) enquanto Quíron se aproximava, trazendo um saco cheio de armas, feitas de bronze celestial. Ele observou o sorriso do trio sumir do rosto deles. Mary pegou as armas e saiu para distribuir para os Nelphilins.


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Notas finais do capítulo

Ok, eu sei que não mereço, mas deixa um review? Por favor?



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