– O que você quer aqui ?! E como descobriu onde moro? - digo irritada.

–Primeiro - disse ele- Saber o por que fez aquilo, segundo: eu obriguei Nick a falar, não culpe ele -disse no mesmo tom de voz que usei, porém com um pouco de cinismo.

–Ah, você sabe muito bem o porquê!

–Juro que não, então você vai falar!

Fiquei furiosa e disse pausadamente:

–Vai, embora, agora! - disse me controlando.

–Não sem antes você me falar.

–Você foi amante da única garota que o Lu realmente gostou! Está bom para você?

–O garoto que estava com você?

–Não, o papa!

Ele riu, e na maior cara de pau disse:

–Cara a gente tinha apenas 15 anos e não sabia que ela tinha namorado, qual é.

Aquele garoto só podia estar tirando com a minha cara, achando que ia cair numa desculpa dessas.

–Idiota - e fui fechar a porta, mas ele segurou meu pulso.

–É sério, Carol. Por que eu ia mentir assim, se fosse mentir eu diria que não era eu, sei lá. Mas eu estou aqui assumindo o que fiz, eu não sabia dele até o dia que ele viu a gente e aí eu e ela brigamos e nunca mais nos falamos - ele ficou me olhando esperando alguma reação, e percebeu minha expressão de ódio e soltou meu pulso. Olhei com atenção para ele:

– Mas por quê foi você veio aqui e não atrás de Lucas?

– Primeiro porque foi você que me xingou, segundo porque seria estranho homes ir atrás de homem e terceiro...quer sair comigo? - disse corando fortemente.

Ri.

– Está falando sério?

– Claro que estou...

– Ok, mas só se o Lucas te desculpar!

– Aaaaah, então a gente não vai sair nunca.

Ri.

– A gente saindo ou não, você vai se desculpar com ele.

– Ai meu pai, aquela menina só me meteu em encrenca! Está bem, eu vou.

Eu e Ryan ficamos de encontrar Lu em uma praça perto de casa, e é claro que ele não sabia que eu levaria o Ryan. Fui com o Ry para lá.

Quando vi Lu chegando empurrei Ry para trás de uma árvore e fui cumprimentá-lo.

–Oi, gordo - o abracei.

– Oi, magrela - disse sorrindo e retribuindo o abraço.

– Então, ... você está mais calmo?

– Já superei, mas por quê do passeio?

Nesse momento Ry saiu de trás da árvore e Lu me puxou para trás: Ferrou!

– O que você está fazendo aqui garoto?

– Ele veio comigo Lu! - disse antes que ele matasse o garoto. Me arrependi. Ele me olhou quase com desprezo.

–Sabia que tu ficaria do lado do “rostinho bonitinho”, do que do seu melhor amigo!

– Ei! Só fiz ele vir aqui para se desculpa contigo, seu grosso! - e saí correndo, não sei para onde, mas quase fui atropelada 2 vezes.

Sei que depois só me vi entrando no Starbucks com o rosto encharcado. Nick sentou em na minha mesa.

– O que aconteceu Ca? - perguntou preocupado.

– Me leva para os fundos? Não quero ficar onde todos podem me ver, pode ser?

– Ok - ele me ajudou a ir para o fundo da loja.

Ninguém dizia nada, só se ouvia os meus soluços de tanto chorar.

– Ei pequena, o que foi? - ele perguntou afinal.

– Sei lá, sempre que eu tento ajudar sobra para mim, e dessa vez ffoi pelo canalha do seu primo e o idiota do Lucas.

Ele me abraçou apertado, retribui. O abraço dele era reconfortante como de um irmão.

– Eles não merecem uma só lágrima sua, não esperava que o Lucas te deixasse assim.

Sorri torto.

– Obrigada, mesmo Nick, e eu também não esperava isso dele, do seu primo sim mas não dele.

Ele me guiou, e abraçando de lado até a porta do banheiro feminino da loja.

– Vai lá, lava esse rosto de zumbi aí - ri - e volta toda poderosa aqui para loja e isso é uma ordem! - ele também riu - Você é muito mais bonita rindo assim - sorri envergonhada.

– Obrigada, por tudo - beijei seu rosto sem mais delongas e entrei no banheiro.

Sinceramente, me assustei ao olhar para o espelho e me lembrei do motivo de estar assim, desabei a chorar novamente. Fiquei ali por tempo demais eu acho, porque Nick entrou no banheiro e riu me vendo assim.

– Eu sabia, para com isso vai, por favor.

– Você está no banheiro feminino, sabia? - ri.

– É, eu sei - ele riu também - Vem aqui.

Ele me puxou para mais perto da pia e molhou sua mão passando-a pelo "meu rosto de zumbi'. Ri.

– "Tá né".

Enxuguei o rosto e saímos do banheiro, sentei numa mesa e ele foi para o balcão fazer não sei o quê (trabalhar provavelmente, né).

Fiquei um tempo ali pensando e cheguei a uma conclusão: Que criancice cara! Da parte dos três, o Ryan por ter feito aquilo, o Lucas por todo esse drama e eu chorar por bobeira, chega¹

– Nick! - sai dos meus devaneios - estou indo para casa, obrigada por tudo, mesmo - lhe mandei um beijo e sorri, ele simplesmente sorriu e volta e acenou.