Fui atrás dele e o segurei pelo braço... fui sendo levada junta, caramba, ele é forte.

Parei na frente dele, o obrigando a parar e me escutar. Ele ainda estava com aquela expressão assustadora.

- Ei, o que foi? O que aconteceu pra você sair de lá daquele jeito?

- Porque o Winchester é um otário, simplesmente isso! Eu sabia que o conhecia de algum lugar, só porque voltou e agora esta um pouco diferente não muda em nada. Vai ficar longe dele não vai? – continuei o olhando sem entender – Não vai?! – Repetiu ele.

Seus olhos estavam puro ódio.

- Quem sabe se você decidir me contar o que aconteceu né!

- Vai ficar do lado dele e não do seu melhor amigo?

- Não to do lado de ninguém, só quero saber o motivo de você estar assim.

- O problema é ele!

- O que ele fez? – perguntei mais calma vendo que ele estava exaltado.

- Foi ele o garoto que peguei com a Pamela! Esse otário ai que tirou ela de mim. A garota que eu ainda amo.

Ok, agora saquei tudo. Bora lá, porque ninguém faz o que ele e a ... vaca loira da Pamela fez com ele.

Voltei pro Starbucks, entrei pisando duro na loja, olhei pro Ryan, quase que com o mesmo ódio que Lu estava.

Cheguei bem perto dele e sussurrei:

- Babaca, acho bom não chegar mais perto do Lu, ou eu mesmo quebro sua cara e a daquela vaca loira!

Sai da loja e Lu já estava quase entrando pra brigar com o Ryan, mas o segurei e saímos de lá.

Assim que entramos em casa, Lu se jogou no sofá, parecia estar tentando conter a raiva.

Deitei-me por cima dele no sofá, o fazendo sorrir pra mim. Ele me abraçou e eu retribui.

- Obrigado por me entender pequena. – disse ele beijando minha cabeça.

- Você ainda tinha duvidas que eu te defenderia? Magoei. – Fiz biquinho me fingindo de magoada. Ele riu.

- Esquecemos do material. – Ele disse rindo, comecei a rir também, ficamos ali, rindo feitos bobos. Me lembrei de algo que poderia anima-lo.

-Espera aqui, porque você deu sorte de eu te amar muito. – Ri, e ele riu junto. Fui pra cozinha e ele só me observou saindo da sala.

Estava pegando uma cadeira pra pegar as barras de chocolate no armário. E sinto alguém me pegar no colo e me descer da cadeira.

-Me solta Lucas ! – Disse rindo. Ele riu e me pôs no chão, sem nem mesmo ficar na ponta dos pés pegou as barras, me entregando.

- Brigadeiro?

- Não, agora vaza daqui. E não precisa jogar na minha cara que eu sou baixinha!

Rimos.

-Me deixa ficar, se eu ficar sozinho na sala eu vou chorar. – Ele fez biquinho, não me aguentei e começamos a rir de novo.

-Bebezão! Ta bom fica. – Revirei os olhos.

Comecei a pegar as coisas no armário e ele finalmente percebeu o que eu ia fazer.

- Há, bolo de chocolate! – Ri, o Lu amava meu bolo de chocolate. – Já disse que te amo? – E me abraçou, ri.

- Ok, menos né Lu? – Rimos.

Voltei a fazer o bolo, até que ele sai da cozinha, dali a um tempo ele volta com o meu radiozinho de mão, liga ele e começa a tocar Adele. Sorri.

-Boa. – disse.

Ele fez cara de quem estava se concentrando e começou a cantar no mesmo momento que a Adele “Rolling in the Deep”.

Comecei a cantar o refrão junto com ele, enquanto mexia na massa. E acabei sujando minha mão, e um pouquinho da blusa. Ele não viu e no meio da musica me tirou pra dançar, e sem querer acabo colocando as mãos sujas nas costas dele. Tentava segurar o riso, mas tava difícil.

Assim que acabou a musica ele me soltou, e foi trocar de musica ficando de costas pra mim, vi a marca das minhas mãos com massa na sua camisa, e não me segurei. Ri descontroladamente, precisei até me sentar. Ele me olhou confuso.

-O que foi? – perguntou querendo rir da minha situação, mas eu não tinha folego para responder.

-Caramba Carol que foi? – ele perguntava rindo.

Levei ele pra sala, e coloquei-o de costas para o espelho, e comecei a rir de novo, e fiz um gesto para que ele olhasse para o espelho.

Quando ele viu, eu já estava do outro lado da sala. Ele veio correndo em minha direção, corri dele, ainda rindo.

-Sai Lucas! – gritei rindo.

- Volta aqui pirralha! – ele também ria.

- A gente tem a mesma idade seu trouxa!

- Mas não a mesma altura e musculo!

- Ui, que meda dele! – Provoquei, ainda corríamos, e riamos.

- Devia mesmo!

Ele me alcançou, droga, me ferrei! Me pegou no colo, eu esperneando. Ele me levou pro tapete da sala e me deitou lá. Me prendeu no chão me impedindo de fugir, com um joelho de cada lado do meu corpo e segurando meus pulsos.

- E agora nanica? –sorriu vitorioso.

- Ah não Lucas! O que você vai fazer?! – disse com medo da risadinha dele, ele é um psicopata.

- O que você mais detesta! – assim que disse isso, ele soltou meus braços mas com a mesma rapidez começou a me fazer cócegas na barriga, eu sinceramente quase morri de tanto rir e me espernear, dava tapas nele que só ria.

Depois que eu estava quase morta, Lucas saiu de cima de mim e deitou do meu lado, que estava cansada e com dor na barriga de tanto rir.

-Nunca mais chega perto de mim! – falei bufando e querendo rir.

-Olha quem fala, por sua culpa eu to mó cansado, e com a camisa suja. – riu.

- Otário. – rimos.

-Vou pra casa pirralha, termina meu bolo que depois eu volto!

-Ok, tchau psicopata.

Ele riu, piscou pra mim, levantou e saiu.

Fiquei deitada um tempinho, levantei e fui terminar o bolo dele. Quando terminei olhei pro relógio e era 15hrs e meia. Tava indo pra sala ver tv, mas a campainha toca.

- Já vai! – corro pra porta, mas assim que abri, desejei não ter o feito.

-Sua doida, posso saber porque me xingou na loja?!