Two Pieces. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 6
|| Chapter V




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|| Chapter V


Nós não sabemos para onde ir

Então eu vou me perder novamente

Nós nunca desmoronaremos

Porque nos encaixamos direito

Nos encaixamos direito

Estas nuvens escuras sobre mim

Chover e fogem

Nós nunca vamos desmoronar

Porque nos encaixamos como

Dois pedaços de um coração partido. ♪♫


– Rose... EM QUE PLANETA VOCÊ ESTA? – um grito trouxe a ruiva de volta a realidade.

Ela estava na biblioteca. Novamente. Tinha que estudar. Os NIEM’s já estavam batendo na porta e – para o seu desespero – Rose simplesmente não conseguia se concentrar de jeito nenhum.

Ela tinha o pensamento vagando longe, ou melhor, tinha seus pensamentos focados em um certo Sonserino que preenchia sua mente desde aquele dia.

Ela não sabia o que fazer!

E para completar, seu pai parecia que estava adivinhando o que acontecia em Hogwarts porque havia mandado um sutil bilhete para a ruiva na semana passada.

“Minha princesa,

Como estão as coisas aí em Hogwarts? Tem estudado muito? Não se preocupe, tenho certeza que será brilhante como sempre.

O Malfoy tem te incomodado? Se sim, me avise ok? E eu darei um jeito nisso exterminando a doninha. Os Malfoy não prestam Rose e fico feliz que você tenha notado isso.

Com muito orgulho,

Papai.”

E juntamente com esse adorável bilhete veio uma coisa da qual a ruiva não esperava e que fez literalmente o seu estomago girar em nervosismo.

Simplesmente seu pai havia mandado uma carta de aceitação para a Academia de Aurores da França. Era uma das melhores do mundo magico e sempre foi o sonho da Rose fazer o curso para a profissão que tanto queria lá.

Mas ela definitivamente não esperava.

Afinal, não fazia muito sentido. Seu próprio padrinho era chefe dos aurores do Ministério da Magia, então ela poderia fazer facilmente o seu treinamento aqui. Seu pai sempre falou isso para ela.

Então do nada ele faz isso. Rose sabia o motivo. Rony simplesmente queria a sua ‘princesinha’ longe do Malfoy. E o que melhor para isso do que manda-la para outro país?

E agora a ruiva não tinha mais certeza de nada.

Esse sempre havia sido o seu sonho, mas porque agora ela sentia como se fizesse isso ia ser errado? Porque toda vez que cogitava aceitar sempre vinha um peso no coração?

Seu pai havia garantido que ela saberia fazer a escolha certa, mas era evidente que ele esperava que ela aceitasse a proposta e embarcasse o quanto antes. Afinal... ela já estava no sétimo ano e faltava pouco para o mesmo acabar.

Nada a prendia aqui. Ou será que prendia?

– ROSE! – outro grito e um baque na cabeça.

– Outch. – a ruiva exclamou massageando o lugar em que a sua amiga havia lhe batido com um livro. Clair lhe fuzilava com os olhos. – Porque você me bateu? – perguntou indignada,

– Porque você estava me ignorando. – a ruiva sabia que a amiga odiava ser ignorada. – Em que planeta você esta cabeça de cenoura?

– Nada... estou apenas pensando. – Rose respondeu simplesmente.

– Sei... e em quê? – Clair perguntou meio desconfiada, mas já tendo uma boa ideia.

– Nos NIEM’s. – a ruiva falou rapidamente. Não queria conversar com ninguém, nem mesmo com a sua melhor amiga.

– Sei. Desde quando “NIEM’s” tem cabelos loiros e olhos cinzas? – a amiga falou com a sua típica ironia.

– Cala a boca. – Rose revidou. – Temos que estudar. – completou e a Clair apenas deu de ombros desistindo e voltando a prestar atenção no seu livro de DCAT a sua frente. A ruiva resolveu fazer o mesmo.

“... Não existe nenhum feitiço escudo simples que possa repelir qualquer uma das três maldições imperdoáveis. Porém o uso das mesmas é terminantemente proibido em qualquer situação. Não foi registrado muitos casos dos seus usos desde a segundo guerra bruxa...”

– ROSE, VOCÊ NÃO SABE O QUE ACONTECEU! - uma Lilly desesperada entrou derrapando na biblioteca.

– EU DESISTO! – Clair gritou erguendo as mãos para o céu. – Vou enviar uma carta para o Jay e depois vou ver a Bia no salão das minhocas super valorizadas. Nos vemos depois ruiva. – completou saindo dali.

– Qual o motivo do escândalo Lilly? – Rose perguntou não dando muita atenção. A prima era escandalosa de nascença.

– O Scorpius esta namorando. – a ruiva mirim despejou a noticia sem mais nem menos e a Rose deixou o seu livro cair.

– O QUÊ? – gritou.

– Fiquem quietas! Vocês estão em local de estudo! – a bibliotecária apareceu brigando.

– Desculpe. – Lilly sussurrou porque a Rose estava chocada demais para sequer se mover. A mulher apenas mandou mais um olhar feio, saindo em seguida.

– O que você disse Lilly? – Rose perguntou a garota com os olhos arregalados.

– Bom... é o que todo mundo esta comentando. – a pequena Potter falou a olhando atentamente. – E advinha com quem é?

– Quem? – o coração da ruiva parecia chumbo.

– Rebecca Nott. – respondeu Lilly prevendo o surto da prima.

– COMO É QUE É? – Rose gritou incrédula. Ela não acreditava que o Scorpius estaria namorando a sua pior inimiga.

– Eu sei. – Lillian falou como se a entendesse perfeitamente.

– Como ele pôde? Como ele pôde fazer isso comigo? – a ruiva se questionava baixinho.

– A culpa é sua Rose. – Lilly falou lhe olhando seriamente. – Ele tentou conversar com você. Ele te ama e você renegou isso.

– Por favor, que chance temos juntos? – Rose já estava cansada de repetir essa frase.

– Vocês poderiam tentar. – a pequena Potter revidou. – Vocês teriam tentado. Vocês tinham pessoas que apoiavam vocês, mesmo que poucas.

– E o meu pai Lilly? Você acha que ele simplesmente aceitaria isso? – a ruiva debochou.

– Para o inferno com o tio Rony! – Lillian se estressou. – Droga Rose... isso se trata de você! É a sua vida! Pare de tentar viver as custas dos outros!

– Você não sabe metade do que eu passei tentando fazer eu e o Scorpius darmos certo! – Rose revidou.

– E daí? Adiantou alguma coisa sendo que na primeira oportunidade você fugiu com medo? – Lilly a encarou.

– Eu vou para a França Lillian. – a ruiva falou num sussurro e a sua prima lhe olhou chocada.

– Como é que é? – praticamente gritou.

– Isso aê. Eu recebi uma carta da Academia de Aurores de lá. – Rose disse respirando fundo.

– Mas... – a pequena Potter estava confusa.

– Meu pai a mandou para mim semana passada. – a ruiva a interrompeu. – Entende agora? Não é nada simples! Todo o meu futuro esta em jogo!

– Justamente! – Clair havia voltado e pela cara dela, ela havia ouvido toda a conversa e não tinha gostado nada da ruiva ter escondido esse fato para a melhor amiga. – A vida é sua! Não do seu pai!

– Pensei que tinha ido atrás da Bia. – Rose se recusou a responder, porque tinha vergonha naquele momento.

– Eu tinha. Mas esqueci o meu pergaminho aqui e voltei para pegar. – a garota revidou. – Mas quando fui fazer isso, ouvi essa conversa esclarecedora. – uma pequena pausa. – Quando ia me contar Rose?

– Não era importante! – a ruiva falou a olhando.

– Não era importante? – Clair repetiu incrédula. – Falava do seu futuro! Achei que fossemos melhores amigas!

– E somos! – Rose se apressou em falar. – Só que eu ainda não sei o que pensar em respeito a tudo isso. – completou e sua amiga ficou em silencio.

– Que seja. – falou finalmente. – Sou vou te falar uma coisa Rose... enquanto você viver na sombra de outra pessoa, enquanto você viver para agradar outras pessoas que não for você mesma, e continuar sacrificando a sua vida você não vai para frente! A vida é sua não do seu pai!

– Clair... – a ruiva tentou novamente.

– Eu ainda não terminei! – a garota ergueu a mão. – Eu gosto muito do seu pai Rose e você sabe disso, mas se for preciso mande-o para o inferno e faça o que você tem que fazer! As suas escolhas definem quem você é Rose e você esta escolhendo errado. Enquanto você finge ser uma pessoa que obviamente não é, enquanto você esta procurando agradar o seu pai, o garoto que você ama esta cogitando a hipótese de namorar outra. E por mais duro que seja é a verdade: Se isso acontecer... Vai ser a culpa unicamente sua. – completou e sem falar mais nada reuniu suas coisas e saiu dali rapidamente deixando Rose e Lilly sozinhas novamente.

– Ela esta certa. – a pequena Potter resumiu. – Me diz Rose... olhe tudo o que você sacrificou, sofreu e passou... tudo isso vale a pena?

Não, não valia e a ruiva sabia perfeitamente disso.

– Acho que tenho que resolver algumas coisas. – sem dizer mais nada Rose saiu a passos decididos da biblioteca, deixando uma Lilly sorridente para trás.

Praticamente correu pelos corredores de Hogwarts, atrás de uma única pessoa. E o encontrou junto com o Albus e o resto dos seus amigos. E a Rebecca estava lá também, mas Rose optou por ignorar isso.

– SCORPIUS! – gritou chamando a atenção de todos.

– Rose? – o loiro estava realmente surpreso e começou a se aproximar dela. A ruiva correu ao seu encontro e não esperou nada ao jogar os seus braços ao redor do pescoço do garoto e o puxar para um beijo.

Na mesma hora Scorpius enlaçou a sua cintura, ainda surpreso com a ação, mas não evitou um sorriso entre o beijo que foi prontamente retribuído. Nenhum dos dois se importou com os cochichos que tinham agora no corredor.

– Mas o quê... – o loiro começou a perguntar quando se separaram, mas a ruiva colocou a mão na sua boca.

– Shiu. – ordenou. – Me desculpa ok? Você é meu Scorpius, e eu não vou deixar ninguém te tirar de mim.


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