Two Pieces. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 5
|| Chapter IV


Notas iniciais do capítulo

* Juro Solenemente que não pretendo fazer nada de bom. *

Heeeeeeeeeeeeeeeello amoras.
Bom, sinto muito, mas estava doente então realmente não deu pra postar antes ok? Enfim, eu realmente espero que gostem desse capitulo porque eu até que gostei de escreve-lo.
Haha, ele menciona Shakespeare e eu simplesmente amo as obras dele. Que foi? Posso não parecer na maioria das vezes, mas sou culta ok? u.u
Boa leitura.

*Malfeito, feito.*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/378532/chapter/5

|| Chapter IV


Somos apenas crianças perdidas

Tentando encontrar um amigo

Tentando encontrar o nosso caminho de volta para casa. ♪♫


– Rose sua maluca! Eu te procurei no castelo inteiro! – uma Roxy esbaforida chegou derrapando em frente a mesa em que a ruiva estava sentada na biblioteca.

– Obviamente, você não me procurou no castelo inteiro se não, teria me achado. – Rose falou sem nem a olhar e a morena bufou irritada com o jeito sabe-tudo da amiga e prima.

– Que seja. – revidou. – Tenho algo aqui para você. – completou vasculhando a sua bolsa.

– O que é? – a curiosidade da Rose a fez levantar seus olhos da copia do livro trouxa: Hamlet. Pronto... a ruiva tinha que concordar com seus pais e seus padrinhos: Curiosidade e a arte de se meter com o que não era da sua conta, é realmente algo de família.

– Até que fim você desviou os olhos desse livro chato. – Roxy exclamou ainda procurando o objeto dentro da sua maldita bolsa.

– Hamlet não é chato. – a Rose tinha a boca entreaberta com indignação. – É um clássico. Conta a história de como o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai, o rei, executando seu tio Cláudio...

– Ok, ok. Eu não quero saber! – a morena interrompeu o monólogo que se dependesse da ruiva ia demorar muito para acabar. Rose bufou irritada.

– Fala logo o que você quer futura Potter e mete o pé daqui. – exclamou e a morena lhe olhou fuzilante.

– Seu amor por mim me comove. – debochou.

– Só fala. – Rose revirou os olhos.

– Bom, mandaram para você. – a Roxy lhe estendeu uma caixa media e verde, moldada com um lindo e elegante laço vermelho.

– Quem mandou? – a ruiva perguntou receosa e olhando o embrulho com cautela.

– Eu não sei. – o sorriso que a morena deu dizia claramente que a frase era mentira.

– Ok, então. – Rose pegou lentamente a caixa estreitando os olhos para a prima que apenas sorriu e tratou logo de sair dali.

Respirando fundo a ruiva resolveu abrir o pacote. Bom, não poderia ser nada demais poderia? A curiosidade dela com certeza não ia deixar aquela caixa ficar fechada.

Rose ofegou vendo o conteúdo. Ela não acreditava naquilo!

Se outra pessoa abrisse, provavelmente não acharia nada demais, mas ela sabia o exato significado.

Lá dentro tinha uma rosa. Mas não qualquer rosa. Era a sua rosa.

Scorpius havia descoberto que elas eram as flores preferidas da ruiva e na época do namoro ele estava pensando em dar um presente especial a garota e então modificou a cor de uma rosa.

Diferente de todas as outras ela era da cor exata do cabelo da ruiva. Fora que parecia sempre reluzir. E não era só isso... ela não morria nunca.

Rose se lembrava que no dia que ambos terminaram ela tinha jogado a flor em cima do loiro. Não queria nada dele. Mas agora... a rosa estava na frente dela e ela tinha uma não tão vaga certeza de quem havia mandado.

Com lagrimas nos olhos ela tocou as suaves pétalas da flor. E suspirou sentindo o aroma tão característico. O aroma dele.

Com isso, os olhos dela se arregalaram e ela tratou logo de jogar a flor novamente na caixa e a tampar, empurrando o embrulho para longe dela como se o mesmo fosse explodir.

O que o Scorpius queria com isso? A deixar maluca? Porque ele queria tanto mexer numa ferida que nem tinha cicatrizado?

Tudo isso se passava como um turbilhão na mente da ruiva.

Com um suspiro irritado, ela fechou o livro e o pegou em mãos, em seguida pegou a caixa e saiu a passos largos e decididos da biblioteca. Já tinha o seu destino traçado na mente.

– Malfoy! – gritou quando chegou num corredor que o loiro estava junto a todos os seus amigos e mais algumas garotas.

O loiro, assim que viu a ruiva, sorriu automaticamente e fez um sinal para o pessoal ir na frente que ele iria em seguida.

– Pois não Weasley? – Scorpius questionou com um sorriso de lado enquanto se aproximava da garota.

– Foi você que me mandou isso? – Rose perguntou irritada apesar de já saber e ergueu a caixa.

– Porque? Gostou? – o loiro ainda não tinha tirado o sorriso da cara e isso só fazia a ruiva ficar com ainda mais raiva.

– Qual é o seu problema? Porque você não pode me deixar em paz? É para me atormentar é isso? Porque você não pode simplesmente esquecer essa droga? Porque quer trazer as feridas novamente? Você é um imbecil! – Rose despejou as palavras e o loiro apenas a olhou por incontáveis minutos e depois baixou os olhos para o livro que a ruiva apertava com força entre as mãos, como se tivesse resistindo ao impulso de tacar na cara dele.

– Hamlet? – Scorpius ergueu as sobrancelhas e Rose franziu a testa claramente confusa.

– O que? – questionou perdida. Ela estava gritando com ele e tudo que ele fala é isso?

– O livro. – o loiro rolou os olhos como se a inteligência da ruiva estivesse lhe decepcionando. – Ser ou não ser, eis a questão. Qual é mais digna ação da alma; sofrer os dardos penetrantes da sorte injusta, ou opor-se a esta corrente de calamidades e dar-lhes fim com atrevida resistência? Morrer... dormir... nada mais... Morrer é dormir, sonhar talvez. – Scorpius citou exatamente. A ruiva tentou catar o seu queixo que estava no chão.

Desde quando Scorpius Malfoy lia Shakespeare?! Ali ela percebeu que talvez não conhecesse o Sonserino tão bem quanto julgava

– Surpresa? – o loiro perguntou com um sorriso irônico.

– Sim. – Rose afirmou com convicção e depois limpou a garganta tento se livrar do choque. – Não sabia que você sabia ler. – completou agora em tom irônico. O Sonserino rolou as orbes cinzas.

– Shakespeare é legal. – Scorpius resumiu dando de ombros. Rose franziu a testa querendo saber como tinham chegado a aquele assunto sendo que a dois minutos ela estava gritando com o garoto.

– Sim, ele é. – concordou ainda confusa.

Sendo o fim doce, que importa que o começo amargo fosse? Bem está o que acaba. – o loiro citou Hamlet novamente a olhando nos olhos e dessa vez a ruiva respirou fundo sabendo no que ele se referia citando aquilo.

– Hamlet é um livro incrível. – Rose afirmou como se não tivesse notado nada diferente.

– Sim. Mas de todos dele, eu ainda prefiro Romeu e Julieta. – Scorpius afirmou.

– Porque? – a ruiva sabia que a sua curiosidade um dia a deixaria numa tremenda encrenca.

– O modo como eles, apesar de terem seus medos, lutaram pelo que acreditavam. Lutaram pelo amor que todos diziam ser impossível. – o loiro disse cada palavra olhando nos olhos dela e a ruiva desejou nunca ter feito a maldita pergunta. – A única coisa que me chocou no livro, foi o final. Foi meio... decepcionante.

– Para mim, o final foi a melhor parte. – Rose falou com convicção e o Scorpius lhe olhou torto.

– Eles morreram. – disse simplesmente.

– Sim. – a ruiva concordou.

– Como pode ter gostado disso? Eles não tiveram um final feliz. – o Sonserino falou confuso.

Rose não concordava. Ela sempre achou que Romeu e Julieta tiveram um final feliz. De um modo estranho, triste... mas ainda sim feliz.

Mas optou por não falar nada disso.

– E nem a gente. – a ruiva falou olhando seriamente nas orbes cinzas agora opacas.

Então deixando a caixa nas mãos dele, deu as costas seguindo pelo corredor de onde saiu.

Com os contos de Shakespeare na cabeça, Hamlet na mão e Romeu e Julieta no coração.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!