Seus Olhos 2ª Temporada. escrita por Jee Fernandes


Capítulo 16
Inferno pessoal.


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores lindos bem??

Demorei? Não muito né?


Bom queria aproveitar aqui para agradecer a linda Luka por cada comentario e incentivo que vem dando a fic, obrigada sua linda ♥

Boa leitura.



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POV Alice. 

O fato de ter escolhido sair daquela boate com Victor vinha me atormentando a semana inteira, não era o que eu queria, não era o que eu faria, mas não podia colocar meu pai em perigo, não podia correr o risco daquele demônio em forma de anjo fazer qualquer coisa contra ele, não demorou para ele mostrar sua verdadeira face, desde o primeiro momento que ele se aproximou de mim foi apenas por um motivo, foi apenas para se vingar do meu pai, que estava processando o pai dele e a condição dele para não fazer nada contra meu pai era eu ficar ao lado dele até o dia do julgamento quando ele exigiria que meu pai fizesse tudo como ele pedisse, mas eu não podia também deixar ele acabar com a carreira do meu pai.

-  Obrigada por me encontrar tio Matth. - agradeci, aproveitei que não teria as duas ultimas aulas e pedi para ele me encontrar na faculdade.

- vai me contar finalmente o que esta acontecendo?  - perguntou se sentando  com uma expressão seria. 

- esta tão óbvio assim? - ele apenas assentiu cruzando os braços. - eu não sei por onde começar. 

- olha eu vou ser sincero com você seu pai esta preocupado, Angel esta preocupada, Juan de uns dias pra cá sai de perto quanto alguém toca no seu nome. - engoli em seco. - porém ninguém me falou nada, mas sei que tenha a ver com esse tal namorado seu.

- ele esta me chantageando, meu pai esta com um processo em cima do dele, a ideia louca dele é minutos antes do julgamento ligar para meu pai e faze-lo mentir e livrar o pai dele.

- espera. - mandou me interrompendo. - você esta deixando se chantagear desse jeito, porque não contou antes?

- não sei medo, ele disse que se eu não colaborasse iria ser pior para meu pai, só tive medo do pelo meu pai então continuei fingindo o namoro.  -  disse começando a chorar. - mas não quero que meu pai tenha a carreira prejudicada, tem alguma coisa que você possa fazer tio Matt? 

- tem muita coisa que eu posso e podia fazer desde o ínicio, Alice você não podia ter ficado quieta, não podia ter cedido a chantagem dele, me responde duas coisas ok, primeiro quando é o tal julgamento e segundo ele te bate? - Tio Math estava visivelmente bravo.

- é amanhã pela manhã. - suspirei antes de responder a outra pergunta. - uma vez começamos a discutir e ele acabou me agredindo, o estranho foi depois ele fazer todo um drama dizer que não queria ter feito e que não queria me machucar, mas ele é bem frio e temperamental. - disse de uma vez de uma forma nervosa. 

- ok, então você vai fazer  como ele disser, porém, não vai sair da sua casa, antes do seu pai sair vou com um grupo de agentes  pra sua casa vamos prende-ló em flagrante, chantagem é crime e agressão também. - assenti. - mas vou ter que falar com seu pai primeiro, podemos ir para sua casa? - assenti o seguindo até o carro. 

Sabia que meu pai surtaria, mas o que tinha feito já não dava para concertar  depois do tio Matth explicar o que queria fazer e como queria fazer subi direto para meu quarto estava exausta, porém, ansiosa para tirar Victor da minha vida de vez, queria poder conversar com Juan pedir desculpas, mas sabia que ele estava chateado com tudo que havia acontecido e o conhecendo bem sabia que iria ficar ainda mais irritado quando soubesse a verdade, depois de tomar meu banho e me vestir liguei meu computador queria falar com alguém e pela hora  talvez Angel estaria on, antes mesmo de chama-lá ela começou a conversar comigo, expliquei mais ou menos a situação recebendo muita bronca e chingos, liguei a câmera como e me pediu e começamos a conversar direito. 

- se sabe que deveria levar uma bela surra né? - perguntou seria.

- infelizmente sei. - concordei frustrada.

- a sorte sua é que eu te amo muito e que minha vontade matar aquele imbecil supera. - sorri involuntariamente

- obrigada An, ele esta muito bravo comigo? - perguntei me referindo ao Juan.

- eu não diria bravo, mas magoado. - assenti. - já tentou falar com ele? 

- não, mas tenho certeza de que ele vai ficar bravo comigo depois que souber a verdade.

- bom, mas não custa tentar né gata. - disse piscando.

- eu vou procurar conversar com ele amanhã pode deixar. - garanti.

- venha aqui pra casa amanhã, não tenho aula.

- vou sim também não tenho,férias. - disse fazendo ela revirar os olhos.

- então até amanhã e se cuida. - assenti dando tchau pra ela e desligando a câmera em seguida.

Deitei me virando de um lado para o outro sem sucesso, nada de conseguir dormir sem conseguir ficar quita deitada resolvi me levantar e descer pra sala, olhei o relógio e já passavam da 5:00, liguei a tv se a menor pretensão de assistir, a ansiedade tomava conta de mim, pouco depois meu pai desceu pra sal, ele era outro que ainda estava bravo comigo.

-  não conseguiu dormir? - perguntou se sentando ao meu lado.

- não.

- onde você estava com a cabeça Alice, só de pensar que ele pode ser tão agressivo, minha filha se ele fizesse qualquer coisa pior contra você eu não sei o que faria. - disse me abraçando.

- desculpa pai, mas eu também não podia deixa-lo fazer algo contra você. - argumentei, mesmo sabendo que nada que eu dissesse o faria concordar.

- olha só espero que tudo dê certo e que ele suma das nossas vidas de uma vez. - assenti. 

Continuei no sofá mesmo depois do meu pai subir, mas o sono ainda estava em falta, zapeei pelos canais em busca de algo interessante, também sem sucesso, acabei desistindo e deixando em um canal de culinária qualquer, não demorou muito até baterem na porta, já imaginava ser o tio Matth então me aprecei em abrir.

- podemos entrar? - Juan perguntou quando fiquei um tempo sem reagir.

- claro. - disse dando passagem para ele e os outros dois caras.

- o pode chamar o tio Jhon, por favor. - pediu de forma fria.

- Juan. - meu pai falou do topo da escada. 

- oi tio, bem não posso dizer que as noticias são boas, devido as circunstâncias, mas meu pai esta atrás de um mandato de prisão para o seu namorado. - o deboche no tom de voz dele me incomodou profundamente. - ele é integrante de uma milicia e vem sendo procurado a dois anos, o tal empresario que você esta enfrentando não é pai dele, apenas o refugiou quando estava fugindo, bom meu pai pediu para que vá para o tribunal e assim que o mandato sair ele vem pra cá. - concluiu.

- então o filho da puta é da milicia? - meu pai perguntou irritado.

- sim 26 anos de idade e uma ficha extensa, enquanto meu pai não chega apenas manterei um agente no fundo e outro no carro, eu ficarei na cozinha esperando meu pai dizer que posso dar a ordem de prisão, como ninguém sabe o por que, mas o caso foi arquivado é preciso um novo mandato, apenas  faça com que ele fique por aqui algum tempo. - assenti.

Meu pai subiu se arrumar e eu permaneci na sala, estava curiosa em saber como ele foi parar no FBI de uma hora para outra, já que até então ele trabalhava com meu pai, a não ser que você apenas fachada, passei mais um bom tempo com meus pensamentos focados nisso, ainda bem que minha mãe tinha viajado á trabalho, com certeza ela estaria estérica.

- não queria ter que ir, mas se não tem outro jeito. - disse dando um beijo na minha  testa. - a única coisa que me tranquiliza é saber que você estará aqui, confio em você. - Juan sorriu em resposta.

- não se preocupe vai acabar tudo bem, alguns agentes foram enviados para o tribunal também. 

- até mais. - disse saindo.

Juan estava mesmo bravo, apenas me evitava mesmo quando eu tentava falar alguma coisa ele apenas saia de perto continuei sentada na sala, apenas esperando, Angel sempre  disse que sou influenciável demais, agora tenho certeza disso,  aceitei deixa-lo me usar contra meu próprio pai,  nem mesmo o medo dele fazer mal ao meu pai justificava meu ato? Ou justificava? Estava tão imersa em meu debate pessoal que demorei para ouvir a campainha, suspirei fundo e me levantei para atender a porta.

- bom dia princesa. - disse com o maior cinismo.

- só se for para você. - dei o sorriso mais falso que consegui.

- é o que importa afinal. - revirei meus olhos. - pronta para irmos?  - o encarei confusa.

- irmos, não vamos a lugar nenhum, você disse um telefonema apenas.

- eu sei o que disse e sera, mas vai que lá do tribunal seu pai resolva mandar a policia, não vamos para outro lugar. - seu sorriso frio me assustou um pouco.

- nada feito eu não vou sair daqui com você. - gritei.

- tem medo de mim amor? - desviei do seu toque quando ele tentou me puxar pela cintura

- não toca em mim, não tem ninguém por perto para você fazer isso. - gritei mais ainda.

- acordou revoltada foi, quem você pensa que é pra gritar comigo? - senti meu rosto arder com tapa que me deu. - não se esqueça que quem dá as ordens aqui sou eu, e se eu quiser te tocar eu vou.  - gritou me puxando novamente.

- eu tenho nojo de você. - disse me soltando.

- hoje você esta querendo me irritar só pode. - proferiu outro tapa na minha face. - se você gosta tanto de apanhar é só pedir. - fechei os olhos esperando o próximo tapa.

- Alec Valdez você esta preso. - Juan anunciou entrando na sala com uma arma apontada. - coloca as mãos na cabeça. - Victor, ou Alec, me fitou com raiva.

- você armou pra mim? - gritou dando um passo.

- eu mandei você por as mãos na cabeça, não tente resistir é pior para você. - vê-lo ser algemado foi uma das melhores sensações da minha vida. 

Logo meu tio e os outros dois agentes entraram, tio  Matth estava visivelmente orgulhoso com um sorriso encantador assim como o do filho, sentei-me no sofá sentindo um alivio tremendo, deixei algumas lagrimas teimosas caírem, lagrimas de felicidade por ter finalmente me livrado do meu inferno pessoal. 

- esta tudo bem querida? - tio Matth perguntou se sentando e me abraçando.

- esta sim, só estou aliviada, obrigada. - disse dando um beijo no rosto dele.. - obrigada Juan. - me virei para procura-ló, mas ele já não estava ali.

- saiu assim que me sentei, logo ele te perdoa, quer uma carona até em casa? - assenti.

Angel me recebeu com um monte de perguntas, após passar por seu interrogatório passamos o resto da manhã no quarto dela, que me deixou a par do namoro com Pietro e de tudo que rolou nos meses que fiquei afastada, depois de almoçarmos e de eu tranquilizar meu pai por telefone passei o resto da tarde dormindo, me assustei com a hora quando acordei já se passavam das 19:00, Angel havia deixado um bilhete dizendo que tinha ido para academia, desci para beber água.

- Angel esta em casa. - Juan gritou vindo para cozinha. - ah é você. - disse virando para sair.

- vai continuar me evitando até quando? - perguntei segurando o braço dele.

- não estou te evitando, mas na boa vamos continuar assim. - disse frio.

- não vamos não ok, eu errei e admito devia ter pedido ajuda desde o inicio, mas eu tive medo caramba você nem imagina como eu queria te ligar no meio da noite e te pedir socorro, como me doeu ter te virado a costa naquela boate. 

-  acontece que se você tivesse me ligado no meio da noite eu teria ido até você, mas escolheu continuar refém das chantagens daquele filho da puta, essa foi sua escolha, agora pague o preço por ela e agradeça por não ter acabado de forma pior. - seu tom estava realmente frio e sem mais ele apenas tirou minha mão de seu  braço e subiu me deixando sozinha.


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Notas finais do capítulo

então??
Sei que não ficou bom, e caso alguém não saiba o que seja uma milicia explico no próximo ok.

Bom se chegaram até aqui não custa nada me dizer o que achou né, vamos lá é rápido e faz com que eu queira postar logo haha ♥