POV do Juan.

Uma semana para me formar até que enfim, enquanto a maioria dos alunos estavam interessados nas férias que estavam chegando, eu só queria saber de fechar minhas notas para não correr o risco de reprovar no ultimo semestre, então me dediquei bastante aos estudos e finalmente consegui deixar Alice de lado, mesmo estando muito concentrado nos meus estudos sempre arrumava um tempo para treinar com Pietro, que depois que se tornou meu cunhado passou a ter seu tempo livre reduzido, pelo lado bom minha irmã estava muito feliz, feliz como nunca tinha visto.

– ei cabeçudo vai na festa de despedida da sua faculdade? - Angel perguntou entrando de supetão no meu quarto.

– vou claro que semana que vem é a ultima, graças a Deus diga-se de passagem. - disse me sentando na cama, já que até então apenas observava o teto, viva o tédio.

– Pietro me convidou, na verdade nem sei por que já que ele já se formou, ache que é por isso que eu achava que ele ainda estudava. - revirei os olhos.

– sim já se formou, mas ainda tem os amigos que não se formaram lá né cabeçuda.

– que seja também na verdade eu vim aqui por outra coisa. - disse pensativa.

– pelo o que?

– estou preocupada com a Lice, não sei se estou certa mais acho que Victor é muito possessivo ontem quando fui na casa do tio Jhon eles estavam brigando e ele segurou o pulso dela com tanta força que até ficou roxo. - a encarei perplexo, se aquele imbecil se atreveu a tocar nela eu juro que ele me paga.

– ta me dizendo que acha que ele bate nela? - perguntei me levantando.

– não sei se bate, mas ele pareceu ser um pouco violento. - disse receosa.

– se for serio mesmo, pode ter certeza que não vai ficar assim. - disse revoltado.

– vai com calma irmão, conversa com ela primeiro, se eu vim falar com você é porque é mais calmo que eu. - disse me dando um terno abraço e saindo.

Voltei a me jogar na minha cama e fitar o teto, minha única certeza era de que se aquele filho da puta estivesse encostado um dedo nela isso não ficar barato, esperei pacientemente as horas passarem, pelo que tinha entendido a festa começaria as 19:00, então ainda tinha um tempo até lá, mesmo insistindo muito Lice não atendia meus telefonemas desiste e voltei a fitar o teto, mas a espera pelas horas era uma coisa angustiante demais.

– Juan esta tudo bem? - meu pai perguntou abrindo a porta.

– mais ou menos, entra. - pedi me sentando na cama.

– Angel contou que vocês estão preocupados com Alice, já tinha percebido que desde que ela começou a namorar se distanciou. - disse pensativo.

– sim não aparece, não respondi mensagens e nem atende telefone tudo por causa de um filho da puta. - tentei sem sucesso não demonstrar raiva.

– você gosta mesmo dela não é? - assenti. - me lembro que quando você ficou sabendo que era uma menina, se revoltou falava para o Jhon e para Camila que eles não precisavam de outro bebê que meninas eram chatas. - disse me fazendo rir.

– não me lembro de como mudei de ideia. - disse tentando me recordar.

– foi quando Jhon te explicou que você seria o guardião dela, e que um dia quando mudasse de ideia sobre as garotas iria até poder namorar com ela. - sorri me lembrando vagamente. - então você mudou de ideia completamente e se manteve fiel ao seu posto de guardião, só não esperava que fosse realmente se apaixonar por ela. - o encarei.

– e quem disse que me apaixonei. - questionei o fazendo rir.

– o jeito como a trata, o brilho no olhar e também o ciumes, agora filho como um conselho pessoal, não tente enganar a si próprio isso é sempre pior. - suspirei admitindo que ele tinha razão.

– você esta certo Alice sempre foi especial pra mim, mas ai venho Bea depois esse Victor.

– por que mesmo você começou a namorar com a Bea? - perguntou fazendo uma careta.

– porque ela grudou e me atormentou até se tornar oficial. - disse pesaroso como pude entrar em um relacionamento por comodismo, pior como pude permanecer nele por tanto tempo. - no final Angel é quem tinha razão.

– ainda da tempo de mudar as coisas, apenas se arrisque. - aconselhou-me saindo do quarto.

– Pai. - gritei quando ele estava prestes a fechar a porta. - obrigado.

Me levantei de vez de vez e decidi tomar meu banho e me arrumar, ainda estava decidindo entre conversar com Alie antes ou depois de quebrar a cara daquele filho de uma puta, aproveitei meu banho gelado para pensar melhor, terminei meu banho, me troquei rapidamente e decidi ir até a casa do meu padrinho primeiro, apertei a campainha três vezes até o mesmo abrir a porta.

– Juan que milagre você aparecer aqui. - disse sorridente.

– sim ultimamente ando meio sumido. - admiti.

– entre estava mesmo querendo falar com você. - assenti passando por ele e o seguindo até o sofá.

– aconteceu alguma coisa? - perguntei preocupado.

– não só queria saber se conhece o namorado da Alice. - perguntou serio.

– não na verdade sei tanto ou menos que você, por que?

– olha eu não tenho certeza, mas acho que ele é filho daquele empresario que um cliente meu esta processando por agressão era funcionario dele e ele acabou espancando o cara sem mais nem menos, meu medo não é ele ser filho do cara meu medo é ele ser agressivo igual o pai. - pensei um tempo admitindo fazer sentido.

– pode deixar tio eu vou ver o que descubro sobre a familia dele, mas agora a Lice esta ai?

– não ela saiu com o namorado. - assenti me despedindo.

Cheguei mais rápido que pretendia na boate onde seria a festa como eu esperava eles já estavam lá, decidi antes de tudo falar com ela, mas mal cheguei perto dela e ele já a puxou pra si de forma possessiva.

– Oi. - os cumprimentei com um sorriso falso.

– Oi tudo bem? - Lice me cumprimentou distante enquanto Victor apenas com um aceno.

– ah não lice não é assim que se cumprimenta. - sorri a puxando para um abraço. - posso conversar um pouco com você? - revirei os olhos ao vê-la encarar o namorado como se estivesse pedindo permissão. - a por favor Lice você precisa de permissão agora? - perguntei irritado a puxando comigo.

– ei não faz isso. - protestou.

– Alice o que esta acontecendo com você. - perguntei um pouco auto. - não atende o celular, não respondi as mensagens, nem conversar direito você conversa. - respirei fundo ela ter ficado quieta só me fez sentir ainda mais raiva. - o que ele esta fazendo com você? Me fala eu posso te ajudar. - garanti tentando tocar o rosto dela, mas ela apenas desviou.

– não esta acontecendo nada Juan deixa de ver coisa onde não tem. - não sei por que, mas não me convenceu.

– o que só me responde uma coisa e eu te deixo em paz. - ela assentiu. - ele já te agrediu de alguma forma? - vi seus olhos se desvirem depois da pergunta.

– por favor deixa isso pra lá. - pediu de forma chorosa.

– isso foi um sim, aquele filho da puta, isso não vai ficar assim. - disse saindo e indo em direção onde ele estava.

Tudo o que eu queria era socar a cara dele, e antes de dizer qualquer coisa apenas foi o que fiz tirando o sorriso cínico da cara dele, três socos depois o desgraçado resolveu reagir acertando meu nariz, retribui com um soco no estomago dele Alice gritava desesperada para que parecemos, mas apenas depois de um segurança chegar é que conseguiram nos separar.

– se você encostar um dedo nela de novo eu juro que isso será apenas o começo. - gritei o fazendo fitar Alice com raiva e sair em seguida.

– satisfeito, era isso que queria? - Ali gritou comigo nervosa.

– não na verdade queria terminar de quebrar a cara dele. - disse serio. - Ali por favo me diz que não vai continuar com ele. - pedi segurando a mão dela que apenas abaixou a cabeça. - Alice eu juro que se você for atrás dele, se você fizer isso estara fazendo sua escolha e tera que me esquecer.

– desculpa. - murmurou soltando minha mão e virando as costas.

Por mai que me custasse resolvi deixar de lado todo o sentimento que sentia por ela, a final ela já tinha feito a escolha dela, um dos seguranças me convidou a me retirar da boate e assim que sai fui direto pra casa me nariz latejava.