Filhos escrita por Bellah102, CaahOShea


Capítulo 20
Capítulo 19 - Ligações


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Comentem, recomendem, e me beijem! kkkk, mentira.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/377171/chapter/20

Nessie

A vida na mansão Cullen se tornou caótica.

Os híbridos que Liz avisara sobre Scott, surpreendentemente, não fugiram – não todos. Eles se juntaram à nós. Sem que pedíssemos, ou sequer esperássemos, eles surgiram um à um ou em bandos, na porta da frente.

-Vocês nos tiraram da Casa – Dissera Mason Lockwood, com sua nova alcateia atrás dele. –Nós temos uma dívida de sangue com esta família.

-E queremos fabulosamente chutar o traseiro de Scott.

Completara Caroline, se destacando da alcateia pela sua californianisse habitual.

Tyler e Caroline ainda estavam juntos, orgulhosos pais de um menino, Toby, de 14 anos e uma menina, Sara, de 6. O pequeno Grayson, que eu vira nascer, agora já era um homem feito e irmão de Tristan, um garotinho de 4 anos que parecia muito interessado no próprio dedo polegar, que sugava com entusiasmo, apesar de Jules pedir que parasse constantemente.

O problema Gilbert permanecia o mesmo. Elena e Damon tinham se separado pelo caminho, à despeito do filho, Giuseppe. “Só não deu certo, sabe?”, Elena dissera enquanto os olhos a traiam. Katherine e Stefan pareciam polos opostos de um ímã agora, completamente diferentes da luxúria que os dominava no começo do seu relacionamento depois da casa. Pareciam elementos à parte da família, assim como Jeremy, que parecia ter criado uma careta permanente e impossível de ser desfeita. E a razão não era segredo.

Bonnie agora era casada com Luka Martin, irmão de Greta. E eles tinham uma linda menina, ruiva como Bonnie – provavelmente uma bruxa – Cora, de 15 anos. Minha amiga parecia feliz, libertada da indecisão e da infidelidade do Gilbert mais novo. Como envelhecia, ela parecia a mais velha de nós, embora estivesse apenas do fim da sua terceira década.

Meredith e Miles continuaram perfeitos como sempre, e quando perguntei como ainda conseguiam, eles só riram. Seu filho Louis já tinha 18 anos e estava pronto para lutar pelos pais, o que os deixava orgulhosos e sinceramente preocupado.

Mais vieram. E dos quase 30 que sobreviveram à Casa, trazidos do mundo inteiro para a coleção de Klaus, agora já éramos quase o triplo. Como acontece depois das guerras, os filhos eram muitos, embora os mais novos tivessem ficado seguros, em casa.

Era estranho, mas apesar de estar cercada de todas as pessoas da época mais sombria da minha vida, eu podia sentir uma faísca de esperança. De que podíamos escapar daquilo, acabar aquilo de uma vez. Já tínhamos passado por aquilo juntos uma vez. Podíamos passar de novo.

Só mais dois minutos. Então vou levantar... Jake falava baixinho no telefone no corredor. Ele desligou e voltou para a cama.

-Quem era, amor?

-Era El.

Abri os olhos e me sentei, o coração martelando.

-Ele não quis falar comigo?

Jacob suspirou, me repreendendo com o olhar. Soltei o ar, alcançando a sua mão.

-Ligações são perigosas.

-Eu sei, eu sei. Mas porque ele ligou? O que ele queria?

Perguntei, nervosa. O Rio era tão longe... Se meus filhos precisassem da minha ajuda, eu... Eu simplesmente...

-Grace está doente.

-Doente? Doente como?

-Como... – Ele suspirou – Como El.

Soltei o ar, o coração castigando o peito. Ainda me lembrava com desgosto das semanas sem dormir em que cada vez que entrava no quarto do meu filho, ele parecia mais pálido e mais morto e estava sempre frio e suando de febre, tendo pesadelos e dores excruciantes que não o deixavam dormir. Achei que ia perdê-lo. E agora minha menininha, minha Grace, estava do mesmo jeito, e mesmo que tudo tivesse acabado bem da última vez, Grace era diferente. Ela era tão, tão pequena...

-Eu preciso ir até lá. Ela precisa de mim, Jake, eu preciso...

-Os aeroportos estão fechados por causa da neve, amor. É impossível.

-Sh... Se acalme. Eu disse à ele tudo o que fazer. Falei com Elijah... Mikaelson. Eu lhe disse o que está acontecendo. Precisamos confiar que eles vão cuidar bem dela.

Respirei longamente, abraçando-o com força. Ele beijou o topo da minha cabeça.

-Vai ficar tudo bem.

-Eu sei, eu sei.

E nada mudou.

20 anos, e todas nós ainda éramos as mesmas híbridas de sempre. Divertidas e capazes de ignorar o perigo e a dor. Era como se o tempo nunca tivesse passado.

-É tão bom estarmos todas juntas de novo!

Disse Meredith, puxando os pés cobertos de meias para cima do sofá.

-Bem, quase tosas.

Completou Elena. Uni as sobrancelhas.

-Quem?

-Lizzie, é claro! – Disse Bonnie, completando o pensamento da amiga. Caroline revirou os olhos, lembrando-se da garotinha que Lizzie costumava ser. – Onde ela está? A Casa toda está aqui.

-Eu não sei. Os aeroportos estão fechados por causa da neve. Deve estar difícil para... -Meu celular tocou no meu bolso. A foto de Lizzie brilhou no visor. – Virou vidente também, Elena? –Perguntei com um sorriso de leve antes de responder. – Oi Liz.

-Oi mamãe.

Sorri, atravessando-me na poltrona, apoiando as pernas no braço desta.

-Estávamos falando de você. Onde você está?

-Na Flórida.

-Flórida? O que está fazendo aí?

Do outro lado da linha, Lizzie suspirou. Parecia nervosa, o que me deixou ainda mais nervosa.

-Esperando o avião.

Suspirei.

-Quando você chega?

Ela soltou o ar e ficou em silêncio por um tempo. Troquei um olhar com as meninas que ouviam a conversar, nervosas. Elena sussurrava no ouvido de Bonnie o que Lizzie dizia.

-Nessie. Eu não vou voltar para casa.

Uni as sobrancelhas.

-Mas... Eu achei que... Onde você está indo?

-Para a ilha. Já falei com o meu pai e com Elijah.

-Não estou entendendo Liz. E o casamento?

Ela riu, mas não pareceu deixar o nervosismo de lado.

-O casamento é só no fim do ano, Néss. Nós temos tempo, não se preocupe. – Ela se calou, respirando fundo. – É muito importante que eu vá. Muito.

Ela ficou em silêncio e então a ouvi falar em voz baixa com Bruce. Talvez essa fosse a razão, mantê-lo seguro. Mas... Ele estaria se tivesse partido como eles tinham pensado. Porque eles precisavam ir para a ilha?

-Mamãe?

-Estou aqui.

-Eu tenho que ir. Mas eu estou bem. Eu só... – Ela respirou fundo e no fundo eu ouvia seus passos no piso de vinil do aeroporto. – Eu estou grávida, mamãe. Eu vou ter um bebezinho e eu preciso cuidar dele. Eu preciso.

Engoli em seco. Lizzie era... Era Lizzie. Eu jamais imaginaria que...

-Eu entendo, meu amor. Não se preocupe, vai dar tudo certo. Eu te vejo em Novembro, certo?

-Novembro.

Ela prometeu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Filhos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.