Casais Improváveis escrita por Valerie Grace, Lady Salvatore, Hiccup Mason, Bess, Sherlock Hastings


Capítulo 7
Hermione Granger & Draco Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!Obrigada pelos reviews! Amei as sugestões de vocês!Essa one é pedido de uma leitora. De Harry Potter, casal Hermione e Draco :)Espero que gostem!Enjoy!



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Tema: Harry Potter

Shipper: Hermione Granger e Draco Malfoy

Be Mine

Os corredores pareciam extremamente compridos nesse momento. Caminhava batendo os pés fortemente no chão demonstrando para quem quisesse ver a minha raiva. Eu não tinha ideia de para onde estava indo, só sei que queria andar para evitar acabar socando alguma parede ou ofendendo alguém que tentasse falar comigo.

Isso não era meu comportamento normal, quem me visse agora diria que tirei alguma nota baixa, porque esse poderia ser o único motivo do aborrecimento de Hermione Nerd Granger. Pois que pensassem assim, seria até melhor ninguém saber a verdadeira razão.

Eu havia acabado de brigar com Rony, só pra variar, por causa da Lilá. Tudo culpa daquela maldita garota! Eu ainda não consigo acreditar que Rony pretende firmar compromisso sério com ela! Quando ele me disse que foi na casa dos pais dela e que comprou até uma aliança eu surtei! Quem quer firmar compromisso aos 16 anos?! Ele ainda mal terminou os estudos e já tem planos de talvez casar com ela! Eu não conseguia acreditar!

O estranho era que eu estava com raiva e não triste ou com ciúmes. Mas era para eu estar em prantos agora! Eu não sou apaixonada por ele desde sei lá, o terceiro ano? Segundo?

A verdade é que meus sentimentos já não eram mais os mesmos. Meu coração não acelerava mais perto dele e não corava quando ele me elogiava. E o detalhe mais vital: a poção do amor. Eu já não sinto mais o cheiro dele. Na verdade eu não sabia de quem ou do que era aquele perfume novo que eu sentia na poção. É familiar, mas não me recordo direito, e isso já me custou boas noites em claro.

Sem perceber diminui meus passos e agora andava parecendo uma sonambula perdida em meus pensamentos. De quem é esse cheiro? Do que é? É tão doce, mas ao mesmo tempo tem um toque amargo, não é forte, poderia ser até imperceptível para algumas pessoas, mas me encanta de uma forma inexplicável. Não sabia nem de onde vinha e já adorava aquele perfume.

Enquanto perambulava por um corredor algo me fez parar e arfar. Era aquele cheiro! Fechei os olhos e inspirei profundamente, para ter certeza de que não era uma alucinação e lá estava ele, eu o sentia entrando pelas minhas narinas, muito real.

Suspirei e tive certeza de aquilo me atraia de verdade. Era delicioso! Então olhei ao redor e encontrei o banheiro da Murta a alguns passos a frente do outro lado. Fui andando até lá e o cheiro ficava mais forte, só podia estar vindo de lá. Mas espera, banheiro da Murta? Eu gostava do cheiro da Murta? Ah Hermione, que tolice!

Continuei andando e parei abruptamente quando cheguei perto da porta e ouvi alguém lá dentro. Dei um passo para trás silenciosamente e aproximei o ouvido. Alguém estava... chorando? Mas não era um choro de menina, então não era a Murta. Quem seria uma hora dessas?

Aproximei cuidadosamente a cabeça e espiei dentro do banheiro. Quando avistei quem era acabei arfando muito alto e dando um salto de surpresa. Arregalei os olhos e fiquei perplexa com o dono do meu amado perfume.

Não podia ser! Repetia isso sem parar na minha cabeça.

O rapaz se virou assustado para mim e ficamos nos encarando assim por algum tempo até que quando ia começar a correr ele foi mais rápido e me puxou pelo braço para dentro do banheiro.

– Aonde você vai Granger? Estava me espionando para contar aos seus amiguinhos?! – perguntou um Draco Malfoy muito bravo.

– Não! Eu nem sabia que era você aqui! – respondi tentando me soltar em vão.

– Mentira! Veio zombar de mim?! Veio ver minha decadência e rir? – indagava cerrando os olhos.

– Claro que não Malfoy! – puxei meu braço com mais força e ele me segurou com mais força – Me solta seu maluco! Eu só estava caminhando, tenho meus próprios problemas e não tenho tempo de cuidar da vida dos outros! – esbravejei.

Ora! Quem ele pensava que eu era? A Lilá Brown fofoqueira?! Maldita garota! Havia me esquecido dela!

– É claro que tem! Está muito ocupado ajudando o Potter a derrotar o mal, certo? Esqueci que vocês são o exército da paz. – zombou.

– Isso não é da sua conta, pois pelo que eu saiba você luta no lado adversário. – afirmei o encarando sem medo.

Ele pareceu afetado com o que eu disse e afrouxou o aperto em meu braço, mas ainda segurando. Seus olhos vagaram para longe e toda sua raiva fora substituída por algum tipo de dor ou culpa.

Senti pena em vê-lo daquele jeito. Parecia estar sofrendo de verdade e eu havia esquecido que ele estava chorando antes de vir brigar comigo. Algo de errado devia estar acontecendo.

– Me desculpe se disse algo errado... – comecei incerta se devia continuar ou não.

– Não precisa, eu é que devo desculpas por te acusar sem motivo. – paralisei com o que ouvi – Estava procurando alguém para descontar minha frustração.

Continuei paralisada igual uma estátua, parecendo que tinha visto o Basilisco. Na verdade nem fiquei tão chocada assim quando vi a cobra, estava mais chocada agora. Draco Malfoy me pedindo desculpas e sendo educado?!

Ele pareceu perceber minha situação e me olhou franzindo a testa.

– Granger? Sua alma saiu do seu corpo? – indagou.

– Não... – respondi quase sem mexer os lábios.

– O que foi então? Está tendo alucinações? – zombou.

– Quase isso.... Na verdade acho que sim. – balancei a cabeça despertando – Acabou de me pedir desculpas?

– Granger! Por favor, não tenho paciência para esse tipo de coisa! – exclamou me soltando e se apoiando na pia.

– Desculpe. É só que... deixa pra lá. – era melhor – Mas o que aconteceu com você? Claro, se puder e quiser me contar. – fiquei ao seu lado inalando seu perfume delicioso.

Ele ficou olhando pensativo para a pia. Achei que ele não iria me dizer nada e que a conversa havia acabado. Dei um passo em direção a saída, mas parei ao ouvir sua voz.

– Você não tem a mínima ideia de quanta pressão está em cima de mim nesse momento. Não sei como explicar, mas posso te mostrar e resumir boa parte. – ele se virou para mim e levantou a manga da blusa.

Coloquei as mãos na boca perplexa ao ver a marca negra em seu braço. Harry tinha razão! Draco era um comensal da morte!

– Não te culpo se quiser sair correndo agora e contar tudo ao Potter. – voltou a se apoiar na pia.

– Eu não vou fazer isso, quero te ajudar – ele me olhou – se me permitir – completei.

– Quer me ajudar? Mesmo depois de tudo que eu te fiz? – perguntou incrédulo.

– Claro Malfoy, eu não sou rancorosa e podemos deixar as desavenças de lado, afinal éramos crianças naquela época. E já superei suas ofensas há bastante tempo. – afirmei me aproximando.

– Você é estranha Granger! – ele riu – Talvez seja por isso que eu senti seu per... – ele parou abruptamente como se quase tivesse revelado um segredo mortal.

– Por isso que sentiu o que? – gelei internamente lembrando do perfume.

– Nada.

Eu não iria deixar aquela passar! Principalmente tendo um belo palpite de que passamos pela mesma situação constrangedora.

– Por isso sentiu meu perfume na poção do amor? – perguntei apertando as mãos nervosa.

Ele me olhou surpreso.

– Como...?

– Porque eu também senti o seu... perfume na poção. – admiti corando.

Ficamos nos encarando por algum tempo.

– Diz alguma coisa! – pedi nervosa com situação.

– Não há nada a ser dito. – eu o encarei pronta para soltar o verbo e muitas ofensas, mas esqueci tudo quando ele me beijou.

Eu estava sentindo seu perfume como nunca, me deixava em um tipo de estado de transe. Seus lábios... Por Merlin! O que era esse beijo? Não consigo achar palavras, não consigo pensar, minha cabeça está confusa e só quero sentir o gosto dele cada vez mais. Senti meu corpo arrepiar quando ele passou seus braços na minha cintura e me apertou contra si. Enrosquei minhas mãos no seu cabelo macio. Eu poderia ficar ali por tempo indeterminado.

Mas obviamente que nos separamos em um momento. Encontrei seus olhos acinzentados e tinha certeza de que estava mais vermelha que uma pimenta.

Continuamos nos encontrando sempre que podíamos. O melhor momento do meu dia era quando eu o beijava e podia tocá-lo. Mas nossa relação era apenas isso, jamais contamos nada a ninguém e jamais trocamos promessas ou declarações de amor. Isso me magoava, achava que ele só queria se divertir comigo e doía pensar que ele não me amava também, assim como eu o amava, mais do que devia.

Depois que ele fugiu com Snape fiquei arrasa. Nunca mais nos falamos e nosso ultimo encontro foi apenas um beijo e nada mais, nem uma despedida ou um carinho sequer. Eu tinha certeza que nunca fui correspondida. Eu o odiava!

Dediquei toda minha atenção e meu ser a ajudar Harry na viagem em busca da Horcruxes. Mas senti meu mundo desabar quando o encontrei de novo depois de tantos meses. Estava sendo torturada pela tia dele, na frente dele e ele não moveu uma palha sequer para me ajudar ou sequer demonstrou algum afeto ou piedade. Apenas me assistiu gritando e remexendo de dor. Eu chorava, mas não pelo cruciatos, e sim por ele não se importar. Aquilo foi a pior tortura que podia ter.

Depois que escapamos reuni toda força que pude para não chorar descontroladamente. Ele não merecia nada de mim, nem lágrimas, nada!

Quando a guerra chegou sabia que seria inevitável nosso encontro, e estava pronta para mata-lo se preciso. Mas então meu mundo desabou quando Harry morreu, sendo carregado por Hagrid imóvel.

– Alguém quer se juntar a nós? – perguntava Lorde Voldemort rindo vitorioso.

– Draco! Draco! – chamava seu pai fazendo sinal para ele ir.

Não me dei ao trabalho de olhar para trás. Eu salvei a vida dele com Harry e Rony, mas devia tê-lo deixado queimar até a morte.

Podia ouvir os passos dele atrás de mim. Ele iria, claro que iria. Maldito.

E então senti alguém segurar minha mão com força. Olhei para o lado achando que era Rony, mas não. Era ele. Aquele safado ainda tinha ousadia de tocar em mim?! Tentei puxar minha mão, mas ele não deixou.

– Eu não vou! – gritou e todos pararam – Eu cansei disso! Cansei de magoar e ferir as pessoas que amo por sua causa pai! Quer saber? Já dei muitas demonstrações de que eu o respeito! Agora chega! Se vire sozinho! Eu vou ter minha vida do jeito que eu quero, e com quem eu quero! – ele apertou mais minha mão e olhou para mim sorrindo – Eu te amo Hermione! Sim, eu te amo! Sempre amei! Perdoe-me, por favor, por tudo! – declarou publicamente e em voz alta.

Eu devia dar-lhe um tapa na cara por tudo ou lhe lançar um milhão de ofensas e pedras. Mas não consegui, eu sempre sonhei em ouvir aquilo e a raiva havia se dissipado. Eu sempre o amei, não podia negar.

– Eu também te amo Draco! – disse sentindo as lágrimas correrem.

Ele se ajoelhou e segurou minhas duas mãos. Meu coração saltava disparado e minhas emoções pareciam estar queimando dentro de mim.

– Me perdoa, por favor? Eu te peço! – pediu me olhando arrependido.

– Eu te perdoo, por mais que eu tenha sofrido e te odiado, eu não posso negar que ainda te amo e não posso ignorar o que me disse. – sorri.

Ele se ergueu sorrindo e se aproximou para me beijar, mas fomos impedidos pela voz de Voldemort.

– Que lindo! Realmente me corta o coração ter de mata-los!

Mas a situação ficou confusa quando de repente Harry salta do colo de Hagrid totalmente vivo! A guerra recomeçou e só me recordo de Draco sempre ao meu lado.

Depois que tudo acabou ficamos sentados no salão destruído de Hogwarts. Estávamos felizes e todos aproveitavam seu novo tempo de paz.

– Hermione – chamou ele.

– O que? – perguntei deitando minha cabeça em seu ombro.

– Eu te amo. – sussurrou em meu ouvido me fazendo sorrir largamente.

– Draco?

– O que? – perguntou ele.

– Eu te amo mais. – sussurrei em seu ouvido e em seguida nos beijamos.

E anos depois lá estávamos nós, Draco, eu e nosso filho Scorpius. Não poderia ser mais feliz.


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Notas finais do capítulo

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