Shipper: Beatrice Prior e Albert

Tema: Divergente

Preocupações Boas

Acordei mais uma vez essa noite. Estou suando feito louco e tenho certeza que gritei mais uma vez pois vi Christina olhando para mim com uma cara de preocupada. Não queria me definir como "fraco" ou "imbecil", eu devo ser "frio" e forte" porém isso é impossivel para mim. Sempre serei o Al idiota e amigo, não consigo me rotular assim.

Lágrimas escorriam do meu rosto. Eu não queria morrer na Audácia...eu não quero.

O choro ficava mais forte e sentia meu rosto ficar mais quente. Cobria minha boca com as minhas mãos mas ainda conseguia sentir minha respiração acelerada e meu coração pulando de minha boca.

Eu vou morrer...eu vou morrer.

– Al, para! - disse alguém que me segurava, tirando minhas mãos da boca. Era Tris, como esperado.

– Desculpe Tris, eu pirei. - digo, afobado. - Eu não queria acorda-lá e...

A loira apenas ficou me fitando e logo falou:

" Venha comigo".

Esfreguei minhas mãos em meus olhos e me levantei da cama. Tris colocou seus tênis e pegou um casaco qualquer de treinamento e fiz o mesmo. Eu estava triste mas estou animado de estar com ela, apenas nós dois, sozinhos.

Tris abriu a porta do dormitório e logo fomos andando na escuridão da Audácia. Estava tão escuro que apenas estávamos orientados pelas luzes que ficam a cada corredor de cada lugar. Não havia quase nenhuma claridade.

– Onde está me levando? - pergunto, sem ânimo de respostas e foi exatamente o que recebi. Tris ignorou mais uma das minhas perguntas.

Puxei sem força, o que fez ela arregalar os olhos e sorrir um pouco. Fiquei confuso com aquele ato pois o seu sorriso era malicioso.

– O que foi? - perguntei rindo e ela começou a correr. Tris estava muito longe de mim e logo fui em disparada, começei a rir muito, não sei porque. Era divertido mas não as pessoas da Audácia não gostam de diversão e isso me deixou um pouco para baixo novamente, mas não parei de correr. Olhava para Tris atentamente. Seus cabelos loiros voavam de tanto ela correr para lá e para cá, seus olhos eram azuis ardentes que deixava qualquer um hipnotizado e sua tatuagem de corvos há deixava um pouco sexy. Essas mínimas e principais coisas que via nela quando começava o dia. Isso me fazia continuar na Audácia, não imagina mas as suas manhãs sem Tris no meio.

– Ei, vamos! - gritou Tris.

Ela abriu a porta e logo vi que estamos saindo do complexo da Audácia.

– Porque estámos saindo? - digo mais uma vez.

Tris se sentou na beirada do chão, olhando para o céu. Não sabia o que ela estava fazendo, parecia uma pessoa da Amizade que eu vi diariamente no pátio da escola. Ela vivia olhando para o céu, como se ele fosse mudar. Muitos diziam que ela é louca e outros falam que ela era apenas "zen" demais para a nossa sociedade. Nunca parei para pensar nela. Ela parecia ser uma boa pessoa.

– Al! - gritou Tris, assustada com a minha surdez.

– Foi mal. - disse e logo me sentei ao lado dela.

Estávamos quietos apenas olhando o céu que havia poucas estrelas mas mesmo assim estava bonito. Tris olhava atentamente para as estrelas enquanto eu virava meu rosto e fixava no rosto da loira. Como ela pode ser tão bonita?

– Sabe, era muito difícl ser uma pessoa da Abgnegação. - começou Tris. - Eu não podia perguntar, interromper e nem mesmo me olhar no espelho!

Olhei para a garota um pouco assustado. Porque ela me falaria isso? Afinal, isso é pessoal, não é?

– Mesmo sendo difícil minha vida eu amava minha família. - disse ela. - Eu ainda os amo mas prefiro viver com Will, Christina e com você, Al. Somos a sua família agora. - Tris falou e logo colocou suas mãos nas minhas, segurando-as com força.

Droga!

Eu gosto de Tris, eu gosto muito mesmo dela mas não consigo mostrar isso a ela. que me deixou mais nervoso ainda foi a loira ter aconchegado a sua cabeça em mim.

ALBERT FALA LOGO SEU BURRO!!!

Tris riu e eu não entendi, mais uma vez.

– O que foi? - pergunto, rindo um pouco sem motivo.

Tris me olhou e logo deu um sorriso mas logo parou de fazer isso.

– Eu sei que você gosta de mim, Al.

Eu levei um choque. Um choque horrível. Como ela sabia? Ninguém sabe disso.

– C..como vo..você sabe? - pergunto, assustado e suando.

Tris se separou de mim mas continuou olhando para os meus olhos. Ela apenas deu um último sorriso e logo me beijou. Não sabia o que fazer, não sabia onde tocar, apenas relaxei e correspondi. Quando nos separámos, ela olhou para mim e eu suspirei.

COMO SOU SORTUDO!

– Se acalmou? - falou a menina, sorridente.

– Agora tenho mais uma preocupação. - disse e nós rimos, juntos. - Mas essa é uma preocupação boa.

Ficamos apenas alguns minutos deitados e logo voltamos para o dormitório. No dia seguinte Tris me tratou como os outros mas quando cheguei ao dormitório vi colado em meu travesseiro um papel escrito " Lute e fique na Audácia com a nossa família". Tris era a minha única esperança de um futuro melhor e de um presente feliz. Eu a amo e nada mudará.