Tema: Percy Jackson e os Olimpianos

Shipper: Percy Jackson e Thalia Grace

A Garota Que me Intriga

Estava sentado no meu chalé sem nada para fazer. Bem, coisas para fazer eu tinha, mas não tinha um pingo de vontade, então resolvi ficar ali observando as paredes.

Minha cabeça estava confusa desde que a Thalia começou a frequentar o acampamento. Agora a profecia talvez não falasse sobre mim. Ela tem deixado a cabeça de todo mundo confusa, aparecer assim do nada? Quero dizer, não exatamente do nada, do pinheiro, mas é confuso de qualquer forma.

A questão é que parece que ela afetava mais a mim do aos outros. Eu era o único que parecia estar muito intrigado com ela.

– Cabeça de alga? – Annabeth entrou no meu chalé.

– Oi. – cumprimentei olhando para ela.

– O que foi? Porque essa cara de enterro? – indagou parada na porta.

– Você pode entrar Annabeth, e eu não estou com cara de enterro. – falei franzindo a testa.

– Você está trancado aqui a manhã toda Percy. Acho que está tentando evitar alguma coisa ou... – olhei desconfiado para ela – alguém. – ela ergueu uma sobrancelha.

– Hã? Não, é claro que não. Quem eu estaria evitando? – indaguei cruzando os braços.

– Hã... Deixa eu ver... – ela fingiu pensar – a Thalia? – disse como se fosse óbvio.

– Imaginação sua. – disse desviando o olhar. Ela era muito perceptiva.

– Então você pode vir ajudá-la com as tarefas do acampamento. – sugeriu.

Olhei entediado para ela. Fiz questão de deixar evidente a minha má vontade para o caso.

– Porque você não a ajuda? São amigas não são? – indaguei.

– Ótimo, vou dizer a ela que você não quer porque está com vergonha. – deu de ombros se virando para sair.

Odeio profundamente quando ela faz isso!

– Está bem! Está bem! Eu a ajudo! – joguei os braços para cima e Annabeth lançou um sorriso para mim – Odeio quando faz isso.

– Eu sempre consigo te convencer cabeça de alga. – sorriu sapeca – Agora vá até a Thalia, ela está perdida pelos chalés. – e saiu.

Bufei e sai do chalé. E para minha incrível sorte a Thalia estava parada ali perto parecendo bem perdida mesmo. Ela estava com um papel na mão, acho que era um mapa, porque ela olhava freneticamente para ele e para os chalés.

Sorri com a cena, ela era realmente admirável.

– Thalia? – chamei me aproximando.

– Hum? – ela olhou em volta até me achar – Ah, Percy!

– Perdida? – perguntei me pondo a sua frente.

Ela hesitou um pouco, mas depois de olhar para o mapa resolveu admitir.

– Estou. – disse torcendo o nariz.

– Deixe-me ajuda-la. – peguei o mapa da sua mão e joguei longe.

– O que você está fazendo?! – ela ficou nervosa.

– Não precisa disso, venha comigo que vou te mostrar tudo que precisa saber. – ergui minha mão para ela, querendo que ela segurasse.

Ela olhou para minha mão e cruzou os braços. Olhou novamente e saiu andando na minha frente.

– Você vem ou não? – indagou impaciente olhando para mim.

Incrivelmente irritante. Mas porque eu estou rindo? Porque não consigo ficar com raiva dela? Suspirei e fui ajudar ela.

No inicio foi bem estressante.

– Mas que droga Percy! Aqui é o chalé de Hermes ou de Afrodite?! – perguntou nervosa.

– Presta atenção no que eu falo! Este é o chalé de HERMES! – enfatizei a ultima palavra.

– Não grita comigo! – disse alto.

– Por Poseidon garota! Quem está gritando é você! – agora sim estava com raiva dela.

– É porque você é um péssimo guia! – disse bufando.

Mesmo com as brigas iniciais, continuei mostrando tudo para ela. E por incrível que pareça, as coisas foram melhorando entre nós durante o dia.

Quando fui mostrar as atividades para ela até chegamos a nos divertir.

– Não, assim você vai cair! – disse rindo enquanto ela tentava se equilibrar em uma arvore.

– Ai meu Zeus... – ela caiu em cima de mim – Me perdoe! – ela ficou corada.

– Não se preocupe, vou te segurar. – sorri e depois a ajudei novamente.

Depois de uma cansativa e também divertida tarde a levei para o lago. Já estava escurecendo e nada mais merecido do que um descanso.

Thalia e eu tínhamos nos dado muito bem depois de tanto brigar. Alias, nem lembro mais das brigas, foram tão bobas que tenho vontade de rir.

– Esse lugar é tão legal. – comentou ela quando sentamos na beira do lago.

– É mesmo. Muito bonito ao anoitecer. – disse olhando para ela.

– O que foi? – perguntou corando.

– Como assim? – indaguei confuso.

– Você tá me olhando esquisito. – ela riu. Provavelmente estava com uma cara bem idiota.

– Desculpe. – eu ri junto – É que você atrai minha atenção. – droga! Falei demais.

– Por quê? É o meu cabelo? – ela passou a mão nas madeixas curtas.

– Não! Quero dizer, seu cabelo é bonito. – eu só estava piorando as coisas – Quero dizer, é você por completo. – nossa Percy, desista.

Desviei o olhar constrangido.

– Não entendi. Explica-me? – pediu.

Olhei para ela novamente e suspirei. E nem percebi que as palavras já estavam saindo.

– Você é tão encantadora Thalia! Mesmo quando briga comigo, me xinga e gritamos continua admirável. E você chamou minha atenção desde o dia que saiu do pinheiro. Nunca tinha visto alguém tão... Encantadora. – quando finalizei corei violentamente.

Ela me olhava surpresa. Por Poseidon! O que eu fiz? Nem percebi que estava falando essas coisas! Ela deve me achar um completo babaca agora! E justo no momento em que firmamos uma boa relação! Ah Percy! Idiota!

– Desculpe Thalia! – me levantei e comecei a seguir para meu chalé, mas fui impedido.

Thalia segurava meu braço e eu me virei para ela ainda constrangido. Será que ela queria me bater?

– Percy, você me acha... Hum... Bonita? – indagou timidamente.

– Você é linda! – exclamei. Ah droga! Agora sim ela me bate!

Para minha surpresa ela começou a rir.

– O que foi? – perguntei preocupado.

– Meninos são tão bobos! E eu achando que jamais iriamos, ou poderíamos... – suspirou – Vamos resumir isso?

E antes que eu falasse algo ela me beijou. Um beijo mais quente do que imaginava. A apertei contra meu corpo sentindo-me arrepiar com cada toque seu.

– É, isso resume bem as coisas. – disse rindo quando nos separamos.

– Bastante. – ela riu junto e voltamos a nos beijar.

E após isso passamos a noite toda deitado em frente ao lago abraçado. E muitas outras noites. Ela seria minha até não querer mais. Eu a amava.