Tema: X-Men

Shipper: Tempestade e Noturno

My Only Passion

Estava perdida. Andando em terras desconhecidas sem saber a onde ir. A estrada estava deserta e só havia eu e mais um homem perto de um caminhão, ele me avistou e deu um sorriso, digamos que meio pervertido.

De um modo, sábia o que ele faria comigo. Pensei em fugir mas não havia lugar nenhum para escapar.

– Olá coisa linda. – Começou o homem.

Aquelas palavras já bastaram, saí correndo pela estrada tentando fugir. Eu era rápida mas o homem era mais. Ele me puxou para o chão e rolamos .

– Jura que ira tentar fugir?

Ele me levantou com força para cima, estava sem controle de meu corpo.

Ele começara a tirar minha blusa e eu socava ele com meus punhos pequenos mas ele era mais forte. Como assim Ororo? Sua mãe é a princesa da tribo mais poderosa de Quênio.

Coloquei minhas mãos para o alto e senti o poder em meu corpo. O homem não havia percebido que meus olhos estavam brancos e que o tempo estava mudando.

Senti os raios em minha mão e explodi seu caminhão. O fogo se alastrava por todos os cantos e o caminhoneiro estava com os olhos arregalados para mim.

– Sua vagabunda! – Ele disse cuspindo em minha face.

Empurrei ele para perto do caminhão e fiquei observando-o. Tão assustador mas tão fraco....

– Por favor não me mate. – Gritava o homem apavorado.

Dava altas gargalhadas que fazia o homem se contorcer no chão, ele pegou um canivete que estava em seu bolso e me “ ameaçou”. Como se aquilo fosse uma arma letal para mim. Dava mais gargalhadas do que antes mas agora o homem tinha uma expressão de raiva no rosto.

– Você é doente!

– Sim, tem pessoas doentes aqui nesse lugar mas não sou eu. – Disse olhando no fundo dos olhos do homem.

O caminhoneiro me empurrou para trás, fiquei deitada no chão pois não conseguia levantar pois ele estava sobre mim com uma canivete na mão.

– Hoje não sou eu que vai morrer, querida. Será você!

Ele tentava colocar a faca em minha barriga mas não conseguia pois meus pés estavam chutando a cabeça dele com força. Ele se afastou e consegui levantar.

– Isso é o que você tem de melhor? – Provoquei-o.

Antes de ele se levantar, peguei sua faca que estava no chão e direcionei-a perto de seu rosto.

– Morto pela própria arma. Que irônico! – Disse em um tom de ameaça.

Ele se levantou rapidamente e tentou encostar em mim mas a faca atravessou sua barriga antes mesmo de ele pensar no que faria comigo.

O sangue se espalhou pelo seu corpo e pelas minhas mãos, nunca mais havia visto alguém morrer tão facilmente.

Ele se contorcia enquanto o sangue se espalhava pelo chão.

– Porque? Porque? – Ele sussurrava com grande dificuldade.

O encarei e sentei me em sua barriga que estava sangrando.

– Porque eu irei te matar? Só tem uma resposta para isso. Várias pessoas vivem nesse mundo e pouquíssimas delas fazem o bem, e você é uma delas.

– V-a-a-di-a-a. – Ele dizia para mim.

Peguei a faca com raiva e cortei suas pernas que se espalhavam o sangue em meu rosto.

– Não pense que essa morte será triste, na verdade, será feliz para muitas pessoas. Inclusive aqueles que sempre te odiaram mas nunca tiveram coragem de te matar.

O homem ficou com uma expressão de ódio no rosto mas sabia que não poderia fazer nada pois a morte já estava chegando.

O homem morreu mas ainda não estava satisfeita com aquilo, coloquei sua espada em seus pescoço e o cortei separando a cabeça do seu corpo.

– Tempestade! – gritou uma voz desconhecida.

Olhei para os lados mas não conseguia ver ninguém mas podia sentir três dedos segurando minha mão.

De repente acordei em meu quarto na escola novamente, estava completamente suada e Noturno estava do meu lado.

Por algum motivo o abracei, estava assustada e não estava acostumada a ter pesadelos de meu passado. Pelo incrível que pareça ele me acalmou.

Ele acariciava meus cabelos e falava coisas do tipo” Está tudo bem”.

Noturno estava com uma calça jeans e um casaco azul. Seus pés estavam descalços e seus cabelos desarrumados.

– Como soube que estava tendo um pesadelo? – Disse em um tom sério.

Noturno se afastou de mim com uma cara de desconforto que não me animou muito.

– O tempo.

Virei rapidamente meu rosto para a janela que estava com várias gotículas de chuva.

– Desculpa-me, não quis atrapalhar seu sono. – Disse me levantando da cama.

– Não tem problema, na verdade nem estava dormindo.

Me virei para olhar em seus olhos amarelos que estavam mais belos do que nunca e seu sorriso torto me fazia delirar. Espere porque estou pensando nisso? Oh céus! Que pensamentos insanos, Tempestade.

– Tempestade? – Pergunto-o.

– Sim?

– Você não está me ouvindo, não é? – Ele disse em um tom triste. – Tudo bem, você tem que pensar. Te vejo amanhã.

Ele colocou seus três dedos na maçaneta e saiu mas o puxei para dentro novamente.

– Não vá! Por favor, fiquei aqui. – Disse tão baixo que quase eu não ouço minha própria voz.

Ele olha para os meus olhos e sabe o que está se passando comigo. Depois da morte de Jean, tudo mudou. Ela era umas das pessoas que mais confiava aqui, era uma irmã que poderia contar qualquer coisa mas agora ela se foi e o que me sobrou foi o Professor, Scott e Logan mas mesmo assim me sinto solitária. As vezes converso com Kitty, uma das melhores estudantes daqui mas ainda me sinto fechada. A única pessoa que me fazia feliz sem mesmo abrir a boca era Noturno. Mesmo que eu ficasse mil vezes falando no espelho que não estou apaixonada, ainda continua sendo mentira.

– Eu fico. – Disse ele com um sorriso torto.

Ele se sentou em minha cama e fiquei ao lado dele.

– Noturno, tenho que te confessar uma coisa.

– Pode falar, Tempestade. – Disse ele com seu sotaque alemão.

Poderia fazer mil coisas para dizer a verdade mas nada veio á tona. Então o desejo mais insano e mais puro acabou acontecendo, meus lábios encontraram os dele e nossas línguas faziam um movimento devagar, como uma dança.

Nosso beijo começou a ficar mais rápido e mais intenso como se conhecessem a muito tempo. Noturno acariciava meus cabelos brancos como a lua enquanto eu colocava minhas mãos em volta ao seu pescoço.

De repente, seus lábios não estavam mais junto com os meus mas nossa respiração estava a mesma, ofegante.

– Tempestade, você merece coisa melhor do que eu. – Disse ele com um tom de sinceridade.

Me afastei mas ainda dele para poder ver seus olhos amarelos cor do sol.

– Noturno, você é o único homem ou mutante que quero ficar agora. Eu necessito de você. –Disse tentando não assustá-lo.

– Você não entende. Você será a mulher que namora com o homem estranho e eu não quero essa imagem para você. Eu quero você feliz.

Voltei a beijar seus lábios por um curto tempo e coloquei minha boca perto de seus ouvido para ele poder me ouvir.

– Eu irei ser feliz com você, Noturno.

Me separei um pouco dele e pude ver seu sorriso torto que via todos os dias quando ficava envergonhado.

– Eu te dou minha palavra que irei te fazer feliz.

– Só a palavra? – Disse em um tom de malícia.

– Tudo o que você quiser.