My Daddy Is Zeus escrita por Rookie


Capítulo 9
IX – Primeiro beijo


Notas iniciais do capítulo

Ganhei uma recomendação linda! *-* Muito obrigada Anaklusmo, amei demais!

To tão feliz que fiz o primeiro momento SasuSaku da fanfic! Omg! s2

Boa leitura!



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– Capítulo Nove 

Primeiro Beijo.

– O que aconteceu no acampamento? – Perguntei a Naruto, enquanto fazia os curativos em Sasuke. Nós já estávamos dentro do taxi a caminho de Central Park. Eu tinha indagado minutos atrás para o moreno, mas ele não tinha me respondido.

– O Sasuke me deu um soco na cara.

– Por que o Sasuke faria isso?

– Porque ele é um idiota. - Disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo. Vire-me para Sasuke.

– Sasuke? – Tentei novamente.

– Não é nada que seja do seu interesse.

– Tão delicado quanto um cavalo. – Comentei. Ele revirou os olhos.

– Já terminou? – Ele perguntou referindo-se aos curativos. Balancei a cabeça.

– Não. Tem certeza que foram as flechas que fizeram isso? Parece bem mais profundo.

– Tenho certeza que foram Sakura. – Disse encerrando o assunto. Suspirei. Em pensar que eu tinha o achado tão legal.

– Não ligue pra ele Sakura-chan. Só está envergonhado por estar sem blusa na frente de uma garota.

Naruto debruçou-se sobre a janela do veiculo gargalhando, eu comprimi o riso por imaginar a cena de um Sasuke envergonhado na frente de uma garota, certamente não era o feitio dele. Mas todo o meu deboche parou assim que coloquei meus olhos pela primeira vez no corpo dele. Céus! Ele deveria ter uma lei que o impedisse de sair sem blusa. Imagina perfeição, multiplique por dez e dar: cinco quadradinhos perfeitamente alinhados na parte da frente e as costas mais musculosas que eu já vi. Estupidamente maravilhoso. Mordi os lábios sentindo que minhas bochechas estavam esquentando.

Ele olhou para mim de relance dando o típico sorrisinho de canto dele. Minha boca tinha se aberto em um perfeito O; uma mosca teria entrado facilmente ali. Sem graça terminei de fazer o curativo e entreguei a blusa branca que tinha dado a ele. Mas o maldito queria me provocar, e o pior é que estava conseguindo isso muito bem.

– Gostou Haruno? – Perguntou.

– De que? – Me fiz de desentendida.

– Da vista. – Sorriu malicioso.

– Nada muito impressionante. – Dei de ombros. Mentira! Muito impressionante!

Sasuke riu pelo nariz provavelmente achando aquela situação tão ridícula quanto eu. (pera, desde quando tinha a autoestima tão baixa? sai fora!). Ele se esticou ficando próximo do meu rosto, eu conseguia sentir a respiração quente e ritmada dele batendo nos meus lábios. Agradeci por Naruto estar gritando com os pedestres do lado de fora e nem estar se ligando no que estava acontecendo aqui dentro, ele tiraria sarro de nós a viagem inteira. O carro vez uma virada forçada para a direita, e sem querer acabei caindo por cima de Sasuke, o que consequentemente com a nossa proximidade fez com que nossos lábios se tocassem. Muitas garotas gostariam de estar no meu lugar, pois é, eu também gostaria de estar no meu lugar se eu não fosse eu - isso foi estranho -, mas o problema era que eu nunca tinha feito aquilo antes. Confesso que eu sou uma garota de dezesseis anos que nunca beijou. Ora, eu era esquisita demais e vivia ocupada destruindo escolas e evaporando professores, não tinha tempo para encontros!

A questão era que eu não sabia o que fazer! Quando Sasuke levou as mãos a minha nunca e puxou-me mais para perto dele, eu fiquei totalmente apavorada. Eu deveria estar parecendo um robô completamente dura. Então ele mordeu meus lábios dando tempo para eu buscar um pouco mais de ar. Na segunda vez que ele me beijou, pedindo passagem para a língua, eu cedi. Parecia que nossas línguas eram as espadas e que nós estávamos travando uma batalha. Por fim nos separamos por falta de ar. O carro vez outro curva, mas dessa vez Sasuke me segurou. Depois se virou para a janela e ficou apreciando a paisagem sem me falar absolutamente nada. Então era só aquilo?! Quer dizer, não que eu esperasse mais alguma coisa, afinal de contas... Pera, o que estou dizendo? Cale a boca Sakura!

Fui para o lado de Naruto na esperança de tentar esquecer o que tinha acabado de acontecer ali. Bati meus dedos finos no ombro do loiro que berrava insanidades para o lado de fora. Nessa altura do campeonato o motorista deveria estar torcendo para que chegássemos ao Central Park o mais rápido possível.

– Você pode me contar o que aconteceu de verdade? - Perguntei.

– Eu te contei! Sasuke me deu um soco.

– Por que ele fez isso? - Sussurrei. Não queria que ele se intrometesse e eu acabasse por não saber o que ocorreu.

– Ele ia acertar o Gaara, mas acabou me acertando.

– E você ficou bravo com ele por causa disso?

– Bom, sim. Ele deveria ter uma pontaria melhor.

– E por que fugimos de lá assim? Achei que tivéssemos permissão para sair.

– Isso é complicado. Faz meses que Dionísio não deixa ninguém visitar o oráculo. Dizia que deveríamos esperar o momento certo. Então aparece uma estranha, filha de um dos grandes e pega uma missão sem treinamento nenhum. Eles ficaram uma fera! Sabe Sakura, as pessoas tem um certo preconceito com filhos dos grandes.

– É por isso que você veio comigo? - Sorri de canto.

– Foi por isso que nós viemos. - Ele disse apontando para Sasuke também.

Não pude deixar de me emocionar, não era todo dia que eu encontrava pessoas para me afeiçoar.

O táxi parou assim que cogitei da ideia de agradecer pelo que eles estavam fazendo por mim. Eu paguei com dinheiro mortal e descemos do carro. O Central Park estava cheio como sempre. O sol brilhava com algumas nuvens que ora ou outra o atrapalhava. O relógio digital ao longe indicava que eram dez horas da manha do dia dezoito de dezembro. Faltava pouco para o inicio do inverno.

– Para onde vamos agora? - Sasuke perguntou com seu tom sério.

– Vamos para o café. - Apontei para o Starbucks dos meus sonhos. Eu sabia que a encontraria lá.

Optei por irmos por dentro do parque, pois seria bem mais rápido do que contornar as ruas. Eu adorava passar meus tempos livres ali, era o único lugar que eu não conseguia destruir. Já tinha vindo milhares de vezes com alguns tutores ali para me divertir, mas não era a mesma coisa do que vir sozinha. Pais brincavam com criança no gramado, idosos iam e vinham com suas bicicletas e os adultos solteiros ou sem filhos corriam por toda a extensão. Era muito bom morar perto de um lugar como aquele.

Ficamos um bom tempo esperando o sinal fechar para atravessarmos. Parecia que tinha sido a anos que eu vinha toda manhã ali comprar café. Cruzei os dedos para que ela estivesse ali. Os garotos me matariam se descobrissem que fizemos toda aquela viajem a toa.

Ao contrário do meu sonho, ela estava sentada dentro da cafeteria. Os cabelos antes loiros estavam morenos e presos a um rabo de cavalo. Os olhos cor de mel grandes e expressivos. A túnica grega tinha sido substituída por um vestido que batia no inicio do joelho e que caia em uma saia rodada completamente rosa bebê com alguns detalhes de flores brancas. Ela sorriu quando nos viu entrar pela porta.

Eu não pretendia demorar muito tempo ali. Tudo que eu precisava era de uma pista para nossa missão. Não queria que ela se intrometesse na minha vida amorosa de novo.

– Quem é essa? - Sasuke perguntou com um pouco de baba no canto da boca.

– Minha tia! - Inventei uma desculpa. - Olha, que tal vocês dois comparem café e irem dar uma volta, depois nos encontramos.

– Sua tia é uma gata! - Naruto disse retribuindo o tchauzinho que Afrodite dava para nós.

– Saiam daqui. - Ordenei. E o mais impressionante foi que eles obedeceram.

Virei para a deusa e caminhei em sua direção. Arrastei a cadeira ao lado dela sentando-me. Ela mantinha um sorriso perfeito no rosto como a bárbie e constantemente dava tchau para os homens que passavam do lado de fora e grudavam na vitrine da loja.

– Sabia que você viria querida.

– Não vou tomar muito o seu tempo, só quero algumas informações.

– Como foi o seu primeiro beijo? - Olhou-me. Os olhos dela mudavam de castanhos para violeta.

– Como você sabe que beijei alguém? Ei! Foi você que fez isso! - Acusei. Afrodite deu uma risadinha.

– Eu não posso dar uma poção do amor a ele. Isso seria contra as regras dos deuses de ajudar semideuses. Mas eu posso fazer com que um carro vire bruscamente uma esquina. - Dei de ombros.

– Tudo bem. Quero algumas informações. - Disse.

– Isso não me parece com um pedido.

– Não foi um pedido. Eu quero informações!

– Sobre sua missão? Eu já lhe disse para ir ao Brooklyn.

– Disse que tinha ogros no Brooklyn.

– Ciclopes! Eles vão indicar o próximo caminho a se seguir.

– O Brooklyn é imenso, não tem como eu achar eles. Me dê o endereço pelo menos.

– Você tem cera nos ouvidos? Deuses não podem ajudar semideuses.

Revirei os olhos impaciente. Afrodite conseguia me irritar profundamente. Tamborilei os dedos na mesa enquanto ela continuava mandando beijos para os caras lá fora.

– Sabe... Dionísio é um idiota. - Comentou. - Não fique achando que ele te expulsou de lá por ser problemática demais. É que filhos de Zeus são...

– Perigosos demais. Eu sei, já entendi.

– Existiam dois gêmeos filhos de Zeus a alguns anos atrás. Acho que sete anos atrás. Não sou boa com números. - Pegou dentro de sua bolsa um kit de maquiagem - Eles incendiaram todo o acampamento e destruíram as barreiras mágicas. O solo deixou de ser produtivo, o acampamento estava morrendo. Então Dionísio os enviou para uma missão com uma amigo seu, Sai. Eles deveriam encontrar o velocino de ouro no Mar de Monstros. Bom, eles conseguiram! Se tornaram heróis, mas não voltaram vivos.

– O que aconteceu? - Perguntei assustada.

– Eles foram devorados por uma hidra. Eram como você Sakura, inexperientes, mas não foi isso que os vez morrer. Eles salvaram o sátiro e confiaram a ele o futuro do acampamento.

– Oh Deuses, Sai... - Levou a mão na boca.

– Desde então um tabu vem acontecendo. Semideuses tem desaparecido antes mesmo que sátiros possam fazer o primeiro contato. Dionísio acredita que você possa mudar tudo voltando viva dessa missão.

– Isso é muita responsabilidade. Eu não sei se consigo...

– Estou te ajudando com o amor, Sakura. O filho de Poseidon e de Hades nutrem amor por você. Eles iram te proteger.

– Mas eu não quero que eles se machuquem por mim!

– Isso só o destino pode decidir. Adeus querida.

Afrodite levantou-se arrumando o vestido, beijou o topo de minha cabeça e saiu saltitante pela porta, sumindo em fumaça segundos depois. Naruto e Sasuke voltaram para me encontrar como falei, mas meu estado de espírito estava tão chocado que demorei muito tempo para notá-los ali.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Existem dois motivos para Dionísio tê-la mandado para uma missão, o que a nossa linda Afrodite contou é só o primeiro motivo. O segundo envolve quem eles vão encontrar durante a fanfic. É a história que me motivou a escrever, ou seja, não vai ser revelado tão cedo.

Espero que tenham gostado1