My Daddy Is Zeus escrita por Rookie


Capítulo 7
VII – Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho para postar pq fiquei sem criatividade e tbm pq estou viciada em twitter. Socorro!

Tive poucos comentários no ultimo capitulo e fiquei muito triste com isso. Espero que vocês me compensem nessa. Para ser sincera, não gostei muito desse capitulo. Ficou bem chatinho, mas o proximo será melhor.

Boa leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/375175/chapter/7

– Capítulo Sete 

Descobertas

– Pode repetir mais uma vez? – Quiron perguntou.

Ao sul, um inimigo distinto desperta. – Falei devagar. – Na escuridão, a morte quase certa /O filho de um dos grandes o destino deve decidir. – Forcei minha mente a lembrar os versos. – E a arma pedida encontra em fim /Uma visita inesperada aponta....

– E no fim perderas aquele que mais te conforta. – Naruto concluiu.

A sala voltou a ficar em completo silencio. Nós estávamos sentados em volta de uma mesa de sinuca com doritos e coca diet como petiscos; Os conselheiros de cada chalé junto com o diretor de atividades e o diretor do acampamento. Tinha sido uma reunião de ultima hora, portanto Karin tinha sido rapidamente substituída por um de seus irmãos e muitos ali ainda estavam de pijamas. Ninguém tinha gostado que eu, uma novata, tivesse recebido uma missão com menos de uma semana de acampamento e sem nenhum tipo de treinamento para isso. Eu também tinha odiado a idéia só por ter a palavra morte no meio.

Quando Naruto e eu estávamos a caminho da saída da casa grande, Naruto tinha me explicado que o oráculo assim como nos temos antigos ditavam o futuro não muito claro, entretanto, ali, era apenas usado para quando um semideus precisasse embarcar em uma missão, e este, precisava ter um nível bem avançado de treinamentos, pois as missões eram sempre muito perigosas. Desejei silenciosamente que uma quimera queimasse a barriga gigante de Dioniso por ter me colocado nessa encrenca. Eu sabia que toda aquela profecia estava relacionada, talvez não tão claramente, aos sonhos com os ciclopes e com Hades. Mas não comentei nada com ninguém para não levantar mais pânico.

Suigetsu mastigava um doritos no canto esquerdo parecendo não se importar muito com a situação, igualmente a Temari, a conselheira do chalé de Demeter e a Ino, a conselheira do chalé de Afrodite. Os únicos que pareciam extremamente indignados com aquela situação eram: Shikamaru, substituto de Karin, Gaara, conselheiro do chalé de Ares e Kiba, conselheiro do chalé de Hefesto. Sasuke, Naruto e alguns outros que eu não conhecia pareciam neutros a situação.

– Parece ser moleza. – Dioniso comentou divertido.

– Vou levar mais a sério esse papo de “não serei um bom meio-irmão” – Falei azeda.

– O que você queria? Uma viagem paradisíaca para a Bahamas?! Queridinha, você é uma semideusa. – Disse Dionisio no mesmo tom.

– Essa aí nem tem treinamento! Você sabe há quantos meses eu estou treinando, senhor D.?! É uma injustiça. – Gaara brandiu batendo o punho da mesa.

– Eu exijo que ela me leve. – Kiba falou. – Três semideuses por missão, é o trato. Eu, Gaara e ela.

– Nem pense nisso seu melequento! Eu vou com ela! – Naruto gritou.

– Acho que vocês estão esquecendo-se de mim. Também quero ir! – Shikamaru falou suavemente.

– Silencio! – Quiron gritou, massageando as têmporas. – O filho de um dos grandes o destino deve decidir. Se não estou errado, corrija-me se tiver senhor D., esta missão é para Sakura, Sasuke e Naruto.

– Sem sombra de duvidas. – Dioniso disse sorridente. – Três semideuses poderosos, filhos dos três grandes em uma missão suicida. Não sei vocês, mas para mim, Sasuke volta vivo.

Então, o que era de se esperar começou. Um serie de discussões seguidas de socos na mesa e biscoitos voando para tudo que era canto. Eu fiquei lá no canto encolhida esperando qualquer oportunidade para sair correndo o mais rápido possível para debaixo do meu beliche. Preferia enfrentar milhões de monstros juntos, morrer na tentativa ou sobreviver – com sorte –, do que enfrentar uma discussão. Era um trauma que tinha desenvolvido ao longo da minha infância quando as mães adotivas queixavam-se do meu comportamento agressivo. Gaara jogou alguma coisa pontuda em cima de Naruto que revidou com uma bela tacada de coca diet no olho esquerdo. Shikamaru discutia com Temari, enquanto Ino lixava as unhas tranquilamente em um canto qualquer. Quiron, com toda sua genialidade, parecia debater coisas irreversíveis com Dioniso, que fazia caretas sempre que o centauro abria a boca.

Sasuke apareceu do meu lado segundos depois que Ino saiu choramingando por terem a feito quebrar uma das unhas. Eu estava agachada sobre a mesa agarrando um dos pés dela com força, meus olhos deveriam estar marejados, pois era difícil enxergar, como se areias estivessem sobre minhas pálpebras. Seria extremamente cômico, se não fosse trágico. O moreno agarrou-me pelo braço e me arrastou até a varanda da Casa Grande. Lá de fora, o barulho das várias bocas emitindo sons era abafado pelo canto dos pássaros e gritos de entusiasmo vindo das quadras de vôlei ali perto. Limpei o canto dos olhos antes que lagrimas descessem. Era uma idiotice chorar quando se esta usando roupas que mostram uma postura totalmente ofensiva e ainda mais na frente de um garoto. Eu queria sumir, ao longo dos anos tinha me tornado quase uma nômade, nunca ficava no mesmo lugar por mais de três meses, mas eu sabia que aquilo era só uma desculpa para fugir. Uma garotinha medrosa. Não tinha nem forças para imaginar que um deus grego estava na minha cola, ciclopes do Brooklyn e ainda por cima, uma deusa maluca do amor se intrometendo na minha vida. As coisas estavam mudando tão rápido na minha vida que meu cérebro não conseguia acompanho o ritmo – e com certeza aquilo deixaria seqüelas irreversíveis –. Veja bem, não é fácil descobrir quem você realmente é, qual é seu real propósito.

Olhei de canto para Sasuke que perdia seu olhar nos campos de morango. O rosto dele parecia bem mais relaxado do que na noite anterior. As olheiras tinham diminuído transformando-se em uma suave sombra. Ele vestia um sobretudo preto com tênis all star preto de cano curto e na cintura, sua espada estava repulsada na bainha. Um frio percorreu minha espinha quando uma lembrança muito fresca em minha memória soprou como se estivesse bem ali.

“Meus filhos servem as trevas, seria tolice aquele moleque se apaixonar”

“É o destino dele”

Sasuke era o garoto que Hades falava com Perséfone. Meu coração saltou. E aparentemente eu era a garota que se apaixonaria. O deus dos mortos tinha enviado as fúrias para me matarem apenas para evitar uma paixão que era evidentemente impossível, logo que nem nos conhecíamos direito, mas a questão era por quê? Hades queria que eu ficasse fora do caminho e dos domínios dele, mas eu em nenhum momento fiquei na frente de nada. Minha cabeça trabalhava a todo vapor buscando uma resposta para aqueles argumentos, mas nada saia. Entretanto algo que dizia que aquele não era o momento certo para decidir.

– Sakura? Você está bem? – A voz dele me despertou. Meus olhos se encontram com os dele; frios e opacos. Sorri de canto.

– Tô bem. Obrigado por me tirar de lá. – Disse.

– Já aconteceu o mesmo comigo. – Deu de ombros. – Eles vão esquecer.

– Eu espero mesmo. – Sussurrei.

– Sabe, acho que devia ir buscar suas coisas. Quiron estava certo quando disse que a missão será de nós três.

Eu suspirei, sabendo que ele realmente tinha razão. Só que, como já haviam me dito, um filho dos grandes era muito poderoso e atraia muitos monstros. Imagine três filhos dos três grandes juntos em uma missão. Aquilo era suicida! Eu ia pedir que ele me acompanhasse até o chalé, mas os barulhos ainda não tinham cessado lá dentro e preferi deixar que Sasuke resolvesse aquilo. Já estava descendo as escadas quando a voz rouca e grave dele soou da porta de madeira.

– Nos encontre na colina daqui a dez minutos. – Dito isso, ele entrou e sumiu do meu campo de visão.

(...)

Com a respiração acelerada pela corrida, entrei no chalé apressada pegando a mochila que Suigetsu havia me dado e a moeda-espada, que por sorte estava jogada no meu beliche. Quem olhasse para mim naquele momento acharia que estava em uma corrida contra a polícia, pois meus cabelos, antes tão perfeitos, pareciam um ninho de pássaros. Eu costumava ficar semanas sem penteá-los, portanto quando eu o fazia gostava de preservar. Joguei a mochila nas costas e contemplei uma ultima vez a estatua de Zeus.

A oferenda mofada ainda estava lá, mais fedorenta do que nunca. O olhar severo e autoritário parecia estar mais intenso do que da ultima vez e isso fez uma onda de sensações ainda não conhecidas por mim subir pelo meu corpo. Revirei os olhos tentando fazer aquilo parar e então tomei a maior decisão – e talvez a mais madura – da minha vida; Fiz uma oferenda no pé da estatua com uma barrinha de cereal com chocolate extra. Eu esperava que ele gostasse desse tipo de coisa. Pedi silenciosamente que ele nos protegesse das coisas ruins que estavam por vir. Aquela tinha sido a primeira vez que tentei contato com meu pai.

Após isso, corri em disparada até a colina, notando que já havia passado mais de dez minutos. Encontrei Naruto com um olho inchado e uma cara emburrada carregando uma mochila azul-marinho escrita: Azul é minha cor. Sasuke estava acariciando o dragão que guardava o velocino de ouro enroscado no pinheiro. Eu não sabia o nome dele, mas pelos dentes e o ronronar que fazia quando eu chegava perto, não parecia gostar muito de mim. Com sorte, fosse só impressão minha.

(N/A: Nessa história não existia a Thalia, ou seja, o pinheiro é normal. O velocino de ouro só serve para fortalecer as fronteiras mágicas da colina por conta de algo que ainda irei explicar ao longo da história, mas que Dionisio já citou no capitulo anterior)

– Para onde vamos? – Perguntei, tocando de leve o roxo do olho ode Naruto.

– Pergunte ao senhor inteligente. – Naruto respondeu grosso. Cerrei os olhos.

– O que aconteceu lá dentro? – Perguntei inclinando minha cabeça para o Sasuke.

– Não temos tempo para isso. Conversamos depois. – Ele disse, apontado para baixo da colina.

Gaara tinha convocado todos seus irmãos de chalé. Eles estavam vestidos para a batalha com seus escudos, armaduras gregas, e espadas e lanças de bronze. Os rostos raivosos poderiam petrificar de medo quem os olhasse por muito tempo, vinham marchando em nossa direção lentamente como se estivessem adorando aquela situação. Dei um passo para trás e tropecei em uma pedra, e se não fosse por Naruto me segurar, tinha caída colina abaixo. Foi então que a ficha caiu, nós estávamos fugindo.

Naruto me colocou delicadamente em pé e juntos corremos colina abaixo para o lado aposto. Ao fundo, o pequeno exercito urrou furioso e pelo estremecer do chão, eles adquiriram certa velocidade nos passos. Olhei em volta rapidamente, não tinha nenhum ponto de ônibus ou carro passando na estrada para nos dar carona. Nós não conseguiríamos. Nem mesmo tínhamos um destino concreto, tudo que nós sabíamos era a profecia que não me parecia lá um mapa geográfico do futuro.

– Não tem nenhum carro passando. – Naruto falou ofegante.

– Eu não vou agüentar muito tempo correndo. Eu... Eu tenho asma. – Confessei envergonhada.

– Vamos viajar de um jeito diferente. – Sasuke falou apontando para uma árvore de dois metros perto de nós.

– Uma árvore?! Não vai me dizer que você espera que ela crie vida e saia correndo pela estrada, não é? Achei que você fosse o inteligente – Naruto perguntou.

– Que?! Não! A sombra. Vamos viajar pela sombra. – Sasuke disse.

– Certo. Mas para onde é que nós vamos? Não sabemos por onde começar. – Perguntei.

Ao sul, um inimigo distinto desperta. – Sasuke concentrou-se fechando os olhos. Respirou fundo e falou com uma voz sonolenta, esticando os braços e abrindo a mão. – Peguem minha mão e não soltem por nada. – Uma lança acertou o caule da arvore fazendo Naruto e eu agarrarmos rapidamente a mão gélida de Sasuke. Uma dor fina começou em meu umbigo, foi então que me lembrei de falar algo.

– Eu tive um sonho, Sasuke. – Comentei.

– Não temos tempo para falar de contos de fadas. – Falou ríspido.

– Não podemos ir para o sul, não agora. – Devolvi no mesmo tom. Uma lança cai perto do meu pé fazendo um subido estranho.

– Olhe, não quero saber para onde vamos, mas vê se andem logo com essa discução porque tem um exercito liderado pelo Gaara a metros de nós e meu umbigo ta doendo. – Naruto comentou choroso.

– Vamos para o Central Park. – Disse.

– Vamos para Oklahoma. Conheço alguém lá que pode nos ajudar. – Sasuke disse.

– Central Park!

– Oklahoma!

– Nova Iorque! – Naruto gritou.

E então tudo se fechou em preto. Eu senti como se todo meu corpo estivesse sido esfaqueado por mini-facas de chefes de cozinha e uma dor alucinante me fez perder a consciência por completo. E tudo que consegui escutar foi uma voz ao fundo sendo repetida milhões de vezes: “Fique longe dos meus domínios”

CONTINUA...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vish o que será que aconteceu com a Sakura e os meninos? Comentem seus elogios e criticas, mas comentem.

LIAM MINHA FIC: http://fanfiction.com.br/historia/388487/Armadilhas_Do_Coracao/

Beijos