Devil Hunter E - A inspiração de ChrysopoeiaRPG escrita por Cian


Capítulo 8
Hunt 7 - Forest




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Uma missão costumeira, desaparecimentos. Pararam logo na pequenina vila em meio às montanhas. Era uma vila muito pequena, cercada por montanhas e um enorme bosque de coníferas ao sul, ao que aparentava era uma floresta comum. Nina e Edge então se hospedaram no bar da cidade, o único bar, por sinal. Era uma instalação pequena, como todas as construções da vila. As pessoas da vila eram pobres, mas eram muito amigáveis e atenciosas. O jovem e a garota foram bem atendidos no hotel, tendo um excelente jantar. Comeram muito bem, como não comiam há muito tempo. Nina seguiu para o quarto, enquanto Edge saiu para passear pela vila. Era noite, uma noite clara, com o céu estrelado, muito bonito. O jovem logo se distraiu ao observar as estrelas, envolto em pensamentos. Quando se deu conta de si, estava fora da vila, perto da floresta. Não sabia como havia parado ali. Alguns momentos pensando, ouviu algo se aproximando. Sem pensar, se escondeu, atirando-se no chão. Como trajava seu sobretudo preto, ficou bem camuflado na escuridão daquela noite. Era somente um jovem, Edge o vira no bar antes de sair. Ele era apenas, segundo o que ouviu dos moradores, um filho de uma mulher qualquer, nada de especial, somente um cidadão comum daquela vila. Mas o que ele estaria fazendo ali? Edge somente esperou pelo jovem. O garoto passou direto, não notando Edge no chão. Ele adentrou na floresta, estava distraído como o jovem, olhando o céu, como se esperasse algo. O jovem Edge apenas o seguiu, evitando fazer barulho. Pensava consigo mesmo "O que ele faz aqui?”.

O jovem então adentrou na floresta, andando calmamente como nunca deixara de estar, Edge o seguiu logo que pode. O jovem continuava distraído, até um pouco fora do comum. Seus olhos estavam fixos em um ponto distante.

–Hm... Estranho...

De repente, o jovem parou, olhou em volta, como se procurasse por algo. Edge logo se escondeu.

–Hm...? Onde estou?

O jovem parecia surpreso com a sua localização. Começou a entrar em desespero, correndo pela floresta amedrontada. Edge o seguiu de longe. O jovem parava e mudava de direção. Estava totalmente perdido na floresta. Corria como louco, a floresta estava totalmente silenciosa. Tudo o que se ouvia na floresta eram os passos e a respiração ofegante do assustado jovem. Edge o seguia silenciosamente. Em determinado momento, o perdeu de vista. Num instante depois, deu de cara com o jovem, que ficou totalmente pálido no mesmo momento.

–AAAAARRRGH!

–Calma, está tudo bem...

–Sai de perto de mim!

–ACALME-SE!

Edge o segurou e lentamente, o jovem foi se acalmando. Logo estava de volta ao normal.

–Eu não sei o que estava fazendo aqui... Somente me dei conta quando estava aqui!

–Hm... Entendo... Bom, melhor irmos embora...

Nesse mesmo instante, um enorme vento passou por eles, como se quisesse apenas os incomodar. O vento levou folhas para longe, rapidamente. Quando se viraram, encontraram coisas rastejando pelo chão. Debatiam-se como loucas. Iam em direção aos dois jovens, a única coisa viva na floresta naquele instante... Ou não. Ao saírem da escuridão, as coisas que se arrastavam se revelaram raízes. Edge ficou surpreso com essa descoberta. Somente atirou o jovem para trás de si e sacou suas duas pistolas. Num momento, começou a disparar, seu dedo apenas pressionava o gatilho freneticamente enquanto balas perfuravam raízes, enquanto as que se desviavam iam abrindo caminho pela terra. Alguns momentos depois, as raízes pararam de avançar. O jovem então guardou suas pistolas e falou num tom alto para o garoto.

–Vamos logo!

Ele não teve resposta. Virou-se e viu somente os restos de uma mão no chão e um rastro de sangue correndo pela floresta. A expressão do jovem foi de tristeza. Talvez, não poderia salvar aquele jovem... Podia ser tarde demais...Depois de alguns segundos pensando, ele decidiu seguir em frente. Caso o garoto esteja morto, ele somente iria exterminar mais algum demônio. Se estivesse vivo, teria um trabalho maior, resgatar o pobre rapaz.

–Hm... Vamos lá...

Ele começou a seguir a trilha de sangue que fora deixada pelas terríveis raízes. A cada passo, se aprofundava mais do centro da floresta. Quanto mais se aproximava, mais sentia o vento passar pelas árvores, que agora, mais perto do centro da floresta, notava coisas estranhas na floresta. Ela não emitia nenhum ruído. As folhas balançavam sem nenhum barulho. Nada. A floresta era morta e silenciosa. As árvores agora lhe pareciam corpos retorcidos. Partes das árvores pareciam rostos, todos com expressões de terror e ódio. Ele se sentia vigiado em cada canto. Nunca esteve tão certo. Avançava em ritmo acelerado, estava tenso... Precisava acabar logo essa procura.

–Isso está ficando um pouco fora de controle...

Logo, a trilha de sangue acabou. Somente haviam no local algumas árvores tampando o caminho. Uma explorada maior revelou que haviam marcas de unhas em uma das árvores. Fosse o que fosse que levou o garoto, estaria logo adiante. Recarregou suas pistolas e foi logo entrando, passando pelas árvores. Sua visão foi aterradora. Encontrou o garoto preso a uma árvore enorme. Sua boca estava escancarada. Haviam raízes entrando pela sua garganta. Elas estavam saindo por todo seu corpo. Ele estava totalmente mutilado. Seu sangue estava espalhado pelo chama árvore continuava a feri-lo, mesmo estando morto há tempos. Sua expressão era de terror. Seus olhos estavam fixos em um ponto distante como antes. Sua boca ainda derramava sangue. Edge então foi atacado por mais raízes. Elas saíram das árvores próximas e foram contra ele numa velocidade enorme. Ele então pulou para frente, rolando no chão para escapar das raízes, que se fincaram num estrondo enorme nas árvores próximas. O jovem no mesmo instante sacou suas pistolas e começou a alvejar a árvore. Seus tiros perfuravam a árvore, mas não iam fundo o bastante. Ele podia notar que a árvore emitia certo brilho em certo ponto. Ele logo foi preso pelas raízes. Estava imobilizado. Desse local, conseguia ver o brilho da árvore num ponto fixo. Debatia-se para tentar se soltar. Tudo em vão. Estava preso.

–O quê você quer matando pessoas assim?

–Hm... Entendo... Não fala... Que tal isso?!

O jovem fez uma força enorme em seu braço direito. Conseguiu se soltar. Em compensação, sentiu uma dor aguda nesse braço. Acabara de o quebrar. Segurou uma de suas pistolas e disparou contra o local brilhante da árvore enquanto as raízes se aproximavam rapidamente. Ouviu um enorme barulho. Um enorme berro. As raízes pararam. Ele estava a salvo por centímetros, as raízes pararam muito próximas de seu corpo. Pegou sua pistola com sua mão e guardou em seu sobretudo. A árvore queimava sozinha, em uma chama azul viva. Emitia um enorme barulho parecido com um grito enquanto queimava. O jovem apenas assistia ao show. Atirara o jovem na chama também. Não poderia deixar tal corpo dilacerado em um local como esse. O corpo queimou junto com a enorme árvore. Agora, a floresta era uma floresta normal. Ele saíra da floresta, apoiando seu braço direito com o esquerdo. Caminhava se se encostando a árvores para descansar enquanto prosseguia em rumo à vila. Chegou lá exausto. Deitou em sua cama e adormeceu no mesmo instante. Nina acabara de acordar. Dirigia-se ao seu quarto. Chegou e logo berrou.

–Vamos logo dorminhoco!

Ao notar que ele dormia calmamente, ela o deixou dormir.

–Hmph. Preguiçoso...agora que um jovem desaparece ele dorme!?

No outro dia, Edge somente se levantou e seguiu para o carro. Nina o esperava lá.

–Não vai resolver o caso?

–Caso resolvido... ARGH!

Ele havia esbarrado na porta com seu braço ferido.

–EDGE!

–Não é nada... Vamos logo, não aguento mais essa floresta...

Nina apenas o olhou e colocou o cinto. Estavam novamente viajando. Dessa vez, deixando uma morte para trás. Ninguém soube o que houve com o rapaz, e se dependesse de Edge, preferia que nunca soubessem.


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