Devil Hunter E - A inspiração de ChrysopoeiaRPG escrita por Cian


Capítulo 65
Hunt 64 - Infiltration




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Estavam do outro lado do portão. Olharam ao redor e não perceberam uma grande diferença na estrutura da cidade. Todas as casas e até as ruas seguiam um mesmo estilo e estado. Edge observou ao longe uma separação visual na cidade. Havia uma área nas proximidades dos muros que tinha uma estrutura completamente diferente. Parou de divagar sobre o assunto quando Nina veio à sua mente. Lembrou-se dela e ficou preocupado. Lembrou-se de Alex e do sequestro da garota e sua mente passou a se exaltar. Olhou em direção à Bran que, embora observasse a paisagem, tinha um olhar sério e decidido. Acabou então por dizer:

– Edge, não fique assim. Temos que ser rápidos, é uma chance boa demais para desperdiçarmos. Nina ficará bem.

– Bran, como pode ter certeza? Como pode garantir que quando voltarmos, ela estará lá?

– Não garanto, mas acredito que estará. Temos que terminar isso o mais rápido possível para garantir isso, não é mesmo? Acho que já falamos demais. Vamos lá!

Edge logo entendeu. Bran estava tão preocupado quanto ele mesmo, mas jamais deixaria transparecer assim. Aquele homem à sua frente nunca perdia a calma e o raciocínio lógico. Aquilo era um de seus fortes e Edge sabia bem. Suspirou, tentando acalmar-se e tirar os pensamentos da cabeça. Quando estava prestes a conseguir, sentiu um arrepio lhe percorrendo a espinha. Era um mau pressentimento que Edge não sabia definir de onde viera ou o que significava, mas sabia que se referia a Nina. Nem ele sabia como conseguia saber isso, mas tinha certeza que envolvia a garota. Ia dar meia volta, mas Bran o segurou pelo ombro. Edge tentou insistir em voltar e desistiu. Concluiu que era apenas um sentimento estranho e sem fundamento. Nina sabia se cuidar e teria os dois em breve. Assim, começaram a andar.

A cidade tinha uma estrutura bastante parecida com sua contraparte. As ruas eram movimentadas e ocupadas por comerciantes e pedestres. Casas de variados tamanhos e pequenos prédios residenciais de até três andares estavam espalhados de maneira irregular por todos os cantos. A cidade parecia bastante limpa e organizada. Nenhum dos dois caçadores foi capaz de identificar sequer um roubo ou movimentação estranha. Parecia ser uma cidade pacífica. Edge já estava acostumado então notou primeiro. As pessoas observavam os dois atentas como se esperassem algo dos dois. Bran sequer virava o rosto para as pessoas e as ignorava, concentrado.

– Edge, vamos começar indo a um bar. Costumam ter conversas interessantes nesse tipo de lugar que podem nos ajudar a encontrar esse local.

Edge concordou com a cabeça e parou de observar os transeuntes, voltando-se unicamente para sua missão. Depois de andarem por algumas ruas finalmente encontraram um bar. De pequeno porte e com um letreiro grande em frente, parecia ser um ambiente bastante interessante para se conseguir informações corriqueiras sobre a cidade. Assim que entraram todos os rostos se voltaram para os dois. O ambiente era opressor. Cada olhar parecia atravessar os dois com um misto de indignação e medo. Seguiram sem hesitar e pararam no balcão. Assim que pediram informação ao homem por trás do balcão, ele se recusou a falar e com uma cara fechada saiu dali. Dois homens se levantaram e cercaram Edge.

– Acho bom sair daqui, senhor. Não queremos confusão contigo, não é mesmo? Esse lugar não é para vocês, garanto!

Edge sentiu uma vontade crescente de revidar aquilo, mas respirou fundo e guardou para si. Saiu de lá com Bran sem ação nenhuma. Causar um tumulto em um bar logo após entrarem poderia ser um problema grande, tanto para os dois quanto para Nina. Assim que saíram, os dois colocaram as mãos próximas das armas. As ruas estavam estranhamente desertas. Todos haviam desaparecido. Todas as janelas fechadas e portas trancadas. Edge logo viu ao longe um conjunto de criaturas quadrúpedes se dirigindo para onde estavam. Tinham um tronco forte e eram cobertas por pelos espessos. Dois chifres curvados e apontados para frente saíam de seus crânios alongados. Os dois caçadores então trataram de correr o máximo que podiam. Evitariam conflito e tentariam passar o mais discretamente por aquela cidade. Bran então se aproximou de Edge enquanto corria e comentou em um tom baixo:

– Vamos nos separar aqui, Edge. Ficará mais difícil de nos encontrarem dessa forma. Precisaremos nos apagar daqui, ficarmos invisíveis perante todos. Ainda temos os comunicadores que usamos em Matahari, não?

– Sim, colocarei o meu comunicador. Quando descobrir algo, me avise e nos encontramos em algum lugar. Boa sorte, Bran!

E assim, se separaram. Enquanto Bran seguiu pelas ruas para fora do centro da cidade e em direção aos muros, Edge foi em direção ao centro da cidade. A corrida durou por mais algumas ruas. Bran não pararia. Queria ver o porquê da dicotomia entre as estruturas próximas às muralhas e o resto da cidade. Quando foi se aproximando, notou o porquê. Era uma área extremamente pobre. Todas as construções daquele local eram de madeira e mal conseguiam ficar de pé. Apoiadas nas muralhas, as pequenas moradias se acumulavam sem ordem nem medida. Era um aglomerado de casas sujas e mal construídas. Pareciam ter sido construídas pouco tempo atrás pela falta de planejamento. Foi algo às pressas.

Bran parou de pensar e começou a vasculhar o local. Deveria encontrar alguma informação interessante por ali. Passou por várias pessoas enquanto vagava pelo subúrbio da cidade. Entrando em ruas e mais ruas, Bran se viu cada vez mais envolto em um ambiente de pobreza e falta de apoio por parte da cidade. Pessoas doentes e velhos estavam espalhados pelas vielas apertadas e lotadas de entulho. Era um ambiente completamente diferente e muito pior que o da cidade que saíra pouco tempo atrás. Não estava mais sendo perseguido então tinha tempo de observar cada detalhe. Sentiu então alguém se aproximando e viu a lâmina refletida na pouca luz que a viela em que entrara permitia passar.

Edge despistara as criaturas depois de muito esforço. Correra por entre ruas apertadas e se perdeu em meio às casas. Finalmente encontrou um pequeno esconderijo. Uma casa recém-abandonada. Ainda havia objetos espalhados pelo chão. Edge caminhou pela casa procurando por algo. Vasculhou o quarto e finalmente encontrou o que procurava. Roupas que serviriam em seu corpo e seria um bom disfarce. Trocou suas roupas ali mesmo de maneira rápida. Trocara o sobretudo, calça e bota por uma camisa de linho branca, uma calça social. Também colocou óculos, objeto esse encontrado no chão da casa em bom estado. Aproveitando o momento, amarrou seu longo cabelo com uma fita, prendendo-o. Estava uma figura bastante diferente. O rabo de cavalo que fizera causou uma diferença considerável. Escondeu suas roupas em uma gaveta e tratou de seguir adiante para o centro da cidade. Saiu daquela casa sem pressa. As duas pistolas haviam ficado em suas costas, presas. As adagas também, mantendo-o armado como podia.

Os acessórios para as armas de fogo haviam ficado para trás, mas não tinha como carregá-los ali. Ao sair percebera que a multidão que ocupava as ruas havia voltado. Isso era um excelente sinal. No meio dos murmúrios enquanto passava entre pessoas, Edge soube que um ataque de demônios havia sido parado pela força tarefa da cidade e que o aviso veio da própria polícia, prevendo o ataque. Edge quase cuspiu ao solo quando percebeu a situação. Aquilo era apenas invenção de quem quer que fosse o controlador daquilo. Alguém poderoso estava envolvido com a DANTE e cabia aos dois caçadores resolver essa situação. A alienação por parte da população o incomodava, mas ele tratou de seguir adiante. Não poderia ficar preocupado com isso tendo Nina para trás como refém. Foi então que uma série de gritos chamou sua atenção. À sua direita, em um pequeno bar, um grupo de homens bêbados armava um escândalo. Não tinham noção do que faziam graças à bebida, mas Edge sentiu pena deles. Aproximou-se tendo algo em mente.

– Olá cavalheiros! Poderia me juntar a vocês?

Ele sorriu abertamente. Sua expressão era quase alegre. Internamente, Edge queria sair dali a qualquer momento, mas precisava de mais informações. O traje daqueles homens aparentava ser caro e um deles carregava uma insígnia que o caçador logo deduziu como sendo da polícia local. Era ótimo. Se ele conseguiu chegar até ali sem o policial notar seu disfarce, poderia tocar seu plano em paz. Os homens o deixaram se sentar e Edge pegou uma bebida para acompanhá-los. O tempo passou lentamente e Edge bebia apenas o necessário enquanto aqueles homens se afogavam em álcool. O momento certo chegou pouco tempo depois. Começaram a comentar sobre a cidade.

– Vocês acreditam que eles ainda querem que eu continue com a varredura atrás daqueles dois forasteiros?!

– As pessoas que foram mandadas para o subúrbio estão ficando descontentes, precisamos fazer algo!

Edge ouviu cada frase que foi dita sem falar nada. Lentamente, seu nojo começou a se espalhar. À sua frente, estavam as pessoas responsáveis pela cidade. Enquanto a DANTE tomava o poder daquele local, aquele grupo se afogava em bebidas e não se importava nem com a população nem com a própria cidade. Edge finalmente conseguiu informações preciosas depois de certo tempo, quando comentaram da propriedade que compraram no centro da cidade para as instalações. Todos estavam abismados, pois tudo que construíram foi uma pequena loja de roupas em troca de toda a ajuda e principalmente “das criaturas que eles domesticaram para nós”. Aquela frase marcou-se na mente do caçador como aço quente tocando sua pele. Não aguentou mais aquilo. Já tinha o que queria, mas precisava fazer algo.

Com muito cuidado e agilidade, o caçador esbarrou no homem ao seu lado, que derrubou a bebida sobre o outro. A confusão que se gerou chamou a atenção de todos na mesa enquanto ele aproveitava a deixa para escapar sem mais problemas. Ficou a uma distância razoável e assistiu a briga de bar começar pouco depois. Os homens começaram a se digladiar bêbados por um motivo tão banal que Edge quase retornou para bater em cada um. Segurou sua vontade e tentou contatar Bran.

A reação rápida de Bran impediu o assalto. Um garoto de aproximadamente dezesseis anos se aproximou sorrateiramente e o tentou ferir com a lâmina para roubar qualquer coisa de valor que pudesse carregar. O que o garoto não esperava era que Bran segurasse a lâmina da arma com as próprias mãos e o desarmasse. Logo após isso, colocou o garoto contra a parede, segurando-o com apenas uma das mãos. O ferimento era apenas superficial, mas manchou os trapos que o garoto usava de sangue.

– Garoto, não deveria estar tentando assaltar os outros assim. Especialmente quando é alguém como eu. Poderia te matar em um segundo, sabia?

Apertou seus dedos contra a garganta do garoto, que engoliu seco. Seu olhar era selvagem, agressivo. Não desviou o olhar de Bran nem depois daquela ameaça.

– Corajoso. Eu gosto disso. Mas que lugar é esse? Você parece ser daqui, não é mesmo? O que é isso tudo?

E soltou o garoto. Estava claro que não o deixaria fugir, mas o garoto parecia encará-lo de frente.

– Antigamente, todos nessa cidade viviam sem problemas financeiros. Cuidavam bem de todos nós sem muitas restrições. Era uma vida mediana, mas não podíamos querer mais nada, além disso, não é mesmo? Então surgiu um grupo de fora. Um grupo de forasteiros que fez contato com nossos governantes. Eles começaram com uma pequena loja lá no centro da cidade, mas todos nós sabemos que tem mais coisa por trás. Lentamente, fomos puxados para a área externa apenas por não concordarmos com a presença deles. Nossas casas foram abandonadas e tudo o que tínhamos se perdeu. Largaram-nos na muralha e não deram nenhuma chance. Nós vivemos assim por aqui, senhor.

– Então aqui temos um grupo de descontentes com o estado atual dessa cidade? Bem, isso pode ser interessante. Garoto, diga-me o que sabe dessa loja. Como chego até ela? Tem alguma coisa estranha por lá?

– Ele tem seguranças do lado de fora. Algumas câmeras por dentro. Nunca vi nenhum cliente lá dentro além de pessoas do próprio grupo, mas ainda sim, a loja continua como estava. Eles devem ter alguma relação com nossos governantes!

– Ou pior. Escute garoto. Você não me viu aqui. Não fale nada sobre o que conversamos e eu lhe garanto uma coisa. Essa situação vai acabar. Deixe comigo. Meu objetivo nessa cidade é exatamente esse e agora me deu ferramentas para tal, muito obrigado. Por sinal, tem alguma roupa que me sirva? Preciso que alguém cuide das minhas coisas enquanto vou terminar esse assunto.

O garoto prontamente respondeu. Trouxe um conjunto de roupas antigas. Uma camisa escura e uma calça social, além de sapatos. Foi o suficiente. O uniforme deixou em mãos do garoto, mas não sem o ameaçar antes. Levava consigo a Purgatorio, não a deixaria para trás. Preparava-se para sair quando o garoto interrompeu:

– Como assim? Você vai bater de frente com eles sozinho?

– Garoto, não se preocupe. Eu farei isso e dará tudo certo.

– Mas… Por que faria isso?

– Oras, é minha missão. Já ouviu falar da Ordem dos Caçadores?

Os olhos do garoto se encheram de lágrimas. Aquele nome tinha um impacto gigantesco com a população em geral. Bran se virou e não falou mais nada, até que o garoto gritou:

– Volte aqui quando acabar! Por favor, quero saber mais sobre isso!

Bran acenou e saiu dali. Edge logo entrou em contato e os dois marcaram o ponto de encontro. Encontrar-se-iam e dali era um caminho curto até a tão comentada loja. Quando encontrou Edge, não conseguiu acreditar no que viu. Ele estava bastante diferente. A reação de Edge foi um pouco menos contida. Ele sabia que Bran não gostava desse tipo de vestimenta então tratou logo de provocá-lo. Os dois trocaram comentários por um bom tempo enquanto caminhavam. Finalmente, com o fim da disputa entre os dois, contaram o que cada um viu enquanto separados. Ao terminar de contar a história da briga de Bar, ele podia jurar que seu companheiro estava rindo.

– Edge, não acredito. Isso foi engraçado, devo assumir.

Engraçado. Era a primeira vez que Edge ouvira essa palavra proferida assim por aquele homem ao seu lado. Acabou por sorrir também e seguiram adiante. Chegaram ao local em pouco tempo. Havia um guarda logo na entrada. Não queriam ser vistos, precisariam de um plano decente. Afastaram-se e subiram em um prédio próximo, ganhando uma visão melhor da situação. O homem que guardava o ambiente parecia não ser dali, mas também não aparentava ser bem treinado. Olhava para os lados eventualmente e parecia preocupado. Edge viu em seu pescoço um colar com um símbolo chamativo, mas o deixou para outra ocasião. Ouviu um pequeno barulho vindo do lado de dentro da loja e por um segundo o colar brilhou. Aquilo era o suficiente. Edge viu à distância um veículo se aproximando pela mesma rua e tratou de preparar sua armadilha. Criou um pequenino cristal e o soltou na rua. Aos poucos, o caçador colocou vários cristais por ali, jogando-os do prédio.

A rua estava coberta de pequenos pontos brilhantes. O carro logo se aproximou e Edge colocou o plano em ação. Moveu os braços para cima e os cristais acompanharam, criando pequenos espinhos. As rodas logo foram perfuradas e o veículo ficou desgovernado, batendo num poste próximo. Edge desfez os cristais assim que possível e eliminou as pistas. O guarda parou para ajudar o homem que batera o carro e deixara a porta livre suficiente por tempo suficiente para que os dois entrassem. Havia câmeras de segurança por todos os lados. Abaixaram-se e esconderam em um ponto cego. Precisariam passar por ali rapidamente. Ouviram outro barulho próximo, abafado, e o chão se abalou levemente, mas ignoraram na hora. Precisariam cruzar o local rapidamente, não sabiam se alguém poderia passar ali então fizeram o que puderam. Edge criou cristais e os arremessou próximo das câmeras.

Com muita concentração e paciência, ele conseguiu expandir os cristais até segurarem as câmeras no lugar, travando sua movimentação. Bran calculava mentalmente o raio de visão das mesmas e mandava Edge parar cada uma na hora certa, facilitando a passagem discreta por ali. Começaram a procurar por uma pista qualquer. Edge então encontrou um pequeno relevo na parede atrás de um espelho que se revelou uma porta. Abriram-na com cuidado e entraram evitando todo e qualquer barulho. Chegaram a um longo túnel escuro iluminado por esferas verdes que circulavam o ambiente. As esferas caminhavam sem rumo pelas paredes completamente negras e eram a única fonte de luz que tinham. Edge então teve a atitude mais sensata que poderia ter. Pegou uma pequena pedra no solo e arremessou no túnel. Assim que a pedra tocou o solo, as luzes se agitaram e caminharam em direção ao objeto. A primeira que chegou explodiu em um barulho surdo e abafado, exatamente como o barulho que ouviram antes. Tinham um local com armadilhas logo à frente. Bran logo comentou

– Deve existir alguma forma de passar por aqui. Uma forma segura, alguma coisa assim.

Edge observou o ambiente ao redor. Sua visão estava ficando acostumada com a escuridão e ele finalmente conseguiu ver um pequeno grupo de colares pendurados em um pino à esquerda na parede. Havia apenas um do tipo que vira com o guarda e logo o pegou. Com cuidado, colocou no pescoço. Não sabia se era a atitude correta, mas tentou ainda sim. Se desse errado, teriam que enfrentar o que quer que estivesse adiante no túnel. Bran aceitou o desafio e aguardou. Edge deu o primeiro passo no túnel e as esferas pararam. Cercaram-no, mas não se aproximaram mais. Iluminavam o solo e o resto do caminho. Bran então ouviu um barulho vindo da entrada. Haviam fechado a passagem corretamente e alguém acabara de passar por ela. Encostou-se na parede escura e fez sinal para Edge prosseguir. Escondeu-se na escuridão e esperou. Passos e finalmente um homem entrou no local. Parecia ser mais um guarda. Ouviu sua voz perguntar pelo colar que havia esquecido:

– Irei tomar uma bronca enorme por isso! Como pude ter esquecido aqui?!

Bran aproveitou e o derrubou com um golpe na cabeça, deixando-o desacordado. Edge cruzara o túnel e chegou a uma área iluminada. Para que Bran cruzasse, Edge amarrou o colar em uma de suas adagas e arremessou-a, parando perto da entrada. Ao fazer isso, as luzes se afastaram novamente. Bran pegou o objeto e atravessou sem pressa. Observou as luzes e identificou uma criatura. Era uma criatura de seis pernas e lembrava um inseto. Em seu casco, as esferas luminosas. Um líquido que entrava em combustão com o ar e uma criatura que estourava essa bolsa quando se sentia ameaçada. Aquele colar deveria ter algum encantamento ou propriedade que acalmava e atraía as criaturas. Seguras, elas não atacariam. Era uma armadilha bastante inteligente, mas que foi frustrada graças a um soldado descuidado. Os dois caçadores agradeceram o destino e a sorte e seguiram adiante. Encontraram então uma enorme porta. A entrada de um laboratório de pesquisa. Haviam chegado ao destino. Agora, a missão começava de verdade. Entreolharam-se e abriram a porta.



O olhar de Nina não conseguia desviar-se daquela mulher. Seus cabelos alvos, sua vestimenta aberta revelava parte de seu busto enquanto se mantinha justa pelo resto do corpo. Os olhos eram lindos e prendiam o olhar da garota. A mulher se sentou à sua frente e lhe fez várias perguntas. Finalmente entendera, ela era apenas a pessoa a fazer o interrogatório. Realmente, ela parecia ser bastante persuasiva e sua voz era doce. Nina se deixou levar e respondeu tudo o que foi perguntado sem dar informações demais. Como era uma situação burocrática, queria resolver o mais rápido possível. Um mal estar ocupou seu corpo em pouco tempo. Sentia-se mal e não imaginava o porquê. Lentamente, o mal estar passou e ela voltou à normalidade. A mulher se levantou e Nina sequer percebeu. Quando se deu conta, a mulher já estava saindo pela porta, sorrindo. Nina sorriu de volta e esperou pelo próximo passo naquela situação. Pensou em como Edge e Bran estariam e se preocupou.


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