Devil Hunter E - A inspiração de ChrysopoeiaRPG escrita por Cian


Capítulo 44
Hunt 43 – Master




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/375099/chapter/44

A surpresa de ter Fung entrando deixou Nina e Edge em estado de atenção. O alarme indicava apenas que alguma informação importante chegou. Em poucos segundos os três já estavam na mesma sala em que Bran. Uma carta havia chegado para eles. Era direcionada especialmente à Nina. Dentro, um pequeno utensílio que continha um vídeo. Os quatro se sentaram para assistir. Depois de alguns momentos uma figura feminina surgiu na tela. De cabelos arroxeados, era bastante bela. Sua pele extremamente clara contrastava com sua expressão fechada. Seu cabelo curto estava preso ao lado da face por três presilhas. Ela usava uma espécie de capa fechada negra com um capuz jogado para trás. Começou a falar num tom de voz sério e sem o menor espaço para qualquer sentimentalismo.

– Olá, cães da Magnum. Espero que estejam prontos para o que tenho a dizer. Especialmente aqueles três. Primeiramente, gostaria de parabenizar por terem sobrevivido até agora. Duraram bem mais do que todos nós previmos. Indo ao ponto diretamente. Vocês irão sofrer a minha vingança. Tenho comigo um grupo de agentes dessa sua tão querida organização. Eu exijo que o monstro que matou meu mestre surja. Com ele, também quero a garota que ele tanto protege. Quero ver quem são e eu mesmo quero desafiá-los. Não é sequer uma negociação, eu exijo isso. Caso contrário, digam adeus aos seus agentezinhos queridos!


Os quatro naquela sala logo entenderam. A verdadeira ameaça não era a morte daqueles membros. Não podiam sacrificar membros para evitar um conflito direto. Isso desmoralizaria todos lá dentro. Precisavam manter a organização unida. Era uma armadilha bem elaborada. Bran logo falou:

– Eu ficarei. Dessa vez, os dois vão. São os dois chamados para isso afinal de contas. Eu cuidarei de tudo por aqui enquanto isso.

– Como quiser, Bran. Mas antes de ir...

Nina se virou para Fung.

– Encontre a Julie e a mande vir para cá o mais rápido possível. Quero ela ao lado de Bran.

– Milady? Porquê deixa-la comigo?

– Simples. Eu tenho como me comunicar com ela de praticamente qualquer lugar. Caso ela esteja com você, será extremamente fácil trocarmos informações. Por sinal, Fung: Aproveite que essa imagem está bastante vívida e vá investigar quem é essa garota.

– Agora mesmo, Milady!

E assim Fung deixou o local correndo. Os dois desafiados já se preparavam para sair. Alguns minutos se passaram e eles se encontraram próximos da saída da organização. Os dois se entreolharam com calma e seguiram lado a lado até o carro de Edge. O local aonde a garota marcou o encontro era em Granad, a cidade aonde Edge resgatou Nina das mãos da Dante uma vez. O local marcado era um velho ginásio esportivo abandonado. Sendo uma estrutura antiga e fechada, Edge antecipava que era uma armadilha. Ia preparado para isso. A viagem prosseguiu tranquilamente. Nina tinha muita coisa a falar para Edge mas não era a hora certa. Tudo o que descobriu, aquela simples frase deixada por seu pai, tudo aquilo tinha um significado extremamente maior para Edge. Precisava esperar o momento certo. Voltou-se à sua mente e ficou imaginando o desafio que se punha à frente deles dessa vez. Enfrentaram muita coisa juntos desde que se conheceram. As lágrimas que derramaram juntos e as feridas que conquistaram lado a lado fortaleciam-nos. É como se em cada lágrima derramada a força que os mantinha unidos crescia ainda mais. Não tinham mais tempo para divagar. Chegaram ao seu destino. Granad estava logo à frente. Edge sentia-se mal de recordar do que passara ali. Sua confiança ficou bastante abalada assim que entraram lá. As lembranças de ter sua amada arrancada dos braços só o deixavam pior. Pararam o carro em uma rua próxima do local marcado pela garota e seguiram à pé.

Não demorou muito para que chegassem ao local. De fora, o local não aparentava ser nada além de uma estrutura decadente. O teto do local estava bastante gasto, fazendo com que a luz penetrasse o ambiente interno. Entraram pela porta da frente sem hesitar. Lado a lado, os dois avançaram pelos escombros em busca da garota que os desafiara. Chegaram à uma quadra enorme. O solo era plano embora houvessem alguns buracos causados pelo desgaste. Arquibancadas quebradas e algumas vigas de sustentação ainda podiam ser vistas, dando um ar de acabado para aquele local. Edge e Nina procuravam o motivo de uma escolha assim para um local de encontro. Os pensamentos fluíam enquanto eles se aproximavam do centro da quadra. Foi quando Edge notou uma movimentação no ar ao redor dos dois. Uma lâmina circular estava voando em direção à garota. Edge sacou sua pistola rapidamente e disparou contra a arma pouco antes de alcançar seu alvo, lançando um estrondo metálico do choque da bala com a lâmina e mandando a lâmina para longe. Os dois se viraram para localizar a fonte do ataque, apenas para encontrar a garota que os desafiou no alto de uma viga. Com a face coberta pelo capuz, ela saltou do alto da estrutura. A surpresa foi enorme quando a garota teve a velocidade de queda diminuída aos poucos quando se aproximava do solo, pousando próximo de suas vítimas sem estrondo nenhum. Nina e Edge ficaram imaginando como ela havia feito aquele truque mas não tinham muito tempo para pensar. Outra lâmina passou por entre os dois que desviaram com um passo para o lado cada. A garota parou os ataques naquele momento e abaixou o capuz. Era realmente a mesma figura da mensagem que receberam. Com um olhar forte, ela observou os dois. Ao olhar para Nina, desviou o olhar e corou levemente. Voltou seu olhar para Edge.

– Nada mal. Se tivesse os matado naquele golpe, não teria graça. Você, meu tesouro... Não queria ter que mata-la, mas o farei.

Nina entendeu que isso se dirigia à ela. Não sabia bem o porquê mas a garota parecia estar emocionada de vê-la. Ficou cogitando hipóteses mas não sabia exatamente qual delas poderia ser verdade. Edge posicionou-se à frente de Nina.

– Pare com isso, garota. Em primeiro lugar se apresente. Em segundo, deixe-a em paz. Ela não é um tesouro que possa conquistar!

A garota ficou bastante nervosa com aquilo. Mordeu o lábio e tentou se acalmar. Retirou sua capa e revelou um traje de combate. Bem preso ao corpo, parecia ser bastante resistente mas ao mesmo tempo parecia permitir que a garota se movesse livremente. Com uma voz bastante ameaçadora, a garota então falou:

– Me chame de Bridget, seu assassino. E não pense que ficará com o meu tesouro! Ela é minha! Já basta meu mestre, quer tirá-la de mim também?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Devil Hunter E - A inspiração de ChrysopoeiaRPG" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.