Devil Hunter E - A inspiração de ChrysopoeiaRPG escrita por Cian


Capítulo 40
Hunt 39 - Suspect




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Bran estava em meio a multidão que andava pela festa. Uma parcela mais afastada parecia não ter notado nada do que se passou nos últimos minutos dentro daquele baile. Uma parcela bem menor parecia estar assustada com tudo o que viram. O filho do anfitrião não saiu de perto dele por um minuto sequer. Bran havia analisado a cena do crime. A bala veio por trás dele, o que inocentava boa parte do grupo. Havia um ponto que o deixava preocupado, mas guardava para si naquele momento. Tinha mais coisas a analisar. Primeiro, foi até o local de onde imaginava que o disparo tinhas sido feito. Ainda haviam pessoas reclamando da presença estranha de moscas no local. Bran anotou cada informação mentalmente. Qualquer detalhe era importante. Até mesmo as moscas. Bran vasculhou com toda sua visão e não conseguiu enxergar moscas em lugar algum. Não havia mais nenhum inseto voando naquele local. Outra suspeita se colocou em sua mente. Não havia ouvido o barulho de metal da bala caindo ao solo. A bala apareceu lá, usada. Eram muitos pontos vazios naquele ambiente. Bran aproveitou um momento de distração pouco depois do disparo e pegou o projétil que apareceu no solo. Estava frio. Colocou-o de volta antes que ninguém percebesse. A lembrança voltava a sua mente forte enquanto ele caminhava pelo ambiente renovado. A maioria das pessoas da festa parecia não notar sua presença. Era uma sensação estranha no mínimo. Pensou aonde Nina estaria naquele momento.

Ela abriu uma porta e entrou, com cuidado para não acertar seu vestido em local algum. Estava olhando quarto por quarto, aquele era o sétimo por onde passava. Estava ficando cansada de caminhar sem encontrar nada. Acendeu a luz do quarto com cuidado e observou bem o ambiente. Nada era familiar em sua mente. Uma vaga nostalgia instaurava-se em sua mente mas sequer sabia porquê. O quarto era pequeno. Tinha uma varanda fechada por uma longa cortina branca e dos dois lados estantes cheias de livro. Próximo da estante da esquerda, encostada na parede perpendicular à estante, uma enorme cama. Nina observou tudo com atenção. Se aproximou da estante. Passou os olhos pelos livros, um à um. Os títulos iam passando sem ligação nenhuma. Olhou tudo com a maior calma possível. Decidiu se sentar à cama e pegou o último livro da estante, no canto inferior direito. Abriu-o e teve uma surpresa com seu conteúdo. Uma excelente resposta!

Bran voltou a observar o ambiente. Procurou o filho do anfitrião com seu olhar mas não o encontrou. Olhou por todo o salão. Passou por todas as pessoas. Foi quando sua falta de socialização se tornou um problema. Decidiu falar com algumas pessoas na tentativa de encontrar o rapaz. Se aproximou de um grupo que falava alto e ria entre si. Falou em um tom alto, quase uma ordem.

– Digam-me onde está o filho do anfitrião. Preciso dele para contar minha hipótese.

Sem resposta. Sequer se viraram para ouvir o que ele dizia. Tentou novamente sem sucesso. Esticou seu braço e colocou à frente do grupo, tentando chamar a atenção. Os olhos sequer se moveram. Bran logo associou tudo e saiu dali correndo. Precisava encontrar Nina o mais rápido possível.

– Ora, querida. Se perdeu enquanto procurava o banheiro e aproveitou para fazer uma rápida leitura? Quer que ajude à voltar para a festa?

Nina novamente se assustou com a presença repentina do rapaz de cabelos rubros. Se virou calmamente e disse, sem hesitar.

– Não precisa, meu caro. Sim, me perdi e já estava voltando para a festa. É uma pena o que houve com seu pai. Não sei porquê não pararam o baile.

– Ele não iria querer que parássemos agora. Eu respeito esse último desejo dele, entende?

Nina não tinha coragem de ler os sentimentos daquele homem. Tinha medo da dor que ele podia carregar sem o pai. Embora a dor parecia grande, sua expressão era serena. Nina logo associou isso aos bons costumes de hospedagem que havia lido bom tempo atrás. Foi quando ouviu a voz de Bran gritando no corredor.

– Nina, saia daí já! Venha comigo, agora!

– B-Bran? O que houve?

– Eu sei quem é o culpado! Rápido, saia daí agora antes que ele...

– Olá, meu caro. O que estava dizendo?

O sorriso no rosto coberto de rubro cresceu. Nina finalmente sentiu a aura que envolvia o jovem à sua frente. Ele estava encostado na porta, olhando-a com um olhar ao mesmo tempo doce e feroz. O sorriso em sua face agora era ameaçador. Nina não conseguia acreditar. Era ele.


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