Devil Hunter E - A inspiração de ChrysopoeiaRPG escrita por Cian


Capítulo 3
Hunt 2 - Beginning




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Chegou a Erifort tranquilamente. Deixou seu carro próximo da entrada da cidade que parecia muito mais uma grande vila. Todos nas ruas. Havia uma feira naquele dia então o ambiente inteiro estava bastante movimentado. Passando entre pessoas, Edge seguia em direção ao bar do local. Em passos calmos, o homem procurava mais alguma distração. O nome daquela garota não saía de sua cabeça por um minuto sequer. Olhava ao redor, procurando aquele rosto estranhamente familiar. Procurava alguma resposta nos rostos que se cruzavam com o dele enquanto procurava o bar. Nenhuma delas trazia nada para sua mente. Muitos o olhavam, assustados. Seguiu seu caminho por entre rostos e pessoas até o bar. Chegou lá abrindo a porta sem barulho. Ainda sim muitos pararam o que faziam para observá-lo. Ignorou-os pelo momento e seguiu diretamente para o quadro de avisos. Caso houvesse alguma missão lá ele ajudaria. Precisava se distrair. Aquela garota não saía de sua mente um minuto sequer.

– Droga... Nenhuma missão, nada. Vou sair dessa cidade agora mesmo.

E assim se levantou e saiu. Andou novamente por entre a feira. Estava na metade do caminho. Ao redor dele, pessoas negociavam os mais diversos bens, desde frutas, animais até vendedores de eletrônicos prometendo milagres com suas vendas. Muitos ainda compravam tudo aquilo, acreditando no mantra de que aquilo era mágico, repetido por todos os comerciantes desse tipo. Decidiu seguir adiante e não falar nada. Não tinha por que interferir no funcionamento daquele comércio todo. Finalmente chegou num pequeno cruzamento de quatro vias lotado de gente por todos os lados. Estava próximo de seu carro quando ouviu uma voz dizendo algo que chamou sua atenção.

– Nina? Ela estará nos arredores da cidade, foi visitar uma amiga e já deve estar voltando!

Nina. O nome ecoou em sua mente novamente. Como que por instinto, virou sua cabeça na direção do som e seguiu para lá. No meio da multidão era praticamente impossível reconhecer quem passava por ali. Não sabia de quem era a voz. Saiu procurando na multidão mas não foi capaz de encontrar aquele que falou aquela frase. Correu por entre a multidão evitando ao máximo trombar com qualquer pessoa ali. Seu coração estava acelerado e ele sequer sabia o porquê. Aquela garota era algo realmente importante, só não fazia ideia do porquê.

– Por que esse nome me traz tudo isso? Por quê?

E seguiu. Correu até o final da rua, procurando pela pessoa que dissera aquilo. Não encontrou. Desistiu e decidiu voltar ao seu carro. Iria vasculhar os arredores até encontrar a garota. Não sairia dali sem descobrir quem era.

O tempo passou. Procurou por ela em todos os lugares e nada. Finalmente uma figura se aproximou dele. Edge estava com a guarda baixa, esperando pela garota. Era realmente uma garota que se aproximava dele. O problema é que ela não se parecia nada com a garota em sua mente. Edge tratou então de ser cordial. Poderia ser apenas coincidência.

– Olá. Nina é seu nome, imagino.

– Como sabe meu nome?

– Ouvi seu nome enquanto vagava pela cidade. Escute. Tenho algumas perguntas para você. Importar-se-ia de responder? Não irei lhe fazer mal algum, só estou atrás de respostas. O que acha?

– Claro! Pode perguntar o que quiser.

Edge desceu do carro. Estava à frente da garota. Ia começar uma pergunta quando sentiu algo estranho. Olhou para o chão e notou que havia algo diferente naquela figura à sua frente. Teve tempo suficiente para recuar de maneira rápida. Era uma espécie de assombração. Havia incorporado aquele corpo pouco tempo antes. Era uma garota morta. Aquela garota com certeza havia morrido recentemente. Suas pernas estavam dilaceradas. Os ossos à mostra. Isso havia sido obra de alguma criatura próxima. A assombração apenas incorporou-se no cadáver e a colocou diante dele. Provavelmente estava procurando algum corpo mais apropriado para permanecer nesse mundo. Edge sacou suas pistolas e quebrou as duas pernas frágeis da figura com uma rasteira. Levantou-se e preparou-se para disparar. Sabia exatamente como aquilo havia acontecido. Era muito azar. Aquele espírito rondava o local. Ao sentir uma vontade tão grande quanto à de Edge em encontrar a garota, viu a oportunidade de conseguir um corpo novo. O que não esperava é que fosse um caçador de demônios à sua frente, não um homem qualquer. Edge aproximou sua pistola da face da criatura e preparou-se para disparar sem hesitar. Foi quando uma voz fraca surgiu da boca da garota.

– Espere! Eu... Eu sei aonde existe uma garota com esse nome! É em uma cidade próxima! Por favor, não acabe comigo! Se o fizer, não terei um corpo, estou quase sem energia, esse cadáver era minha última esperança! Eu te disse algo importante! Por favor, me deixe ir! Uma garota chamada Nina vive em Labelle! Por favor, me deixe ir!

– A sua esperança acabou. E obrigado pela informação. Vou para lá agora.

E disparou. O silêncio tomou conta do lugar enquanto o coração de Edge se enchia de uma esperança estranha. Entrou em seu carro e seguiu diretamente para Labelle.


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