Devil Hunter E - A inspiração de ChrysopoeiaRPG escrita por Cian


Capítulo 2
Hunt 1 - Hunter


Notas iniciais do capítulo

Belvoir é uma cidade pequena. O ambiente é menos rural, tendo muito mais concreto e casas maiores. Ainda sim, a vida lá é bastante simples e as pessoas ainda tem um receio de estranhos e de novidades tecnológicas ou mágicas vindas do exterior, embora tratem os visitantes com muito cuidado e dedicação como a maioria do povo de Albius.



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Chegou à Belvoir antes do amanhecer. Ainda em passos tranquilos, o jovem que trajava sempre seu sobretudo preto e uma camiseta vermelha por baixo. O cabelo caindo pelos lados de sua face em duas mechas não ocultava em momento nenhum os olhos escarlates do rapaz. Já se dirigia ao bar mais próximo, cujo letreiro marcava o nome Big Moon. A cidade de Belvoir era bem maior que Southbarrow. Chegou ao bar e notou o olhar dessa vez menos receoso das pessoas que lá estavam. Boa parte parou para observá-lo enquanto a outra parcela sequer se virou para observá-lo. Seguiu até o dono do estabelecimento e tratou logo de pedir seu chá. Aproveitou e procurou por algum trabalho no local. Olhou o quadro de avisos no canto do estabelecimento e viu uma pequena nota. Arrancou-a e voltou-se à mesa. Sentou e esperou pela sua bebida. Os comentários vieram como sempre, mas em volume bem menor. Finalmente a bebida chegou. Com cuidado, bebeu-a por completo e saiu dali com um sorriso no rosto. Agradeceu à garçonete com um ar tranquilo. Deixou o dinheiro no balcão e saiu sem falar mais nada. Ao notarem que o quadro estava vazio, todos se viraram e acompanharam com o olhar a saída daquele homem de cabelos brancos.

Entrou em seu carro. Dirigiu-se até os arredores da cidade, indo de encontro ao ponto indicado pela nota. Notou que estava sendo seguido de longe pela curiosidade da população da cidade. Chegou a um descampado enorme. Ao longe, duas figuras chamaram a atenção de todos. Duas criaturas de aparência levemente humanoide. Braços longos, finos e disformes. As criaturas se viraram e avançaram. Os olhos vermelhos eram bastante vivos e focavam sem parar sua presa.

Foi quando num movimento rápido de mãos, o jovem sacou duas pistolas prateadas. Avançou contra as duas figuras. Rodou seu corpo quando uma delas tentou acertá-lo com o braço esticado, aproveitando o movimento para sair do alcance dos dois. Disparou sem hesitar contra as criaturas, esquivando-se de seus golpes com uma naturalidade que lembrava até uma dança. Conduzindo-os nessa dança, a figura de cabelos brancos os exterminou em pouco tempo. Alguns minutos depois, notou a presença de vários moradores ao seu redor. Estavam comentando o que viram. Surpresos, todos trataram de se aproximar ainda mais do jovem. Um homem mais corajoso que os demais deu um passo a frente e perguntou finalmente a identidade daquela figura. Respondendo sem hesitar, sua voz baixa ecoou por entre as pessoas na forma de sussurros e comentários.

– Edge Stormcloak. Sou um caçador de demônios.

Os comentários eram variados. Alguns perguntavam sobre os demônios. A maior parte da população de Albius tratava essas criaturas apenas como lendas do passado. Uma parcela comentava sobre a Ordem dos Caçadores. O nome ressurgia por entre comentários e olhadelas nada discretas para Edge. Ele guardou então suas pistolas em um movimento rápido e aguardou a figura que colocou o trabalho à mostra no painel. Esperava pela sua recompensa para poder partir novamente.

Alguns minutos se passaram e um senhor que aparentava ter mais de oitenta anos veio e lhe entregou um saco com a quantidade estipulada na nota. 900 Woods. Edge teve o nome dado ao dinheiro ecoando. Era mais uma coisa relacionada ao passado do continente. Woods era considerado por muito um gênio, um mago. Nas lendas, foi o primeiro a eliminar os demônios e livrar o continente inteiro de Albius desse mal, além de ser o fundador da Ordem. Voltou à realidade. Essa organização era apenas uma lenda em sua cabeça, mas já que ela não existia, ele faria seu papel sem um pingo de remorso. Juntou o dinheiro e voltou-se para o carro sem mais palavras. Partiu dali para Erifort, uma cidade ao sul da que se encontrava. O caminho era tranquilo. Estava distraído quando uma voz ecoou em sua mente.

“Nina”

Junto disso, uma visão estranha. Via uma garota que aparentava ser mais nova. Aquela figura era estranhamente familiar e ao mesmo tempo trazia consigo uma série de dúvidas e uma sensação de vazio. Edge tinha certeza de nunca ter visto tal garota em sua vida. Todos os rostos que já viu passaram pela sua mente e ele checou cada um. A garota nunca havia sido vista por Edge até então. Aquilo o abalou consideravelmente. Sentia uma urgência de encontra-la. Precisava saber o que aquilo significava. Nina. Era um nome que por um momento acreditou nunca mais esquecer. E nunca o fez realmente.


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