Devil Hunter E - A inspiração de ChrysopoeiaRPG escrita por Cian


Capítulo 20
Hunt 19 - Angels




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Ele corria mais ainda. Cada segundo ainda mais rápido. Eles estariam na saída da cidade. Não havia tempo, ele deixou o carro para trás, agora só podia correr atrás deles. Logo, avistou duas pessoas à frente. Ainda era longe, mas ele sabia. Só podiam ser Nina e Bran. Então, olhou para cima. Chocou-se na hora. Parou por um momento. Como poderia ser?

– Anjos? Aqui? O que é isso?

O que ele via era uma multidão de criaturas brancas voando pouco acima dos dois vultos mais à frente. Correra mais ainda. Precisava alcançar logo os dois. Correu ainda mais. Os passos dele ecoavam pelas ruas desertas, ele precisava chegar logo lá. Anjos ou não, ele precisava se aproximar o mais rápido possível. Em alguns momentos, ele estava próximo dos dois. Bran estava empunhando sua espada. Nina escondida atrás dele. A expressão de ambos era séria. Mas melhorou por alguns segundos ao verem Edge. Logo, a expressão boa passou. Notaram o estado em que Edge se encontrava. Ele não aguentaria uma luta prolongada. Era um estado gravíssimo. Ele mal se aguentava em pé, mas não iria desistir. Correu até alcançar Bran e Nina. Então, sacou suas pistolas e se preparou. Os "anjos" que os rodeavam estavam se aproximando. Agora, ele pôde ver a verdade. Não eram anjos. Sua face, corrompida, possuía uma parte negra, um tipo de necrose profunda, enquanto a outra parte do rosto era deformada. Olhos vermelhos, cortados no meio por uma pupila negra. A boca, escancarada em cada uma das faces daqueles seres voadores, era completamente cheia de dentes. Afiadíssimos, como lâminas. Seu corpo possuía todos os ossos aparentes, devido à magreza absurda das criaturas. Nas costas, longas asas brancas, como as de um anjo. Um demônio se disfarçando de anjo. Os braços, compridos e enegrecidos, possuíam mãos finas e unhas afiadíssimas. As pernas, cheias de cicatrizes, eram duas lâminas, que, assim como todo o resto daquele medonho ser, era afiadíssima. Era uma máquina de matar aérea. Eles olhavam fixamente para cada um dos três. Eles pairavam no ar, esperando por uma chance de atacar e os destruir. O primeiro se aproximou. Em uma velocidade absurda, um deles cruzou o solo entre eles. Edge e Bran, amparando Nina, saltaram para o lado. Outros vinham logo depois. Edge, enfraquecido, só conseguia evitar alguns atirando. Seu companheiro bloqueava os ataques com a espada, enquanto defendia Nina. Eles não tinham como vencer assim. Ambos lutaram bravamente. Com todas suas forças, repeliram todos os ataques que conseguiram. Então, algo inesperado aconteceu. Um enorme carro veio ao encontro do campo de batalha. Um veículo blindado, e que parecia muito resistente.

O carro então, com um forte cavalo de pau, parou a poucos centímetros do trio quase exaurido de forças. Então, uma grande porta lateral foi aberta. Edge e Bran não tinham opções, apenas saltaram e puxaram Nina para dentro do carro, que, assim que todos subiram, saiu em disparada. Os demônios alados saíram ao seu encalço. O carro prosseguiu numa velocidade absurda. Dentro do carro, Edge e Nina se encostaram em um canto. Ela, preocupada com ele, tratou de cuidar dele. Em um canto do carro, eles encontraram um kit de primeiros socorros. Não era o suficiente para tratá-lo devidamente, mas era o razoável para mantê-lo bem. Ela tratou de curar todos os cortes que o jovem tinha em seu corpo. Enquanto isso, Bran se levantou. Observou bem o lugar em que estavam. O banco do motorista era encoberto, eles não sabiam quem era. Então, Bran disse, em uma voz contida, mas levemente tensa.

– Não acredito que foi você. Não creio. Do fundo do meu coração.

Então, uma porta se abriu na frente do veículo, permitindo ao motorista circular pelo veículo. Então, uma adolescente, aparentando 16 anos, saltou da cabine. Ela, desastrada, tropeçou e caiu em cima de Bran. Este, por sua vez, somente disse.

– Uff. Isso é patético demais.

Logo após, com um movimento, jogou a garota para o lado, tirando-a de cima de si próprio. No instante seguinte, ela estava no chão, havia batido a testa. Levantou gritando e esperneou alguns segundos. Logo após, ela se levantou. Edge e Nina assistiam a essa bárbara cena levemente aterrorizados. Ela então deu um tapa na cabeça de Bran, que revidou com um empurrão, que a fez cair ao solo de novo, dessa vez, caiu sobre suas próprias pernas e começou a espernear de novo. Depois disso tudo, ela se levantou, e deu um chute entre as pernas de Bran, que somente se encolheu no solo, tentando diminuir a dor. Então, ela disse.

– Por que você sempre é tão bobo, irmão?!

Então, o choque foi maior ainda. Edge e Nina praticamente caíram para trás. Então, como combinado, falaram em conjunto.

– Espera... Irmão? Sério mesmo?

Bran se levantou. A dor ainda o incomodava. Mas aquilo era pior.

– Eu retiro o que disse. Isso sim é patético demais. Sim. Ela é minha “irmã” mais nova. Não somos irmãos de verdade. Eu a salvei de um ataque alguns anos atrás e desde então ela me persegue.

Ela se virou pra ele, e com um olhar de raiva, disse.

– Eu sou sim! E não tem nada demais nisso... Espera aí... Agora vendo aquele garoto ali no fundo... Ele é bonito! Quase tão bonito quanto você, irmão!

Edge agora caiu para trás com certeza. Além de tudo, ainda ganhara uma adoradora. Nina olhou para ela no mesmo momento. A garota então sentiu o olhar frio que vinha de Nina. Virou-se, com medo. Voltou-se então a dirigir, e deixou-os sozinhos. Edge então se levantou novamente, somente para ver Nina o dando um tapa.

– Safado!

Edge então disse, com uma voz raivosa.

– Eu? Mas o quê eu fiz?

Ela então se virou, emburrada. Edge então tentou relaxar. Adormeceu no solo duro e frio. Estava exausto. A dor o incomodava, mas não podia se ligar a isso. Precisava de descanso, e o teria. O carro prosseguia. Bran mandara sua irmã os deixar na M.A.G.N.U.M., ela o obedeceu. Logo, estavam de volta ao prédio. Agora, precisariam entrar, e tratar logo dos ferimentos. A missão de resgate fora um sucesso. Mas agora, eles tinham muitas dúvidas. Edge, sobre o que ouvira de seu último oponente e Nina, da história de Bran e do fato de ele ter uma irmã.


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