Devil Hunter E - A inspiração de ChrysopoeiaRPG escrita por Cian


Capítulo 12
Hunt 11 - Bran




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Ele acordou no outro dia normalmente. Seu braço ainda doía muito. Estava ferido e seu corpo não estava preparado para combate algum. Depois de acabar com a espada, ele estava exausto. Seu cansaço se estendia até esse dia. Levantou-se e foi se vestir. Seu braço parecia melhor, mas a dor não acabara. Nina estava nesse momento o esperando no lobby do hotel. Ele logo desceu e soube que acharam naquela noite metade de uma espada escurecida. Ele logo saiu como louco para a rua, como se tivesse visto um fantasma. Talvez tivesse visto mesmo. Correu pela rua até chegar ao ponto em que a espada estava, ou deveria estar. Nenhum sinal da outra metade. Naquele instante, ele notou algo estranho na cena. Nada se movia, a cidade parecia inteiramente morta. Voltou ao bar. Chegando ao Lobby, não encontrou ninguém, somente um pequenino bilhete. "Você deve estar se perguntando o que está havendo. Respostas estarão te esperando do lado de fora do Ebony”. Edge estranhou, passou por ali há poucos instantes e nada encontrou. Decidiu seguir as instruções e saiu novamente. Do lado de fora, havia um jovem incomum. Seu cabelo era totalmente preto, duas mechas lhe caíam pelos lados da cabeça, enquanto o resto do cabelo era arrepiado mais acima, numa forma totalmente desarrumada. O cabelo era preso por uma faixa de tiras que caíam por sua face, tampando seu olho esquerdo. Seu olho direito era visível. Cinza, com alguns leves toques de branco em certos pontos. Ele estava fumando um cigarro. A fumaça subia levemente pelo ar, dançando calmamente. O homem tinha uma expressão serena, mas ao mesmo tempo ameaçadora. Tragava o cigarro suavemente. Sua roupa era um sobretudo preto. Logo abaixo do pescoço havia uma placa de metal parafusada. Em seu braço esquerdo, uma pequenina ombreira de metal escuro e tiras negras de pano pelo braço inteiro. Dois cintos de couro esbranquiçado cruzados na cintura. Usava um par de luvas abertas, deixando as costas da mão à mostra. Em seu braço direito, uma ombreira um pouco maior, também de metal e parafusada. Tal ombreira tinha um formato de lua crescente. Em seu pescoço, um pequeno colar com uma cruz. Usava um pequeno pano cobrindo tal braço, deixando apenas a luva à mostra. O sobretudo estava aberto, do que se podia ser visto, uma reluzente armadura branca aparecia. Trajava uma calça branca também. Sua perna esquerda era coberta de faixas negras, como o braço. Usava botas acolchoadas. Em suas costas, uma enorme cruz de metal. Devia ter algo em torno de um metro e setenta. Uma observação mais detalhada revelava a imagem de uma espada em forma de cruz, com lâminas por toda a extremidade da cruz. O jovem sorrira ao olhar Edge nos olhos. Disse em palavras calmas mas ao mesmo tempo, que geravam certa tensão no ambiente.

– Edge. Estava te esperando.

– Quem é você? E como sabe meu nome?

– Isso não importa. Somente uma coisa importa no nosso encontro. Por que acha que te chamei aqui?

– O que fez com os outros!?

– Eu já disse. Somente importa uma coisa aqui. Sua morte.

Com estas palavras, ele retirou sua cruz das costas, a empunhando com apenas uma mão. Embora parecesse extremamente pesada, ele conseguia mantê-la equilibrada. Em um movimento muito rápido, ele executou um corte vertical e direcionado de cima para baixo. Com esse movimento, ele foi arremessado no ar com a cruz. Executou um mortal e, no ar, fez outro corte vertical, desta vez direcionado para baixo, caindo com a cruz e causando um grande buraco no chão devido ao impacto. Edge desviou do primeiro corte com certa dificuldade devido ao tamanho da espada, cambaleando levemente para trás , com o segundo corte, conseguiu saltar para trás, encostando firme contra a parede do Bar. A cruz parou apenas alguns centímetros à sua frente. Ele, então, pulou por cima da cruz e do jovem aproveitando o impulso da parede. Ao sobrevoar o misterioso rapaz, ele sacou suas pistolas e disparou uma rajada de tiros. O jovem misterioso rodou seu corpo enquanto segurava a cruz, contornando-a e se escondendo atrás da mesma. Os tiros bateram na cruz, caindo ao solo em pouco tempo. Não foi um golpe efetivo. Ele se defendeu tranquilamente. A cruz permanecia inteira. O jovem então sorriu.

– Tsc. Isso não tem a menor graça. Não sei nem por que me preocupei. Você não é capaz de sequer me enfrentar direito nesse estado. Precisa se recuperar ou isso não vai ter a menor graça. Por que seria uma ameaça a mim nesse estado?

– O quê?

– Eu, Bran, o Ceifador, deixarei que viva mais algum tempo, não entendeu, inútil? Trate de se recuperar.

E, com essas palavras, Bran deixou o local. Com um movimento rápido, saltou para uma viela e já não era mais visto. Sumiu rapidamente sem deixar quase vestígio nenhum. Edge então piscou os olhos, e, nesse piscar de olhos, tudo voltou ao normal. Somente havia o buraco deixado pela espada de Bran. Era real. Ele então seguiu novamente para dentro do bar, encontrando Nina ainda lá. Ela ainda estava com a expressão de surpresa por Edge ter saído correndo daquele modo, como se tempo nenhum tivesse passado, ela falou.

– Nossa, já voltou? Por sinal, onde estava?

– Sim, só fui olhar certo local.

– Edge, chega de mistérios.

– Caso resolvido, vamos embora daqui logo.

– Edge? Caso resolvido?

– ...

– Pare de me ignorar! Ei!

E eles saíram andando. Deixaram aquela cidade em paz, agora, Edge teria problemas maiores para pensar do que com casos comuns e demônios fracos.


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