How Can I Not Love It? escrita por Amystar


Capítulo 31
Quadrado amoroso! Um beijo e um quase beijo!




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Hamidashita kimochi tsunagara nakute

Kimi no te o gyutto girikaesu yo

Hitori demo boku wa arukidasu kara

Tooku made zutto mitsumeteite ne

Kesa kara chotto kangaeteita

Doushite konna ni atsui no

Itsumo yori mo hayaashi ni naru

Mada minu kaze kanjitai

Itsu kara ka sonna koto bakari ga hanarenai yo

"Meus sentimentos extrapolados não conectarão

e eu aperto forte sua mão mesmo

Mesmo estando sozinho eu começarei a andar,

Então fique me olhando até bem longe

Eu estava pensando hoje de manhã

Porque está tão quente?

Eu comecei a correr mais rápido que o normal

esperando sentir o vento.

De muito tempo atrás, aquelas ideias não me escaparão"

– Você... É fã dos Mugiwara? - Koala perguntou curiosa, ao ouvir a música "Run Run Run" tocar no carro. Estava meio arrependida de iniciar um diálogo, já que aquela cara de quem comeu e não gostou não se desfazia do rosto do rapaz. Por que ele estava tão irritado assim por fazer uma tarefa tão simples quanto pegá-la na estação de Trem?

– Mais ou menos isso... - retrucou ele, parecendo não estar muito a fim de conversar. Assim que ela decidiu perguntar mais alguma coisa, ele recebera algum tipo de ligação, porém era pelo carro super tecnológico. Seus olhos focaram ali, curiosos sobre como ele atenderia. Sabo, então, atendeu tocando em um botão, como se fosse um celular. - alô?

– Olá, já terminou o que tinha que fazer? Espero que já tenha se acalmado, você saiu daqui pisando forte, se irritar assim pode fazer mal para você. - a voz era feminina e bem sexy, Koala imaginou que ele estava provavelmente se pegando com alguma mulher por aí e recebeu esta missão.

– Quase, mas assim que eu terminar eu volto para aí, tá? Não me sinto bem deixando tudo pra você e pro Hack. Temos muito trabalho agora que o vice-presidente foi pra Alemanha...

– Claro que não, já estamos no fim. - uma voz masculina interveio. - você vai é pra casa descansar, está parecendo um maluco obsessivo por trabalho. - o homem repreendeu, parecendo preocupado com o loiro. - até amanhã, tchau.

Observando bem, ele estava mesmo com um olhar cansado. Parecia ter tido um dia cheio, e ainda havia tido o trabalho de parar tudo por culpa dela.

– Você trabalha? - perguntou ela novamente, sem se importar se ele estava ou não afim de conversar.

– ... - ele hesitou em responder, observando que Koala era bem incoveniente. - Bem, digamos que é um trabalho que dá mais trabalho que os trabalhos comuns... Mas vale a pena, nada melhor que fazer o que gosta. - Sabo comentou, sentindo um pouco da frustração ir embora.

– Falando assim você parece aqueles executivos que adoram trabalhar num escritório. - brincou ela, fazendo os dois rirem.

Assim, outra música começou a tocar.

"Uma nova aventura irá começar

Nesse lugar de sonhos e magia

Lutar pra sempre irei

No Grand Chase, ah!"

"Perdido na floresta do nevoeiro...

Sem destino eu caminho sozinho".– Sabo cantou com animação, junto a música. Assim, Koala continuou:

"Passando por aquela torre sombria posso sentir

Uma brisa começa a soprar no meu caminho

Tentando dissipar toda névoa

Seu lindo sorriso me acompanha

Em qualquer lugar que vou"– Koala cantou perfeitamente fazendo Sabo ficar de olhos arregalados pela surpresa. Ele parou o carro bruscamente, com os olhos fixos no da garota. Logo, continuaram juntos:

"Foi quando ali eu

Avistei um amigo

Que não via há muito tempo

Oh, quantas saudades

Olhe! As lágrimas no meu rosto irão rolar...

De felicidade"

– UAU!!! É muito raro achar alguém que saiba a música "Hope" hoje em dia! Ainda mais uma garota!! - exclamou Sabo, que parecia estar muito mais animado agora. Isso deixou Koala mais animada também, os jogadores de Grand Chase hoje em dia eram praticamente extintos.

– Oe oe oe, quem você acha que eu sou? - brincou ela, fingindo estar convencida. - Eu passei meses fazendo missão pra conseguir cada um dos chars e nunca comprei nenhum com Cash!

– Pois eu também, nunca comprei nenhum com cash e muito menos as classes! Isso tirava a alma do jogo, a graça era você lutar pelo o que queria, não acha? - Sabo disse.

– Concordo plenamente. Digo o mesmo dos jogadores que usavam hack. De que adianta você jogar um MMORPG e não honrar sua alma? Sem falar que tira totalmente o sentido, você passa apenas a ganhar as coisas de graça. - quando ela parou para pensar, estava tão envolvida na conversa com o loiro que ne percebera que tinham parado. Antes que ele respondesse, Koala perguntou. - onde estamos?

– Tinha esquecido, chegamos. - avisou Sabo, percebendo que estavam parados em frente ao portão de sua casa (mansão, mais precisamente).

Logo que Koala se sentou perto da janela novamente, seus olhos brilharam admirados com a enorme e elegante mansão mais a frente. Havia vários seguranças em volta nos muros altos e com cerca elétrica, havia um jardineiro regando as flores, dava para ver de longe empregados andando para lá e para cá, cada um com seus afazeres. E o principal: a enorme piscina que ficava bem na frente. Aquela sim era a casa de seus sonhos!

Sabo trilhou com o carro um caminho pelo lado direito da casa, seguindo para o estacionamento. Koala ficou boquiaberta ao ver o chão, do nada, descer para um lugar subterrâneo. Para ela, coisas assim só aconteciam em filmes de mafiosos. Eles não eram mafiosos, eram? Logo, assim que o carro saiu da rampa, ela voltou para o teto. Olhou para o lugar onde estavam agora, e parecia uma garagem normal de um condomínio qualquer - a não ser, claro, pelo fato de que todos os veículos ali pareciam ter custado milhões de berries - Sabo colocou seu carro no lugar de sempre, assim, desligando-o.

– Chegamos. - avisou ele, saindo do carro e abrindo a porta para a moça, que parecia bem surpresa e curiosa. Koala desceu do carro, observando cada carro, moto e limousine daquele lugar.

– Caraca, mané! Aquele bagulho deve ter custado milhões! - Koala soltou gírias, admirava pela limousine.

Sabo começou a rir, deixando a garota corada e enraivecida.

– Desculpe... - ele falou terminando de rir - é que foi meio inesperado - Sabo comentou tirando as malas da garota do porta malas. Se dirigiu até um elevador, sendo seguido por ela. - aperta esse botão "T" pra mim? - pediu para Koala, já que estava com as mão ocupadas por causa das malas. Ela apertou, assim o elevador subiu.

Rapidamente chegaram à sala, e assim que saíram do elevador, os empregados pararam o que estavam fazendo e reverenciaram Sabo dizendo "seja bem vindo, jovem mestre", isso a fez ver como ele parecia importante. Quem era ele? Algum famoso? Não dava para Koala saber, pois ele não tirara os óculos escuros nem por um minuto.

– Bem vindo, mestre Sabo - falou um homem de terno, se aproximando dos dois. Ele era bem diferente dos outros empregados, pois sua aparência era mais extravagante. Seu cabelo era laranja do lado esquerdo e branco do lado direito. Em cima da testa Inazuma, havia também uma cicatriz na forma de raio que atravessa seu olho direito. Parecia ser bem à vontade ali, já que bebia uma taça de vinho calmamente, sem se importar com Sabo.

– Cadê o pessoal? Cadê o cabeça oca - Sabo perguntou olhando em volta. Mais uma vez, Koala estava sendo ignorada.

– Seu irmão mais velho e a namorada dele estão no quarto, se é isso que deseja saber. Já os outros...- antes dele terminar, Sabo o interrompeu.

– Ok ok, eu só precisava saber isso, achei que ele ia pra casa da Bonney... Deixa pra lá. Enfim, Inazuma, essa aqui é a Koala, a garota que o Dragon-san havia falado. - ele se virou para ela. - Koala, esse aqui é o Inazuma, ele é o nosso mordomo. Ele cuida da casa, atende os telefonemas, recebe convidados... Entre outras coisas, ele é tipo o faz-tudo daqui, entendeu? - explicou ele.

– A-Ah! É um prazer conhecê-lo, espero que a gente se dê bem, Inazuma-san! - ela o cumprimentou se curvando.

Inazuma olhou-a de cima a baixo, analisando tanto suas roupas quanto seu rosto.

– Prazer. - disse ele. Virou-se para o lado, e chamou com a mão outros dois empregados, uma mulher e um homem. - você, leve as malas da lady para o quarto. - Inazuma avisou para o homem. - e você, organize as roupas dela no armário. - falou para a mulher. Eles apenas assentiram. O homem pegou as malas e subiu, sendo seguido pela mulher.

– E-Eh! Tomem cuidado com essa mala vermelha! Minha vida tá aí dentro! - gritou Koala visivelmente preocupada com suas coisas.

Sabo riu.

– Não se preocupe, eles são cuidadosos. - respondeu ele, espreguiçando os braços. - eu vou tomar um banho e já já eu volto, fique à vontade. - logo ele saiu dali, deixando Koala em pé sem saber direito o que fazer. Ela olhou para Inazuma, com um pouco de dúvida. - faça o que quiser, se precisar de algo é só me chamar. - o mordomo também se afastou.

Meio sem jeito, ela se dirigiu até aquele enorme sofá branco, e lá ficou.

– Essa casa é tão grande e diferente... É aqui que eu vou ter que morar? - murmurou ela, suspirando. - já tô com saudade de casa...

(...)

Nas ruas de Tóquio; 17:55 PM

Em meio a todo aquele congestionamento, um certo jovem de cabelos negros corria em sua moto desviando de todos os carros. Ainda com o uniforme do colégio, chapéu de palha pendurado no pescoço, óculos escuro e capacete, ele seguiu correndo da casa de Usopp - onde haviam combinado de ir para resolver detalhes sobre a festa - para o hospital Sakura, onde sua tão preciosa companheira estava, ainda em recuperação pela tentativa de assassinato do ultimo show.

Logo que chegou, prendeu a moto em um poste, deixando o capacete junto. Tirou os óculos escuros, sem se importar se o reconheceriam ou não, afinal, usava aqueles óculos apenas para não tentarem pará-lo para pedir autógrafo enquanto está na moto, seria um problema se sem querer acabasse por atropelar algum fã. Subiu para a sala onde Nami estava, sem perguntar para a recepcionista, que deixou pra lá, já que sabia bem como eram os integrantes daquela banda.

– Será que é esse mesmo? - Luffy se perguntou olhando o número do quarto, deu ombros e abriu a porta. - YO, NAMI! EU VIM TE VER...-

O garoto do chapéu de palha travou ao ver Nami e Law com os rostos bem próximos, e seu lábios com apenas 1 centímetro de distancia.

– QUE PORRA DE CARALHO É ESSE, LAW?!?! - gritou uma voz visivelmente irada atrás de Luffy.

(...)

Carro de Silk; 17:50 PM

– Bonney, você fica olhando esse celular a cada 5 segundos. É algum namoradinho? - perguntou uma loira, provocando a amiga. Bonney logo fez cara feia.

– Namorado é o caramba! - retrucou ela, jogando o celular em qualquer canto do carro.

– Então é o Ace-kun, certo? - Silk perguntou com um ar sábio. Bonney ficou calada uns segundos, com o travesseiro no rosto.

– Ele não responde minhas mensagens. - confessou a glutã, deixando a amiga preocupada.

– Bonney... Cai na real. Ele tem namorada. Se você continuar a amá-lo assim, além de doer como está doendo agora, pode chegar a se machucar muito mais. - disse irmã adotiva de Sanji, preocupada com a amiga. Ela nunca afirmara que amava Ace, mas não era nem preciso fazê-lo, estava estampado na cara de Bonney.

– Eu não tô nem aí pra isso. - respondeu fria.

– Deveria sair com outros caras... Você é bonita, rica e famosa, qualquer um gostaria de sair com você. Já sei, por que não dá uma chance ao Drake-san? Ele se preocupa muito com você.

Bonney ficou calada, fazendo a loira suspirar, desistindo.

– chegamos. - avisou para a amiga.

– Valeu pela carona. - agradeceu a rosada, descendo do carro.

É... Fazia tempo que não tinha uma séria conversa com Edward Newgate.

(...)

Residência dos D; quarto do Ace; 18:01 PM

Ace passava de canal totalmente desinteressado no que passava na televisão de plasma. A única coisa que estava interessando ali era no amor de sua vida: Nojiko. Ele já se considerava maduro o suficiente pra ver que aquela era a mulher de sua vida. A amava como ninguém desde que eram crianças. Deveria agradecer à Luffy por fazer amizade com Nami, fazendo Ace conhecer a linda irmã mais velha da ruiva. Claro que, para ambas as partes, não fora amor a primeira vista, apenas quando entraram na puberdade começaram a pensar diferente sobre o outro. Nojiko havia conquistado seu coração, principalmente porque esteve sempre o apoiando depois daquele acontecimento.

Na visão de Nojiko, sentia o mesmo que ele. Apesar de que Ace era bem mais imaturo que ela, e tinha mania de agir por impulso. Ainda assim, o amava tanto que desejava viver o resto de sua vida com ele, afastando todas as garotas que ameaçavam tirá-lo dela. Mesmo sendo modelo, não tinha tanta segurança assim em relação a Ace, morria de medo que ele conhecesse alguma garota que o enfeitiçasse.

– Ace... - ela o chamou calmamente. Estavam os dois deitados na cama dele, e ela estava com a cabeça apoiada em seu peitoral nu. - sabia que eu te amo?

– Sabia que eu te amo cem vezes mais? - sorriu ele, depositando um beijo na testa dela, fazendo-a sorrir.

– Você planeja casar comigo? - perguntou Nojiko, gostando do rumo da conversa.

– Mas é claro! Já estou até pensando no nome dos nossos filhos.

– Ah é? E quais seriam? - riu ela, se sentando na cama.

– Charlote, Dilah, Johanna, Zamira, Teuta, Uilah... - ele falava.

– Êh? Quantos filhos você quer ter?! - perguntou ela, assustada.

– Sei lá, uns trinta.

– Quer me matar? - perguntou ela, caindo na gargalhada. Logo, haviam virado dois idiotas rindo feito loucos.

As coisas andavam muito bem entre eles, e estavam mais felizes que nunca. Poderia querer algo mais?

(...)

Hospital Sakura; quarto de repouso; 18:02 PM

"O garoto do chapéu de palha travou ao ver Nami e Law com os rostos bem próximos, e seu lábios com apenas 1 centímetro de distancia.

– QUE PORRA DE CARALHO É ESSE, LAW?!?! - gritou uma voz visivelmente irada atrás de Luffy."

– O QUE ESTÁ FAZENDO COM A MINHA COMPANHEIRA, TRAL!? - Luffy gritou também, puxando bruscamente o cirurgia para longe da garota. O chapéu de palha ficou na frente dela, de modo protetor.

– Seu maldito, você ia beijá-la!!! - Kid rosnou transbordando ódio, levantando Law pelo colarinho da camisa.

– CALADOS!!! - gritou Nami. - eu não preciso que você - ela olhou para Kid - e você - olhou para Luffy. - fiquem me defendendo, eu não sou nenhuma donzela em apuros! E você Trafalgar... Eu agradeço por salvar minha vida, mas não é ache que é por isso que você tem o direito de me beijar!

– Você não me afastou quando eu tentei... - comentou ele.

– Claro que não, não tive oportunidade! E se conseguisse, iria pagar 300.000.000 de berries! - bronqueou ela, com raiva.

– Certo, não precisa ficar irritada - disse Law, arrependido do que fez. Pensando melhor, ele não deveria ter feito aquilo mesmo, agora teria que pagar o preço de ficar em um clima tenso com Nami. E agora, não queria ter que evitar falar com a garota que lhe tomou os pensamentos.

Era incrível como até assustadoramente brava, ela ainda conseguia ser linda.

– Ok, agora poderia sair? Eu quero saber o que eles querem - pediu ela, que ainda estava irritada com o moreno. Law suspirou, e acabou saindo, enquanto ouvia Kid murmurar palavras para fazer um pacto com o capeta para pegá-lo. - olá, Kid, há quanto tempo. O que veio fazer aqui? - a ruiva gentilmente perguntou, deixando Luffy emburrado por estar deixando-o de lado.

– E-Eu vim trazer isso pra você... - Kid respondeu corando, e percebendo que ela havia para de pôr o "-kun" no final de seu nome. Ele tirou da mochila que carregava nas costas uma caixa laranja com marrom, perfeitamente enfeitada, e parecia ser cara. O ruivo estendeu a caixa, conseguindo olhá-la nos olhos com muito custo. - é chocolate... com cobertura de laranja, que eu sei que você gosta. A-Ah, e não é chocolate meio amargo, é ao leite do jeito que prefere.

Nami arqueou as sobrancelhas, admirada com tamanho cavalheirismo da parte de um roqueiro punk super famoso.

– Nossa, obrigada, esses chocolates parecem caros - ela observou contente, adorava receber presentes caros. - é uma pena que eu não possa comer isso agora, já que estou em recuperação. Mas assim que melhorar, vou saborear um por um! - Nami soltou um largo sorriso, fazendo Kid se derreter de paixão por dentro.

Luffy pigarreou irritado, quebrando o clima.

– Quero falar com você, Nami!

(...)

Casa dos Roronoa; Sala de estar; 18:00 PM

Lá estavam Zoro e Saga sentados na mesa bebendo, como nos velhos tempos. Zoro despejou mais sakê na caneca de Saga, que adorou vê-la cheia novamente. Desde que o responsável por Toma havia chegado à Tóquio, não havia tido chance de conversar com Zoro sequer uma vez, visto que ambos eram muito ocupados.

– Desculpe mesmo, Zoro. Toma é meu sobrinho, e mesmo assim ele está sempre com você. - disse Saga, coçando a cabeça meio envergonhado por todo o trabalho ficar para o amigo.

– Veja. - Zoro apontou para Toma, que estava sentado no sofá atento ao que acontecia no anime que via na Tv, e para Tashigi, que estava dentada no sofá usando as pernas dele com travesseiro, também prestando atenção na televisão. - Tashigi gosta muito da companhia dele, então não vejo problema. Sem falar que ele é a criança mais quieta que já vi na vida.

– É... - concordou Saga meio tristonho. - ele sempre foi quieto, mas depois que a mãe dele morreu, ficou bem pior.

Zoro voltou a observar o garoto. De certo modo, se achava parecido com ele quando criança. Assim como Toma, ele praticamente não tinha mãe, e era sempre sério e calado. A falta de pais presentes em sua vida que o deixou assim, tão sério.

Talvez estivesse na hora de mostrar o caminho de um espadachim para aquelas duas crianças.

Miru, Miru, Mirumo de Pon~!

Subitamente, seu celular que estava em cima da mesa vibrou junto com o alarme de mensagem que Tashigi havia definido. Zoro olhou, e logo transpareceu interesse pelo o que havia acabado de ler.

– Foi mau, Saga... Mas eu vou ter que sair. Vou deixar a Tashigi com vocês.

(...)

– Quero falar com você, Nami! - disse o mugiwara, pisando forte no chão enquanto ia em direção à cama onde Nami estava sentada. - eu não gostei nem um pouco de ver o Tral tentando fazer aquilo com você!

– "Aquilo"? O beijo? - indagou ela, estranhando Luffy estar incomodado com isso.

– É! Eu... Eu... Me senti irritado! E agora estou muito mais irritado! - explicou ele depois que subiu na cama e ficou agachado na ponta, semelhante a um macaco. Ele parecia bem bravo pelo quase beijo, mas mais bravo ainda por não saber explicar o porquê.

– Ok, eu também não curti, achei muita ousadia da parte dele. Mas fala sério, Luffy. Eu já beijei muitos outros caras nessa minha vida, e só agora você vai se incomodar com isso? - perguntou a ruiva.

– O que?! Você deixa outros caras fazerem isso em você?! Mas por que?! - perguntou ele pasmo, não sabia de nada disso que Nami dizia.

– Ah, é natural... - Nami não sabia como explicar bem para o garoto inocente e raivoso. - quando se atinge uma certa idade, você sente vontade de beijar um cara sem sentir nojo.

– ... - Luffy fez uma careta de nojo. - eu não sinto vontade nenhuma de beijar um cara.

– Não, Luffy... - ela murmurou, sentindo uma gota descer por sua testa. Ele era muito idiota. - se você for um garoto, você sente vontade de beijar uma garota, entendeu? Se bem que há os homossexuais, que gostam de homens... E as lésbicas, que gostam de mulheres... E os bissexuais, que gostam de homens e mulheres... - ela se virou, e viu Luffy com um dedo mindinho no nariz, indicando que não entendia bulhufas do que dizia. - tira esse dedo daí! - bronqueou ela, fazendo o garoto do chapéu de palha obedecer na hora.

– Hmmm... - Luffy olhou para Nami, como se estivesse pensando seriamente em algo.

Inesperadamente, ele selou os lábios da ruiva.

Logo que se separaram, ficaram se encarando em silêncio. Nami parecia surpresa, e Luffy confuso.

– Uau... - comentou ele. - é bom hein!

Nami não respondeu nada, ainda em choque. Luffy sentiu seu
celular vibrar, percebendo que havia chegado mensagem. Ele sorriu ao ler o que estava escrito.

– Nami, eu já vou! - avisou ele, descendo da cama e pegando seu capacete. - fui! - avisou antes de fechar a porta.

A jovem, se recuperando do choque, apenas disse:

– Êh... Êhhhhh?!

(...)

Residência dos D; 18:33 PM; Sala de estar

Koala bufou, já estava ficando irritada. Estava ali sentada naquele sofá extremamente confortável há quase uma hora, e ninguém havia aparecido para falar com ela. Estava cansada, com vontade de urinar, e com muita, muita fome e sede! Não havia se levantado dali e ido procurar um banheiro ou a cozinha porque estava com vergonha, aquele lugar era muito elegante, até o ar dali parecia ser mais caro que o normal. Entretanto, a fome e sede estavam começando a falar mais alto que a vergonha.

Ela olhou para um lado e para o outro, para ver se havia algum criado por perto. Ela aproveitou que havia uma jovem empregada perto dela, e foi pedir informação igual a uma turista num país diferente.

– É-é... Mim... Fome... Onde... Ser...Cozinha...? - perguntou ela, se atrapalhando toda. A empregada riu.

– Está vendo aquela porta? Ela leva para a sala de jantar. Quando chegar lá, vire para a porta na sua esquerda, lá é a cozinha. Espero ter ajudado.

– Ah sim... Valeu aí. - a garota agradeceu meio sem jeito. Logo, seguiu as instruções da empregada, e chegou à cozinha.

Lá, não haviam tantas pessoas quanto esperava. Achava que haveria vários cozinheiros no local, igual aos filmes com restaurantes em Paris. Era uma cozinha que de fato era o sonho de toda dona de casa. Espaçoso, com vários utensílios e com um padrão de cores entre preto, cinza e azul.

– Hmm... - ela murmurou, abrindo a geladeira gigante. Havia vários tipos de coisas, iogurtes, chocolates, leite... A maior parte dos alimentos eram apenas guloseimas. Olhou para o que havia na porta da geladeira, percebendo que diferente do restante, ali tinha apenas bebidas. Pegou uma das garrafas de lá, lendo o que estava escrito. - "Diva Vodka"... Uau, parece bom. Pena que sou menor de idade... - ela se queixou fazendo um biquinho. - "Macallan"... Que nome esquisito, seja lá o que isso for. Mas parece aquela coisa que passa nas novelas... Acho que é Whisky... - ela falava sozinha. Koala nem mesmo havia se tocado de que estava sentada no chão mexendo nas bebidas aparentemente caras.

Assim que se tocou do que fazia, se levantou corada e colocou tudo de volta no lugar, pegando uma humilde lata de refrigerante de melão. Enquanto dava algumas goladas, ouviu passos vindo da sala de jantar, e claro, não podia deixar de espiar.

Assim que chegou lá, viu uma moça bonita colocando vários pacotes de salgadinhos e pizzas na mesa. Não aparentava ter mais de 30 anos, e seu cabelo era longo, ondulado e ruivo, destacando a flor que havia ali. Sua pele era branquinha, e as sardas em seu rosto davam-lhe um toque especial. Koala ficou encantada, gostaria de ser tão bonita quanto ela algum dia.

– Oh - disse a mulher, assim que percebeu a presença da adolescente no cômodo. - você chegou cedo, ainda estou colocando as coisas aqui para a reunião de vocês. Sabe como é né? - ela comentou gentilmente. Koala não estava entendendo bem o que ela dizia, estava confundindo-a com alguém? - vamos, vamos, sente-se querida. Eles já devem estar chegando. - a ruiva a guiou até um dos bancos em volta da mesa, e Koala fez o que ela pediu, meio confusa. - eu vou lá para cima, certo? Sinta-se à vontade.

Koala ficou lá parada, sem entender muito bem.

– Gente rica parece que tem um parafuso a menos... - comentou ela, voltando a beber o refrigerante.

Bastou alguns segundos, e ela logo ouviu passos se aproximando. Não parecia de uma pessoa só, e sim de várias. Como a casa era calma e silenciosa, conseguia distinguir muito bem se eram mais de um. Para sua surpresa, várias pessoas entraram no local.

– Isso aí, Robin, aí aquela invejosa disse que não queria tirar foto comigo porque eu atrapalharia o brilho dela e que (...) - Nojiko entrou conversando com Robin.

– Você pisou no meu pé, Marimo de merda!

– Não me desculpe, porque foi de propósito, Ero-cook. - Zoro e Sanji discutiam.

– ...É um projeto que durará anos pra funcionar, mas com o empenho que o Bakaburg está tendo provavelmente não vai demorar décadas. Seria SUPER divertido viajar para o futuro ou passado!

– Sugeeeee! - Franky conversava animadamente com Chopper, Usopp e Brook.

– Claro que não, Sabo! Carne é mil vezes melhor que lámen! Seu fanático por lámen! Não concorda, Ace?! - dizia Luffy.

– Sabo... - Ace olhou seriamente para o irmão. - seu fanático por lámen.

– Você está do lado dele?! - retrucou Sabo.

Koala se levantou bruscamente da cadeira, assustada.

– O-O que... - ela olhou para a o rosto de todos os presentes ali. - A modelo famosa, Okane Nojiko, e seu namorado, o punhos de fogo, Portgas D. Ace?! O papa algodão doce, Tony Tony Chopper?! O demônio de Ohara, Nico Robin?! O ciborgue, Franky?! O sussurrante, Brook!? O caçador de piratas, Roronoa Zoro?! O sogeking, Usopp!? O perna negra, Sanji!? - ela disse surpresa, chamando atenção de todos ali. - e você... O Chapéu de Palha, Monkey D. Luffy! Caraca! Conheço uma pessoa que venderia um pulmão pra estar no meu lugar!!!

Em meio a euforia, ela parou e observou Sabo. Não havia o visto sem os óculos escuros desde que chegou.

Ele parecia com...

– S-Se... - ela gaguejou nervosa, se aproximando de vagar de Sabo, parando bem em sua frente. - Seryuu?!


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Notas finais do capítulo

https://www.youtube.com/watch?v=iwWtYyVuUb4
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