How Can I Not Love It? escrita por Amystar


Capítulo 30
Mais um apaixonado?! Irritações e pessoas novas!


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei... Dessa vez eu demorei MUITO! Mas eu tive meus motivos... Era muita coisa pra resolver nesse tempo, ainda teve as aulas que começaram e atrapalharam... ;-; enfim, pensei em compensar com um capítulo bem gordo, e cá está ele 'u' Coisas inesperadas irão acontecer, zehahaha... Espero que tenham paciência para ler tudo e espero que gostem! '3' Boa leitura~



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O sol acabara de surgir no céu naquela hora no dia, em que muitas pessoas ainda estavam dormindo. Todos na casa de Zoro dormiam, assim como a maioria das pessoas no Japão naquele momento. Porém, uma certa garotinha de cabelos azul escuro havia acabado de abrir os olhos, como se despertasse em um passo de mágica. Ela desceu de sua cama calmamente, e foi em passos apressados ao quarto da frente, que era o de Zoro.

Fora lá checar se ele já havia chegado, na noite anterior havia dormido tarde tentando esperar Zoro chegar em casa, mas acabou adormecendo no sofá e Perona a levou pra cama, e logo depois foi embora, desistindo de falar com Zoro naquele momento tão difícil. Tashigi abriu a porta do quarto, que estava escuro pois as cortinas estavam fechadas. Zoro estava lá, sem camisa, só de meias e calça jeans, suspirou vendo que ele nem mesmo trocara de roupa quando chegou de madrugada. Ela abriu as janelas para circular um ar naquele quarto abafado.

– Agora, o café da manhã! - ela sorriu se sentindo uma jovem esposa querendo agradar seu marido.

Foi até a cozinha, pensando em começar cortas os picles, colocar o arroz pra cozinhar e começar a preparar a sopa para um café da manhã japonês completo. Mas algo lhe impedia: o fato de não saber preparar direito, e de que não lhe era permitido mexer no fogão. Apesar de não saber cuidar bem de uma criança, Zoro sabia muito bem de todos os perigos que ela correria na cozinha. Pensando nisso, Robin anotou numa lousa tudo o que ela não poderia fazer na cozinha, deixando-a num lugar bem visível.

No fim, acabou fazendo apenas um cereal mesmo.

Enquanto comia, percebeu como aquilo estava sendo estranho para ela. É como Zoro costuma dizer; mau costume. Tashigi estava acostumada com Robin todo dia preparando um café da manhã estilo ocidental, com pão, suco, bolo, dentre outras coisas. No início achou um pouco estranho não haver arroz no café da manhã, até porque, ela o significado do nome¹, mas com o passar do tempo passou a adorar aquilo. Adorava também as explicações que ela dava sobre todas as culturas que havia conhecido. Seu irmão também havia visitado muitos lugares, de fato, mas ele nunca chegara a explicar detalhe por detalhe como é o mundo fora daquele pequeno mundinho que ela vivia. E Robin fazia isso.

Quando terminou de comer, colocou a tigela na pia, pensando que depois lavaria.

Estava um silêncio mortal.

– Tudo tão quieto... – comentou a pequena, observando aquele enorme apartamento, vazio. – será que sempre vai ser assim?

Suspirou, pensando no que fazer.

Ainda era cedo, esse horário só passaria desenhos chatos na TV. Então, desceu para o playground. Aquele era praticamente seu parquinho particular, já que, fora ela, não haviam crianças naquele prédio. – a não ser por uma garota de 12 anos que mora no andar de cima, se não lhe falhava a memória seu nome era Moda. –

Mas uma coisa lhe chamou atenção; havia um garoto sentado no balanço. Entretanto, ele não se balançava, apenas fitava aquele grosso livro com uma seriedade semelhante a de um adulto. Logo, Tashigi se sentou no balanço ao lado dele, esperando que ele notasse sua presença ali. Mas nada, por mais que o garotinho tenha sim percebido Tashigi ali, ele apenas ignorou.

– Qual é o seu nome? – perguntou Tashigi,olhando para o garoto, que novamente a ignorou. – ei, garoto, eu to falando com você~ - ela o chamou atenção mais uma vez.

O garoto de cabelos castanho claro passou mais um página de seu livro.

– Toma. – respondeu seco. Tashigi não entendeu muito bem, por isso, ele repetiu: - meu nome é Toma.

– Hee... Nome legal! Meu nome é Roronoa Tashigi, tenho 5 anos e sou to no segundo ano do Jardim de Infância, na classe Coração! É um prazer te conhecer! – ela sorriu após se apresentar com toda a animação do mundo.

– Legal... – respondeu Toma, indiferente. Seu rosto era bonito, seus cabelos cacheados um pouco acima dos ombros num tom castanho claro, sobrancelhas grossas e sardas nas bochechas.

– Você quer brincar? – Tashigi perguntou animada.

– Não. – respondeu ele.

– Ué... Mas aqui é um playground, um lugar onde temos que brincar e nos divertir! – ela retrucou.

Toma finalmente olhou para ela.

– Eu vim pra cá apenas imaginando que seria um lugar vazio e quieto, já que soube que não há crianças neste condomínio. Porém, posso ver que não é como eu esperava, já que você está aqui.

Tashigi novamente não entendeu muito bem o que ele falara, Toma dizia palavras de modo tão perfeito que a fazia questionar se sua pronuncia era certa ou errada. Tashigi apenas ignorou o que ele falara, levantou-se, pegou o livro que ele tinha em mãos e colocou no chão.

– O que está fazendo? – ele perguntou ainda calmo e sem expressão.

– Hehe... – ela deu uma risadinha, indo para trás dele. Pegou a mão do garoto, colocando-a na corrente do balanço, para ele não cair, assim, repetindo o mesmo com a outra mão. Logo, deu um impulso para frente de vagar, e entre o vai e vem do balanço, fora colocando cada vez mais forte, até perceber que não dava para ela ficar ali atrás.

Toma não falou nada, apenas ficou parado sentindo a sensação de estar voando. Era uma sensação nostálgica, lembrava-o do tempo em que sua mãe o levava na pracinha para brincar todos os dias no final da tarde. Fazia tempo que não sentia aquilo. Por uns segundos, se sentiu vivo de novo, e isso era muito estranho para Toma. Havia se acostumado a viver daquele jeito.

Como não estava fazendo impulso, pouco a pouco o balanço fora diminuindo a força, até, enfim, parar. Tashigi, que havia tirado o livro do garoto do chão e colocado no banco, saiu de cima de lá e ficou em pé na frente de Toma.

– Foi divertido, não foi? – perguntou ela sorrindo.

Toma encarou o chão, sentindo uma estranha felicidade dentro de si. Bem baixo, como apenas um murmuro, Toma a respondeu:

– Hum... Foi.

Casa dos Supernovas; 6:31 AM

Naquela enorme moradia, onde moravam vários jovens, o que era de costume era sempre acordar tarde, ou seja, em cima da hora de ir para o colégio. Naquele dia, Law acordara mais cedo que o normal, e ficou na cama refletindo.... Uma certa garota de cabelos cor de rosa lhe tomava os pensamentos.

Ele não era idiota, havia percebido desde o início que Bonney estava loucamente apaixonada pelo usuário do fruto das chamas. Law nem se importaria com esse fato. Isso, se ele não tivesse uma namorada. Apesar de ter um jeito sério e muitas vezes frio, Law se importava com sua “irmã” tanto quanto Drake, Apoo ou Kid - que finge que não se importa, mas é um dos mais preocupados -. Ace fora o motivo deles terem chegado onde estão. Fora ele a força que levara aquele bando de crianças sujas para Barba-branca, por isso, não se importava que Bonney o amasse.

Depois de levantar da cama e lavar seu rosto, Law se olhou no espelho.

Kid também era outro iludido. De uns tempos para cá também estava andando muito estranho. Comprando CD’s da concorrência – dos Mugiwara, precisamente -, sempre procurando-os na escola de modo sutil, mas que não passavam despercebido pelos olhos de Law. Tudo bem, eles tinham mesmo que estar sempre atentos a tudo, mas aquela apego que o ruivo e a rosada estavam tendo pelos Mugiwara e a família D. provavelmente não trariam bons resultados. Eles estavam apaixonados, e ambos por pessoas impossíveis.

Seu celular tocou, atrapalhando seus pensamentos.

– Alô? – atendeu sem olhar quem era.

Olá, Law. – Law reconheceu no mesmo instante a voz. - Como está aí?

– Do mesmo jeito: praticamente vazio. Você sabe que não me importo com isso, mas com apenas eu e Kid-ya morando aqui a Bonney-ya se sente só. Nunca pararam para pensar nisso?

Ué, mas e o Killer?! – pareceu que outra voz falou no fundo, era aquele idiota, com certeza.

– Killer arrumou uma namorada recentemente, que ele costuma chamar de Sadi-chan. Por isso, são freqüentes as temporadas que ele passa fora. Só volta uns tempos antes de ter show, para ensaiar.

Entendo. Peço desculpas. – a voz inicial voltou. – houve um problema aqui, e tivemos que passar mais tempo que o previsto. Mas já estamos a caminho.

– Isso. Não se esqueçam que temos que conversar sobre aquilo.

Certo. Até mais tarde. – assim, o homem do outro lado da linha desligou.

As coisas ficariam mais agitadas... com certeza.

Mas agora não era hora de ficar pensando nisso. Law tinha quer ver como estava sua querida paciente.

(...)

Hospital Sakura; 7:02 AM; quarto 201

Nami fora acordando aos poucos, sentindo um pouco de dor de cabeça. Não estava entendo nada, sabia apenas que não estava despertando em seu quarto como fazia todas as manhãs.

Olhou para seu peito, e viu um certo moreno roncando enquanto dormia, fazendo seus seios de travesseiros. Sentiu uma veia pulsar em sua testa, assim, tirando a cabeça dele de cima de si e colocando ao seu lado. Por que estava numa cama de hospital? E principalmente, por que estava dormindo na mesma cama que Luffy como um casal recém-casado?

Em alguns segundos, conseguiu se lembrar pouco a pouco o que havia acontecido. Ela estava no show, tocando guitarra, quando de repente, sentiu algo lhe atingir na barriga. Lembrava de ouvir muitas pessoas chamando seu nome, e apenas isso. Recapitulando, havia levado um tiro na barriga.

Também sentira algo quente em cima de si a noite toda. Então... Fora Luffy que havia dormido a noite toda ali?

– Ele... – murmurou para si mesma, ainda perplexa com a idéia de Luffy ter sido tão gentil. Sorriu. – baaka, vou te cobrar 1000 berries por ter dormido em cima de mim.

De uns tempos para cá, Luffy estava andando de modo diferente do normal. Estava dando mais atenção para a ruiva, falando coisas que geralmente não fala e fazendo coisas que normalmente não fazia. O que estava acontecendo com ele? Será que estava amadurecendo?

Não, impossível.

Nami olhou para o relógio, era 7:04 da manhã. Se Luffy não acordasse e fosse para o colégio, iria se atrasar. Mesmo os anos de estudo sendo prolongados e tendo pouco conteúdo anual, não era bom ficar faltando sem necessidade, estavam fazendo muito isso recentemente. Tanto que até Sabo e Rayleigh os alertaram.

– Luffy, acorde. – ela o sacudiu um pouco, até que se tocou de que ele não acordaria de modo tão fácil assim. Apertou o nariz de Luffy, prendendo sua respiração, e também fechou sua boca.

– Hm... – ele se remexeu inquieto até ficar vermelho, assim, acordou bruscamente. – SOCORRO EU TÔ ME AFOGAN- êh? – ele olhou em volta, percebendo que tudo não passara de um sonho. – que estranho, tive a impressão de não estar conseguindo respirar...

– Foi o único jeito que consegui te acordar, seu bobão.

Luffy olhou para o lado surpreso. Nem havia notado a presença da ruiva ali, nem se tocado de que aquele não era seu quarto.

Assim que recobrou os sentidos, do nada, ele a abraçou.

– Seu... Coração ta batendo, Nami. – ele comentou pressionando mais ainda sua orelha contra o seio esquerdo de Nami. Uma veia saltou na testa da cantora, fazendo-a dar um soco na cabeça do amigo, que logo se separou dela, Luffy massageou o galo.

– É claro que está batendo, idiota!! – exclamou a ruiva.

– Itte (doeu), Nami... – murmurou o outro fazendo um biquinho. – é que... Eu fico feliz em saber que você está viva Nami! Ouvir seu coração bater me deixa feliz! Shishishi...

De vez em quando Luffy dizia coisas que ele nem imaginava que mexiam tanto com ela.

– Certo, certo... – Nami abaixou a cabeça, tentando esconder o rosto vermelho e o sorriso estampado na cara. – agora você deve ir Luffy, você tem que ir pro colégio.

– Êhhh... Mas eu não quero... Eu quero ficar aqui.

– Deixa de ser teimoso, Luffy. – insistiu.

Pararam de falar ao ouvirem a porta se abrir, revelando um homem de pele morena, cabelos pretos e com um chapéu branco com manchas marrons. Ambos Nami e Luffy sabiam bem quem era aquele homem. Ele era um dos supernovas mais famosos - perdendo apenas para Luffy e Kid -, e suas músicas eram ouvidas em várias partes do mundo. Nami mesmo gostava de algumas músicas de sua banda, “Heart”, como “88” ou “Funny Sunny Day”. Law era um rival perigoso, tanto por seu jeito quanto por sua música.

– Vejo que o Mugiwara-ya ainda está aqui. – comentou ele ainda sério, colocando sua mochila na mesa ali perto.

– Pois é, eu senti sono e dormi aqui mesmo. – Luffy respondeu de forma simples.O mesmo se levantou da cama, coçando a cabeça e deixando bem aparente que acabara de acordar. – ah, eu queria falar com você! – lembrou ele, se virando para o mais velho.

– Comigo? – estranhou Law.

– Hum! – Luffy assentiu com a cabeça. Ele esticara o braço com o punho fechado, fazendo um “toca aqui” – valeu por salvar a vida da Nami, Tral! Ela é uma importante companheira minha! – sorriu ele.

Luffy tinha uma atmosfera diferente das demais pessoas que Law conhecia, fazendo-o ter simpatia pelo garoto. Era isso que dava tanto trabalho para ele, mas ao lembrar de tudo que o mesmo fez por ele, lembrou que valia a pena. Era incrível como ele não mudara nem um pouco, mesmo depois de 8 anos, continuava com a mesma personalidade. Law gostava disso, isso o fazia lembrar de antigamente quando o conhecera, e pelo visto Luffy, Zoro nem Nami se lembravam deles. Entretanto, não podia se deixar levar e fazer como Bonney e Kid, se apegar a eles.

– Certo. – respondeu sem mudar a expressão, abaixando o punho de Luffy. – não precisa agradecer.

Luffy continuou sorrindo mesmo assim, havia gostado daquele rapaz.

– Waah... – bocejou ele mais uma vez. – acho que eu vou pra casa... Tenho que comer carne...

– VAI TOMAR UM BANHO E IR PRA ESCOLA, IMBECIL! – bronqueou Nami, que havia tido esperanças dele falar algo decente.

– Hehehe, certo, certo. Assim que a aula terminar, eu venho aqui trazer um pouco de carne pra você ficar forte, está bem, Nami? – ele falou já na porta. – até!

– Bye bye. – ela riu do que o amigo falara.

Se virou para o Trafalgar, que estava sentado em um banco qualquer, checando alguns papéis. Sabia que ele havia percebido que ela estava o encarando, mas nada ele disse. Aquele homem era extremamente silencioso e quieto, isso já era uma certeza. Somente Robin conseguiria mesmo se aproximar de um homem tão fechado assim.

Mas isso era apenas um detalhe no momento.

– Eu tenho que te agradecer também, Law. – Nami iniciou um diálogo entre os dois, com os olhos semi abertos. – eu nunca poderia imaginar que levaria um tiro, e se o Luffy falou algo como “obrigado por salvar a vida da Nami” acho que estou te devendo toda a minha gratidão. – ela tirou o lençol de cima de si, com idéia de se levantar, porém rapidamente Law a fez parar, e cobriu-a de novo.

– Não saia daí. Você deve repousar. – disse sério.

Podia parecer besteira, mas seu olhar lembrava muito as letras que o mesmo escrevia.

Não precisa ficar despreocupado

Sinta o inimigo e esqueça o problema

Naqueles dias comuns no mundo dos mortos

Não há lei no mundo dos mortos

Isso é loucura? A situação apenas é confusa?

Não importa o que faça, isto está errado.

Isso é falso? O presente é perigoso?

Isso mesmo, é apenas uma brincadeira!

– Certo, mas... – Nami sorriu, pegando as duas mãos de Law - Mais uma vez...

“...Arigatô, Law.”

De algum modo, aquelas simples palavras fizeram Law corar. De repente, aquele sorriso que antes não lhe importava lhe fez querer sorrir também. Era algo estranho, e novo também, bem diferente de tudo que sentira até hoje.

Não respondeu nada, achava que nem iria conseguir. As palavras não iriam sair, estava se sentindo sufocado e seu estômago revirava igual uma máquina de lavar.

Será que Law havia acabado de se juntar ao time dos apaixonados?

Casa dos Roronoa; 7:30 AM; Cozinha

– ...E então, a Mirmo balançou seus chocalhos e disse “miru, miru, mirumo de pon!” e salvou o dia! – Tashigi terminou de explicar para seu mais novo amigo Toma o último episódio de Mirmo Zibang que havia visto. O garoto estava totalmente indiferente sobre o que ela falava, visto que havia subido para o apartamento onde ela morava praticamente à força. Agora, estava ali tomando sorvete em plena manhã.

– ... – ele olhou para único adulto que estava ali sentado comendo cereal ao leite, que pelo visto também não parecia ser lá muito maduro. Os cabelos bagunçados, a calça amassada e os olhos de quem acabou de acordar também o ajudavam nessa teoria.

– Tashigi, quem é esse moleque? – finalmente ele comentara algo sobre o garotinho ali apresente.

– O nome dele é Toma, encontrei ele no playground e o trouxe! – respondeu ela como se fosse a coisa mais simples do mundo.

– “Toma”... – Zoro repensou, se lembrava desse nome de algum lugar. – como é o seu sobrenome, pirralho?

– Sakigawa Toma. – respondeu ele enquanto descia da cadeira para ir embora.

– Êhh? Você é o sobrinho do Saga?! – Zoro lembrara de que Saga já havia avisado que iria se mudar para Tóquio, mas não imaginava que seria para o mesmo condomínio que o dele. – onde ele está?

– Saga-san? Ele já foi trabalhar. Maya-san está em casa, desempacotando tudo. Agora eu irei para casa e me arrumar para ir para escola. – ele se virou, e foi embora, carregando seu grande livro nas mãos.

Zoro se lembrava de ver aquele menino quando bebê, na época, ele era uns dois meses mais velho que Tashigi. Ele não havia mudado muito de aparência, seus cabelos continuavam claros, iguais aos do pai. E as sardas eram da mãe, que Zoro só havia visto por foto uma vez. Mas ele pareceu ser muito maduro e falar muito corretamente para sua idade, nem parecia que era uma criança.

– Tashigi, vai tomar banho, temos que ir para a escola. – avisou Zoro, ainda encarando a porta. – esse garoto será seu colega de classe a partir de hoje.

– Hontou?! (verdade) – os olhos dela brilharam, assim, correu para o banheiro para ficar bem limpa.

(...)

– Tem certeza que não quer que eu vá junto, Toma? – perguntou Maya, a jovem esposa de Saga. Zoro havia pego seu carro na garagem, para levar Tashigi e Toma para a escola. Pretendia levar Maya também, já que ela era como a nova mãe de Toma, mas o menino não queria. Tashigi e ele estavam no banco de trás, sentados em cadeirinhas especiais para crianças.

– Isso é pura besteira. Não é como se fôssemos ter uma cerimônia de abertura, afinal. Fique e termine o que tem que fazer. – respondeu seco, mexendo em seu Tablet. Maya suspirou, vendo que ele não queria mesmo que ela fosse junto.

– Obrigada por levá-lo para mim, Zoro-san. Quando Saga chegar, à noite, nós dois iremos conversar devidamente com vocês, ok? – Maya saiu de perto do vidro do carro após Zoro assentir, assim, eles partiram.

No meio do caminho, o silêncio reinou.

– Zorinho... Como está a Nami-onee-chan? – Tashigi perguntou olhando pela janela, meio triste. Havia se lembrado de quando Makino fora buscar Sheila, totalmente desequilibrada pelo acontecido com Nami na noite anterior.

– A bala foi retirada dela, por enquanto, ela está bem. Acho que ela vai ficar um tempo no hospital em observação. – respondeu o mais velho sem tirar o olhar da estrada.

– Que bom... – Tashigi sorriu.

– Aonde estamos indo? – Toma finalmente se pronunciara.

– Primeiro eu vou passar na casa da Robin, criança. – o marimo respondeu.

– Mas Zorinho, a casa da Robin-onee-chan não era praquele lado? – perguntou Tashigi estranhando.

– EU SEI! – ele virou bruscamente o carro para o outro lado. Não iria admitir que sua direção não era lá muito boa. Por um momento Toma sentiu um pouco de medo de aquele ser seu último dia de vida. Zoro parou o carro em frente uma enorme casa, quase uma mansão, e abaixou o vidro do carro, procurando alguém com os olhos. – vem logo. – chamou ao ver a mulher ali o esperando em frente ao portão. Ela adentrou no carro, logo depois fechando a porta.

– Robin-onee-chan! – Tashigi a cumprimentou.

– Olá, Ta-chan! E... Um amiguinho seu? Prazer, sou Nico Robin. – sorriu a moça de olhos azuis, colocando o cinto de segurança. – você andando com mais crianças?

– Ele é sobrinho de um amigo meu, então eu o trouxe. Lembra? Fui eu que te pedi pra encaixar ele no Jardim de Infância. – respondeu Zoro dando a partida. – por que pediu pra eu vir te buscar?

– Porque imaginei que se deixasse você dirigir, só chegaria na escola mês que vem – explicou ela fazer brotar dois braços ao lado do volante, tomando controle do veículo. Zoro bufou, não gostava quando ela dizia coisas desnecessárias.

(...)

High School One Piece; 16:28 PM; Sala do conselho estudantil

Todos haviam ficado até tarde acordados por causa do acontecido com Nami, por isso, estavam muito desgastados e quase não prestaram atenção em nenhuma aula. Estavam felizes por Nami estar bem, mas ao mesmo tempo apreensivos, o que havia acontecido era muito sério, e a todo momento alguém vinha perguntar se Nami estava bem, ou o que fariam sobre o show.

– Todos estão certos em ficarem com medo. Afinal, a vocalista de uma das bandas mais famosas do mundo levou um tiro! Não é pouca coisa, mesmo que ela tenha sobrevivido. – Sabo explicava para os Mugiwara.

– Shanks-san deve estar investigando sobre isso. – Robin falou.

– Isso mesmo, tem que ser alguém profissional para conseguir entrar num show nosso portando uma arma! – Usopp falou.

– Isso é o que estão comentando adoidado na internet. Em todos os blogs, sites, rede sociais, jornais, até em vlogs. - disse Hack enquanto mexia no notebook.

– Huh... - suspirou Chopper - Dr. Hiluluk já está colocando novos médicos no hospital Sakura, ele ficou muito preocupado desde que todos esses assassinatos começaram. A primeira coisa que devemos nos preocupar é tomar muito cuidado, não acho que a Nami seja o único alvo da pessoa que atirou. - observou Chopper.

– Mesmo assim, a proteção da Nami-swan e da Robin-chwan deve ser triplicada! Não vou poder viver se deixar minhas Mellorines se machucarem!!! - gritou Sanji pegando na mão de Robin, que apenas riu.

– Eu não vou deixar ninguém mexer com os meus companheiros, principalmente a Nami! Se alguém aparecer eu acabo com a pessoa!! - Luffy disse decidido, fazendo todos se sentirem melhores. Era bom ter o velho Luffy de volta, depois que ficara abalado pelo acontecido com Nami, ele havia ficado muito diferente. Ele era o laço que os unia, e que os fazia acreditar que podiam fazer o que quisessem, ele os fazia seguir em frente.

– O clima anda muito pesado ultimamente! Nem parece que são vocês. Anda pessoal, se animem! - disse Ace, cortando o silêncio. Se bem que o que ele falara era verdade, os Mugiwara eram famosos por serem animados e festeiros. Sempre que davam festas, todos os adolescentes do Japão babam de vontade de ir.

– Yohoho, é verdade, Ace-san! Vamos nos animaaar! - gritou Brook, caindo sem querer no chão e batendo a cabeça. - isso vai fazer um galo... Ah, mas eu não tenho pele para ganhar um galo! Yohohoho!

Todos riram da piada sem graça de Brook.

– Nós SUPEEER devíamos dar um festa! - sugeriu Franky, levantando sua cola pro alto.

– Yooosh! Vamos dar uma festa assim que a Nami sair do hospital! - exclamou Luffy levantando num pulo. - vai ser a melhor festa de todas!

– Dessa vez vamos triplicar a segurança! - disse Chopper.

– E tem que ter muito sakê! - Zoro finalmente se pronunciou.

– E eu vou preparar muita comida para encantar todas as mellorines~ - Sanji falou com corações nos olhos, imaginando um monte de garotas em cima de si elogiando-o.

Eles continuaram a dar mais e mais ideias, enquanto a única mulher ali presente apenas observava com um sorriso no rosto.

– Huhuhuh... Como eles se animaram. Nami iria adorar ver isso... - murmurou Robin, encostando a cabeça no ombro de Zoro. Este, parou de falar no mesmo momento, bufando.

Porém, não a retirou dali.

– Pessoal, pessoal, eu entendo que estão muuuito animados...! - disse Sabo, interrompendo toda aquela conversação. Ele coçou um pouco a cabeça, e continuou. - aqui é a sala do conselho estudantil, poderiam não fazer baderna?

– Se os outros alunos ouvirem isso vão perguntar porquê ele não brigou conosco assim como faz com os demais alunos. - explicou Robin, entendo completamente a situação do presidente. Ela também era membro do conselho, então sabia bem como as coisas funcionavam.

– Êhhh... Deixa de ser chato, Sabo! - bufou Luffy, entendendo que ele estava praticamente os expulsando dali. O moreno encostou na parede ao lado de uma pequena mesinha com um vaso. - nós não vamos chamar atenção de ninguém ou quebrar-

Nisso, Luffy esticou o braço para se espreguiçar,e acabou derrubando o vaso, quebrando-o.

Uma veia saltou na testa de Sabo, assim, ele lançou um olhar fervente para Luffy, que engoliu o seco e saiu rapidinho dali. Os outros Mugiwara riram de Luffy, e foram atrás dele, ficando apenas Robin e Ace.

– Huh... Esse pessoal é de outro mundo... - Sabo suspirou, sentando-se de novo em sua cadeira.

– Imagino que nós sejamos o tipo de amigos que vocês sempre quiseram para o Luffy. - sorriu Robin, fazendo algumas mãos brotarem do chão para limpar os cacos do vaso.

– Sim, com toda certeza. - Ace assentiu, lembrando da época em que Luffy conhecera cada um deles.

Logo, um celular tocou. Era o de Sabo, ele pegou o celular e ficou encarando.

– Não vai atender? - indagou Hack, olhando para ele.

– Dragon-san ligando essa hora... - estranhou Sabo, assim, atendendo. - Alô? Sim, eu tô ocupado... Hã? Mas quem está chegando? Espera, mas por que você não vai? Pois é, mas eu também tenho coisas pra resolver! - todos perceberam como Sabo estava começando a ficar estressado. - O que?! Não não não, eu não posso-

Dragon desligou.

– Ahhh...! - Sabo cerrou o punho fervendo de raiva.

– O que aconteceu? O que o tio queria? - Ace perguntou o que todos queriam saber.

Ele tá agindo como um chefão, como sempre! - bufou Sabo, desistindo de desobedecer as ordens de seu pai postiço.

(...)

One Piece divisão do Maternal; Pátio do Jardim de Infância; 16:33 PM.

– É meio chato, né? Ficar aqui quando todo mundo já foi pra casa. - comentou Tashigi, com um ar meio triste. O horário em que todas as crianças iam para casa era às 2, mas Tashigi recusou o convite de Makino para levá-la pra casa junto com Sheila, pois não queria que Toma ficasse sozinho. Não havia nada de estranho ali, eram muitas as vezes que teve que ficar até tarde na escola porque Zoro não pôde buscá-la.

– Não é como se eu estivesse preocupado com isso. - respondeu Toma, sério como sempre, encarando o teto, eles estavam de baixo do balanço, num túnel onde poucas crianças brincavam. - eu já liguei para a Maya-san, ela disse que está numa entrevista de emprego e no momento não pode vir.

Tashigi sorriu tristemente.

– Parece que a gente ta na mesma situação.

– Eu não tenho raiva deles. - aquelas palavras surpreenderam Tashigi, era a primeira vez que ele falava algo sem ninguém ter perguntado nada ou puxado assunto. - a culpa é minha. Sou eu quem atrapalha a vida do Saga-san e da Maya-san. Eles são jovens e estavam começando a vida de casado há pouco tempo, mas eu vim pra atrapalhar... - o garoto falava com a voz embargada, indicando que se continuasse a falar, iria acabar chorando. Ele ficou em posição fetal, escondendo o rosto.

Agora ele parecia um pouco mas... criança.

– Eu também me sinto assim. - concordou Tashigi, fazendo o mesmo que Toma e ficando em posição fetal.

De modo bem inocente, ela pegou na mão do mais novo amigo. Assim, fazendo ambos se sentirem um pouco melhores.

(...)

Estação de Trem; 16:53 PM; No lado de fora

Koala já não sabia mais quantas vezes havia bufado ali. Havia chegado há quase uma hora e ninguém havia aparecido para buscá-la! E pior é que não tinha como ligar para ninguém, pois havia ficado a viagem ouvindo música e o celular descarregou. Sentou-se em cima de sua mala, imaginando se ficaria ali o dia todo. Esse seria seu tão esperado primeiro dia em Tóquio? O que diria para seus amigos quando eles entrassem em contato com ela?

Foi assim que viu um carro azul escuro chegando. Ele tinha janelas pretas, e não dava para ver que estava lá dentro. O vidro do carro abaixou, revelando um homem loiro com óculos escuros. Ele pareia procurar alguém, pois olhava para todos os lados. Parecia que ele iria sair do carro, mas parou ao ver a garota parada ali.

Ela sentiu um arrepio na espinha ao vê-lo chamá-la com a mão. Meio hesitante e preparada para dar um soco nele caso tentasse alguma coisa, ela foi até ele.

– Como é o seu nome? - perguntou ele.

– P-Por que quer saber? - Koala perguntou com um olhar desconfiado, achando que esse era um daqueles pervertidos da cidade grande que Tiger tanto falara.

– Dá pra responder logo?! - exclamou ele irritado, não estava de bom humor. Tinha muita coisa pra resolver e Dragon ainda o interrompe! Sorte que dessa vez Robin se pôs a cuidar da papelada no lugar dele. Tinha muita coisa pra fazer, pois desde que o vice-presidente foi transferido ele está com o peso todo em suas costas.

– Não vou responder coisa nenhuma!!! - gritou ela sentindo uma veia saltar em sua testa. Quem ele pensava que era?

– VOCÊ É OU NÃO É A GAROTA QUE O DRAGON-SAN FALOU?! - gritou Sabo.

– SOU EU SIM, E DAÍ?! - gritou ela de volta, quase dando um soco no loiro, aparentemente rico, em sua frente. Foi assim que parou pra pensar, se ele mencionara Dragon, um grande amigo de Tiger, então era ele que iria buscá-la. - Huh... Meu nome é Koala. - disse ela se acalmando um pouco.

Sabo saiu do carro, colocando a mala dela no porta-malas. Ela ficou um pouco incomodada com isso, sentiu-se ofendida por ele achar que ela não era forte o suficiente pra isso, mas já havia tido discussão demais para duas pessoas que acabaram de se conhecer. Ela entrou dentro do carro, assim, seguiram em silêncio.

No caminho ela olhava atentamente para todas as ruas que passavam, Tóquio era grande e incrível, estava louca pra sair por aí e explorar.

E principalmente, estava louca para encontrar seu melhor amigo, "Seryuu", que antes estava a léguas de distância.

Mal sabia ela, que "Seryuu" estava mais perto do que ela podia imaginar.

TO BE CONTINUED


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Notas finais do capítulo

1: Trocadilho com "Asagohan" (que seria "café-da-manhã) que, no japonês, quer dizer "arroz matinal"
2: "Seryuu" pode ser traduzido como "Dragão Azul", que é o Nick de jogos que Sabo sempre usa.
3: "Toma" não é um personagem OC inventado por mim. Ele é um personagem que aparece como um adolescente no filme 5 de One Piece, assim como Saga e Maya.

Uau, e aí, quem curtiu esse capítulo? Foi o maior que eu fiz na minha vida inteira! 'u' Koala finalmente apareceu hein, e as coisas entre ela e o Sabo não começaram muito legais... Comentários?! *3* pf não me matem porque eu demorei *3*



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