— Seryuu? Que nome legal! - disse Luffy, em meio ao silêncio vindo de todos na sala.

Koala continuava e encarar firmemente o loiro da cicatriz, como se estivesse certa algo. Sabo não estava entendo bem. Então aquela garota culta em jogos o conhecia? Mas como? Não se lembrava em nenhum momento de ter divulgado seu rosto de modo que pudesse ser reconhecido.

— Você é bem informada sobre nós, hein... Sabe até o meu nome. – comentou Ace, meio que admirado.

Sanji logo se pôs na frente da jovem, se curvando e beijando de leve sua mão direita. Era de seu costume ser muito educado com todas as damas, principalmente com as bonitas. Koala estava muito feliz em ser tratada de tal modo por um astro tão famoso, mas o choque de estar frente a frente com seu melhor amigo não a deixava prestar atenção nem mesmo nisso. 

— Como sabe meu "nome"? - Sabo olhou-a surpreso. Era muito famoso por esse nome no mundo dos gamers, mas não no mundo "real".

— Ahh... Seryuu!!!! - a garota deu um ataque de felicidade e o abraçou ao ouvir a voz do maior, certificando-se de que era ele mesmo. - como você é cruel, Seryuu! Não sabe quem eu sou apenas pela voz! Certo, eu também não lhe reconheci de primeira, mas é porque eu tava muito ocupada prestando atenção na sua chatice! Cara, se eu não te conhecesse achararia que você é um mala, todo com essa pose de "certinho"!

— ... - Sabo ainda não tinha ideia do que a garota estava falando - hã?

— Seryuu... Sou eu, Mermaid!

A garota sorriu. Um sorriso diferente, que há anos Sabo desejava ver apenas por curiosidade. Agora, seu desejo foi realizado junto do prazer de saber que sua melhor amiga iria morar na mesma casa que ele.

— Mer...maid? - ele perguntou suando frio, enquanto esperava uma confirmação. Ela assentiu, ainda sorrindo. Aos poucos, a expressão surpresa de Sabo passou para uma extremamente feliz. - Hahaha! Mermaid!!! - ele correu até ela e a pegou no colo, girando para um lado e pro outro.

— Para com isso, Seryuu! Eu vou cair! - exclamou ela, enquanto riu junto com ele.

Os outros presentes ali observavam a cena perplexos. Nunca haviam visto Sabo tão feliz na vida, muito menos feliz por causa de uma garota!

— Parece que o Sabo tem uma amiguinha... - comentaram Usopp e Chopper, lançando olhares maliciosos para o loiro.

— Pessoal, essa aqui é a... - Sabo olhou para ele, em dúvida se a chamava de Koala ou Mermaid. - Koala. É a minha parceira de jogo, e minha melhor amiga. - completou, com muito orgulho.

Ela estava ali, sua melhor amiga. Se lembrava como se fosse ontem do dia em que a conheceu.

✖✖✖✖✖✖

Era um dia extremamente frio, e uma tempestade com altas trovoadas fazia parecer que o mundo estava desabando lá fora. Não havia ninguém na mansão, nem mesmo Inazuma que sempre estava ali. Shanks, Luffy e os outros estavam um turnê na Europa, Ace estava em Hiroshima com Nojiko, Roger fora visitar uns amigos na cidade natal de Rouge e não avisou quando voltaria, e Dragon estava no Brasil para matar a saudade da esposa.

E Sabo estava lá... sentado no chão do quarto escuro, enrolado no edredom e comendo batatinhas enquanto mexia no notebook. Havia passado o dia inteiro ali, e isso já estava lhe deixando louco.

Aquele era o aniversário do dia em que seus pais lhe trocaram por uma alta quatia dinheiro. O passado ainda doía, e mesmo que desejasse do fundo do coração esquecer, ainda era uma tarefa muito difícil para ele. Logo, todos os anos, nessa data, ficava naquele estado deplorável.

???: Ei... Você é o Master Seryuu, certo? Ouvi dizer que é muito bom em ataques estratégicos que não gastam toda sua energia, mas ao jogar na mesma sala que você parece que ataca tudo

Aquela voz feminina lhe tirou do transe. Não apenas pelo fato de que a 80% dos jogadores são homens, e sim porque essa foi a primeira garota que não iniciou a conversa já insinuando fazer couple com ele por causa de seu nível.

...

Ele não falou nada. Na verdade, nunca falava nada quando jogava. Usava os fones com o microfone apenas por usar mesmo, e para ouvir o que os outros diziam.

???: Você é tão caladão. Está me ouvindo, não está? Eu queria saber porque escolheu o nick cujo o significado é "Dragão azul"! Sabia que isso é muito estranho?

Seryuu: E o seu? Qual é?

Ela ficou calada por uns segundos, parecia supresa por obter uma resposta vinda do gamer.

???: Ei... Sua voz está estranha... Por acaso você está depressivo?

Seryuu: Não tenho motivos para não estar.

???: Talvez você só precise de alguém que te ouça.

Seryuu: No momento, não tenho ninguém.

???: Eu não sou alguém?

Seryuu: Você é uma estranha.

???: Eu sou Mermaid, 15 anos, e minha especialidade em batalha é combate corpo a corpo. Prazer!

(...)

— Quem diria, hein? - riu Sabo, bagunçando os cabelos da amiga. - nunca iria imaginar que você viria morar na mesma casa que eu, parece até uma fanfic!

— Sim... Você é o que do Dragon-san? Ele é seu pai? - Koala perguntou inocentemente. Logo percebeu que os outros ficaram meio tensos com a pergunta, mas não entendeu bem. Sabo, ainda sorrindo, repondeu:

— Eu não tenho pai nem mãe, ele é meu tio. - coçou de leve a cabeça.

— Dragon-san é incrível, ele é como um segundo pai pra todos nós! - disse Usopp.

— Rouge-swan também, é a mãe mais graciosa que qualquer filho poderia ter... - comentou Sanji, com corações nos olhos.

— Oe oe, Sanji, nem começa a ficar elogiando a minha mãe! - exclamou Ace.

— Se ele não pode elogiar então quer dizer que ele tem que ofender a tia Rouge, Ace? - perguntou Luffy, meio perdido.

— Ha ha ha, Luffy, você tem cada uma! - Franky riu, e logo começou um falatório na sala de jantar.

Koala observava aquilo estranhando tanta gente animada e diferente junta. Era estranho ver todas aquelas pessoas que antes só via fotos, vídeos, revistas, programas, propagandas, e outdoors, e depois ver ao vivo e falando com ele. Eles não eram nem um pouco falsos: tudo o que os fãs sabem sobre suas personalidades era realmente verdade. Cada um do jeitinho que imaginava.

— É... Desculpe... - Koala se pronunciou, e todos pararam para prestar atenção nela. - vejo todos aqui, menos a Nami-san. Eu acho ela tão linda! Queria muito conhecê-la.

— A Nami está no hospital, Koala. - Sabo explicou.

— Ehh? - ela se assustou.

— Não é nada tão grave. Ela vai ficar bem. - disse Robin com um sorriso caloroso.

Sabo disse que depois explicaria com detalhes sobre isso, e todos ficaram lá conversando enquanto comiam várias pizzas e bebiam refrigerante.

(...)

— O-O que estão fazendo aqui?! - Bonney perguntou de olhos arregalados. Havia acabado de chegar do Shopping, e encontrou Apoo, Kid, Law, Bege, Urouge, Killer, Drake e Hawkins fazendo uma "mini-festa" com várias pizzas e refrigerante.

— Comendo, ué. - Kid respondeu, com uma pizza na boca.

— Estamos aqui porque logo começarão os testes. - explicou Law. - então ficaremos aqui bastante tempo, descansando. E também, quero acompanhar Nami-ya de perto, já que eu assumi a responsabilidade.

— Não se sinta especial, eu também irei observá-la! - Kid retrucou, irritado.

— O médico sou eu, não você.

— Vocês dois não precisam fazer isso. - Bonney tirou a bolsa, e a jogou em um canto qualquer. Logo depois, se jogou no sofá no meio dos homens, e pegou um pedaço de pizza. - afinal, os Mugiwara são muitos, e vivem juntos. Já vai ter gente demais olhando ela.

Law e Kid reviraram os olhos.

— Vocês deviam se preocupar com outra coisa. - Drake se pronunciou, com um ar mais sério. - se vocês estão mesmo dispostos a isso, vamos ter que juntar várias peças do quebra-cabeça, para descobrir quem atirou na Nami-san.
— Hawkins disse que descobriu algo. - Bege falou, e todos pararam de comer para prestar atenção no loiro.

Hawkins voltou a mexer em suas cartas. Primeiramente, embaralhou todas, e logo depois, tirou três cartas e as colocou viradas para baixo na mesa central.

— Estão vendo esta carta? - ele pegou a que estava na esquerda, e mostrou para os outros. Nela, aparecia um homem bem magro, que se assemelhava a um ladrão fajuto.

— Parece um ladrão de birosca. - Apoo comentou.

— Exatamente. Esse, é o nível que todos imaginam que o culpado está.

Bonney engoliu o seco. Então a coisa era realmente muito séria...

Ele retirou a outra carta, agora a que estava na direita, e mostrou para os demais.

— Uma cobra? - Urouge perguntou.

— Exato. A cobra é suspeita, pois ela pode estar do nosso lado, ou contra nós, depende de seus interesses. Logo, é a segunda maior suspeita.

— E quem seria essa cobra? - Kid perguntou, parecendo não estar entendendo nada.

— Não há como sabermos, Kid-ya. - Law se meteu. - nós próprios teremos que descobrir quem é "a" ou "o" cobra.

— Seguindo esta linha de raciocínio... - disse Drake, se inclinando para frente. - a última carta restante seria nosso maior suspeito.

Basil não disse nada, apenas assentiu com a cabeça, enquanto virava a última carta. Por um segundo, Bonney se pegara pensando sobre que tipo de figura apareceria. Talvez um monstro horroroso ou um pistoleira assustador, mas se surpreendeu ao ver...

Escuridão.

Não tinha nada na carta, apenas tudo preto.

— O que isso significa, Hawkins?! - Bonney exclamou. - não tem nada aí.

O loiro a olhou sério.

— É claro que tem. - ele disse. - escuridão. Isso quer dizer que, a pessoa responsável por isso está cheia de ódio... Rancor... E principalmente, escuridão.

(...)

Residência dos D; 00:02 AM; Quarto de Luffy

Luffy sorriu. Finalmente as preocupações estavam começando a desaparecer. Estava doido pensando que poderia perder Nami, mas, de certa forma, confiava muito em Tral, e sabia que logo logo ela estaria de volta à ação.
Pensar nisso o fazia ficar animado. Ela, assim como todos os outros integrantes, gostava muito de uma festa. Luffy estava planejando uma festa enorme, chamaria todos da escola, se pudesse. Mas até que ele podia, dessa vez, já que quem cuida da lista de convidados é Nami, e como ela não iria poder se meter nisso... É. Chamaria todo mundo.

Também estava feliz pela amiga de Sabo estar indo morar com eles. O mugiwara só não tinha certeza se ela iria realmente gostar de morar com eles, já que os D. são extremamente famosos por serem uma família de loucos.

Luffy gostava disso. Eles eram podres de ricos, isso era um fato, mas o jeito simples de cada um naquela casa nunca os deixara.

Shanks, Makino, Sheila, Luffy, Leila, Lisa, Sabo, Ace, Roger, Rouge, Garp...

É, ele tinha uma família grande.

— Hmm... - ele olhou para a foto que tinha postado com Nami em seu Piecebook, uns tempos atrás. Estava sentado em sua cama, mexendo em seu notebook, procurando algo para fazer, até que se deparou com um comentário de uma fã - provavelmente brasileira, ja que o comentário estava em português, o que era muito conveniente, já que Luffy era descendente de mãe brasileira e ele próprio nascera no Brasil. -

"Shippo demais ♥ Mal posso esperar pros filhos de vcs nascerem daki uns anos ashashashahsh"

— Filhos? - ele se perguntara. - nunca pensei em ter filhos... - pensou ele em voz alta. - principalmente com a Nami. Hmm...

Do nada, lhe veio a cabeça ele e Nami, já com uns trinta anos, junto de duas crianças: um menino de cabelos alaranjados e uma menina de cabelos pretos.

Por algum motivo, Luffy gostou muito do que imaginou.

(...)

Sala de jantar; Hora do café da manhã, 7:30 A.M.

— Luffy, devolve, seu maldito! - Ace gritava.

— Dragon, seu pirralho, pare de achar que pode me ganhar! - Garp gritava.

— Shanks! Coma mais devagar! Você está engasgado! - Makino gritava.

— Como assim não tem carne?! Eu PRECISO de carne de manhã! - Lisa gritava para Inazuma, que apenas ignorava.

Koala estava com os olhos arregalados, extremamente assustada.

— Sabo-kun... - ela olhou para a mesa farta. Tinha todo tipo de coisa: diversos sucos, bolos e pães, além de queijos, biscoitos, chás e cafés... Mas nada de arroz. - vocês... não comem arroz aqui?

Ele olhou para ela com curiosidade.

— Nossa família é de brasileiros... - ele começou a explicar, enquanto passava manteiga num pão. - então nós temos a mania de adotar alguns costumes brasileiros, como de tomar café desse jeito, desde... Bem, - ele deu uma mordida no pão. - desde sempre, eu acho.

— Ah... - Koala olhou para um pão com certa timidez, até que o pegou.

— Koala, se você quiser, posso pedir que preparem arroz pra você. - Sabo explicou com certa preocupação. Não queria que Koala se forçasse a comer algo que não gostaria.

— N-Não precisa! - ela se apressou a dizer. - agora que estou aqui, e estou em Tóquio, eu quero muito conhecer coisas novas! - explicou ela, com um sorriso no rosto.

Sabo sorriu também. Ela parecia animada.

— Te recomendo café preto. - disse o loiro. - é o meu vício.

(...)

Koala P.O.V

Depois do "Asa-gohan", ou devo dizer melhor, "Asa-kohi"¹, eu, Lisa-san, Ace-kun, Luffy-kun e Sabo-kun fomos até o estacionamento. Eu estava animada... Aquela One Piece High School era muito famoso em todo Japão, até fora dele.

Bem, pelo menos o uniforme era muito bonito, tinha ficado ótimo em mim.

Ace-kun e Luffy-kun entraram em uma discussão sobre se iam ou não visitar Nami-san no hospital, mas Sabo-kun logo lembrou que não poderiam entrar, já que não tinha nenhum horário de visita naquele momento. Então, foi decidido que iriam todos num carro só mesmo, e o escolhido foi o de Sabo-kun.

A viagem foi bem agitada, como sempre. Ace-kun colocou um rap e os membros da família logo começaram a se agitar. Admito que estavam me contagiando, mas ainda estava com muita vergonha sentada no meio entre Lisa-san e Luffy-kun.

— Vamos? - Sabo-kun me estendeu a mão para sair do carro assim que chegamos.

Descemos na entrada, já que Ace-kun iria levar o carro para o estacionamento.

A escola era grande. Não. Não era grande... Era imensa. Parecia uma bairro inteiro de tão imensa... Não sei como esse espaço todo era só pra uma escola.

— S-Sabo-kun, não me diga que isso tudo é só o espaço da escola... - disse pasma.

— Ah, é sim. - ele deu ombros, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Engoli o seco. Eu tinha que me recompor. Não podia ficar impressionada com tudo o que visse, tinha que pelo menos parecer estar familiarizada com tudo aquilo.

— Me siga. - Sabo-kun disse, enquanto andava até a entrada pelo jardim da frente.

Logo de primeira, o hall era extremamente grande, e nos cantos haviam os armários para trocarmos de sapatos.

— Aqui é onde trocamos os sapatos. - Sabo-kun explicou-me, abrindo um dos ármarios. - aqui estão os seus.

Trocamos de sapatos, e assim, adentramos mais na escola. Entre vários "oi's" e "bom dia's" que ele dava para diversos tipos de alunos, Sabo-kun foi me explicando tudo que eu precisava saber.

— One Piece High School é uma escola antiga, fundada ainda no início da era Meiji. - explicou-me em alto e bom som, até que ele chegou perto e sussurrou. - o vovô insiste em dizer que foram os D. que fundaram essa escola, mas eu não afirmo nada, né.

Eu ri. Do jeito que eles eram influentes, não duvidaria nada. Demos uma volta, até ele me levar num lugar que tinha um enorme mapa.

— Aqui. - ele me mostrou uma localização. - é onde fica a creche, ou seja, bebês de seis meses até três anos. Aqui - apontou para outro lugar. - é onde fica o Jardim de infância. A irmã mais nova de Zoro, Tashigi-chan, e minha prima Sheila-chan estudam aqui.

— Que legal! - disse sinceramente.

— Aqui é o Fundamental I. Eles dão muito trabalho, porque vivem vindo pra cá, mesmo em horários proibidos. Crianças dessa idade são demais. - brincou. - bem, e aqui, é onde fica o Fundamental II - apontou para o prédio que era bem ao lado do nosso. - e aqui o Ensino Médio, nós!

— Uau! - não tive como me conter, e me impressionei de verdade. - é uma escola pra vida toda, praticamente.

— É, e estamos expandindo pra fazer uma faculdade também. Eu achei isso muito bom. Não gostaria de sair daqui, é um boa escola e muito conveniente, apesar de poder te atrasar também. - Sabo-kun comentou, voltando a andar.

O segui, imaginando que estava me fazendo andar para me acostumar com a escola.

— Bem, tudo o que ouvi falar sobre One Piece era que... AI MEU DEUS AQUELE ALI É O ATOR HANRAN KOHZA?! - gritei, pasma. Ele era um dos atores jovens mais famosos que existiam.

Como todos a minha volta estava fazendo bastante barulho e gritando também, nem chamei tanta atenção assim. Era estranho, todos eram tão diferentes e enérgicos... Nem parecia uma escola japonesa.

Sabo riu levemente, e fiquei com as bochechas coradas de raiva.

— Foi mal. - ele foi parando de rir. - mas é que você parece que ainda não percebeu.

— Não percebi o que? - fiquei confusa.

— High School One Piece é um colégio feito para pessoas peculiares.

Pessoas peculiares? Antes que eu pudesse perguntar, chegamos à uma sala, que ao entrar percebi que era a sala do conselho estudantil. Era tão chique que parecia uma sala de reuniões de uma empresa poderosa, com a única diferença de que haviam várias estantes com livros e as paredes eram cheias de posters de bandas.

Haviam algumas pessoas dentro da sala, e logo Sabo-kun foi me apresentando cada uma delas.

— Pessoal, esta é Koala. - ele apontou para mim. - ela é uma grande amiga minha, e estudará aqui a partir de agora. Espero que sejam gentis com ela. - disse olhando eles.

— É um prazer conhecê-los. - me curvei.

— Koala, este é Naruya Rokka, ele é ajudante aqui e presidente do clube de culinária.

Olhei para ele de cima a baixo. Ele era sério, e tinha uma expressão de que estava achando que a vida era uma droga. Seus cabelos eram bem pretos e lisos.

— Eu sou o Hack, presidente do clube de karatê, prazer. - disse um homem peixe. Ele tinha uma aparência adulta... Adultos podem entrar nessa escola? Não me importei, já que só de saber há um clube de karatê do tritão me fez mais animada;

— Eu me chamo Mahara Liam, sou o tesoureiro - disse um com uma aparência bem elegante. Ele parecia ser da nossa idade mesmo. Era forte, e parecia ter a mesma altura de Sabo-kun, além de ser o único que eu havia visto ali vestindo o uniforme extremamente certo. Tinha cabelos azuis e olhos da mesma cor um pouco mais escuros. - Todos me chamam de Mahara, mas a senhorita fique à vontade para me chamar de Liam. - ele se aproximou, e beijou minha mão. Não pude resistir e corei.

— Caham. - Sabo-kun pigarreou de olhos fechados. Tive a impressão de que ele ficou irritado, mas deve ter sido minha imaginação.

— Padomi Ria. Secretária. - disse uma menina de cabelos acinzentados e olhos cor de chocolate. Assim como o Naruya, ela era bonita, mas parecia estar com ódio de mim.

Sabo-kun terminou as apresentações e me levou até uma parte da sala do conselho onde havia outro cômodo, que parecia ser seu escritório pessoal. Ele se sentou em seu lugar atrás da mesa, e eu na frente dele.

— Como eu ia dizendo... High School One Piece é uma escola para pessoas peculiares. - Sabo-kun colocou um pouco de café em sua xícara. - até o 6º ano do Fundamental I, funciona como qualquer outro colégio, tendo aulas normais. Entretanto, no Fundamenta II, as turmas são separadas em dois tipos.

— Dois tipos?

— Muitos que estudam aqui são astros, arrisco dizer até a maioria. Temos de tudo: roqueiros, idols, boybands, atores, apresentadores, jovens mangakás que não querem deixar de viver uma vida de estudantes, mas não querem deixar de fazer o que amam. Por isso, são divididos em dois tipos: o tipo 1, que são as turmas de A, B, C e D, ou seja, aqueles que trabalham com algo. Diferentes dos outros chuugakous, eles não estudam 3 anos, eles estudam 4, assim a matéria é esticada e eles não sofrem tanto com o fato de faltarem muito. E tem o tipo 2: aqueles que são apenas podre de ricos, e estudam aqui, ou que são filhos de famosos podres de ricos, ou simplesmente filhos de famosos, por exemplo... O filho daquele político famoso, não-sei-o-que-Morgan, o não-sei-o-que-Helmeppo.

Ri dele, sabendo de quem ele estava falando.

— Enfim, no ensino médio funciona da mesma maneira: há os do tipo 1 e tipo 2, só que os do tipo 1 não estudam apenas o 1º, 2º e 3º, mas também o 4º, 5º e 6º.

Se eu estivesse bebendo algum líquido com certeza cuspiria. Como assim seis anos de ensino médio?!

— M-Mas o que? Eu nunca ouvi falar de algo assim!

— Koala, aqui a maioria já é rica demais. - ele justificou. - ninguém liga quanto tempo demora pra graduar, só queremos aproveitar a vida de koukousei enquanto podemos também aproveitar a vida de astros.

— E por que aqui também há adultos? Vi até Rob Lucci aqui...

— Aceitamos qualquer pessoa, não importa sua idade, gênero, opção sexual, sua raça ou se você é de outro país... Aqui, todos somos iguais.

Incrível...

Como...

...Eu consegui uma bolsa nesse colégio? 

— Ah, é, você quer ser a vice-presidente?

Êh?

TO BE CONTINUED