– Por favor pai - Sam estava implorando fazia dois dias para Louis deixar a garota ir viajar com a boyband.

– Já disse que não, Samanta. Eles são novos demais, não sabem cuidar deles mesmos imagine de uma criança feito você - ele revirou os olhos enquanto segurava a toalha e andava em direção ao banheiro para tomar banho.

– Não sou criança! - ela gritou frustada rangendo os dentes. Estava cansada de falarem aquilo dela - Eu sei muito bem me cuidar, eu tenho um trabalho, já vou entrar na faculdade! Mas que coisa, você não confia em mim! - Louis entrou no banheiro, pendurou a toalha no cabide e se virou para a filha, que estava do lado de fora do banheiro, esperando por uma resposta.

– Não confio - disse fechando a porta na cara da filha, que arregalou os olhos e urrou de raiva pisando fortemente o pé no chão.

Marchou até seu quarto e deitou na cama escondendo o rosto no travesseiro. Ela queria muito ir com os garotos, seria útil na viagem, não ficaria de namorico com Harold, mas sim poderia ajudar Paul ou qualquer outro.

Seu celular começou a tocar, fazendo sua cama vibrar e sua concentração ir ralo a baixo no exato momento em que viu a fotografia de Harold e Samanta piscando no visor do celular mostrando ser uma chamada de seu namorado.

– Alô? - disse tristonha se sentando na cama e observando seu quarto. O mesmo estava claro, com todos os tipos de luzes acesas, com a televisão ligada e o computador hibernando apenas esperando ser usado.

– Oi princesa - Harold disse animado do outro lado da linha. Se ouviu vozes ao fundo e Sam soube que os outros rapazes estavam lá - Como você está?

– Péssima e você? - Sam voltou a deitar na cama, só que dessa vez de barriga para cima.

– Estou bem, mas o que aconteceu? - O tom animado e divertido de Harold sumiu. O barulho ao fundo na ligação diminuiu e agora dava-se para ouvir a respiração ofegante de Harold.

– Não consegui convence-lo - os olhos claros dela observavam o teto, como se o mesmo fosse a obra de arte mais bela de todas.

– Não fique assim, princesa, não será tão ruim - Harold tentou convencer mais a si próprio do que a namorada.

– Tomara... O que estava fazendo? - perguntou.

– Estávamos jogando paintball - Harold deixou um riso frouxo escapar dentre os lábios - Não quer vir para cá, meu amor? Nós podemos ver um filme, ou algo do tipo.

Samanta sorriu de leve, se sentou mais uma vez na cama e colocou uma mexa castanha do cabelo atrás da orelha.

– Vou ver se consigo, meu amor.

– Ótimo, até mais então - Harold se despediu dela dizendo um rápido eu te amo. Samanta colocou o celular na cama e saiu do quarto indo atrás do pai, que agora já estava com roupas confortáveis.

– O que foi agora, Samanta? - cruzou os braços bufando.

– Eu vou na casa do Harold, os meninos estão lá e nós vamos assistir um filme, ok? - perguntou cruzando os braços e vendo a sobrancelha do pai se arquear aos poucos.

– Tá, fale com sua mãe antes, por favor - Louis disse voltando sua atenção para o armário, onde metade do mesmo eram ternos, paletos e smookings.

– Tá - revirou os olhos. Desde que havia começado a namorar com Harold seu pai havia mudado com ela. Talvez por ciumes, achando que a garota preferia gostar de ficar com o rapaz do que com ele.

Agora era preciso encontrar sua mãe naquela imensa casa, com milhares de cômodos. Samanta teve que entrar em todos os quartos, para achar a mulher no banheiro próximo dos quartos de hospedes. Ela estava sentada no bloco de marmore escuro, onde ficava a banheira, passando um creme para a pele nas pernas.

Ao notar a filha sorriu e pediu para a mesma entrar.

– Por que gosta tanto desse banheiro? - perguntou franzindo o cenho.

– Gosto da vista dele - a mãe respondeu dando de ombros e arrumando a saída de banho sobre os ombros - Mas você não veio até aqui para me perguntar isso, certo?

– Harold me chamou para assistir um filme na casa dele, papai disse para te avisar - Samanta se sentou no bloco de mármore ao lado da mãe, que abraçou os joelhos enquanto observava a garota.

– Está bem minha princesa, mas será só vocês ou terá outras pessoas?

– Os garotos também estão lá, mãe - Samanta disse sentindo um toque de malicia na voz da mãe.

– Não custa perguntar - riu a mulher fazendo as bochechas de Samanta se esquentarem - Quando tiver que acontecer meu amor, não se preocupe que ira acontecer.

– Sei disso mãe - Samanta estava tão corada quanto uma pimenta mexicana.

– Peça para James te levar até a casa de Harold, meu anjo, e se divirta - disse ela beijando a testa da filha e sorrindo terno para a mesma.

– James já voltou de férias? - perguntou se lembrando que o motorista da sua mãe estava de ferias nos últimos meses por causa de sua mãe doente.

– Sim, disse que a dona Beth está bem melhor - a senhora Maia disse animada se levantando e limpando as mãos sujas de creme corporal na saída de banho.

– Vou pedir à ele, então - deu de ombros beijando o rosto da mãe e saindo do banheiro. Fora até seu quarto trocou de roupa colocando um short jeans curto e um moletom de trico salmão com uma regata por baixo, pois o moletom era repleto de furo; nos pés colocou um all star branco e por fim fez uma linda trança grega nos cabelos castanhos.

James estava na garagem, conversando com o jardineiro da casa a frente. Ele era um homem jovem e bem apessoado, sempre usava ternos pretos e uma boina masculina cinza tampando os cabelos pretos cheios de fios brancos.

– James, poderia me levar até a casa de Harold? - Samanta perguntou assim que entrou na garagem e avistou os dois homens.

– Sua mãe não ira querer sair para lugar nenhum, senhorita? - perguntou ele.

– Não que eu saiba.

– Então entre, senhorita Maia - James disse abrindo a porta de trás do carro preto, que estava estacionado ao lado do carro de Louis.