Story of My Life tocava na rádio ecoando por todo o carro preto.

James dirigia atentamente quase ignorando a musica que entrava em seus ouvidos. No banco de trás Sam ouvia cada verso atentamente, como se sua vida dependesse daquela musica e toda hora que a voz de Harold entrava em seus tímpanos Samanta sentia um tipo de sentimento diferente, como se estivesse orgulhosa do namorado.

– Quer que eu venha te pegar que horas, senhorita Maia? - James disse estacionando o carro na frente da casa do namorado. Um enorme portão perto dividia a rua do pequeno jardim e da entrada da casa de dois andares.

– Não tenho horário hoje, James, talvez não volte hoje para casa - Sam disse sorrindo para o motorista, que assentiu e desligou o rádio. Ele não se importava com aquelas coisas, só tinha o aparelho no carro, pois a senhora Maia pediu, por causa da filha.

– Quer que eu fale isso para sua mãe, senhorita? - ele perguntou antes da menina segurar a maçaneta do carro.

– Não é necessário, James. Obrigada mesmo assim e me chame de Sam, por favor - ela disse sorrindo e finalmente saindo do carro que era da sua mãe, mas por ela não saber dirigir contratou um motorista para leva-la para cima e para baixo quando bem entendia.

Todas as luzes do primeiro andar estavam ligadas, o que chamou a atenção de Samanta. O que eles deviam estar aprontando?

Sabia que o portão maior estaria aberto, pois sempre que Harold a convidava fazia isso, mas teria que ligar para o namorado, para abrir a porta menor e ela finalmente conseguir entrar no local.

Ao pegar o celular discou o celular do rapaz e se apoio em uma das pilastras brancas que sustentavam o teto acima da porta da casa.

– Alô? - Harold disse entre risadas. Um som alto e gargalhadas soavam ao fundo da ligação.

– Estou aqui fora - fora a única coisa que Samanta disse, antes de desligar o celular e guarda-lo na bolsa.

Não demorou muito para a porta ser aberta e revelar cinco seres. Todos estavam atrás da porta, com os rostos enfileirados, como se esperassem um beijo na bochecha de Samanta à horas.

– Olá garotos - Sam disse rindo do que via. Entrou na casa e beijou o rosto de todos, mas como Harold não ficaria satisfeito com apenas um beijo na bochecha abraçou a namorada pela cintura e selou seus lábios.

– Vamos assistir o que? - perguntou Zach já sentado no sofá, jogando o controle do video-game no tapete fofo da sala.

A casa era extremamente espaçosa, dois grandes lustres em formato de ovo iluminava a sala, abaixo deles haviam um sofá de couro branco em formato de L e uma televisão de led presa na parede branca, no chão um tapete felpudo e cor de palha e sobre ele uma mesinha pequena completamente de vidro.

Na frente da porta havia uma escada grande que levava para o segundo andar - os quartos - e do lado esquerdo da escada era a cozinha, que estava sendo coberta pela parede e a sala de jantar, onde era possível avistar uma das cadeiras de madeira estofadas. A casa era linda.

– Estavam jogando o que? - perguntou a garota se soltando do namorado, que franziu o cenho pela namorada estar mais interessada em um jogo do que em seus beijos.

– Call Of Duty - Noah disse se jogando na ponta do sofa, onde possuía mais espaço.

– Vamos jogar? - Sam perguntou se sentando ao lado de Lourenço, que passou um dos braços sobre o ombro da mais nova e sorriu terno.

– Não sabia que gostava desse tipo de jogo - Liam disse se sentando entre Zach e Noah.

– Nem eu - Harold disse se aproximando dos amigos.

– Vocês não sabem muita coisa sobre Samanta Maia - ela disse misteriosamente com uma voz falha e sussurrada, o que causou um ataque de risos logo em seguida.

– Vou pedir a comida, se quiser pode jogando até ela chegar, mas depois iremos ver aquele filme - Harold disse dando enfase no "aquele" o que fez os garotos rirem da piada interna e deixou Samanta confusa.

– Qual filme? - ela perguntou mas todos a ignoraram dando replay no jogo. Samanta ficou com um dos controles e Zach com o outro. Quem morresse primeiro iria passar o controle para o outro até chegar a comida e eles terem de desligar o Xbox.

Inicialmente todos acharam que Samanta iria receber a maior quantidade de tiros da história, mas assim que o jogo começou a ficar mais difícil a garota mostrou sua habilidade com o controle matando quase todos do exercito inimigo deixando Zayn com quase zero pontos.

Assim que Zach levou um tiro os garotos começaram a rir descontroladamente e a zoar o moreno, que inicialmente não aceitou perder de uma garota dizendo ser sorte de principiante. Harold beijou a testa da namorada, que revirou os olhos e brigou com os rapazes dizendo para eles se apressarem, pois queria continuar a jogar.

O próximo a pegar o controle fora Liam, que não passando de dois minutos com o controle na mão morreu com um tiro no peito. Liam diferente de Zach aceitou a derrota e deu uma pequena reverencia à Samanta, que gargalhou gostosamente do amigo. Depois de Liam fora a vez de Lourenço e o mesmo fora, por hora, o adversário mais difícil com quem a garota competiu na noite. Ele quase conseguiu fazer com que Samanta morresse, mas a mesma fora mais rápida e conseguiu se esconder do soldado adversário, mas mesmo assim Lourenço acabou levando um tiro nas costas e morrendo, fazendo Samanta ganhar pela terceira vez.

Sam fez sua dança da vitória encima do sofá, causando gargalhada em todos, e Harold ainda acrescentou "essa é minha garota", fazendo as bochechas da morena ficarem vermelha ao se sentar mais uma vez para jogar dessa vez com Noah.

Do mesmo modo que Liam morreu Noah morreu, mas o loiro demorou um pouco mais, pois já havia entendido qual era a estrategia da Maia com o jogo.

– Nossa honra está em suas mãos, Harold - Zach disse entregando o controle nas mãos do dos cachos como se aquilo fosse um tipo de troféu ou objeto mágico. Louis massageou as costas do garoto como se ele fosse entrar em um ring e então Harry se sentou ao lado da namorada, beijando seu rosto.

– Prometo que não será uma morta dolorida, amor - Samanta disse beijando a bochecha de Harold. Os garotos começaram a rir e a zoar o dos cachos, que riu e apertou play para que o jogo começasse.

Harold realmente era bom, e Samanta podia ver todos seus músculos se enrijeceram enquanto apertava rapidamente os botões do controle do video-game, mas infelizmente por um descuido ao observar os músculos do namorado Sam acabou levando um tiro, o que levou a morte de seu personagem e a vitoria de Harry, que assim que notou a derrota da namorada se levantou do sofá e ergueu os braços como se acabasse de encontrar a cura do câncer.

– This is my baby!– Lourenço começou a gritar e a bater palma. Noah e Zach tentaram levantar Harold nos ombros, mas o dos cachos bateu a cabeça no lustre, que balançou e o dono da casa censurou-os dizendo que aquilo era caro.

Liam apenas ria do que os amigos faziam e Samanta estava emburrada, de braços cruzados e com um pequeno biquinho nos lábios o que chamou a atenção de Harold.

– Não fica assim meu amor, não se ganha todas - disse ele rindo e segurando o rosto da garota com as duas mãos para lhe dar um selinho.

– Você me distraiu - disse ela ainda emburrada.

– Eu? - ele disse arregalando os olhos verdes.

– É, com esses braços - ela disse abrindo um sorriso malicioso, o que fez o rapaz engolir a risada e dar um longo selinho na menina.

– Chama o bombeiro! - Zach e Lourenço gritaram e Noah jogou uma almofada nas costas de Harold, que já estava praticamente encima de Samanta.

– Estraga prazeres - Harold disse observando os amigos sobre os ombros, o que causou um ataque de riso em Samanta.

A campainha tocou e eles começaram a arrumar a sala de jantar e a de estar para jantarem e logo em seguida assistirem um filme de terror, que Samanta não sabia que era de terror.

Depois de comerem a comida japonesa que Harold havia pedido eles foram para a sala assistir o filme.

Samanta ficou sentada entre Harold e Zach, Noah ficou novamente deitado na parte mais larga do sofá ao lado de Harold e Lourenço e Liam ficaram ao lado de Zach respectivamente. A enorme televisão de led da sala fazia o filme ficar ainda mais assustador e real, o que causava graves gritos vindo de Samanta.

A mais nova escondia o rosto no peitoral do namorado, que estava adorando aquela situação. Ele estava com um dos braços sobre os ombros dela, acariciando suas costas quando ela escondia seu rosto nele e a abraçava de hora em hora para mostrar que ele estava ali para protege-la.

Quando o filme acabou os garotos falaram que precisavam ir, pois estava muito tarde e que o dia seguinte iria ser repleto de compromissos. Harold e Samanta se despediram dos amigos, como se morassem na mesma casa e fossem casados a anos, igual um filme da Holywood.

Quando voltaram a se sentar Samanta ficou observando a televisão por longos segundos. Ela iria ficar longe deles por três meses, três longos meses!

– O que foi, princesa? - Harold se debruçou nas costas do sofá, ficando com o rosto próximo do ombro de Sam.

– Vou sentir falta de vocês - ela disse chorosa virando o rosto para encara-lo, que sorriu terno para ela e selou rapidamente seus lábios.

– Por isso temos que aproveitar enquanto não estivermos longe - ele disse dando de ombros e arrumando a postura - Vou tomar banho, se quiser pode ligar para James vir te buscar.

– Estava pensando em dormir aqui - ela disse mordendo o lábio e vendo Harold se afastar até a escada, que ao ouvir aquilo se virou para ela e sorriu.

– Como quiser, meu amor.

Sam respirou fundo e se arrumou no sofá, pegando seu celular e discando o celular de sua mãe.

– Alô? - disse a mulher do outro lado da linha.

– Mãe vou dormir aqui, algum problema? - disse mordendo o lábio já imaginando o piti que seu pai iria dar ao saber daquilo.

– Está bem, meu anjinho, durma bem e volte para casa antes do almoço de amanhã - a mulher disse animada, como se já soubesse que aquilo iria acontecer.

– Beijo mãe - a garota disse ouvindo a resposta da mãe. Desligou o celular e o colocou sobre a mesinha de centro.

Subiu as escadas para o segundo andar se deparando com um grande corredor de parede branca e piso de madeira marrom claro. Seis portas percorriam pelo corredor, ficando três de cada lado.

Uma das portas estavam entreabertas e Sam soube que aquela era a do quarto de Harold. Já esteve lá inúmeras vezes, mas nunca havia entrado no quarto do namorado sem que ele estivesse ali por perto.

Harold ainda estava no banho quando Sam entrou no quarto, sentou-se na cama, ligando a televisão em um canal qualquer, apenas para ter algo para fazer, mas a cantoria de Harold não deixava Samanta ouvir direito o que aquela a mulher falava, enquanto adicionava os ingredientes para a receita de suflê que passava pela tela da televisão grudada na parede.

Jogou o controle para ou lado, após desligar a falação da cozinheira, deitando em um dos milhares de travesseiros que se espalhavam pela cama, todos com o mesmo perfume forte de Harold, fazendo a garota suspirar pesadamente.

− Vejo que gostou do meu travesseiro – a voz de Harold fez ela abrir os olhos, encontrando-o parado na porta do banheiro, vestindo apenas um shorts, com algumas gotículas de água caindo de seus cabelos.

− Eles são muito confortáveis – deu risada, virando na cama para olha-lo melhor.

Harold se deitou ao lado da namorada e ligou novamente a televisão colocando em um canal que a garota não se deu ao luxo de prestar atenção.

Sam ficou observando Harold pela milésima vez no dia, e até parecia que nunca tinha visto ele antes, pois olhava os detalhes em seu rosto com afinco. E mais uma vez, foi pega por ele.

Harold virou seu rosto para encara-la com um sorriso torno nos lábios.

– Eu te amo - ele disse abrindo um sorriso, o sorriso mais lindo que Samanta já vira na vida.

– Eu também... - não conseguiu sequer terminar de falar o que queria, pois Harold calou-a, selando seus lábios em um beijo intenso, apertando o frágil corpo da garota com força contra si, obrigando Sam a levar seus braços até seu pescoço, já que entre eles, não havia mais nenhum mínimo espaço.

O fino tecido da roupa de Samanta, permitia que sentisse a pele quente de Harold contra a dela, fazendo seu corpo todo esquentar com apenas aquele contado. As mãos deles passeavam pela seu corpo, entrando pela blusa e acariciando ali, deixando a garota cada vez mais louca.