Complicada E Perfeitinha. escrita por Melanie


Capítulo 7
Odeio drama, me odeio.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu demoro pra escrever, sorry.
Bom, espero que gostem do capitulo dramático da Mel.
^^'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/373664/chapter/7

Melanie

 -Bom dia, dorminhoca. –Pietro entrou em meu quarto gritando, abrindo a janela e puxando minhas cobertas.

 Gemi de desgosto.

-São sete horas da manha. –Eu o informei, sem olhar no relógio.

-Sete e meia. –Ele corrigiu. –Acorda Melanie, o dia esta quase lindo.

 Pisquei algumas vezes antes de olhar pela janela, o céu estava nublado e Pietro sem camisa, uma bela visão do paraíso.

-Estou com sono, sabe que horas fomos dormir? –Eu ataquei um travesseiro nele e me sentei na cama, abraçando minhas pernas e esfregando os olhos.

-Sei, quase as quatro. –Sentou-se na beira da minha cama e colocou o meu travesseiro na minha frente. –Você anotou na geladeira que tem uma sessão de fotos daqui 2 horas.

 Abaixei a cabeça. Eu avia me esquecido completamente. Murmurei “droga” para mim mesma, sem esperar que ele ouvisse e fui até meu banheiro escovar os dentes. Pietro veio atrás de mim, pegou a escova reserva e me empurrou, para que só ele aparecesse no espelho.

-Hey, que diabos esta fazendo? –falei, cheia de creme dental na boca, fazendo Pi cair na gargalhada. O empurrei também. –Sai daqui, use o outro banheiro.

-Não estou a fim. –Ele disse, apoiando uma das mãos na pia e sorrindo para o espelho.

-Idiota. Sai daí. –O empurrei com toda a minha força, e nem isso fez com que ele se mexesse.

-Não me provoque, meio metro.

-1,65 de pura gostosura. –Ri. Abri o boxe do banheiro e peguei o chuveirinho, apontei para Pietro e ameacei ligar.

-Não se atreva, magre...- Liguei antes que ele pudesse terminar.

 Eu estava totalmente ciente de que eu teria de limpar aquela bagunça, mas a cara de descrença de Pietro valia a pena, alias eu tinha bastante tempo sozinha pra limpar aquilo. Ele avançou até onde eu estava, tirou o chuveiro da minha mão e virou para mim.

-Droga, gordo. –Desliguei o chuveirinho e liguei o chuveiro, que estava bem acima de nossas cabeças.

-Esta tentando me afogar? –Ele se aproximou e prensou meu corpo contra a parede gelada, nossas bocas a apenas um palmo de distancia.

-Esta tentando me beijar, nada mais justo. –Retruquei.

-Isso te incomoda? –Ele se aproximou ainda mais, podia sentir sua respiração no meu rosto.

-Nem um pouco. –Coloquei minhas mãos em suas costas e encurtei todo o espaço que avia entre nós.

-Vai me beijar?

-Não.

 Suspirou, nossos lábios quase se tocaram com esse pequeno movimento dele.

-Posso te beijar?

-Não. –Sorri.

 Ele me beijou. Abri a boca para dar passagem a sua língua e me agarrei, se possível, ainda mais ao seu corpo. Ele desceu suas mãos para minhas coxas. Arranhei suas costas até os ombros e ele me pegou no colo. O beijo estava urgente. Pietro beijou meu pescoço e eu enrosquei meus dedos em seus cabelos. Nosso beijo foi se transformando em uma necessidade ainda maior, nem eu mesma sabia o quanto o desejava até aquele momento.

-Melanie, cadê você? Eu trouxe as chaves. –Ouvi a voz de Sam antes de perceber que Pietro se afastava. –Cade você?

 Puxei Pi de volta para mim.

-Hey, Sam esta subindo as escadas.

 Mordi seus lábios.

-Eu não me importo.

-Você é estranha. –Ele riu e me afastou. Pegou a minha toalha e começou a secar seus cabelos e seu corpo.

 -Estou absolutamente frustrada, Manson.- Falei alto o suficiente para Pietro, que saia do banheiro e Sam que subia as escadas, rirem.

Sai do banheiro encharcando o resto da casa.

-Desculpa atrapalhar Mel, mas pensei que você já estivesse até pronta.

-Eu estava pronta.

-Pra outra coisa, né magrela?

  Mostrei a língua para Pietro e fui me trocar.

  Pietro foi embora e eu e Sam fomos até o local onde nós tiraríamos as fotos.

-Foi mal pelo lance lá.

-Foi péssimo, Samantha. Péssimo. –Suspirei. –O pior é que o idiota... –Parei de falar, antes que anunciasse algo que não queria.

 Samantha riu. Fomos fazer a porcaria das fotos.

 Eu tinha o pior e o melhor emprego do mundo. O pior porque nunca estava magra o suficiente e o melhor porque eu não precisava fazer esforço nenhum para estar lá, já que a empresa era da mãe de Sam e ambas tínhamos emprego garantidos juntas.

-Acho que gosta dele.

-Dele quem, Sam. Ta maluca?

 Entramos no carro.

-Isso não é muito comum da sua parte, convenhamos. Você devia investir, você é muito sozinha. –Sam não fazia exatamente o tipo romântica tanto quanto eu, mas seu histórico de relacionamentos era bem melhor.

-Não estou a fim do Pietro. Minha boca na dele foi só um acontecimento que você não podia e não devia ter visto, intrometida.

-Não banque a durona.

-Não vou bancar ninguém.

 Chegamos a minha casa.

-Só estou dizendo que... –Fechei a porta com o maximo de força que eu consegui.

 Entrei em casa e gritei. Gritei o mais alto que pude. Joguei minha bolsa no chão e me sentei encostada na porta.

 Sentia falta da minha mãe, falta da pessoa maravilhosa que se importava realmente comigo e sentia falta do abraço acolhedor dela. Sentia raiva também, muita raiva.

 Fechei os olhos e tentei imaginar minha mãe, lembrar dos poucos momentos em que estivemos sozinhas e felizes, os poucos momentos que eu estive com ela sem o meu pai.

 Não sei por quantas horas fiquei sentada, imaginando os melhores e os piores momentos da minha vida, mas quando eu me levantei já estava escuro.

 Peguei a bolsa do chão e fui até a cozinha. Peguei uns dois calmantes e engoli sem água. Subi as escadas e deitei em minha cama.

Eu não estava gostando de Pietro. Eu nunca gostaria de ninguém.

 O telefone tocou.

-Liguei pra saber se esta bem.

-Estou sempre bem, Sam.

-Não fique chateada pelo o que eu disse, Mel. –Sam me conhecia bem o suficiente pra saber que eu passeia a tarde remoendo o que ela me disse.

-Eu não preciso de ninguém pra me fazer feliz, eu sei ser feliz sozinha.

-Olha, não acho que ser isolada faça alguém feliz, mas se é isso que você quer...

-Tenho que desligar, eu estou ocupada sendo isoladamente deprimida. Tchau.

-Tchau.

 A minha sanidade mental estava a beira de um colapso quando sai na rua. Eu estava com tanto sono que poderia me deitar no chão mesmo pra dormir, mas a chuva me mantinha acordada.

  Estava chovendo tanto quanto na noite em que conheci Pietro. Andei por alguns minutos com a mão na frente do rosto para enxergar o meu caminho.

 A chuva era horrível, mas me distraia de meus problemas e me fazia pensar em coisas boas. Odiava frio, mas chuva era o tipo de coisa que me tirava das minhas depressões repentinas.

 Apertei a campainha.

-Mel? –Pietro apareceu no portão, abrindo o mais rápido que conseguia. –O que ta fazendo aqui?

 Ri de seu desespero.

-Acho que preciso do seu guarda chuvas.

 Ele abriu o portão e me puxou pra dentro.

-Acho que você precisa de ajuda. –Sorriu.

-Eu nunca preciso de ajuda, esqueceu?- Sorri de volta.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem, e digam o que vocês acharam. Deem a opinião de vocês... beijos :*