Complicada E Perfeitinha. escrita por Melanie


Capítulo 4
Perseguição


Notas iniciais do capítulo

OBRIGADO PELOS COMENTÁRIOS *-----*'
Esse capitulo esta curtinho, mas é um momento que o Pi e a Mel precisavam ter. Sem chuva, a sós e sem Melanie bebada. Espero que vocês gostem ^^'



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Pietro Manson

Minha reação ao beijo de Melanie foi confusa. Em um primeiro momento senti que a queria e que era correspondido, mas logo em seguida senti o gosto de bebida em sua boca e fiquei em duvida. Uma coisa era certa, um dia, poucos momentos e poucas horas ao lado dela me fizeram entender o que era paixão coisa que eu, pensava que sim, mas nunca realmente sentira. E o beijo foi o que colaborou para minha silenciosa descoberta.

 Passavam-se das duas da manha e a única coisa que vinha em minha mente era ela. Hora momentos que aviamos passados juntos, hora momentos que eu já planejava passar com ela. Isso tudo teria futuro. Eu a queria por perto sempre, nos momentos necessários e nos não necessários. Apenas por querer, apenas por tê-la. E isso me assustava, muito.

 Quando acordei no dia seguinte me vesti, peguei o carro e fui até a casa dela. Naquele primeiro momento não me toquei de que poderia estar sendo chato, grudento ou apressado. Eu a queria. Apertei o interfone.

 Esperei enquanto, literalmente, contava os minutos. Foram os 6 minutos e meio mais demorados da minha existência.

-Oi –Ela murmurou do outro lado, provavelmente de ressaca.

-Oi Mel, é o Pietro. -Sorri simpaticamente para o nada, como um debiloide.

-O que esta fazendo aqui? –Ela disse um pouco de mal humor, fazendo as borboletas no meu estomago virarem espinhos.

-Vim te chamar pra tomar o café comigo, sabe... Ambos estamos sozinhos aqui... –Droga, droga, droga... Inconveniente. –Se não esta a fim tudo bem.

 Melanie já saia pela porta e entrava em meu campo de visão. Estava com um shorts e um blusão do mikey que quase o tampava, não usava nem ao menos o pouco de maquiagem preta nos olhos como sempre, estava só de meias cinzas, com os cabelos um pouco mais bagunçados que o normal e tinha o rosto um pouco amassado.

-Estou um porre, eu sei. –Abriu o portão e fez menção para que eu entrasse.

 Ri.

-Não esta tão ruim. –Estava linda! –Quer que eu entre?

-Podemos tomar café aqui em casa. Não estou muito no pique de sair hoje.

 Entramos. A casa da Mel era pouco maior do que a minha, ainda assim sendo mais bonita. Dizem que a decoração diz muito sobre quem mora na casa, no caso de Melanie isso ainda era algo difícil de se entender.

 Entramos pela porta da sala, que abrigava um pequeno sofá de 3 lugares, uma TV tão grande quanto a de Gregório, uma estante que guardava fotos, bebidas e filmes, um porta CDs em cima de uma prateleira colocada ao lado da TV. Ao moveis tinham um tom cinzento que me incomodava um pouco pelo fato de deixar a casa com um aspecto sombrio. A cozinha podia ser vista da sala, sendo uma cozinha americana que ficava em frente a sala de jantar, 2 portas me deixaram curioso.

 Ela se sentou na bancada da cozinha.

 Olhei para ela que se distraia mexendo em alguns fios de cabelo.

-E então? Onde você estava ontem?

-Pode se servir, a casa é sua... Bom, na verdade é minha, mas você pode comer o que tem nos armários e na geladeira que eu não vou surtar – Ela tentou disfarçar, mas pude ver sua covinha a mostra, ela ria. - Estava em uma festa, com alguns amigos.

-Quis voltar sozinha?

-Math pega no meu pé.

-Bom... Não sei quem é Math...

-É um idiota. –Ela me interrompeu, revirando os olhos quando disse a palavra “idiota”.

-Por que?

-Ele é um completo pé no saco!

-Por que?

-Harg. Por favor, não seja um pé no saco também. Minha cabeça esta doendo.

 Ela era sincera, pelo menos. Fiquei em silencio a partir daí, com medo de provocar um ataque de fúrias estilo Hulk. Inevitavelmente imaginei Melanie grande e verde.

-Qual seu “Super-Herói” preferido? –Perguntei, fazendo aspas no ar.

-Batman. – Ela apontou para sua geladeira, onde tinha um desenho muito bem feito do Batman.

-Pensei que fosse o Hulk... –Falei sem pensar.

-E por acaso também me imaginou grande e verde?- Fingiu estar brava.

-...Não...Claro que não...- Tentei não mentir descaradamente.

 As gargalhadas de Melanie ecoaram pelo cômodo enquanto eu abria os armários a procura de café.

-Procura algo especifico, senhor cavalheiro?

-Café, bela dama.

-Me sinto aquela peça inútil de xadrez. –Apontou para o armário ao meu lado.

-A dama não é inútil, alias é bem útil. – Lembrei dos meus velhos tempos de nerd, onde eu jogava xadrez com as turmas avançadas e agradeci por isso ter ficado no passado.

-Odeio xadrez.

 Encontrei o café ainda lacrado, assim como a maioria dos alimentos que se encontravam em todos os armários. Fiz o café, apenas uma xícara para mim enquanto Melanie colocava algumas torradas com geléia na minha frente. Devorei 4 e ela 1.

-Você come pouco. –Disse quando ela recusou a segunda torrada.

-Estou acostumada.

-Acostumada a comer pouco?

-Sou modelo. –Respondeu.

 Melanie era do tipo cintura fina e belos quadris. Era linda, devia ser uma modelo bem sucedida.

 Pensei no que havia acontecido na noite passada e pensei que vomitaria nos lidos cabelos castanhos da bela dana sentada ao meu lado. Por que ela não comentara nada sobre o beijo? Ela ao menos se lembrava do beijo? Talvez eu deveria perguntar, mas talvez ela só queira paz...

-Você namora? –Perguntei, vendo-a enrijecer ao meu lado, fazendo com que a minha vontade de vomitar fosse ainda maior.

-Se eu disser que não vai sugerir que eu namore com você, estranho?

-Não. –Respondi monotonamente.

-Não, não namoro. Não acredito em relacionamentos duradouros ou coisas nesse estilo.

-Não acredita em amor. –Não foi uma pergunta. Ela tinha trauma com os pais, era de se prever.

-Não.

 Ótimo! minhas chances—quaisquer chances—com a garota sentada ao meu lado acabaram de ser esmagadas por ela mesma. Imaginei novamente Melanie como o Hulk esmagando minhas esperanças com as mãos grandes e verdes.

“Melanie esmaga”


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Notas finais do capítulo

:)



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