Wojownikiem escrita por liljer


Capítulo 17
— Trist Sang Av Hav


Notas iniciais do capítulo

Alguém vivo aí? Ou foram todos soterrados pela neve? haha
Bom, depois de meses sem conseguir atualizar por falta de como finalizar a história e escrever, estou de volta. Espero que não seja tarde demais, haha.
Bem, eis um capítulo um tanto que curto e sofrido, mas que dará sentença a novos e tudo mais. Espero que gostem, embora eu saiba que muitos não irão... :3
Até a próxima... E não, prometo que não irá demorar. Quinta que vem, que é quando eu realmente tenho uma folguinha da faculdade, eu posto, já que tenho de revisar e tudo mais.
Beijokas e se cuidem.



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Rose permaneceu encarando as rochas, sentindo a água tocar-lhe os pés, fazendo cócegas enquanto, ao mesmo tempo, sentia a areia entrar em seus dedos. Aquela era uma das melhores sensações que já sentira, mas não conseguia absorver como uma boa coisa. Não quando nas últimas duas semanas não tinha nenhuma resposta sobre onde Janine pudesse estar.

Ela se perguntava se sua mãe havia conseguido fugir, se havia conseguido esconder-se em algum canto intacto em Milzis. Se mais alguém tinha sobrevivido.

Em uma das paradas por comida dos três forasteiros em uma hospedaria barata, Rose perguntara sobre notícias da chacina em Milzis, mas ninguém nunca lhe dava uma resposta diferente de além do “nenhum sobrevivente” e isso a estava matando, tirando-lhe o sono e fome. E ainda havia Jillian com eles. Não que ela odiasse a garota àquela altura, mas não conseguia compreender o porquê desta estar tão próxima e segredando com Dimitri como ambos ficavam vez ou outra. Às vezes Rose conseguia escutar algumas risadinhas entre os dois e recebeu aquilo de forma não muito amistosa. Parecia que desde que tudo havia acontecido e Jillian havia corrido para Dimitri as coisas entre eles haviam se tornado estranhas, frágeis demais... E com tanta dor como a que ela sentia em seu peito, não se sentia pronta para resolver tal coisa entre eles. Não conseguia cogitar a ideia de deixar-se ser feliz com ele, para ele. Deixá-lo feliz... E, embora Dimitri fosse extremamente compreensivo, havia algo nele que se mostrava em alguns momentos impaciente.

“Vai melhorar”, ela sempre dizia para si mesma, mas começava a cogitar que não.

E a coisa mais extraordinária para Rose naquele momento era o fato de que Dimitri e Jillian havia comprado àquela pequena terra onde se encontrava uma velha casa aos pedaços, próxima a praia. Reparos vinham sendo feitos aos poucos, já que eram muitos, mas Dimitri estava lidando bem. Em pausas que se dividiam em comer algo, acariciar a gigantesca barriga de Jillian, que ria animada, sentindo a criança mexer dentro de si e esbaldar-se com o sorriso de Dimitri ao sentir um chute sequer e momentos em que ele beijava a testa de Rose, como uma promessa silenciosa de alguma coisa que parecia errada demais.

A sensação de que aquele deveria ser seu momento com ele era gigantesca, a sensação de que estava sendo apenas um estorvo na vida dele. Um estorvo em tê-lo feito desistir de casar-se com Jillian, em desistir de ter uma família com ela neste momento para viver pela metade com alguém que mais havia arranjado confusão para si e para ele do que qualquer coisa.

Rose agora compreendia o quão egoísta havia sido em se apaixonar por Dimitri. Em fazê-lo amá-la e fazê-lo ficar com ela naquelas circunstâncias. E as consequências das suas escolhas a fez perder as pessoas que mais amou. E não havia forma de deixar aquele peso passar, porque esmagava-lhe o peito toda vez que se lembrava do sorriso sob a grande e grossa barba escura de seu pai. Ou quando este, pensativo demais alisava o bigode, puxando-o para cima, com olhos pensativos e cálidos. Ela jamais se perdoaria.

Estava frio demais para deixar seus pés dentro da água fria, no entanto, Rose permaneceu lá, deixando a água salgada do mar envolve-la, havia uma vontade terrível que envolvia a garota de se jogar neste, em ver o quão profundo este era, mas a razão não a permitia, principalmente, quando não sabia nadar. Principalmente quando Dimitri e Jillian se juntariam uma hora e diriam o quão estúpida ela era por ter se matado. Em como ela iria para o inferno por tal ato. Mas era tão ruim assim se livrar da própria vida? Em deixar o caminho livre para aqueles que ela ama, aqueles que estavam vivos e queriam viver, como Dimitri? Não... Uma vez ouvira um padre fazer um sermão sobre isso, sobre como as pessoas desistiam de suas vidas com uma facilidade horrível. E ela havia achado que aquilo era uma coisa banal, uma coisa que apenas pessoas fracas faziam, mas agora ela compreendia que não. Suspirou.

– O que tanto faz aí? – a voz de Jillian a surpreendeu. Uma voz extremamente irritante.

– Nada que lhe diga respeito – ela cortou a garota mais jovem, de forma afiada. Jillian arqueou as sobrancelhas, seus olhos surpresos e magoados, mas aquilo não atingiu nem um pouco a Rose.

– Dimitri a está chamando para o jantar... Ele caçou hoje um javali... Você acredita?! Um javali por perto... Isso foi tão corajoso da parte dele... – Jillian tagarelava com os olhos brilhantes, radiante. Aquilo fez com que algo ruim dentro de Rose revirasse, ela mediu Jill dos pés a cabeça, de forma fria e afiada, cogitando então que se jogasse esta no mar poderia dizer que havia sido um acidente, que esta havia caído sozinha, que havia morrido por não conseguir nadar pelo peso da barriga e então iria para dentro da casa, provaria da sopa. Seria quase perfeito se aquela criança na qual Jillian carregava no ventre não fosse a última família que lhe restava no mundo. Rose então suspirou.

– Por que está fazendo isso, Jillian? – perguntou num tom frio, em meio a um suspiro exasperado.

– O que? – a garota perguntou, sem compreender muito bem do que Rose estava falando.

– Você age como uma estúpida garota apaixonada, mas deixe-me dizer a você: Dimitri não tem a mínima intenção de se tornar o pai desta criança. Se tivesse, teria se casado com você. E pelo o que me lembro, ele não o fez. Então pare de agir como se vocês fossem uma maldita família feliz, já que é comigo que ele se deita todas as noites, acaricia meu ventre e deseja um filho. Não com você. – e ao fechar a boca, a garota se afastou, caminhando a passos largos para a casa, onde Dimitri se encontrava na porta desta, esperando as duas garotas.

– Insinua que eu quero roubá-lo de você? – Jillian gritou atrás da morena, suas bochechas vermelhas, seus olhos ardendo de raiva.

– Não irá, caso seja isso que quer – disse Rose, virando-se por inteiro, para despejar todo o resto – Não vou lutar uma guerra perdida que é você conseguir algum homem que te ame sendo assim como você é: uma estúpida vadia manipuladora que ninguém ama... Nem mesmo o homem que alega amar realmente amou você, Jillian. Ou você acha isso de Mason? Ele não tinha condições de amar alguém como você... E quando ele percebeu isso foi pra longe. Você se insinuou para que ele fizesse um filho em você, para depois você se fazer de coitadinha, tentando roubar meu pai, tentando fazer com que alguém caísse nos seus laços, mas eu até começo a acreditar que esta criança nem mesmo é de Mason, pode muito bem ser de Adrian, já que ele não está aqui para se defender.

Jill então engoliu em seco, como se tivesse acabado de receber uma bofetada.

– Sim, eu engravidei de Mason... Eu amava seu irmão, como nunca amei ninguém neste mundo – ela rebateu, sua voz cada vez mais alta. – Ele pode ter sim cometido seus erros, mas ele jamais fugiu disso ou tentou jogar para cima de outras pessoas, culpando-as pelo o que ele causou. Ele não foi o culpado da morte do pai ou da mãe, porque ele jamais fugiria de suas responsabilidades com a primeira pessoa que achasse que amava profundamente, porque ele não fez.

Rose aproximou-se perigosamente, medindo a garota mais alta que ela. Havia uma fúria tão grande nela, havia uma vontade terrível que jogá-la no chão e esbofetear ela, de ver sangue escorrendo pela areia, em ver Jillian implorando para parar, mas lá estava a grande barriga anunciando que seria covardia de sua parte.

– Você tem sorte por estar esperando essa criança – disse ela, num silvo. – Ou eu mataria você, sem pensar duas vezes.

– Não... Você não faria isso porque Dimitri jamais a perdoaria. Você lambe por onde ele passa... E deixe-me dizer: ele não se importa. Você não soube? Nos beijamos há duas noites. Foi intenso... Foi maravilhoso, o único problema foi o peso que ele sentiu por você. Ele ficou se desculpando, como se tivesse feito algo errado, mas ele não fez... Você esteve tão distante, se lamentando pelas mortes que você causou que nem ao menos fez questão de mantê-lo aquecido, mantê-lo bem.

Aquilo a matou. Em poucas vezes em sua vida, Rose sentiu uma vontade tão grande de desaparecer e lá estava a vontade. Ela recuou, cambaleando para trás, sentindo aquela maldita dor voltando. Porque Rose sabia que a única coisa que havia lhe restado era Dimitri. E se ele tivesse feito tal coisa?

– É mentira – Rose riu sem humor, se afastando então e correndo até a casa. Dimitri já havia entrado, provavelmente, desistindo de chama-las.

A dor no peito dela parecia estar aumento à medida que ela se aproximava da casa, à medida que ela se aproximava da verdade. Porque havia alguma coisa que lhe dizia que ela havia estado distante demais de Dimitri. Havia estado distante de tudo e todas as tentativas dele em se aproximar eram em vão. Porque na verdade, ela não queria afastá-lo por causa da dor que sentia. Mas agora parecia ridículo quando ela o havia feito desistir de lutar por ela por fim.

A porta estava aberta quando entrou, Dimitri se encontrava bebendo um pouco de vinho, em um copo de argila, encostado contra a mesa, sua expressão fria, distante.

– Dimitri... – foi tudo o que Rose conseguiu dizer. Embora que sua voz tenha sido tão baixa e partida que ela cogitou que ele estivesse prestando muita atenção nela para ouvi-la. – É verdade?

Ele a olhou de cima, embora seu olhar tenha sido derrotado.

– Rose... – ele começou, mas não conseguia dizer mais. A expressão derrotada da garota foi como uma facada nele então, assim como a resposta muda que ele a deu.

– Ela não mentiu então... Vocês... Oh, Deus, Dimitri Belikov! – ela enterrou seu rosto em suas mãos, seus olhos cheios d’água. Sua garganta fechada de tamanha dor.

– Eu posso explicar – ele pediu, agora ele tentou se aproximar dela, recebendo a rejeição, recebendo um olhar sofrido, pedindo-o para se afastar. Ele deu um passo para trás.

– Então me diga.

– Ela surgiu no meio da noite, Rose... Eu... Eu estava embriagado pelo vinho, pela dor, por tudo... E eu não medi as coisas... Eu a beijei. E eu me arrependo disso... Eu... Não houve nada, além disso. Eu não conseguiria, não é ela quem eu amo.

– Parece que nem a mim – disse a garota. – Deixe-me esclarecer algo, Belikov... Eu não permanecerei nisso... Eu não...

– Não faça isso – ele intercedeu.

– Vocês formam quase uma família, formariam se eu não estivesse aqui. Seria apenas uma questão de tempo e eu estaria partindo de todo o caso, quando essa criança nascesse ela iria esfregar na minha cara como eu não consegui dar um filho a você.

– Não seja estúpida! – ele explodiu. – É um filho seu que quero. É você quem eu quero. Eu estive fantasiando há tanto tempo em encontrar você, sem nem ao menos conhecer você. Eu não consigo viver uma vida sem você, Rose.

– Conseguirá, Belikov... Quando esta criança nascer as coisas mudarão completamente. Ou melhor, já estão. Deus... Eu me sinto tão perdida no meio de vocês... Como se fosse uma intrusa aqui.

– Mas não é. Você é minha mulher! – ele disse, rompendo qualquer barreira entre eles. – Rose... Por favor...

– Se houve apenas um beijo, Belikov, foi porque houve interesse... Meu pai sempre disse que fazemos o que mais queremos quando estamos embriagados. Você fez. Você fez sua escolha...

– Não. Minha escolha é você. Sempre foi... Sempre será. – Rose riu das palavras, estava tão amarga que parecia que cederia ao chão a qualquer momento de tão desesperada para escapar dali estava. Fechou os olhos com força.

– Eu preciso ficar sozinha, Dimitri... Eu preciso... – neste instante, Jillian surgiu na porta, suas mãos sobre o ventre redondo e demasiado grande. Seus olhos encontraram os de Dimitri e encontraram puro desprezo, pura angustia. Não gostou do que achou ali.

Rose aproveitou aquele momento e afastou-se dele, sentindo que então vomitaria. Caminhou até onde dormia com Dimitri. Ali, ela encontrou uma força tremenda para não se desesperar ainda mais. Ela sabia como ele iria surtar com Jillian, sabia como ela a faria se sentir mal por dizer tais coisas. Mas no entanto, ela não esteve errada em dizer. Bem... Deveria ter sido ele quem contou, deveria ter sido ele a procura-la para dizer a verdade, afinal, quando esteve sob os lençóis e braços dele, ele havia jurado-lhe sempre a verdade, sempre estar junto dela; se caso encontrasse alguém, contaria-lhe. Era isso que casais deveriam fazer: dizer a verdade sempre.

Mas ninguém é perfeito.

Suspirou profundamente e tomou sua decisão por fim: encontrar a única pessoa pela qual queria ser abraçada naquele momento... Sua mãe.

[...]

A raiva que queimava em seu peito era maior do que qualquer coisa que sentira desde que chegara à Milzis. Dimitri não conseguia compreender como alguém tão imprudente e tão jovem conseguia arrumar tantos problemas para ele. Seria Jillian seu carma pessoal? Chegava a deduzir que sim.

Agora, ele compreendia que jamais deveria ter aceitado beber com ela ao redor da fogueira aquela noite, não deveria ter aceitado sentar-se ao seu lado quando Rose precisava tanto dele dentro do casebre. Mas a sensação estranha de estar fazendo tudo errado o consumia mais do que a vontade de consolar sua amada.

Quem o consolaria então de tais danos?

Ele conseguia compreender, ler pelo olhar de Rose que parte dela o culpava pela morte do pai. Bem, e ainda por cima, ele jamais se colocaria contra Masha quando ela o havia salvado da morte. Mas ele, acima de tudo, compreendia que aquela situação havia sido tão ruim que alguém acabaria morto aquela noite. Ou Ibrahim ou ele. E o destino trabalhou miseravelmente para que fosse Ibrahim. Porém, a recompensa por tudo isso fora a distância de sua amada. Mesmo que ela tivesse dito várias vezes que não o culpava pela morte do pai, ele conseguia enxergar a distância se tornando cada vez maior entre eles. Ele conseguia ver Rose se esquivando primeiro de conversas, de abraços e quando ele vinha procura-la durante a noite, tocar-lhe, amar-lhe, encontrava um grande vazio. Rose passava a comparecer por se sentir obrigada, por acreditar que devia fazer amor com ele. Mas era mentira... Ele jamais a queria força-la a nada, muito menos tal ato. E então a distância se tornou maior, quando ela começou a recusar-se de beijá-lo, de abraça-lo. Estava tudo por um fio tão grande...

E ao menos, ele havia encontrado em Jillian uma diversão, uma companhia. Além de ser tão tagarela como Rose havia sido uma vez, havia o fato de que a garota carregava o filho de seu melhor amigo. E uma criança era tudo o que ele mais almejava, principalmente, depois de conhecer Rose. Almejava alguém com aqueles olhos escuros, grandes. Com o seu tom de pele, com sua ousadia. Ele queria, acima de tudo, completar uma família com ela, dar-lhe uma família. Embora se culpar pela perda da família de sua amada fosse ruim, compensá-la com pequenas pessoas que a amaria acima de qualquer coisa era quase uma recompensa tremenda.

Ele se lembrava de quando ela ficara encantada com algumas crianças enquanto estiveram no acampamento pagão dias antes de fugirem e Ibrahim morrer pelas mãos de Masha. Ele se lembrava de como seus olhos brilhavam, desejando que estivesse esperando uma criança também, em como comentara com ele certa vez, após deitarem-se, enrolados um no outro após fazerem amor:

“Imagine uma criança com seus olhos? – ela perguntou, esticando-se para beijá-lo nos lábios, sentindo-se ainda envolvida pelo ato. – Imagine com seu nariz, seu queixo...”

“Com seus olhos de preferência... E seu cabelo louco – Dimitri então riu, bagunçando o emaranhado escuro dos cabelos da morena e em seguida beijando-lhe a testa. – Se tivermos uma menina, terei muita dor de cabeça em protege-la dos garotos... Se ela puxar um décimo de sua beleza”.

“Podemos ter vários então... Uma casa lotada de crianças”.

“Tudo o que desejar, minha mulher...” Rose sorriu com a menção de chama-la de sua mulher... Poucas vezes ele o fizera, mas todas as vezes havia tido um retorno tão positivo. Olhos iluminados e um sorriso igualmente iluminado.

“Eu te amo, Dimitri Belikov...”

“Eu também te amo, Rosemarie Mazur Belikov...”

Agora, ele sentia toda a destruição que havia trazido em sua bagagem, em como ele havia destruído os momentos mais lindos que eles tiveram. E, agora, ele sabia que se caso Rose o perdoasse, as coisas nunca mais seriam como antes. E isso doeu como o inferno.

[...]

Quando sentiu-se segura, Rosemarie pegou uma pequena bolsa de couro, com algumas roupas. Necessárias para enfrentar tudo o que acreditava que viria pela frente. Mas, principalmente, para encontrar sua amada mãe.

Havia uma necessidade tão grande de desaparecer dali que quase se esquecia que não havia mais volta... Não depois de tudo. Não pela forma que havia tomado aquela decisão. Não pela forma como desapareceria da vista de Dimitri e, muito provavelmente, nunca mais o veria. Isso trazia uma sensação ruim em seu peito, mas não o suficiente para fazê-la desistir e dar meia volta, não quando sentia-se tão magoada.

Alcançou o celeiro e pegou o antigo cavalo de seu pai e, a esta altura, não mais tinha medo dos animais. O que teria deixado Mason orgulhoso por ter superado seu medo. Mason... Parecia que precisaria de uma grande borracha para apagar toda a dor que seu peito carregava.

E então, olhando pelo o que parecia ser a última vez, Rose avistou de longe então Dimitri. Este não havia estado no quarto quando ela saiu. A casa havia estado silenciosa demais... Ela havia, sim, se perguntado onde diabos ele havia estado, mas agora percebia que na verdade, ele não conseguia estar no mesmo lugar que ela. Não conseguiria olhá-la nos olhos ou tocar-lhe a pele quente e macia sem sentir remorso. E de alguma forma, ela agradeceu por não vê-lo assim... Porque seria capaz de fraquejar caso ele pedisse e pedisse por perdão. Porque, a verdade seja dita, ela o amava acima de muitas coisas. Acima de si mesma.

Dimitri permaneceu parado ali, não muito longe do penhasco. Rose não conseguia ver seus olhos, mas sabia que estes procuravam pelo os dela. E, Deus que a perdoasse, ela procurou pelo os seus também.

Respirando fundo, ela deu a volta no cavalo, seguindo em direção à estrada de terra e folhas ali. E, ao longe, ela pôde ouvir, envolvido com o som triste do mar, seu nome sendo chamado por Dimitri, como uma canção triste.


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