Leiam as notas iniciais

No capítulo anterior:

Eu não queria saber, eu apenas me levantei e sai dali rapidamente como se os mesmos viessem atrás de mim para me matar. Como o tigre faz com a presa.

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Em quanto Lucy continuava a correr até um corredor qualquer, o barulho que antes fora cessado retornou ao salão. Natsu olhava com fúria para os magos que lá estavam. Os magos da Saber começaram a se dispersar entre os outros convidados para dançarem, comerem ou seja lá o que faziam em festas daquele grau.

Levy permanecia estática na cadeira, hora olhando para o lado em que Lucy correu, hora olhando para  seus colegas de guilda. Erza, assim como Natsu, continuava a observar os tigres com o olhar sério, e Gray também.

- A Lu-chan... – A garota azulada falou.

- Não sei se é bom fazê-la vir aqui, vai ver precisa de um tempo, respirar ar fresco. Deixe-a sozinha por em quanto, se ela não voltar nós vamos atrás dela. Afinal, deve ser muito desconfortável ter que ficar no mesmo lugar com as pessoas que riram de seu sofrimento em público. – Erza falou sem desviar o olhar dos tigres.

- H-hm... okay... eu acho... – A baixinha murmurou.

Lucy pov’s

“ Droga, droga, droga, droga...” Fico repetindo isso em minha mente em quanto andava pelos corredores do hotel. Chegou a um ponto em que eu andava em um corredor que dava para uma das piscinas do hotel (N/A: Atenção, essa piscina é do hotel do Resort, não da parte aquática do Resort), uma das paredes eram abertas e havia algumas escadas de vez em quando. Me recostei sobre o murinho que tinha, separando o corredor da área das piscinas.

Me debrucei sobre o tijolo frio e respirei fundo, tentando me acalmar.

“Okay... Lucy... pare de pensar sobre essas coisas, passado é passado... não é? Apenas tente evita-los e se divertir ao máximo, não precisa ficar perto deles, fique perto do seu grupo que estará segura”.

Ela repete as palavras em sua mente, porém parece que ela não as seguiu. Pois estava sozinha, em um lugar deserto, sem seus amigos...

- Hãm? Não sabia que tinha alguém aqui. - Um choque cruzou a espinha da loira ao ouvir a nova voz infelizmente conhecida.  Lucy se vira para fitar um par de olhos safiras (ou jades como no mangá ¬¬) a fitando com tédio, que pertenciam a ninguém menos que Sting Eucliffe, o dragão Slayer da Sabertooth. – Ah! Você é a garota que está sempre colada com Natsu-san não é? Como é seu nome mesmo? Lati? Kely? Lucia?

Uma gota surgiu na testa da loira.

- Lucy... – Ela disse baixinho.

- Ah é! Isso mesmo! Lucy... bom, não importa, vou te chamar de blondie, é muito mais fácil de se lembrar.

- Na-nani? – Lucy perguntou estupefata.

- O que? Vai me dizer que não é?

- N-não é isso. Q-quero dizer...você... aqui... saber... – Ela gesticulava com as mãos em quanto tentava formular uma frase. Mas tudo o que surgiu fora palavras desconexas, sem sentido. O loiro, Sting, ficava cada vez mais confuso.

- Peraí blondie, assim você me deixa confuso. – Ele disse em quanto estendia a mão em sinal de “pare”. – Primeiro formule a frase e depois me diga o que quer saber. Tudo bem?

- Tudo bem. – Lucy murmurou. – Por que você está aqui? Quero dizer... conversando comigo?

- Hm... – Ele colocou a mão no queixo como se estivesse pensando. – Eu sai de lá por causa do olhar do Natsu-san estava começando a me incomodar, ele me olhava como seu eu tivesse matado alguém. Então eu sai e te encontrei aqui. Resumidamente... é isso.

- Óh... – Murmuro.

- Hmm... pelo visto você ainda está tensa por causa dos episódios que tivemos nos jogos mágicos. Acertei? – Ele perguntou naturalmente como se aquilo não importasse, o que me deixou furiosa. Como ele conseguia se sentir bem, depois de ter rido de mim após levar uma surra de Minerva e humilhar nossa guilda? Como? – Acho que acertei pelo seu olhar raivoso. Não fique tão braba.

- Não ficar tão braba? Como você tem coragem de falar isso? Você RIU em quanto eu sofria graças aos golpes de Minerva... e depois... E DEPOIS USOU ISSO PARA HUMILHAR MINHA GUILDA. – A essa altura eu não pude me controlar e já me encontrava aos berros com o loiro que olhava-me com um olhar que expressava... o que era aquilo... seria... culpa?

Sting soltou um pesado suspiro antes de apoiar na mureta e fitar a lua minguante que se estendia como o sorriso da noite sobre nossas cabeças.

- Eu não te culpo por sentir raiva. Na verdade... até entendo. Afinal até eu tenho raiva de mim mesmo por ser aquele que eu era no passado. Sempre fiz aquelas coisas porque eu era o mais o forte de todos, pelo menos era isso o que eu pensava. Se não tivesse sido Natsu-san eu acho que continuaria a ser aquele ser amargo. Eu mudei. Demo... sei que nem todas as pessoas vão me desculpar, porque o que eu causei não é tão facilmente esquecido.

Fiquei chocada. Minha boca formava um pequeno e perfeito “o” em quanto eu fitava Sting. Quer dizer... AQUELE era o mesmo Sting que encontrei nos jogos mágicos? Oh Kami-sama...

Mas ele parecia chateado. Sting olhava para o céu com um olhar triste, quase melancólico. Seus cabelos loiros reluziam a luz lunar e seus orbes cerúleos (ou esverdeados como é no mangá, N/A: mangá tornando as coisas complicadas) pareciam tilintar o brilho, seus lábios entreabertos em perfeito contraste com seu rosto.

- Entendo... – Digo. -... Demo, mudar já é um bom modo de se redimir por seus erros, pois você deixou de ser aquele ser amargo... o tornando esquecido. Se você deixar de ser aquela pessoa e a esquecer,então é a mesma coisa que esquecer da pessoa que fez as outras sofrerem. – Falo pausadamente, escolhendo as palavras. Aquilo soou meio confuso, mas acho que se ele quisesse, entenderia.

- Talvez... – Ele disse dando um leve sorriso e depois me fitando.

- Hm... – Murmuro..

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- LUCE! – Ouso a voz conhecida de um rosado vindo ao meu encontro. Quando Natsu avista o Sting ele para ao meu lado, o olhando com fúria. – O que você está fazendo aqui?

- Ele só estava de passagem, não é Sting? – Digo forçando um sorriso como se pedisse telepaticamente “siga o ritmo, Sting”. O loiro parecia estar perdido, mas logo que comecei a dar umas piscadelas para ele para fazê-lo entender que era para seguir o plano ele sorriu forçado de volta.

- H-h-hai! Eu... estava procurando os quartos para levar minhas malas e... encontrei a blondie aqui. Só parei para pedir informação. – Sting disse.

- Então cadê as malas? – Perguntou Natsu olhando para o loiro com uma  sobrancelha arqueada.

“Idiota!” Pensei.

- Malas? Você... você ouviu malas? Esta ficando surdo, Natsu-san. Eu quis dizer que minhas malas j-já foram levadas para o quarto e-e... eu fui trocar de roupa para poder dormir... isso! – A cada palavra ele andava um passo, chegando ao lado de Natsu para tentar passar por ele. – Sabe né? A viagem foi MUITO cansativa. – Dramatizou. – E os sentidos de dragon slayers em relação a transportes são um tanto... vergonhoso? Agora se me dê licença vou para o quarto... Ja’ne! – Sting passa correndo por nós e desaparece pelos corredores.

Natsu se virou para mim com a cara sombria, o frio me subiu pela espinha. Aqueles olhos que normalmente exibiam um vibrante verde musgo agora estavam enegrecidos.

- Fique longe dele, Lucy. – Ele disse com a voz quase mais sombria que o olhar. Estremeci.- Vou para o quarto. A viagem foi realmente muito cansativa. – Em seguida ele deu um sorriso de orelha a orelha e saiu andando pelo mesmo corredor que Sting havia passado, só que virou para a esquerda em vez de Sting que tomou a direita.

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“Mal sabia a loira que ali iniciaria uma disputa. E mais cedo ou mais tarde ela teria que escolher entre os dois caminhos. A esquerda? Ou a direita?”

Leiam as notas finais