A Batalha Do Labirinto - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi! Desculpem a demora, mas eu estava completamente sem tempo. Enfim, ai está.



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Fiquei brincando nervosamente com um galho que encontrei no chão. Quinn havia desaparecido de perto de nós, então supus que ela quisesse ficar sozinha e não a segui. Ela precisava esfriar a cabeça.

Não sei se era o transtorno de hiperatividade ou se eu estava apenas nervosa, mas a cada minuto eu olhava para a casa grande para ver se San já estava saindo. Aquilo era estressante. Bem, sempre que eu estava longe de San eu ficava estressada, mas isso não vem ao caso. Hoje era diferente, pois ela estava com o Oráculo. Hoje era um dia especial para ela, e se ela não estava nervosa, posso garantir que eu estava por nós duas.

Senti braços firmes envolverem minha cintura e relaxei com o contato no mesmo momento. Virei o rosto e deixei os lábios macios de Santana encontrarem os meus, enquanto ela sentava-se desajeitadamente por trás de mim.

- Como foi? – perguntei, assim que nossos lábios se separaram.

- Estranho. – ela respondeu. – Foi a primeira vez que eu fiz isso, então acho que é normal.

- Completamente. – concordei sorrindo. – Eu me lembro da minha primeira vez. Aquela coisa fedia a mofo.

- Ainda fede. – San completou com uma risada.

Conectamos nossos lábios mais uma vez. Nossas línguas se encontraram, em uma dança suave e compassada. Eu poderia muito bem ter ficado o resto do dia ali com ela, mas deuses, eu me esqueci de perguntar sobre a profecia. Afastei-me e ela resmungou pela falta de contato.

- San, o que ele disse? – perguntei.

- Ele quem? – Santana retrucou, sentando-se melhor na grama.

- O oráculo. – respondi.

- Britt-Britt, você sabe que o oráculo na verdade é ela? – Santana disse com um sorriso.

- Sei! – respondi alegre. – Mas soa melhor como ele. Então, qual é a sua profecia, Lopez?

Ela ficou em silêncio, sem dizer nenhuma palavra. Virei-me para ela e acarinhei suas costas, mas não arranquei mais nenhum som de seus lábios.

- San…

- Eu não quero que você vá comigo. – ela disse com os olhos baixos.

- O quê? – Perguntei incrédula. – Isso não é uma opção! Eu vou com você sim.

- Não, você não vai. – ela retrucou. – Eu escolho meus parceiros, você não vai vir comigo, Brittany.

Afastei-me de seus braços irritada. Aquilo não era justo! Nós duas sempre fazíamos isso juntas, sempre. Qual era o problema agora.

Podia sentir a água perto de mim. Eu precisava me acalmar. Estava ficando irritada e não queria perder o controle dos meus poderes.

- Se você não quiser que eu vá com você, tudo bem. – falei com a voz calma. – Mas você sabe muito bem que eu não tenho problema algum em ir sozinha.

- Mas que merda Brittany, por que você sempre tem que ser tão teimosa? – Ela disse com a voz embargada.

Virei-me para encontra-la com os olhos cheios d’água. Lancei-me em sua direção e a abracei, afastando as lágrimas com o polegar. Ela chorou mais um pouco antes de se acalmar. Eu juro que ver Santana chorar é pior do que colocar a mão na boca de um dragão esfomeado.

- San, - chamei com a voz mais suave. – Qual é a profecia?

Ela enterrou o rosto no meu pescoço e eu deixei que minha mão passasse livre por suas costas. Achei que ela não fosse dizer nada, mas após um suspiro começou a falar.

"Descerás na escuridão do labirinto infinito,
O morto, o traidor e o perdido reerguidos.
Ascenderás ou cairás na mão do rei espectral,
Da criança de Atena, a defesa final.
A destruição virá quando o último suspiro do herói acontecer,
E perderás…”

A sua voz morreu na garganta. Uma lágrima solitária correu por sua bochecha, mas eu a peguei antes que caísse.

- E perderás…? – Continuei.

- E perderás um amor para algo pior que morrer. – Ela completou, com um soluço saindo de seus lábios.

Inclinei-me e a beijei. Não o fizemos por muito tempo, mas foi tempo o suficiente. Ela segurou as minhas bochechas e eu curvei o pescoço para os nossos lábios se encaixarem melhor. Ela voltou a chorar, e eu comecei a distribuir mais beijos por seu rosto.

- Você é o meu único amor. – ela sussurrou.

- Não vai acontecer nada de errado comigo, San. – eu disse no mesmo tom. – Eu prometo.

Ela assentiu e enterrou o rosto no meu peito. Senti que era hora de irmos. Peguei sua mão e a levei para o meu chalé. Joe não estava, e não voltaria tão cedo. Teve que voltar para as forjas dos ciclopes, junto de Poseidon. Fiquei triste com sua partida, mas tudo bem. Ele voltaria em breve, eu acho.

Deitei-me por cima de Santana e fiquei encarando seu rosto. Ela brincou com os meus cabelos, ainda sustentando um olhar triste no rosto.

- Quando partimos? – perguntei após alguns momentos.

- Brittany…

- Eu vou com você. – Cortei. – Eu não vou arriscar te perder. Nós vamos juntas.

- E eu posso arriscar perder a única pessoa no mundo que eu daria a minha vida para manter bem? – ela retrucou, arqueando uma sobrancelha.

- Vai arriscar se não me deixar ir com você. – respondi.

Ela enterrou o rosto nas mãos e eu me senti culpada. Mas eu não podia deixar que ela fosse sozinha. Era a primeira missão dela, se ela queria ficar emburrada comigo para me deixar ir, que assim seja.

- Eu vou para o meu chalé. – ela disse após alguns segundos em silêncio.

- Ótimo. – falei. – Então nós vamos para o seu chalé.

- Brittany, por favor…

- Eu preciso ir com você. – Cortei. – Eu não vou ficar bem trancada aqui, sabendo que você está lá fora no meio de um labirinto e pode muito bem se perder a qualquer momento. Eu vou com você, San.

Voltei para a cama e a abracei com força. Ela enterrou o rosto no meu pescoço e eu senti suas lágrimas começarem a empapar minha camiseta laranja. Afastei seu rosto de meu pescoço e tomei seus lábios. O gosto salgado das lágrimas era predominante em minha boca, mas eu não me importava.

- Droga, B. Eu te amo tanto. – ela murmurou contra os meus lábios.

- Eu também te amo, linda. – Respondi secando suas lágrimas – Minha princesa.

Ela riu baixinho, a voz rouca por ter chorado. Deixei-a agarrar meu pescoço e fiquei desenhando aleatoriamente em suas costas. Deuses, ela era tão fofa! E tão… quente. O que me lembra que nós não tocamos mais naquele assunto.

- Hm, San? – Chamei.

- O que foi, Britt-Britt? – Ela respondeu afastando-se do meu pescoço.

- Eu, ahn, eu… - senti minhas bochechas começarem a queimar. Ok, eu ainda era um pouco “sensível” quando o assunto era sexo. – E-eu conversei c-c-com a minha mãe.

- Sobre? – Ela perguntou arqueando uma sobrancelha.

- E-eu, ahn, s-s-sobre… - Gagueira, sério? Boa, Brittany.

Ela riu e me puxou para o seu lado. Meu rosto estava incrivelmente quente, e provavelmente mais vermelho do que os morangos do acampamento.

- Desculpe. – ela pediu com um sorriso. – Mas eu adoro a sua gagueira. Você fica tão bonitinha quando quer falar sobre sexo.

- Ah, você já sabia? – Perguntei arqueando uma sobrancelha enquanto ela assentia com uma risada. – Isso foi maldade, Lopez.

- Hm, não foi. – ela retrucou envolvendo minha cintura em um abraço. – Maldade é o que você faz comigo.

- O que é que eu faço com você? – perguntei arregalando os olhos. Até onde eu sei, eu nunca fiz nada de ruim para ela.

- Me deixa assim… - ela murmurou passando as mãos pela minha barriga. – Louca por você. E com vontade de te tocar.

- V-v-vontade? – Gaguejei. Ótima hora para ficar nervosa.

- Vontade. – ela concordou sorrindo maliciosamente. – Você nunca se sente assim, B?

Aquilo foi demais para mim. No instante seguinte, eu já havia a derrubado na cama e a beijava furiosamente. Ela sorriu e colocou as mãos por dentro da minha camiseta, acariciando todo meu corpo. Nos afastamos em busca de ar e eu não perdi tempo em correr para o seu pescoço, deixando uma marca vermelha em sua pele caramelo.

- Vocês duas tem cinco segundos para se arrumarem antes de eu entrar ai! – Uma voz gritou da porta.

Saltei de cima de Santana, que ficou com uma expressão frustrada no rosto. Cinco segundos depois, Quinn entrou com um sorriso torto no rosto. Eu quis mata-la.

- Estou atrapalhando? – ela perguntou ironicamente.

- Sim. – eu e Santana respondemos em uníssono.

- Pena. Mas se você já tivesse avisado quem são os seus parceiros para a missão, eu não estaria aqui, Lopez. A culpa é sua. – Quinn disse com calma.

- Mierda! – Ela praguejou. – Esqueci completamente.

Ela saltou da cama e correu em direção à casa grande. Levantei-me para segui-la, mas Quinn agarrou meu braço.

- Eu… bem, eu…

- Eu sei, Q. – falei sorrindo. – Não estou irritada com você. Sei que não fez por mal.

Ela sorriu e soltou meu braço. Corremos juntas atrás de Santana para à casa. Não havia a menor chance de eu deixa-la escolher sem ao menos estar por perto.


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Notas finais do capítulo

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