A Batalha Do Labirinto - Brittana escrita por Ju Peixe
Notas iniciais do capítulo
Oi! Obrigada por comentarem e favoritarem a fic:) e quem não fez nenhum dos dois, faça agora! Boa leitura, hahahah
Corremos atrás de Santana e a alcançamos antes de chegarmos à Casa Grande. Ela estava bem nervosa, parecia a ponto de surtar. Caminhei em sua direção e abracei sua cintura. Ela inclinou o corpo em direção à minha mão e juntas, entramos na casa. Will já nos esperava, com a expressão cansada.
- Santana, você precisa escolher agora. – Ele disse calmamente. – A missão é sua, escolha seus parceiros.
Ela olhou para mim apreensiva, como se quisesse que eu mudasse de opinião. Balancei a cabeça e lancei-a um sorriso torto.
- A escolha é sua. – Murmurei. – Mas você não vai me impedir.
Ela revirou os olhos e voltou-se para nós.
- Eu… Bem, eu quero que Brittany venha comigo. – ela disse em um tom quase inaudível. – Mas você vai tomar cuidado. Prometa isso agora.
- Eu prometo. – Falei abrindo um sorriso largo para ela.
- Acho bom. – Santana disse enquanto olhava ao redor. – Suponho que levar Quinn e Rachel esteja fora de cogitação.
- Absolutamente. – Will cortou. – As filhas dos três grandes juntas jamais poderiam acabar bem. Chamaria a atenção de muitos monstros.
- Hm, ok. Então eu escolho… Kurt. Kurt e Finn. – Santana disse, decidida.
- O quê? – Finn baliu, cuspindo um pedaço de lata. – M-m-mas m-m-monstros…
- Vamos achar o seu deus, menino bode. – Cortei. – Além do mais, o que seria de mim sem o meu melhor-amigo-protetor?
Finn sorriu, orgulhoso. Kurt apenas assentiu e voltou a baixar os olhos.
- Certo. – Will concordou. – Vocês partem amanhã. Acho melhor descansarem um pouco, a viagem será longa.
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Voltei para o meu chalé e atirei-me na cama. Santana deitou-se ao meu lado, ainda com uma expressão distraída estampada no rosto.
- Você fez as escolhas certas. – Cumprimentei. – Kurt e Finn são ótimos, San.
- Eu sei. – ela murmurou em resposta. – Só não estou certa se fiz bem em deixar que você viesse.
Apertei sua cintura e ela encolheu-se em meus braços. Senti suas barreiras internas desmoronando enquanto ela chorava baixinho, como se não quisesse que nem eu ouvisse. Às vezes eu odiava o fato de que ela fosse tão durona. Quando ela ficava mal, parecia o fim do mundo. Ao menos para mim.
- Eu sei me cuidar, San. – murmurei enquanto acariciava seus cabelos. – Eu juro que eu vou me cuidar.
- Eu sei que vai, B. Eu só… eu nunca me perdoaria se algo de ruim acontecesse com você. – ela falou com a voz embargada. – Merda, você é tão teimosa às vezes. Por que simplesmente não conseguiu ficar aqui, segura, enquanto eu tomava conta de mim mesma?
- Santana, você iria conseguir ficar aqui sentada se fosse a minha missão? – perguntei.
- N-n-não. – ela gaguejou.
- E por que não?
- Porque eu amo você. – ela respondeu. – E eu iria querer ter certeza de que você fosse ficar bem.
- Então ai está a sua resposta. – Falei, beijando-a. – Nós vamos fazer como sempre fazemos, San. Eu vou cuidar de você e você vai cuidar de mim. Nada vai ficar entre nós, eu prometo.
Ela apenas assentiu e voltou a deitar a cabeça em meu peito. Dormimos em pouco tempo.
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Senti algo quente e macio roçando por meu rosto. Sorri, imaginando que fosse santana me acordando, como ela sempre fazia. Mas então percebi que eu estava abraçada em sua cintura e que ela ainda estava dormindo, e que aquela língua era um pouquinho grande para ser dela.
- Ah! – Exclamei, ao ver a dona daquela língua asperosa.
- WHOF! – A Sra. O'Leary latiu, cumprimentando-me. O latido foi tão forte que meus cabelos foram lançados para trás, e Santana acordou.
- Cachorrinha. – murmurei. – Não é sempre que eu sou acordada por um cão infernal.
- Britt, você está toda babada. – Santana disse rindo.
- Ei! Não vai me dar meu beijo? – Perguntei, virando-me para Santana.
Ela riu e saltou da cama, comigo logo atrás. Corremos em volta do chalé até que eu consegui segurá-la pela cintura e a beijei, melecando todo seu rosto
- Nojenta! – Ela disse gargalhando enquanto eu esfregava meu rosto no seu.
- Você sempre gosta quando eu faço isso, Sanny! – protestei.
Ela riu mais alto, apertando o abraço em minha cintura e enterrando o rosto melado em meu pescoço.
- Ei! Você está me sujando. – Falei.
- Quem mandou fazer isso comigo? – Ela retrucou, enquanto eu gargalhava.
A Sra. O'Leary latiu, nos despertando da nossa bolha particular. San virou-se para mim e estendeu a mão, puxando-me para os banheiros. Eu havia ganho o chalé mais arrumado, ou seja, banho garantido para mim. E a minha namorada tinha as suas prioridades, é claro.
Eu e San entramos nos banheiros e ela começou a se despir. Engoli em seco e virei-me de costas para ela. Aquilo era tentador, mas eu não queria assim, não em um banheiro no meio do acampamento. E além do mais, com a sorte que eu tinha, era bem provável que a Quinn entrasse aqui no exato momento em que eu tocasse na Santana.
Entrei em um box e deixei a água fria cair em meu corpo. Geralmente eu aproveitaria a água quente, mas não daria certo sabendo que Santana estava nua no box ao lado. Eu realmente havia cogitado agarrá-la ali mesmo, mas como eu disse, eu queria que fosse especial.
Sai do chuveiro e Santana já estava me esperando do outro lado do banheiro. Ela estava com os cabelos escuros molhados, e uma mecha caía em seus olhos. Sorri e me aproximei, afastando-a de seu rosto e depositando um beijo em sua testa. Ela sorriu fracamente para mim, e só então vi um lapso de preocupação em seus olhos.
- Nervosa? – perguntei, acariciando seu rosto.
- Um pouco. – Santana respondeu. – Partimos em algumas horas.
Colei meus lábios nos dela e a abracei. Ela enterrou o rosto no meu pescoço e começou a beijar a minha pele clara, deixando algumas marcas. Engoli em seco e a afastei.
- S-S-San, aqui não. – Gaguejei.
- Eu quero você. – ela murmurou contra os meus lábios.
- San, m-m-mas não a-a-aqui. – Falei, empurrando-a de leve.
Ela franziu as sobrancelhas e fitou-me séria. Respirei fundo antes de continuar.
- Eu quero que seja especial para nós duas, não no banheiro do acampamento, com o chão e o piso molhados ainda por cima. – falei com mais firmeza.
- M-m-mas d-d-depois nós n-n-não vamos ter tempo, e e-eu vou p-p-perder v-v-você. – ela gaguejou.
Arregalei os olhos. Ela tinha uma expressão chorosa no rosto, então a abracei com mais firmeza.
- E-eu n-n-não quero p-p-perder v-v-você. – ela choramingou no meu ombro.
- Eu prometi que nós íamos ficar bem, não prometi? – Ela assentiu. – Então confie em mim.
Estendi a mão para Santana e abri a porta para saírmos do banheiro. Agora veja bem, eu sou a semideusa mais desastrada do planeta. E esse é, provavelmente, o meu maior defeito. Exatamente porque, no instante em que eu estava saindo do banheiro, resbalei no piso úmido do chão e prendi o meu pé na porta, caindo por cima do meu pulso.
- Britt! – Santana gritou e correu para me ajudar a levantar.
- D-d-dói, San. – choraminguei. Merda.
Ela me pegou no colo e correu comigo para a enfermaria. Assim que chegamos, ela me colocou em uma das camas e chamou ajuda. Examinaram-me minusciosamente, enquanto eu mordia os lábios com força para não chorar. Santana segurou a minha mão, enquanto Will me examinava e Quinn e Rachel o ajudavam.
- Você tem uma torção feia no tornozelo, Brittany. – Will observou. – E o pulso está quebrado, sem sombra de dúvida. Eu sinto muito, mas você não pode ir na missão.
- O quê? – perguntei incrédula. – M-m-mas eu posso me curar…
- Você não tem poder suficiente para curar ossos, Brittany. – Will me cortou. – Santana, ela terá que ficar. E você tem que escolher outra pessoa.
Ela arregalou os olhos castanhos, mas tinha uma ponta de alívio neles.
- Eu… bem, eu… Rachel. – Ela disse.
- O quê? – Nós três gritamos incrédulas.
- Eu… Quinn, você vai cuidar da minha Britt. Eu confio em você para isso. E a Rachel é poderosa o suficiente para vir comigo.
- Mas…
- Sem mas. – ela disse mais firme. – Eu quero que ela venha comigo.
Will e Rachel assentiram, enquanto Quinn e eu olhávamos incrédulas.
- Rachel, arrume suas coisas rapidamente. Vocês partirão em minutos. – Will pediu.
Olhei para Santana com os olhos cheios d’água. Ela aproximou-se de mim e colou nossos lábios.
- Por favor, por favor Britt. Não faça nenhuma besteira. – Ela murmurou. – Só… fique longe de qualquer confusão.
Não respondi, apenas assenti e a abracei. Ela voltou a beijar-me por mais alguns minutos antes de lançar-me um olhar triste e sair da enfermaria. Eu fiquei sozinha, observando-a partir.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Aprovado? Eu vou fazer algumas coisas diferentes do livro, mas depois vocês vão entender.